quinta-feira, 3 de novembro de 2022

A BATALHA DE TODA MULHER: DESCUBRA O PLANO DE DEUS PARA A SATISFAÇÃO SEXUAL E EMOCIONAL [Resenha 098/2022]


A sexualidade de cada mulher deve ser integrada ao odo de sua vida a fim de obter condições para crescer e amadurecer. Isso significa integrar seus pensamentos e suas fantasias a seu casamento. Quando agir dessa forma, você se sentirá completa, ajustada e saudável. O perigo de viver em seu mundo particular de fantasias e satisfação é que você acaba em uma vida segmentada, com fantasias secretas, práticas sexuais secretas e obsessões. Se isso descreve você, este livro mostrará como integrar todas as partes de seu ser, de modo a tornar-se uma mulher completa e saudável, fiel e intimamente ligada a seu parceiro e a Deus.

Se você esteve vagueando no mundo decepcionante do que foi e do que poderia ser, “a batalha de toda mulher” a trará de volta à realidade do que Deus quer que você seja e do que o seu casamento pode ser. Casada ou solteira, pode encontrar ajuda e esperanças nestas páginas. Oro para que, quando terminar a leitura, esteja em um caminho de crescimento e maturidade espiritual que lhe permita apresentar-se pura diante do Senhor e experimentar a verdadeira satisfação sexual e emocional.

A autora escreve: “Anime-se então e saiba que seus gritos de socorro foram ouvidos. Este livro é um manual de instruções que ajudará você a evitar a transigência sexual e emocional, mostrando como experimentar o plano de Deus para a satisfação sexual e emocional. Escrevi também um abrangente caderno de exercícios para acompanhar ‘A batalha de toda mulher’. Ele lhe será útil para que examine sua própria vida, a fim de desenvolver um plano prático para vencer sua batalha particular pela integridade sexual e emocional.”

O livro possui doze capítulos, dividido em três partes: Parte 1 -Compreendendo onde estamos; Parte 2 – Esboçando uma nova defesa e Parte 3 – Abraçando a vitória na retirada. Lembrando que essa nova versão (revista e ampliada) conta com um abrangente caderno de exercícios, um recurso útil que auxiliará a leitora a examinar a própria vida, a fim de desenvolver um plano prático para vencer sua batalha particular.
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ETHRIDGE, Shannon. A batalha de toda mulher: descubra o plano de Deus para a satisfação sexual e emocional. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2022.

Disponível
Editora Mundo Cristão
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HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO [Resenha 097/2022]


Verão, Harry Potter, agora com 14 anos, sente sua cicatriz arder durante um sonho bastante real com Lord Voldemort, o qual não consegue esquecer; três dias depois, já em companhia da família Weasley, com quem foi passar o restante das férias, na final da Copa Mundial de Quadribol, os Comensais da Morte, seguidores de Você-Sabe-Quem, reaparecem e alguém conjura a Marca Negra – o sinal de Lord Voldemort – projetando-a no céu pela primeira vez em 13 anos, causando pânico na comunidade mágica. Será que o terrível bruxo está voltando? Tudo indica que sim…
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Em Harry Potter e o Cálice de fogo, o ano letivo já começa agitado. Harry volta para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts para cursar a quarta série. Acontecimentos inesperados – como, por exemplo, a presença de um novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas e um evento extraordinário promovido na escola – alvoroçam os ânimos dos estudantes. Para surpresa de todos não haverá a tradicional Copa Anual de Quadribol entre Casas. Será substituída pelo Torneio Tribuxo, uma competição amistosa entre as três maiores escolas européias de bruxaria — Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang — que não se realizava havia um século. A competição é dividida em tarefas, cuja finalidade é testar a coragem, o poder de dedução, a perícia em magia e a capacidade de enfrentar o perigo dos campeões. Liderados pelo professor Dumbledore, os alunos de Hogwarts terão de demonstrar todas as habilidade mágicas e não-mágicas que vêm adquirindo ao longo de suas vidas.
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Apesar de alunos menores de 17 anos não poderem se inscrever no Torneio, inexplicavelmente Harry é escolhido pelo Cálice de Fogo, um grande copo de madeira toscamente talhado cheio até a borda com chamas branco-azuladas, para competir como um dos campeões de Hogwarts. Tendo a seu lado os fiéis amigos Rony Weasley, Hermione Granger e agora também o seu padrinho, o bruxo Sirius Black, que fugiu de Azkaban no ano anterior, o menino feiticeiro tentará escapar mais uma vez das armadilhas de Lord Voldemort.
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Além de todos os desafios, há feitiços a serem aprendidos, poções a serem preparadas e aulas de Adivinhação, entre outras, a serem assistidas, Harry terá que lidar ainda com os problemas comuns da adolescência: amor, amizade, aceitação e rejeição.
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ROWLING, J. K. Harry Potter e o cálice de fogo. Rio de Janeiro, RJ: Editora Rocco, 2017.

sábado, 22 de outubro de 2022

MINISTÉRIO CRISTÃO E ESPIRITUALIDADE: O DESAFIO DE VIVER DE FORMA BÍBLICA E RELEVANTE A VOCAÇÃO PASTORAL E MISSIONÁRIA [Resenha 096/2022]


Ministério cristão e espiritualidade tem como objetivo estimular o leitor e servir de ferramenta para a construção de uma espiritualidade pautada na Palavra de Deus e vivenciada com profundas experiências cristãs, que identifique o compromisso da missão da Igreja de revelar as virtudes do Mestre e dar continuidade à sua obra no modelo por ele estabelecido. E isso fica claro nos seguintes pontos desta obra:

A autora (1) apresenta uma visão ampla da espiritualidade, que necessariamente abrange todas as áreas e situações da vida. (2) Este livro se apresenta como um guia de reflexão e de prática que fornecerá ao leitor importantes elementos para aprofundar sua vida com Cristo e para melhor servir ao reino de Deus. (3) compartilha princípios bíblicos e práticos para nos encorajar a aprofundar, diariamente, a nossa comunhão com Cristo Jesus, nosso Senhor, e para buscar uma vida revestida do poder do Espírito Santo, mantendo a chama por missões ardendo em nosso coração. (4) Utilizando-se do modelo de Jesus Cristo e de sua missão, a autora destaca alguns princípios vivenciados por Cristo em sua missão, que, para ela, expressa sua espiritualidade. Princípios como: foco no alvo traçado pelo Pai, sem distrações; total dependência do mesmo Pai que o arregimentara; sua paixão por gente; sua missão com plena consciência do propósito divino e dimensão da eternidade, resumindo bem a caminhada do Nazareno pela terra.

Portanto, o livro nos convoca para uma prática esquecida na modernidade e pouco lembrada em nossos dias. Dias de tanta correria e de tempo tão escasso, a “arte de escutar” passa despercebida por aqueles que desejam vida e ministério frutíferos. Ouvir a Deus e fazer calar a alma demandam tempo na presença do Altíssimo. Não só tempo, mas também sabedoria para discernir sua voz em meio a tantas outras que ressoam ao nosso redor. Em outras palavras, há necessidade de afinar nosso coração ao coração do Pai, prática que reflete o desafio na construção de uma espiritualidade sadia.
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BEZERRA, Durvalina. Ministério Cristão e Espiritualidade: O desafio de viver de forma bíblica e relevante a vocação pastoral e missionária. Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2022.193p.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

O PROBLEMA DO DOR [Resenha 095/2022]


Clive Staples Lewis (1898-1963) foi um dos gigantes intelectuais do século XX e provavelmente o escritor mais influente de seu tempo. Era professor e tutor de literatura inglesa na Universidade de Oxford até 1954, quando foi unanimemente eleito para a cadeira de Inglês Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge, posição que manteve até a aposentadoria. Lewis escreveu mais de 30 livros que lhe permitiram alcançar um vasto público, e suas obras continuam a atrair milhares de novos leitores a cada ano.

O autor apresenta que o único propósito deste livro é resolver o problema intelectual levantado pelo sofrimento; para a tarefa muito mais elevada de ensinar fortaleza e paciência, nunca fui tolo o suficiente para supor que estava qualificado, nem tenho nada a oferecer a meus leitores, exceto minha convicção de que, quando a dor deve ser suportada, um pouco de coragem ajuda mais do que muito conhecimento, e um pouco de simpatia humana, mais do que muita coragem, e o ínfimo traço do amor de Deus, mais do que tudo.

Se qualquer teólogo de verdade ler estas páginas, verá facilmente que são obra de um leigo e de um amador. Exceto nos dois últimos capítulos, partes dos quais são admitidamente especulativas, acredito reafirmar doutrinas antigas e ortodoxas. Se alguma parte deste livro é “original”, no sentido de ser nova ou heterodoxa, é contra a minha vontade e por causa da minha ignorância. Eu escrevo, é claro, como um leigo da Igreja da Inglaterra, mas não tentei assumir nada que não seja professado por todos os cristãos batizados e comungantes.

Em O problema da dor, C.S. Lewis, aborda assuntos que afligem os pensadores de todas as gerações, tendo como ponto de partida um questionamento feito com frequência: “Se Deus é bom e Todo-poderoso, por que ele permite que suas criaturas sofram?” O livro possui dez capítulos que trata de assunto tais como: Onipotência e bondade divina, maldade, a queda e a dor humana, e conclui tratando sobre inferno e céu.
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LEWIS, C.S. O problema da dor. Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2021. 208p.

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EVANGELHO INTEGRAL: HOMENAGEM A RENÉ PADILLA [Resenha 094/2022]


Esta publicação tem o caráter de memória afetiva e não acadêmica. Um reconhecimento muito especial. Estamos, como amigos e famílias, prestando aqui nossa homenagem a uma pessoa ímpar, absolutamente admirável: o teológico equatoriano René Padilla que, a partir da sua vida e reflexão bíblico-teológica, promoveu um deslocamento de centro de gravidade da teologia evangélica para o sul global, em particular para e desde a América Latina.

René Padilla era um teólogo, na expressão plena do termo, que nos fará muita falta, pelo compromisso, generosidade e forma de nos instigar a pensar de maneira contextual o Evangelho Integral do reinando de Deus diante dos problemas do nosso tempo.

Se existe um lugar espiritual-subjetivo que frequentamos com certa regularidade, esse lugar é a recordação. Espaço conjugado com o tempo na promoção de algumas de nossas memórias mais vividas, relacionadas a rostos, cheiros, amizades, lugares e de tudo que nos atravessa. Memórias que exigem reorganização e ressignificação para compartilhá-las nos constantes rabisco, risco e fragmentos que constituem os nossos afetos.

Assim, esse livro se propõe a relatar breves testemunhos de como a vida e obra de René Padilha influenciaram nossas vidas e ministérios, portanto, lembranças e recordações a partir de homens e mulheres que nos permitirão acesso a uma abordagem pessoal e de maneira vivencial, quer dizer, a partir do encontro humano, do contato direto e que desemboca na unidade do comunitário em sua dimensão afetiva, a exemplo da dança pericorética da comunidade trinitária do amor.

A escrita dessas memórias sobre René Padilha resultou em uma mosaico nas diferentes formas que o compõem, por terem se originado das memórias dessa comunidade que ganha materialidade sobre os quais construímos significados eternos. Textos, piadas, citações, afirmações, geografias, roupas, dores, cheiros, alegrias, divergências e teologias surgem dessa experiência, rica em emoções e corações revelados.

A qualidade dessas experiências é o que nos estimulou a registrá-las, pois não somente nos transformaram nessa tentativa de explicitar nossas emoções. São fragmentos de irmãos e irmãs que reunimos como em uma colcha de retalhos, pois como não há linearidade em nossa peregrinação, é somente de recordação em recordação que montamos o mosaico e desfrutamos das luzes de seus belos fragmentos que passam a gerar profundos sentidos espirituais para a vida.

Assim, como organizadores pensamos nas memórias como textos sagrados que reúnem, registram e guiam a nossa espiritualidade, tecidas sempre de forma coletiva e, no caso dessa homenagem, entrelaçadas. Cremos que esse texto de homenagem nos ajudará a enxergar o quanto nossas histórias são forjadas na vida uns dos outros. Logo, ao reunirmos essas muitas vozes, a vida e a obra de Dom René Padilla promovem uma temporalidade alargada para além do espaço tempo teológico, pois a formação de uma nova humanidade em Jesus tem, na vida e nas suas trocas, sua santidade.
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GONÇALVES, Iago. Evangelho Integral: Homenagem a René Padilla. São Paulo, SP: Editora Recriar, 2022.

Disponível
Editora Recriar

sábado, 8 de outubro de 2022

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER [Resenha 093/2022]


A minha primeira edição, publicado pelo Circulo do Livro é de 1984 e li em 1990. Esta outra edição – linda com capa dura – publicada pela Companhia das Letras, publicada em 2017 e adquirida recentemente.

Lançado em 1982, este romance foi logo traduzido para mais de trinta línguas e editado em inúmeros países. Hoje, tantos anos depois de sua publicação, ele ocupa um lugar próprio na história das literaturas universais. Este é um livro com importante contexto histórico, político e social. A narrativa nos encontra na década de 1960, na antiga Tchecoslováquia (República Tcheca, desde 1993), e, em alguns fragmentos, na década de 1980, após o desenrolar de diversos eventos que afetam a vida de todas as personagens envolvidas. Estas são quatro: Tomas, Tereza, Sabina e Franz (além de um cachorro: Karênin). Todos, de alguma forma, têm suas vidas entrelaçadas, mesmo que alguns não se conheçam pessoalmente, mas se encontram através da análise minuciosa que Kundera faz da trajetória de suas vidas.

Uma das maravilhas desse livro é, justamente, a simplicidade com que Kundera aborda suas profundas e filosóficas reflexões sobre a existência humana e a vida. E, ao mesmo tempo, é um livro tão denso que creio ser mais difícil fazer uma análise boa e precisa dele que faça jus à agradável experiência de sua leitura. Numa linguagem surpreendentemente acessível, Kundera desenvolve a história de seus personagens com poderosas considerações de cunho filosófico desde a primeira página do romance!

O romance descreve a vida humana como uma partitura musical, baseada em motivos que são executados com o ritmo e ênfase escolhida pelo maestro. Filosofia, música, política, história, relações interpessoais e tantos outros temas ganham espaço no mais aclamado escrito de Milan Kundera. O autor tcheco chega a trazer para dentro do livro análises críticas de outras obras ficcionais, reformulando o gênero do romance e fazendo-nos pensar até que ponto a ficção se sustenta. Seria a leveza da literatura tão insustentável quanto a do ser?
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KUNDERA, Milan. A Insustentável leveza do ser. São Paulo, SP: Círculo do Livro, 1984. 261p.

CRISTÃO CIDADÃO: CIDADANIA, ESPIRITUALIDADE E O PERIGO DA ALIENAÇÃO [Resenha 092/2022]


Grande parcela da igreja tem se mostrado irrelevante na transformação de realidades cruéis que atingem milhões de pessoas. Em grande parte, isso se deve a um pensamento que faz separação entre a espiritualidade e a cidadania do cristão. O desafio é viver o equilíbrio entre a expectativa da pátria celestial e a ação na realidade em que vivemos — realidade que mescla espiritualidade e cidadania, fé e política, e que, se compreendida na plenitude, nos afasta da alienação religiosa. Este livro busca estimular cada cristão a tornar sua fé cada vez mais relevante na sociedade, com impactos de fato transformadores sobre o mundo ao redor. (Sinopse)

“Marcos Mendes mostra em Cristão cidadão que os cristãos precisam viver sua cidadania terrena de modo digno de sua cidadania celeste. Somos alertados sobre o julgamento de Deus contra as cidades que exultam no pecado, mas também sobre o grande amor e misericórdia de Deus por essas cidades. Em Cristão cidadão, o autor examina com peculiar sensibilidade como a missão cristã atravessa as cidades.” (Davi Lago).

“Cristão cidadão” é um manifesto para o exercício de nossa dupla cidadania. Trata-se de uma denúncia ao cristão que despreza sua cidadania consciente no aqui-e-agora e, assim, nega ser um instrumento da missão do Deus sublime. E anúncio para que o cristão cidadão do reino de Deus proclame esperança, ainda que meio ao caos. (Jorge Henrique Barro).

Este livro nos convida a fazer uma reflexão absolutamente urgente e necessária. A falsa divisão “secular x sagrado”, que permeia o pensamento e comportamento de muitos evangélicos e, consequentemente, de muitas igrejas, é uma tragédia. Essa forma de pensar aliena as pessoas, impedindo-as de viver uma espiritualidade cristã encarnada nas experiências do cotidiano e na luta contra as forças da morte. (Bebeto Araújo).
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MENDES, Marcos. Cristão cidadão: cidadania, espiritualidade e o perigo da alienação religiosa. Rio de Janeiro, RJ: GodBooks, 2022. 104p

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A INCRIVEL HISTÓRIA DO VINHO: DA PRÉ-HISTÓRIA AOS NOSSOS DIAS. 10 MIL ANOS DE AVENURAS [Resenha 091/2022]


A INCRIVEL HISTÓRIA DO VINHO: DA PRÉ HISTÓRIA AOS NOSSOS DIAS. 10 MIL ANOS DE HISTÓRIA. [Benoist Simmat & Daniel Casanave].

#Recebidos da @lpm editores

Vamos de Sinopse. Logo teremos a Resenha.

Do surgimento na Mesopotâmia à globalização de hoje: a história do vinho pela primeira vez em HQ!
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A história do vinho é a história da humanidade. Na Antiguidade, o vinho era licoroso, aromatizado, acrescido de mel ou de óleo, e diluído com água antes de ser bebido. A mitologia grega transborda de alusões ao vinho, e, na Bíblia, ao final do dilúvio, Noé planta uma... vinha! A bebida fermentada a partir de uvas civiliza os homens e humaniza os deuses, e sua história corre paralela ao desenvolvimento da humanidade.
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No final da Antiguidade, o vinho gaulês já era muito exportado. Com a queda do Império Romano, a Igreja e os monastérios passam a perpetuar o savoir-faire da vinicultura; na Idade Média, o vinho enfim começa a se parecer com o que conhecemos hoje. A invenção da garrafa, no século XVII, revoluciona a estocagem, e a enologia se torna uma arte do bem viver. Com as grandes navegações, a bebida de Baco conquistou o Novo Mundo, e, hoje, é produzida em metade dos países do globo.
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A importância dos terroirs, a magia dos grands crus, os principais avanços tecnológicos, o surgimento dos vinhos biodinâmicos... tudo isso e muito mais está contato nessa história em quadrinhos acessível a todos os bebedores de vinho, tão deliciosa quanto inebriante.
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SIMMAT, Benoist. A incrível história do vinho: da pré-história aos nossos dias. 10 mil anos de aventuras. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2022. 304p.

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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

FOGO EM MEUS OSSOS: A BIOGRAFIA DE EUGENE H. PETERSON [Resenha 090/2022]


Eugene Peterson foi um grande pastor, teólogo e escritor, reconhecido por seus estudos e escritos que inspirou um incontável número de líderes cristãos e leitores espalhados pelo mundo. Agora, temos em mãos a oportunidade de conhecer a vida e obra daquele que ficou conhecido como "pastor de pastores", dada a expressiva influência que até hoje exerce. Winn Collier teve acesso exclusivo ao biografado e a documentos que lhe permitiram produzir um retrato fiel de quem foi Eugene Peterson.

Pensador reconhecido por suas reflexões equilibradas sobre a missão e a vocação do ministro cristão. Nesta obra iremos descobrir a multifacetada e inspiradora vida de um dos pastores mais influentes das últimas décadas e as histórias singulares que moldaram sua fé em Deus. Conheça os desafios vividos por Peterson como pastor, marido e pai. Surpreenda-se com um clérigo cuja sofisticação intelectual não o impediu de apreciar as experiências singelas e belas da vida, e dedicar seus talentos à formação espiritual de gente simples.

Em Fogo em meus ossos, biografia autorizada, o leitor conhecerá detalhes e abordagens únicas sobre Peterson, cuja paixão por Jesus fez esse artesão da palavra escrever livros — além da aclamada interpretação da Bíblia, A Mensagem, lida e citada por celebridades como Bono Vox e Barack Obama — inspiradores àqueles que desejam desenvolver uma experiência plena com Deus.

Em uma entrevista feita com as figuras de destaque do ano em novembro de 2001, a revista Rolling Stone perguntou a Bono que livros ele estava lendo. “Uma tradução das Escrituras, o Novo Testamento e os Livros de Sabedoria”, ele disse, “que um cara chamado Eugene Peterson resolveu fazer. Tem sido uma grande força para mim. (Fogo em meus ossos, p. 230)

Winn, que é diretor do Centro Eugene Peterson para Imaginação Cristã, teve acesso exclusivo a documentos do biografado que lhe permitiram produzir um retrato fiel da multifacetada e inspiradora vida de um dos pastores mais influentes das últimas décadas.

"Tive contato com Eugene Peterson durante trinta anos e imaginei que o conhecesse. Ele não falava muito, especialmente sobre si mesmo. Eu não sabia de sua tatuagem de camundongo, do programa de rádio de sua mãe pentecostal, do fracasso cabal em sua primeira tentativa de plantar uma igreja, de sua amizade com um jovem Pat Robertson ou de seu talento para dançar quadrilha. De algum modo, Winn Collier extraiu de Eugene esses fatos quase desconhecidos que, juntos, completam o retrato de um gigante terno e humilde, que deu nova vida à Bíblia para milhões de pessoas e se tornou exemplo e inspiração para pastores sobrecarregados de toda parte." (Philip Yancey, autor de Alma sobrevivente)
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COLLIER, Winn. Fogo em meus ossos: A biografia de Eugene Peterson. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2022. 312p.

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A PESTE [Resenha 089/2022]


A Peste é um dos livros mais intrigantes que já li. Na foto temos duas edições. A primeira edição que li é de 1957 e adquiri em 1983. A segunda edição é de 2021. A peste é escrita no período pós-guerra mundial — onde um mundo estava completamente imerso numa melancolia e angústia descomunal. O fio condutor desta novela dá-se através de um vírus que se dissemina de forma incontrolável de animais(ratos) para humanos — bem como em outrora conhecida como Peste Negra. O livro traz consigo uma narrativa a partir do ponto de vista do Dr. Bernard Rieux, o qual vai descrevendo os sucessivos e subsequentes acontecimentos catastróficos de uma epidemia que acomete a cidade de Oran, situada na costa de Argélia (que na época era uma colônia francesa).

Esse livro estonteante é uma clara e direta crítica ao nazismo e à ocupação militar alemã, que humilhou e subjugou os franceses. Escrito ao longo da guerra, com a expectativa que de que a aflição passasse um dia, A peste é uma lembrança de que o pior sofrimento um dia se acaba. Noites são escuras. Mas não são eternas. A peste é também discurso contra qualquer forma de opressão humana, da qual o nazismo revelava-se como a mais opressiva de todas. A peste é ainda atitude de incredulidade para com o absurdo, contra o qual conduz revolta necessária e libertadora.

A Peste é uma obra literatura com panos de fundo existencialistas, uma vez que a narrativa explora sentimentos, emoções e reflexões humanas, centralizando-se especificamente na situação do indivíduo que confronta-se com inquietações interiores, com inseguranças e com incertezas. Este livro apresenta a vida sob uma perspectiva absurda que destaca-se a falta de sentido e a ausência de suportes concretos que forneçam respostas concisas e confortáveis.

Camus concluiu esse desesperado livro lembrando que o bacilo da peste não morre e não desaparece. Avisou-nos que o bacilo da peste fica “dezenas de anos a dormir nos móveis e nas roupas”. Ainda, advertiu que a peste “espera com paciência nos quartos, nos porões, nas malas, nos papeis, nos lenços”. E quando volta, “para nossa desgraça, manda os ratos morrerem numa cidade feliz”.
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CAMUS, Albert. A Peste. Lisboa, Portugal. Editora Livros do Brasil, 1957. 334p.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

O PODER DA MULHER QUE ORA [Resenha 088/2022]


A oração tem poder. Mas por que é tão difícil para você orar por si mesma? Não importa sua idade, seu estado civil, em que condições estão seu corpo e sua alma ou há quanto tempo você é ou não é cristã - se você é uma mulher, este livro é para você.

Provavelmente, com freqüência você se vê fazendo umas das seguintes indagações:
- Você acha mais fácil orar pelos outros do que por você mesma?
- Você ora por seu marido, seus filhos, conhecidos, amigos e pessoas, que as vezes nem conhece, com maior facilidade do que por você mesma?
- Há momentos em que sua vida parece estar fora de controle?
- Você se sente pressionada, como se os dias estivessem tão ocupados que temesse estar perdendo qualidade de vida por causa disso?
- Você já sentiu como se sua vida estivesse encalhada e você não conseguisse ir a parte alguma?
- Você já se perguntou se pode, de fato, alcançar o propósito pleno e o destino que Deus tem para você?

A consagrada autora Stormie Omartian revela como Deus pode trazer respostas para as suas perguntas mais angustiantes. Você descobrirá como Deus pode aplainar seu caminho, acalmar as tempestades, manter em segurança aqueles que preza e a você mesma e, até mesmo, simplificar as coisas que parecem complicadas demais para você resolver. Entretanto, nada disso acontece por acaso. Nada disso acontece sem oração.

Stormie a convida a experimentar o poder da oração e alcançar novas perspectivas para a sua vida e para a vida daqueles a quem você ama. Em seus livros anteriores sobre a oração, Stormie Omartian compartilhou as maneiras como maridos e esposas podem orar por seu cônjuge e como pais podem orar por seus filhos. Neste livro, ela quer compartilhar como você pode orar por você.

“O poder da mulher que ora” possui 30 capítulos, que a meu ver, podem ser lidos diariamente um capítulo por dia durante o mês, sendo uma leitura tranquila, de fácil compreensão e com capítulos não muito longos, por volta de três a cinco páginas cada.

A autora escreve que “a oração nos manterá concentradas em quem Deus é e em quem ele nos criou para ser, e nos ajudará a viver do jeito de deus e não no nosso. Elevará nosso olhar do temporal para o eterno, nos mostrará o que é de fato importante e nos dará a capacidade de distinguir a verdade da mentira. Fortalecerá nossa fé, nos dará coragem para crer no impossível e nos capacitará para que nos tornemos a mulher que ansiamos ser.”
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OMARTIAN, Stormie. O poder da mulher que ora. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2022. 256p.
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domingo, 25 de setembro de 2022

DEMOCRACIA HACKEADA: COMO A TECNOLOGIA DESETABILIZA OS GOVERNOS MUNDIAIS [Resenha 087/2022]


O jornalista e professor da King’s College London, da universidade britânica Martin Moore, autor do recém-lançado livro Democracia hackeada: como a tecnologia está desestabilizando a política mundial, prevê dois futuros distópicos caso o sistema democrático não se adapte à realidade tecnológica. Ou vamos viver no que ele chama de Estados de Vigilância, ou seja, em países cujos governos monitoram e controlam a vida dos cidadãos através de plataformas digitais; ou, no outro caso, as plataformas digitais, canalizadas em seis grandes empresas [Facebook, Twitter, Amazon, Google, Apple e Microsoft], dominarão todas as esferas públicas e substituirão os próprios governos.

O autor fala sobre como agentes disruptivos — plutocratas ou Estados estrangeiros — foram privilegiados pelas plataformas. “O sistema favoreceu aqueles que buscaram respostas imediatas, emocionais, não engajados no debate democrático”, explica. Para ele, um erro que muitos governos estão cometendo é pensar que existe uma “bala de prata de regulamentação e legislação” que vai resolver todos os problemas online.

Na obra dividida em três partes e nove capítulos, o escritor explica como os cidadãos usam as ferramentas das redes sociais para incubar protestos e coordenar ações coletivas contra governos autoritários e autocráticos. Segundo ele, porém, ao desenvolver essas revoluções por meio da tecnologia, os governos democráticos aproveitam para usufruir dessas plataformas e se autopromover. “Erraram ao presumir que suas ferramentas eram inerentemente democratizantes, quando a tecnologia apenas permitia novas maneiras de alcançar objetivos políticos. Usaram as ferramentas digitais para correrem atrás de seus objetivos e obtiveram benefícios desproporcionais. Não importava se os alvos eram democráticos, autocráticos ou anárquicos”, revela Mooree.

O livro é uma análise de como governos autoritários, elites abastadas e hackers extremistas conseguem manipular escolha de votos no período eleitoral, além de burlar processos democráticos e transformar o Facebook, Google e Twitter em campos de batalha para formar opiniões. Pois, à medida que os usuários migram para a vida on-line, tornam-se cada vez mais vulneráveis às Fake News, já que as plataformas digitais são construídas para conquistar a atenção com base no lance mais alto: manipular ideais.
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MOORE, Martin. Democracia Hackeada: Como a tecnologia desestabiliza os governos mundiais. São Paulo, SP: Editora Hábito, 2022.

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AVIVAMENTO: OBRA EXTRAORDINÁRIA DE DEUS [Resenha 086/2022]


NOTA DO EDITOR - Em Avivamento — Obra extraordinária de Deus, Augustus Nicodemus traz explicações bíblicas e teologicamente muito bem embasadas sobre o que de fato é um avivamento fundamentado na Bíblia. Não o pseudoavivamento dos movimentos repletos de forma, mas vazios de conteúdo, nem o pseudoavivamento antropocêntrico e promovido por mãos humanas, mas o avivamento real, que parte de Deus e conduz a Deus, por meio do poder da Palavra e do Espírito Santo e centrado na cruz.

NOTA DO PREFÁCIO – É notório que a igreja reformada sempre esteve na vanguarda dos grandes avivamentos. O autor deixa claro que o avivamento é uma obra de Deus e não do homem; é operada pelo Espírito e não pela igreja; obedece sempre à agenda do céu e não do calendário da terra. Uma igreja infiel às Escrituras jamais experimentará um genuíno reavivamento, porque Deus jamais agiu contra a sua Palavra. Não podemos confundir reavivamento com grandes ajuntamentos. Não podemos imaginar que o simples crescimento numérico de um grupo religioso seja expressão de um verdadeiro avivamento. O Espírito Santo é o Espírito da Verdade e Ele só opera de conformidade com a verdade.

O Livro possui sete capítulos, onde o autor, baseado totalmente nas Escrituras, trata do tema de forma diferenciada e absolutamente urgente. Afinal ele concentra, de forma clara e objetiva, o cerne do que a Palavra mostra ser o verdadeiro avivamento bíblico. O autor escreve: “Avivamento é uma obra de Deus! Nossa tarefa, como pregadores, líderes e pastores, é proclamar e ensinar a Palavra de Deus. Mas, quem vai concluir a obra extraordinária é somente Deus. Que isso esteja sempre em nosso coração e em nossa mente. Oremos por avivamento. Exponhamos o Evangelho de Cristo. Proclamemos a salvação por meio de Jesus. Foquemos na Palavra. E, se assim aprouver ao Senhor, ele promoverá sua obra extraordinária entre nós”.
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NICODEMUS. Augustus. Avivamento: obra extraordinária de Deus. Rio de Janeiro, RJ: GodBooks, 2022. 128p.

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terça-feira, 20 de setembro de 2022

HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA (EDIÇÃO EM CAPA DURA) [Resenha 085/2022]


HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA (EDIÇÃO EM CAPA DURA)
Coleção Harry Potter

Deveria ser só uma história para o público infantojuvenil. Mas, no mundo inteiro, gente de idades variadas lê Harry Potter – um fenômeno da literatura mundial que desafia crenças e estimativas. No ano em que a saga completa 20 anos de publicação, a Rocco apresenta os sete livros da série em capa dura com novas ilustrações e em formato maior do que o tradicional. Toda a magia da obra de J.K. Rowling, do jeito que os fãs sempre sonharam.

É pura magia! Aranhas gigantes, cobras que matam só com o olhar, varinhas mágicas com defeito… Muitas histórias contribuem para que o leitor se encante com Harry Potter e a câmara secreta, onde ele vai reencontrar todos os pequenos heróis e amigos do livro anterior.

A trama de Harry Potter e a câmara secreta começa com o pequeno feiticeiro passando as férias na casa de seus tios trouxas (não-bruxos) e sendo, como sempre, muito maltratado. Seu aniversário de 12 anos é o pior de todos: ninguém o cumprimenta, não ganha nenhum presente, nada. O garoto, órfão de pai e mãe, chega a cantar Parabéns pra você baixinho como se quisesse, ele próprio, provar que está vivo. Para piorar, os tios o prendem num quarto cercado de grades com direito a apenas uma refeição por dia — que ele divide com sua coruja, igualmente encarcerada numa gaiola.

De repente, aparece um carro voador com amigos feiticeiros que livram Harry Potter dessa amargura. Essa é apenas a primeira cena em que Joanne brinca com situações-limite. Todo o livro é permeado de quase-desgraças e é, por isso mesmo, quase impossível parar de ler. A empreitada, dessa vez, consiste em localizar uma câmara secreta e liquidar o monstro que está atacando estudantes do colégio Hogwarts, no qual os pequenos feiticeiros estudam magia e se divertem aprendendo, por exemplo, a transformar as plantas usando adubo de dragão.

Para Harry, garoto sem família e rejeitado pelos tios, Hogwarts é tudo. Portanto, quando colegas, e até professores, começam a desconfiar que ele tem alguma participação nas tragédias que estão acontecendo no colégio, a situação fica mais complicada. Até Hermione, amiga querida de Potter, é atacada pelo monstro e se transforma numa estátua. Só resta ao nosso herói tentar resolver o mistério por conta própria. Mais uma vez, ele enfrenta o terrível bruxo das trevas e… O final é surpreendente e muito divertido.
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ROWLING, J. K. Harry Potter e a Câmera Secreta. Rio de Janeiro, RJ: Editora Rocco, 2017.

Disponível em todos os formatos

LIÇÕES DE VIDA E LINGUAGEM DO AMOR: O QUE APRENDI EM MINHA INESPERADA JORNADA [Resenha 084/2022]


LIÇÕES DE VIDA E LINGUAGENS DO AMOR trata-se da surpreendente autobiografia de Gary Chapman, o famoso autor de As 5 linguagens do amor, onde compartilha as grandes influências que moldaram sua vida — o lar, a educação, o casamento, os filhos e a vocação —, e mostra como esses pilares trabalham juntos para a formação de indivíduos cujo testemunho é relevante para o próximo.

De um menino comum, nascido em uma pequena cidade dos Estados Unidos, ao reconhecimento internacional e recordes frequentes da almejada lista de mais vendidos do jornal The New York Times, sua história de vida inspira e emociona pela simplicidade e permanente sentimento de gratidão.

Verdadeiro mosaico de matizes obtidos nas alegrias e tristezas, nas vitórias e frustrações, nos acertos e erros, a história de Chapman é uma celebração à esperança e à certeza de que Deus conduz os passos de seus filhos e filhas e lhes oferece graça para avançar em cada etapa da jornada.

O autor escreve: Nas próximas páginas, procuro apresentar as marcas deixadas pelas mãos de Deus enquanto ele usava as mais diversas pessoas e situações para realizar os planos que reservava para mim. O relato dessa jornada será pautado nas cinco principais influências que recebi. (Como você já deve saber, gosto do número cinco!) Vou compartilhar as lições que aprendi ao longo do caminho e mostrar como cada uma delas me preparou para o passo seguinte. Espero que essa partilha encoraje você em sua jornada com Deus. De igual modo, é bem provável que você tenha planos para sua vida, e isso é bom; mas garanta que esses planos estejam à disposição de Deus. Ele vai direcionar seus passos também.

Lições de vida e linguagens do amor é leitura indicada para pessoas em diferentes estágios e realidades, seja o jovem, o adulto ou o idoso, o solteiro ou o casado, o aprendiz ou o líder. Uma fonte de sabedoria prática e bíblica a todos que desejam deixar uma marca positiva no mundo.
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CHAPMAN, Gary D. Lições de vida e linguagens do amor: o que aprendi em minha inesperada jornada. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2022.

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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

CASTROCHAVISMO: CRIME ORGANIZADO NAS AMÉRICAS [Resenha 083/2022]


Em Castrochavismo, crime organizado nas Américas, é um livro composto por uma série de artigos e ensaios, escritos por Carlos Sanchez Berzain, nos quais ele denuncia e disseca os abusos dos ditadores modernos, a evolução do exercício da tirania, o pronunciamento armado e violento pelo populismo e o engano aos votantes. Tudo com o objetivo de se perpetuar no poder às custas do que for, inclusive de cometer delitos próprios da máfia siciliana. O assassinato da separação dos poderes, a decapitação de Montesquieu ocorre agora – seja seu nome Lula, Maduro, Morales, Ortega ou Correa – sob a teórica legitimidade do que foi conseguido em um teatro de aparência democrática. Sempre sob a diretriz de alguém de sobrenome Castro, seja Fidel ou Raúl.

O autor é advogado especialista em direito constitucional e mestre em ciência politica e sociologia. Foi ministro de Estado da República da Bolívia cinco vezes. É cientista politico e defensor histórico das liberdades fundamentais e do controle constitucional na Bolívia. Autor de várias obras, comentários e artigos sobre questões de constitucionalidade, liberdade, democracia e institucionalidade nas Américas.

O autor Conceitua castrochavismo como “o sistema de crime organizado transnacional que usurpa o poder político em Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, e que deve ser tratado como crime organizado, não como um processo político”. A realidade mostra que é uma organização criminosa ditatorial, a qual detém o poder com “terrorismo de Estado”, cometendo institucionalmente todos os tipos de crimes, inclusive contra a humanidade, e transformando os países que controla em “narco-estados”, bases de apoios e fontes de terrorismo e conspirações internacionais.

A importância de saber o que é o castrochavismo, onde está, como opera e ameaça todos os países e povos livres das Américas, pode ser vista na situação dos povos de Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, que foram submetidos a um estado de total indefesa, pobreza e dependência crescente.

O livro é composto por sessenta artigos, distribuídos em seis partes, tem como como objetivo proporcionar a oportunidade de comparar conceitos e fatos com a realidade objetiva. O castrochavismo atua no Brasil, já teve acesso ao governo, mas não conseguiu destruir sua democracia; porém, não esqueçamos que um de seus princípios é o da conspiração permanente.
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BERZAÍN, Carlos Sánchez. Castrochavismo: crime organizado nas Américas. - São Paulo: Editora Hábito, 2022.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

CASAMENTO: DESAFIO DA FELICIDADE EM MEIO ÀS IMPERFEIÇÕES [Resenha 082/2022]


A sinopse do livro começa assim: “Você está em busca de um milagre instantâneo para o seu casamento? Está procurando por uma fórmula mágica de restauração matrimonial? Se a resposta for sim, então este livro não é para você. Ao invés de lhe prometer uma ilusão fácil, este livro irá compartilhar ferramentas poderosas que, se aplicadas com o devido empenho e comprometimento, com certeza serão capazes de produzir os resultados esperados. A partir de exemplos, dinâmicas, exercícios e, principalmente, de lições pautadas nos valores judaico-cristãos, iremos trilhar o caminho rumo a um matrimônio sustentável, abençoado, vitalício, monogâmico e, por incrível que pareça, POSSÍVEL.”

Portanto, este livro trabalha uma das questões mais preocupantes em nossos dias que é a crescente confusão a respeito do casamento. Nossa sociedade está cada vez mais perdida sobre o que é o casamento e como ele deve ser vivido. Uma compreensão bíblica sobre o assunto se faz mais do que necessária. Deus criou e projetou o casamento. Toda vez que nos desviemos do desígnio de Deus, colhemos desilusão e mágoa.

O livro escrito com muito humor sobre um assunto muito sério, possui dez capítulos escrito com o objetivo de que aprendamos a ter uma vida familiar melhor aplicando de os princípios de maneira prática. Pois quando se fala em um relacionamento entre marido e mulher, ninguém melhor do que Claudio Duarte para nos ajudar de forma leve e descontraída, a resgatar o propósito de Deus para um casamento saudável.
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DUARTE, Claudio. Casamento: desafio da felicidade em meio às imperfeições. Rio de Janeiro, RJ: Editora Luz das Nações, 2022.

Disponível na Editora EDILAN e Amazon

A GUERRA DOS MUNDOS [Resenha 081/2022]


Um dos grandes clássicos da ficção científica, “A Guerra dos Mundos” começou a ser publicado em capítulos em 1897, na revista inglesa Pearson’s Magazine. Escrita por HG Wells, conta a história da invasão da Terra por marcianos inteligentes, que chegam no nosso planeta estrategicamente preparado para destruir a raça humana. Um dos aspectos que tornaram esse livro simbólico foi o fato de HG Wells ter usado o gênero da ficção científica, com todos os elementos lúdicos que ele proporciona, para fazer uma crítica à sociedade vitoriana da época.

No livro, os marcianos desembarcam nos arredores de Londres em cilindros metálicos que são inicialmente confundidos com meteoros. Não leva muito tempo para as pessoas descobrirem que dentro destes cilindros há seres alienígenas extremamente hostis e coordenados. Descritos pelo autor como se tivessem a pele similar à couro molhado, os marcianos locomovem-se em máquinas com tripés metálicos, usam armas como raios carbonizadores e fumaças intoxicantes e letais, alimentam-se de fluídos humanos e dizimam tudo que encontram pela frente.

A descrição da aniquilação das pessoas e do domínio da Terra acaba sendo uma alusão ao próprio Império Britânico, que desde o final do século 16 dominava e colonizava povos no mundo. Foi assim na América do Norte, com o extermínio dos índios pelos colonos ingleses, na Austrália com os aborígenes, e continuou sendo assim no século 19, que ficou conhecido como o auge do Império Colonial Britânico quando eles fincaram sua bandeira na Índia e em vários países da África. Quando os marcianos conquistam Londres, eles não esboçam piedade alguma pelos seres humanos nem por suas instituições. As pessoas ficam aterrorizadas com a facilidade que eles têm em destruir tudo o que veem pela frente e em desmoralizar o poderio das forças militares, que se consideravam tão imponentes.

Uma citação do autor no primeiro capítulo deixa bem clara essa intenção de fazer paralelos com a história. Ele diz: “Antes de julgá-los com demasiada severidade, devemos nos lembrar das destruições totais e implacáveis que nossa própria espécie empreendeu, não apenas contra os animais, como os extintos bisões e dodôs, mas contra as raças humanas inferiores… Somos por acaso tamanhos apóstolos da misericórdia para podermos nos queixar de que os marcianos tenham feito a guerra no mesmo espírito?”

“A Guerra dos Mundos” já foi adaptada algumas vezes para o cinema e TV. Em 1953, teve uma primeira versão para o cinema, com Gene Barry e Ann Robinson e produção da Paramount Pictures. Foi lançada no Brasil no dia 25 de dezembro daquele ano e foi um grande sucesso. Mais recentemente, em 2005, teve a versão do Steven Spielberg estrelando o Tom Cruise no papel principal e com a Dakota Fanning. Um filme muito interessante e bem feito, e que a maioria dos fãs de ficção científica já deve ter assistido.
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WELLS, H. G. A Guerra dos Mundos. São Paulo, SP: Martin Claret, 2019.

Disponível em todos os formatos no Amazon

domingo, 4 de setembro de 2022

PENTECOSTALISMO & SOCIEDADE: UM OLHAR CONTEMPORÂNEO [Resenha 080/2022]


O LIVRO: Os organizadores afirmam que a ideia deste livro surgiu durante a pandemia da Covid-19, provocado pelas transformações sociais e teológicas, provocando novos fenômenos no campo da religião. Questionamentos feitos por fiéis, a acentuação da nova e dependente relação entre religião e tecnologia, o protagonismo das mídias sociais e uma busca por inovação da parte de igrejas para manter seu vínculo com a comunidade de fé. Simultaneamente, a tensão na esfera pública entre religião e Política.

Na sinopse, lemos que “É assim que este livro se apresenta: como a continuidade de uma caminhada conjunta em torno de ideias. Nasce como um diálogo denso e atualizado em torno de uma das mais complexas temáticas brasileiras na atualidade. Lidar com o tema do pentecostalismo sem cair em reducionismos e estereótipos requer densidade teórica e senso crítico aguçado, e esta é definitivamente a grande contribuição desta obra. [Dra. Suzana Ramos Coutinho]

OS TEXTOS: (1) Os textos foram preparados para o leitor partindo de um envolvimento orgânico e amistoso com os autores e autoras. Troca de ideias e diálogos foram necessárias considerando cada especificidade das respectivas áreas de pesquisa que floresceram até chegar a esta publicação. (2) Os textos apresentam o pentecostalismo não apenas como um fenômeno sociológico, mas também como uma certa “lógica” cultural que molda a vida das sociedades e dos indivíduos.

OS AUTORES: Os autores possuem além de um alto grau de respeitabilidade e relevância acadêmica, que produziram dez artigos com diversos temas, que vai além de temas comuns do pentecostalismo, tecendo saberes acerca de sua complexidade e interfaces com a cultura, que impacta a vida, as relações familiares e comunitárias, a sociedade, a ética e a política.
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Pentecostalismo & Sociedade: um olhar contemporâneo. Moysés Quitério e Vinicius Almeida (Organizadores). São Paulo, SP: Editora Recriar. 2022.

Disponível na
Editora Recriar
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domingo, 28 de agosto de 2022

A VERDADEIRA BATALHA ESPIRITUAL: VENCENDO MITOS, ABSURDOS E EXAGEROS COM A SÃ DOUTRINA BÍBLICA [Resenha 079/2022]


Sem dúvidas, uma das doutrinas que mais sofreram especulações, especialmente entre os anos de 1990 e 2010, foi a da batalha espiritual. Alguns supostos “especialistas” do tema até então criaram uma estranha e supersticiosa teologia tendo por base muitas das suas experiências pessoais e suas interpretações, muitas delas chamadas de “revelações” originárias de relatos de libertação espiritual de pessoas ou grupos. Mas, ao mesmo tempo, com uma frágil exegese das Escrituras, tornando-a uma teologia mais especulativa do que bíblica.

Apesar disso, indubitavelmente, a igreja de Cristo está numa intensa e crescente guerra espiritual. Esse é um fato biblicamente incontestável (Ef 6.10-12), porém, o desafio é entender o tema à luz das Escrituras. Isso é fundamental para que não se perca tempo e energias em vão. 

A oposição espiritual é parte de uma cosmovisão bíblica. O presidente do Puritan Reformed Theological Seminary, Joel Beeke, definiu a “guerra espiritual como sendo a contínua batalha contra inimigos invisíveis, que se opõem à causa e ao Reino de Cristo. Lutamos contra o poderoso, invisível, inumerável exército de Satanás. A luta é um conflito espiritual muito próximo. É intenso e de grande esforço”. A guerra espiritual na perspectiva bíblica não visa dar mais atenção ao diabo ou jogar holofotes em seus caminhos e obras malignas, mas está relacionada ao que Deus deseja realizar por meio da sua igreja.

Em sete capitulo, o autor traz a perspectiva correta, aprofundada e bíblica sobre batalha espiritual, lembrando-nos no decorrer da leitura, de nossa identidade e missão como igreja. Em tempos em que o mal se alastra e busca brechas em todos os ambientes e situações, entendermos nossa responsabilidade como igreja e nos posicionarmos a partir da voz do General Jesus nos garante triunfo.
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SCHALITT, André. A verdadeira batalha espiritual: Vencendo mitos, absurdos e exageros com a sã doutrina bíblica. Rio de Janeiro, RJ: GodBooks, 2022.

Disponível no Amazon

sábado, 27 de agosto de 2022

ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO: A DRAMÁTICA HISTÓRIA DOS INDIOS NORTE-AMERICANOS [Resenha 078/2022]


Você termina de ler o livro, apoia no peito, respira fundo e começa pensar em tudo aquilo que lhe ensinaram nas aulas de história e ver tudo demolido. “Enterrem meu coração na curva do rio” não é um livro de ficção, e sim, um relato histórico de múltiplas nações indígenas na sua constante tentativa de resistir as imposições dos invasores (colonizadores).

Quando falo de demolição de conhecimento adquirido, me refiro ao fato da história contada pela ótica do conquistador. Dois aspectos muito importante sobre este livro. (1) O livro, escrito pelo historiador norte-americano Dee Brown, resultado de uma profunda pesquisa a respeito das consequências sangrentas da colonização dos Estados Unidos pelo homem branco. Mostra que a colonização do território dos Estados Unidos foi feita não sobre o suor do pobre peregrino expulso da Inglaterra, mas sim, por cima do sangue dos povos nativos. (2) Escrito em uma linguagem de fácil entendimento, o que prende a atenção do leitor até a página final. Os capítulos são estruturados a partir das grandes batalhas, que são expostas com tanto realismo que fica impossível para o leitor não esboçar sua repulsa com a forma com que os homens brancos agem, e sua indignação por evidentemente ter feito parte disto, mesmo que indiretamente.

Este livro, mais do que um triste relato sobre todos os infortúnios que os índios norte-americanos tiveram que enfrentar, foi fundamental para toda uma revisão histórica e uma mudança de mentalidades. Pode-se dizer que esta obra mexeu com a consciência dos norte-americanos, e foi a partir dele que surgiram diversos filmes mostrando o lado dos vencidos.

Dorris Alexander "Dee" Brown foi um escritor, historiador e bibliotecário norte americano, mestre em biblioteconomia, nascido na Louisiana. Cresceu frequentando bibliotecas, lendo os clássicos e brincando com um garoto da nação Creek, que o fez enxergar o expansionismo norte-americano pelo ponto de vista dos povos nativos. Dee faleceu em 2002, aos 94 anos.
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BROWN, Dee. Enterrem meu coração na curva do rio. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2021. 456p.

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sábado, 20 de agosto de 2022

CRÔNICAS CIMÉRIAS: A ESPADA E O BÁRBARO [Resenha 077/2022]


Ciméria é um o país fictício de mesmo nome onde Conan nasceu durante a Idade Hiboriana. Idade está correspondendo a um período histórico também fictício, mas que teria se iniciado após a queda de Atlântida cerca de 12.000 a.C. e se encerrado antes do período neolítico, cerca de 9.500 a.C., com o último cataclismo. Alguns pesquisadores sugerem que o eu lírico, isto é, aquele que narra o poema, seria o próprio Conan, o que é bastante plausível.

Criado por Robert E. Howard na revista Weird Tales em dezembro de 1932, no conto A Fênix na Espada, Conan, o Bárbaro ganhou a sua primeira quadrinização em 1952, no México. Em uma história chamada La Reina de la Costa Negra (adaptação do conto Queen of the Black Coast). Conan nasceu no meio de um campo de batalha na Ciméria. O bárbaro foi um grande aventureiro, além de ladrão, mercenário, pirata e até rei. Sendo um autêntico bárbaro com o seu tamanho colossal e braços parecendo duas bolas de aço, ele possuía uma força extrema, mas mesmo assim demostrava uma alta inteligência em batalha.

Nesta obra magnífica, temos as primeiras aventuras de Conan, na ordem em que foram originalmente lançadas. O escritor Robert E. Howard conta as peripécias de Conan com um incrível domínio da arte narrativa, capaz de deixar o leitor tenso e empolgado enquanto viaja ao lado do bárbaro por reinos estranhos, palácios impressionantes e masmorras aterradoras. Um triunfo da imaginação e um exemplo perfeito do gênero fantástico. Esta edição traz ilustrações exclusivas, uma capa pintada produzida especialmente para o livro e um artigo inédito e ilustrado sobre as passagens de Conan pela literatura e pelas histórias em quadrinhos. As histórias dinâmicas e imaginativas de Howard o transformaram em um favorito dos leitores e Conan se tornou um dos personagens mais famosos do século XX, com adaptações para cinema, TV, quadrinhos, games e muito mais.

Na noite de 11 de junho de 1936, deprimido com a iminente morte de sua mãe e com outros problemas, Robert E. Howard tirou a própria vida com um tiro de revólver contra a cabeça. Apesar da curta carreira, seu legado permanece como um dos mais admiráveis do gênero fantástico.
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HOWARD, Robert. E. Crônicas Cimérias: A Espada e o Bárbaro. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2022. 224p.

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O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS: INTRODUÇÃO FUNDAMENTAL E AUXÍLIOS PARA INTERPRETACÃO [Resenha 076/2022]


O livro divide-se em duas partes: uma breve introdução à obra e os auxílios para a interpretação. É um livro mais para se estudar, ou utilizar como base para preparação de estudos, do que para leitura propriamente dita. Desta forma, aquele que o ler, seja em sua íntegra e sequência, seja apenas como base para consulta, fará bem se acompanhar a leitura com uma boa versão bíblica. Na verdade, nossa opinião é que, antes de ler a parte chamada de “Auxílios para a Interpretação”, a leitura da porção deste livro seja antecipada pela leitura bíblica. Ou seja, o leitor lê em sua Bíblia a porção indicada e, na sequência, lê os auxílios apresentados neste livro.

Como originalmente o Novo Testamento foi escrito em grego, é esperado que um livro como este se utilize várias vezes deste idioma para esclarecer determinadas passagens. Assim, muitas palavras e expressões gregas são apresentadas no decorrer da obra. Todas estas palavras e expressões aparecem escritas com os caracteres gregos mesmo, para que o estudante que possui o domínio da leitura do grego bíblico não tenha dificuldades em procurá-las em outras fontes de auxílio para estudos. Contudo, sempre que aparecer uma palavra grega, ela também estará acompanhada da devida transliteração, a representação de sua pronúncia em nossa língua. Na verdade, em primeiro lugar ela aparece escrita com os caracteres do nosso alfabeto, para não atrapalhar a leitura por parte dos que não conhecem o grego e, na sequência, aparecerá na forma original grega. Ao final do livro encontra-se uma relação das palavras gregas utilizadas nele, para uma consulta rápida e ajuda nas pesquisas.

É sempre bom explicar que este livro, não é uma obra de introdução propriamente dita, nem um comentário bíblico. Ela é aquilo que o seu subtítulo diz: uma introdução fundamental, que procura prover ao estudante o indispensável para entender o livro bíblico, e auxílios para a interpretação, ou seja, esclarecimentos para porções de textos que apresentem certo grau de dificuldade para a compreensão atual. Sendo assim, naturalmente, muitos textos bíblicos, que podem ser compreendidos com facilidade pelos leitores, não serão comentados em seus detalhes, ou nem serão mencionados, mas serão tratados apenas aqueles que necessitam de explicações.
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GUSSO, Antônio Renato. O Evangelho segundo Lucas: Introdução fundamental e auxílios para interpretação. Curitiba, PR: AD SANTOS EDITORA, 2022. 192p.

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terça-feira, 16 de agosto de 2022

HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL [Resenha 075/2022]


Deveria ser só uma história para o público infantojuvenil. Mas, no mundo inteiro, gente de idades variadas lê Harry Potter – um fenômeno da literatura mundial que desafia crenças e estimativas. No ano em que a saga completa 20 anos de publicação, a Rocco apresenta os sete livros da série em capa dura com novas ilustrações e em formato maior do que o tradicional. Toda a magia da obra de J.K. Rowling, do jeito que os fãs sempre sonharam.

Harry Potter é um garoto cujos pais, feiticeiros, foram assassinados por um poderosíssimo bruxo quando ele ainda era um bebê. Ele foi levado, então, para a casa dos tios que nada tinham a ver com o sobrenatural. Pelo contrário. Até os 10 anos, Harry foi uma espécie de gata borralheira: maltratado pelos tios, herdava roupas velhas do primo gorducho, tinha óculos remendados e era tratado como um estorvo.

No dia de seu aniversário de 11 anos, entretanto, ele parece deslizar por um buraco sem fundo, como o de Alice no país das maravilhas, que o conduz a um mundo mágico. Descobre sua verdadeira história e seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em que terá que enfrentar a pior força do mal, o homem que assassinou seus pais. O menino de olhos verde, magricela e desengonçado, tão habituado à rejeição, descobre, também, que é um herói no universo dos magos, a única pessoa a ter sobrevivido a um ataque do tal bruxo do mal e essa é a causa da marca em forma de raio que ele carrega na testa. Ele não é um garoto qualquer, ele sequer é um feiticeiro qualquer; ele é Harry Potter, símbolo de poder, resistência e um líder natural entre os sobrenaturais. A fábula, recheada de fantasmas, paredes que falam, caldeirões, sapos, unicórnios, dragões e gigantes, não é, entretanto, apenas um passatempo.

Harry Potter conduz a discussões metafísicas, aborda o eterno confronto entre o bem e o mal, evidencia algumas mazelas da sociedade, como o preconceito, a divisão de classes através do dinheiro e do berço, a inveja, o egoísmo, a competitividade exacerbada, a busca pelo ideal – a necessidade de aprender, nem que seja à força, que a vida é feita de derrotas e vitórias e que isso é importante para a formação básica de um adulto.
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ROWLING, J. K. Harry Potter e a Pedra Filosofal. Rio de Janeiro, RJ: Editora Rocco, 2017.

Disponível em todos os formatos: Editora Rocco e Amazon

ENSINANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS [Resenha 074/2022]


O Dr. Hendricks não apenas é um dos principais nomes da moderna educação cristã, mas também um dinâmico e eficiente professor de disciplinas bíblicas, cujo ministério tem transformado muitas vidas. O autor narra como sua vida foi impactada por professor de escola dominical sem muito preparo formal mas que influenciou a vida de muitos adolescentes firmando-os na fé e impulsionando os ao ministério cristão – 11 entre 13 meninos! Não foram suas palavras, mas sua atitude integra e a vivência de amor prático que impactaram as vidas desses garotos. Também cita exemplo de professora idosa, cujos sensíveis frutos se fizeram abundantes nas vidas influenciados por ela muito, mas do que métodos adequados que usou.

Neste livro são enfatizados sete conceitos acerca do ensino, que o autor denominou de "leis" — princípios ou regras, e que eles se resumem basicamente numa ideia: o amor pelo ensino. O autor afirma que essas leis são princípios básicos que se acham intrinsecamente relacionados ao processo de ensino. Se os compreendermos bem e os aplicarmos à nossa prática didática, conseguiremos promover mudanças permanentes na vida dos alunos, sejam eles de que faixa etária forem, seja qual for a matéria que lecionarmos, e seja qual for nosso contexto cultural.

Resumos das leis:

Lei do Professor. Quem para de "crescer" hoje, para de ensinar amanhã.
Lei do Ensino. A maneira como os alunos aprendem deve determinar a maneira como ensinamos.
Lei da Atividade. Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume de conteúdo apreendido.
Lei da Comunicação. Para que haja comunicação é necessário que se estabeleçam pontes de ligação entre o comunicador e o receptor.
Lei do Coração. O ensino que realmente causa impacto não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
Lei da Motivação. O ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado.
Lei da Preparação. O processo ensino-aprendizagem é mais eficiente se tanto aluno como professor estão previamente bem preparados.

O autor conclui: Nosso sucesso na tarefa de ensinar não depende de nosso domínio dessas leis, mas de nós mesmos, como pessoas, e principalmente da liberdade que dermos ao poder de Deus para que ele atue em nós. O segredo de tudo não é o que fazemos para Deus, mas o que permitimos que ele faça por nosso intermédio. Deus quer usar-nos como elementos catalisadores, e à medida que formos permitindo que ele transforme e renove nosso entendimento, estaremos nos preparando para essa função.
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HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Curitiba, PR: Editora Betania, 2022. 128p.

Disponível na Editora Betânia e Amazon

RETIRANTES: O LEGADO DAS SOMBRAS [Resenha 073/2022]


Retirantes: O legado das sombras é uma obra intrigante. Inspirado na pintura homônima de Cândido Portinari, o texto traz uma reflexão sobre o fenômeno da migração no Brasil. Para que, já leu “Vidas Secas” de Graciliano Ramos e “O Quinze” de Rachel de Queiroz, sabe muito bem como passam aqueles que fugindo de um contexto de miséria, fugindo das “sombras” de suas próprias almas, enfrentam o desconhecido em busca de um futuro que dê sentido ao fato de estarem vivos. O diferencial deste livro é o que se trata de uma ficção pós-apocalíptica que transcreve o medo e o desespero pelo qual passam muitos daqueles que enfrentam o desconhecido em busca de um futuro melhor. Isso é típico de muitos que no passado tiveram que passar por isso.

“Desde que as criaturas sombrias foram libertadas, tudo o que era vivo no mundo tinha se tornado um alvo. Animais plantas, insetos, seres humanos, transformaram-se em alimento para os seres insaciáveis. No começo, alguns diziam ser um castigo vindo do inferno para cobrar o preço por todos os males causados pelo homem: a ganância, a cobiça, a falta de humanidade. Já outros acreditavam em seres extraterrestres, vindos de planetas distantes na intenção de dizimar a raça humana e se apossar de suas fontes naturais. Ninguém ainda sabia a verdade, mas o único fato com o qual todos concordavam era que, em poucos meses, tudo estaria seco, morto”.

No enredo, 90% da população mundial já foi dizimada por seres batizados popularmente de “sombras”. Neste quadro apocalíptico, as novas tecnologias e os meios de comunicação se tornaram absoletos. Joaquim e os dois filhos, fugindo do caos, trilham uma jornada em busca do desconhecido permeada por medo e desespero, lutando pela sobrevivência. Enquanto isso, - como diz a sinopse – “distante dessa família, dois grandes grupos de sobreviventes travam uma guerra não declarada por um dos últimos paraísos habitados pela raça humana”.
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PEDROSA, Daniel. Retirantes: o legado das sombras. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2022. 256p.

Disponível em todos os formatos: Novo Século Editora e Amazon.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

EDUARDO GALEANO - OBRAS ESCOLHIDAS [Resenha 072/2022]


Eduardo Hugles Galeano nasceu na capital do Uruguai, Montevidéu, no dia 03 de setembro de 1940. Aos 14 anos de idade vendeu sua primeira charge política para o jornal “El Sol”, do Partido Socialista. Foi apenas no final da década de 60 que sua conseguiu firmar-se como jornalista e chefe de redação em um jornal semanal, trabalhando ao lado de importantes colaboradores. Com a instauração do regime militar no Uruguai, nos anos 70, foi perseguido pela publicação de seu livro “As Veias Abertas da América Latina”, que é uma obra considerada referência da esquerda política, onde o autor analisa a história da América Latina desde o colonialismo, até o século XX.

Neste volume, que me levou a conhecer mais este autor uruguaio que marcou a literatura das décadas de 1970 e 1980, a L&PM editoras nos agracia com quatro obras:

VAGAMUNDO – Publicado em 1973, reúne várias narrativas curtas de Eduardo Galeano. Estes contos/relatos estão impregnados do estilo do autor, que revisita seus ancestrais mantendo sempre uma visão de estranhamento em relação às coisas da vida.

O TEATRO DO BEM E DO MAL - Este livro traz textos escritos no estilo de Eduardo Galeano - misto de reflexão, conto, artigo e ensaio. Com ironia e humor, abordam questões no plano social, econômico, político, militar e ecológico. Os principais assuntos tratados são - o Oriente Médio, o futuro da água no planeta, o terrorismo e a busca pela felicidade. Nesta obra, Galeano se propõe a esmiuçar a evolução e a história humana.

O LIVRO DOS ABRAÇOS - é uma coleção de histórias curtas e muitas vezes líricas, apresentando as visões de Galeano em relação a temas diversos como emoções, arte, política e valores. A obra também oferece uma crítica mordaz à sociedade capitalista moderna, com o autor defendendo aquilo que acredita ser uma mentalidade ideal à sociedade.

DIAS E NOITES DE AMOR E DE GUERRA - são histórias vividas em épocas de violência e intolerância. Relatos que resgatam a memória do terror étnico e político pelo mundo, com ênfase nos 'anos de chumbo' da América Latina. A rotina daqueles que, por motivos políticos, se viam obrigados a abandonar suas casas, seus países, parentes, formando uma enorme diáspora de uruguaios, argentinos, brasileiros, paraguaios, chilenos etc. As pequenas e as grandes tragédias de uma época em que as ditaduras militares, com violência, ocupavam quase a totalidade dos países latino-americanos. Eduardo Galeano procura recuperar, neste livro, as histórias, os homens comuns, o cotidiano destes anos de resistência à intolerância.
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GALEANO, Eduardo. Obras Escolhidas. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2022. 512p.

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