O autor leva a sério as críticas feitas ao confessionalismo e gasta um bom tempo refutando-as com propriedade e sabedoria bíblica. Ele mostra como o clima cultural de nossa época contribui para o asco contra o confessionalismo. Ironicamente, os que afirmam “não ter nenhum credo além de Cristo” estão mais vulneráveis à ação perniciosa da nossa época, e não menos, como pensam. Trueman lida habilmente com críticas diversas e frequentes, desde as mais sofisticadas às mais sofísticas.
Um dos pontos levantado pelo autor nos alertando quanto ao perigo da vaidade e de um conhecimento apenas teórico das doutrinas. “Boas confissões não destroem a prática da piedade; elas podem, na verdade, protegê-la” (p. 175), integrando a vida da comunidade adoradora (p. 253). Cristianismo não é só doutrina, contudo, não pode ser separado dela (p. 248). Também aborda a questão do conhecimento cumulativo que nos vem por meio dos credos, visto que cada problema resolvido nos conduz com maior profundidade ao estudo bíblico, que, por sua vez, levanta novas questões (capítulo 3). O livro de Trueman é excelente, respeitoso para com os oponentes de suas teses e bíblico. Recomendo a sua leitura com entusiasmo.
O livro contém, além dos agradecimentos, prefácio e introdução, 6 capítulos com um conteúdo onde o autor defende que os credos e as confissões são perfeitamente coerentes com a crença de que só a Escritura é nossa única fonte de revelação e autoridade.
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TRUEMAN, Carl R. O Imperativo Confessional. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2012
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