quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A DEVOÇÃO TRINITÁRIA DE JOHN OWEN (Apresentação da Obra)



Se você é cristão, é somente por causa do pensamento e da ação amorosa de cada pessoa da Trindade. O pai, junto ao Filho e ao Espírito, o planejou antes da fundação do mundo; o Filho veio pagar o preço pela nossa redenção a fim de nos trazer justificação diante de Deus; o Espírito, enviado pelo Pai e pelo Filho, nos traz à fé pela sua poderosa obra. Era isto que John Owen desejava que os cristãos soubessem. A Devoção Trinitária de John Owen é apenas o ponto inicial na explanação de tudo o que isso significa.

(1) Deus é Trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é um grande mistério – porque nós não somos Deus e não conseguimos entender plenamente o completo, maravilhoso e glorioso mistério do seu Ser. Mas podemos começar a compreendê-lo a aprender a amá-lo e adorá-lo.

(2) Se você é cristão, é somente por causa do pensamento e da ação amorosa de cada pessoa da Trindade. O Pai, junto ao Filho e ao Espírito, o planejou antes da fundação do mundo; o Filho veio pagar o preço para nossa redenção e, apoiado pelo Espírito Santo, foi obediente ao Pai em nosso lugar, tanto em sua vida quanto em sua morte, a fim de nos trazer justificação diante de Deus; agora, pela poderosa obra do Espírito Santo que foi enviado pelo Pai e pelo Filho, fomos trazidos à fé.

(3) O maior privilégio que qualquer de nós pode ter é o seguinte: podemos conhecer a Deus como Pai, Filho e Espírito Santo. Podemos gozar a participação – que Owen chama de “comunhão” – com Deus. Tal conhecimento é tão rico, largo, profundo, extenso e alto quanto são as três pessoas de Deus. Conhecer e ter comunhão com ele é um mundo inteiro de conhecimento, confiança, amor, alegria, comunhão, prazer e satisfação sem fim.


APRESENTAÇÃO DE STEVEN LAWSON, EDITOR DA SÉRIE “UM PERFIL DE HOMENS PIEDOSOS”

[...] Esta serie “Um Perfil de Homens Piedosos” destaca figuras chave na linha contínua de homens da graça soberana. O objetivo desta série é explorar como essas figuras usaram seus dons e habilidades dados por Deus para impactar o seu tempo e avançar o reino dos céus. Por serem corajosos seguidores de Cristo, os seus exemplos são dignos de serem seguidos hoje.

Este volume, escrito por meu bom amigo Sinclair Ferguson, foca aquele que é considerado o maior dos teólogos puritanos ingleses, John Owen. A vida monumental de Owen foi marcada por sua realização intelectual superior. Tornou-se pastor, capelão de Oliver Cromwell, e vice-chanceler da Universidade de Oxford. Sua obra mais influente, ‘A morte da morte na morte de Cristo’ (1647), escrita quando contava apenas trinta e um anos de idade, é uma extensa reflexão sobre a vida intra-trinitariana de Deus na encarnação e expiação de Jesus Cristo. Este trabalho seminal lançou Owen em um caminho de meditação e reflexão trinitária. Ele deixou ricos tratados e sermões sobre a comunhão trinitária que um cristão pode ter com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo. Talvez nenhum outro teólogo inglês tenha gasto mais tempo na contemplação da eterna Divindade, e o estudo de Owen traduzia zelosa paixão pelo evangelho e dedicação a Cristo. John Owen é figura altaneira, eminentemente digna de ser retratada no esboço biográfico da série.

Que o Senhor use este livro para levantar uma nova geração de crentes, que levem a mensagem do evangelho e influenciem este mundo. Por meio deste perfil, que você seja fortalecido para andar de modo digno da vocação a que foi chamado. Que você seja zeloso em sua devoção ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, para a glória de seu nome e o avanço de seu reino. Soli deo gloria [Steven Lawson]


FERGUSON, Sinclair B. A Devoção Trinitária de John Owen. São José dos Campos: Editora Fiel, 2015. [Coleção “um perfil de homens piedosos]

MINHAS NOVAS FERRAMENTAS DE TRABALHO


“Meus livros são minhas ferramentas. Também servem como meus conselheiros, minha consolação, e meu conforto.” (Charles Spurgeon)


(1) A Ética dos dez mandamentos - Hans Ulrich Reifler (Editora Vida Nova)

Vivemos uma crise ética sem precedentes. A sociedade civil e suas instituições sofrem cotidianamente o impacto dessa crise. A igreja, por sua vez, não se mantém ilesa, nem pode se eximir diante dessa situação tão grave. Mas onde buscar, na Bíblia, respostas para esse dilema que hoje enfrentamos?

Mesmo não havendo escrito propriamente um manual sobre ética cristã, Reifler oferece-nos, na primeira parte de seu livro, uma excelente e breve introdução a esta disciplina teológica. Na segunda divisão, ele nos mostra porque os dez mandamentos ainda valem hoje para o povo de Deus. Finalmente, ele dedica a maior parte de seu estudo à exposição sistemática das leis do Sinai.


(2) Discipulado - Dietrich Bonhoeffer (Mundo Cristão)

No contexto do nazismo, na Alemanha, e baseado no Sermão do Monte o autor explica o verdadeiro sentido e prática de seguir a Cristo e fazer outros seguidores. Aqueles que são de Cristo conhecem a graça através do arrependimento, o perdão pela confissão, e percorre o caminho do discípulo pela cruz, em submissão a Cristo como servo por amor!

“Em tempos de reavivamento da Igreja, obtém-se claramente um enriquecimento nas Escrituras Sagradas. Por detrás dos apelos cotidianos e das palavras de ordem, necessários no debate eclesiástico, surge uma busca mais decidida a respeito do único a quem realmente importa encontrar, a saber, o próprio Jesus. O que Jesus quis nos dizer? O que espera e nós hoje? Como ele nos ajuda a sermos cristãos fiéis em nosso tempo?” (O autor)


(3) Gilead - Marilynne Robinson (Editora Nova Fronteira)

O reverendo John Ames, já passado dos 70 anos de idade e sabendo que lhe sobra pouco tempo de vida, decide deixar para seu filho, que ainda está para fazer 7 anos, o relato de sua vida por escrito. Ao narrar os acontecimentos, o reverendo rememora também as vidas de seu pai e seu avô, igualmente religiosos. "Gillead" é o segundo romance de Marilyne Robinson e vencedor do Prêmio Pulitzer de 2005.


(4) O Cristo dos Profetas – O. Palmer Robertson (Centro de Literatura Reformada – CLIRE)

Nesta meticulosa introdução aos profetas do antigo Israel, o Dr. O. Palmer Robertosn revela a paixão e o propósito dos escritos extraordinários deles. Ele escreve: “Uma nova aliança, uma nova Sião, um novo templo, um novo Messias, uma nova relação com as nações do mundo – essas eram as expectativas propostas para injetar futura esperança no povo que teria de suportar o trauma da deportação da sua terra”.

Depois de examinar as origens do profetismo, o chamado dos profetas, e sua proclamação e aplicação da lei e da aliança, o Dr. Palmer dedica atenção especial ao significado bíblico-teológico do exílio e da restauração. Observando essas experiências pela perspectiva de vários profetas, ele conduz nossa atenção para os sofrimentos e para a gloriosa restauração do povo de Deus em Cristo.

O Cristo dos Profetas é uma sequencia da obra O Cristo dos Pactos, considerada por muitos como um clássico na área da teologia bíblica.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O ENCANTO POÉTICO DE ISAAC WATTS


Biografia de Isaac Watts (1674-1748), "pai da hinódia inglesa", autor de cerca de setecentos e cinqüenta hinos evangélicos. O autor procura destacar ao longo dos capítulos várias facetas de Watts: educador, pregador, poeta e hinólogo.

Douglas Bond diz: “Por sua imaginação incomparável, Watts me transportou de volta para o quente e empoeirado Gólgota, onde ouvi a batidas dos martelos sobre os pregos, os insultos e cuspes, os gemidos e gritos de dor. Pelas palavras de Watts, tornei-me o jovem contemplando a maravilhosa cruz. Com os olhos da fé, eu era aquele que via o Príncipe da glória abandonado por seu Pai e morrendo em agonia. E porque eu agora via, estava resoluto a contar como perda todas as minhas aspirações à riqueza e grandeza. Eu estava, pela primeira vez, desprezando todo o meu orgulho delirante do corpo e da mente.”

Muito já se escreveu, nos blogs reformados, sobre a importância da doutrina correta nas músicas entoadas nas igrejas, como também, muitos sermões pregados. Mas quis dar também minha contribuição mostrando um pouco da obra desse grande pastor e poeta desconhecido por muitos. Recomendo também a leitura do livro acima citado. Se você faz parte do grupo de louvor de sua comunidade, leve a ela músicas cristocêntricas, que exaltem ao excelso Deus, seus atributos e sua glória. Aprendamos com Issac Watts!

APRESENTAÇÃO DE STEVEN LAWSON, 
EDITOR DA SÉRIE “UM PERFIL DE HOMENS PIEDOSOS”

[...]Esta serie “Um Perfil de Homens Piedosos” destaca figuras chave na linha contínua de homens da graça soberana. O objetivo desta série é explorar como essas figuras usaram seus dons e habilidades dados por Deus para impactar o seu tempo e avançar o reino dos céus. Por serem corajosos seguidores de Cristo, os seus exemplos são dignos de serem seguidos hoje.

O foco deste próximo volume está o preeminente hinólogo inglês Isaac Watss. A beleza poética de seus hinos impregnados de doutrina transcende os séculos e continua a enriquecer a Igreja atualmente. Por sua habilidade literária extraordinária, ele tornou o cantar de hinos uma força devocional na Igreja Protestante. Tomado por uma visão elevada de Deus, este talentoso compositor revitalizou o canto congregacional por voltar a expor uma rica teologia em letras que combinavam o estilo musical ao peso da mensagem bíblica. Tudo isso – a ascensão e a queda de uma frase, metáforas marcantes, a cadência de um verso – convertia a majestade e transcendência de Deus em palavras inesquecíveis. Chamado de Melanchthon do seu tempo, este pastor hinologista influenciou o curso da adoração congregacional que permanece até o dia presente. Os seus hinos continuam a ser um marco na vida espiritual da Igreja.

Este dom para o encanto poético se faz necessário, mais uma vez, nos dias atuais. Em um momento em que há muita superficialidade na adoração congregacional, a Igreja deve recuperar uma visão elevada de Deus que leve à adoração transcendente. Em última análise, é a teologia que inevitavelmente produz doxologia. O recente ressurgimento da teologia Reformada de inspirar altaneiro louvor nos corações dos crentes. Que o Senhor possa usar este livro para inflamar uma nova geração a contemplar “a maravilhosa cruz sobre a qual o Príncipe da glória morreu”. Soli deo gloria! [Steven Lawson]

BOND, Douglas. O Encanto Poético de Isaac Watts. São José dos Campos: Editora Fiel, 2014. [Coleção “um perfil de homens piedosos]


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

NOVAS FERRAMENTAS DE TRABALHO



Adquiri essas ferramentas de trabalho já faz algum tempo, mas somente agora estou fazendo essa publicação.

1. A Manifestação do Espírito: a contemporaneidade dos dons à luz de 1 Coríntios 12-14 

Neste livro, D. A. Carson analisa minuciosamente a questão da contemporaneidade dos dons de uma perspectiva bíblica, sem deixar, porém, de dialogar com a longa tradição da teologia cristã. Trata-se de um estudo cuidadoso e diligente que visa extrair de um dos textos bíblicos mais célebres sobre o assunto, 1 Coríntios 12—14, uma interpretação consistente e precisa que seja capaz de unir carismáticos e não carismáticos por meio de uma compreensão bíblica e teológica do assunto. (Sinopse)

2. Jesus, o filho de Deus: o título cristológico muitas vezes negligenciado, às vezes mal compreendido e atualmente questionado

Em Jesus, o Filho de Deus, o aclamado acadêmico D. A. Carson, estudioso do Novo Testamento, examina a importância da filiação divina de Jesus para o modo de os cristãos da atualidade pensarem e falarem sobre Cristo, em especial no que diz respeito à tradução da Bíblia e ao trabalho missionário com muçulmanos de todo o mundo. Embora a identidade de Jesus como “Filho de Deus” seja uma confissão de base para todo cristão, boa parte de sua importância é muitas vezes negligenciada ou mal compreendida. Por meio de um levantamento da expressão “Filho de Deus” nas Escrituras e de uma exegese de dois textos-chave que tratam da filiação de Cristo, Carson lança luz sobre esse importante tema com sua habitual clareza exegética e percepção teológica.

3. As Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento. 

Nesta coletânea de mensagens sobre diversos textos veterotestamentários, oito pastores e estudiosos evangélicos eminentes demonstram como pregar Cristo a partir do Antigo Testamento: 
R. Albert Mohler Jr. – Estudando as Escrituras para encontrar Jesus; 
Tim Keller – A saída; 
Alistair Begg – De uma estrangeira ao Rei Jesus; 
James MacDonald – Quando você não sabe o que fazer; 
Conrad Mbewe – O Renovo justo; 
Matt Chandler – Juventude; 
Mike Bullmore – Deus tem um grande coração de amor pelos seus; 
D. A. Carson – Empolgando-se com Melquisedeque.

Futuramente, estarei postando as resenhas de livro.

ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA - UMA VISÃO BÍBLICA DO HOMEM


"É justamente através do conhecimento que descobrimos os nossos limites; já que o conhecimento aponta para o que está além de nós, vindo daí nossos desejos, resultantes de outros que foram satisfeitos, mas, que trouxeram em seu ventre o símbolo de novas carências... Temos que concordar com Sócrates (469-399 a.C.), quando coloca nos lábios de Diotima, que "quem não se considera incompleto e insuficiente, não deseja aquilo cuja falta não pode notar." O conhecimento da nossa ignorância é o princípio do conhecimento.

A Ciência é em grande parte filha da necessidade e do trabalho. É a necessidade que se revela no trabalho, na pesquisa, na procura pelo saber. Parece-nos ser fato que o desejo é fruto da carência ou da consciência da carência de totalidade, da falta de onisciência, sendo portanto um atributo dos mortais. Todavia, este desejo precisa ser conscientizado: a ignorância do desejo é a acomodação na limitação. Assim sendo, a Ciência, é produto do homem consciente da sua necessidade e ao mesmo tempo, disposto a suprimi-la. A Ciência, como fruto do labor humano, começa pelo sonho dos inconformados que não se contentam com os limites da ignorância. "O sonho é uma fresta do espírito", como bem observou Machado de Assis (1838-1908) e a fé que permeia a ciência, por ser "racional", deve ser essencialmente ativa.

Sem sonho não há possibilidade de Ciência e, sem trabalho, os sonhos não se constroem, permanecem escondidos, só vindo à luz durante as "trevas" do sono, onde não há perigo de serem concretamente confrontados... "Aqueles de nós que não estão dispostos a expor suas ideias ao risco da refutação não tomam parte no jogo da ciência", nos adverte Popper (1902-1994).

Hermisten Maia Pereira da Costa - ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA: Uma visão bíblica do homem - p.31.