sexta-feira, 18 de outubro de 2019

OS QUATRO AMORES [Resenha]


Como expressar de maneira profunda um sentimento comumente tratado de forma tão rasa? Para o célebre escritor C.S. Lewis, o amor pode ser comunicado de quatro maneiras:

Afeição, segundo o autor, é o mais humilde, universal, e menos melindroso dos amores naturais. É aquele sentimento que nos faz nos apegarmos àquelas pessoas com quem convivemos no cotidiano, é o amor da mãe pelo filho, o carinho por aquele vizinho que você só se dá conta de que sente falta quanto o perde, que une pessoas pela rotina.

Amizade, é o menos ciumento dos amores, pois sempre se alegra quando um recém-chegado é agregado ao grupo. Costuma nascer dos interesses em comum, e costuma incomodar líderes e governantes, pois amizades sinceras são capazes de colocar em cheque sistemas que tem como objetivo controlar indivíduos.

Eros, o mais sensual dos amores, esse último representando puramente o instinto carnal. O Eros não deseja apena o ato sexual em si, mas uma pessoa em particular; faz o amante desejar a pessoa Amada e não apenas o prazer que ela pode lhe proporcionar.

Caridade, é o amor que aperfeiçoa os amores naturais e impedem que eles sejam corrompidos pela natureza humana. Pois é apenas quando nos aproximamos do amor de Deus que os nossos amores desprendem-se do egoísmo e outros vícios e se tornam verdadeiramente aquilo que deveriam ser.

Em Os quatro amores, um de seus livros mais influentes, agora enriquecido por nova tradução, Lewis contempla a essência do amor e avalia como cada tipo se ajusta aos demais. Com a maestria que o tornou um dos autores mais importantes do século XX, ele desafia e incorpora definições clássicas do amor de uma forma que continua atual e relevante. Como lembra o autor, foi por amor que Deus fez existir criaturas inteiramente supérfluas, somente a fim de poder amá-las e aperfeiçoá-las.


Livro disponível para venda no Amazon. Para adquirir clica na imagem.
_______________
LEWIS, C. S. Os quatro amores. Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2017. 192p.

Nenhum comentário: