Ele cria que o sacramento era uma inestimável dádiva do Salvador à igreja, em cujo correto uso a fé do povo de Deus é confirmada e fortalecida e suas almas recebem grande benefício. Ele cria que se devem evitar dois extremos. Um deles é a doutrina da transubstanciação, a qual vai de encontro tanto à Escritura quanto à razão e profana a instituição da Ceia feita por Cristo. O outro é o erro dos que consideravam a Ceia apenas como uma sombra vazia sem nenhuma eficácia intrínseca para os crentes: “Por que a Ceia do Senhor é chamada ‘a comunhão do corpo de Cristo’ (I Co 10.16), senão porque na celebração correta dela temos doce comunhão com Cristo? (...) Fazer do sacramento apenas uma representação de Cristo é apequenar o sacramento, o que redunda em pouco conforto”. Esse ponto de vista se fundamenta no ensino de Calvino que considerava o sacramento um meio de graça pelo qual, através da fé, Cristo opera eficazmente no crente.
Alguns protestantes podem estar dispostos a dissentir desta posição, mas ninguém que ama a nosso Senhor Jesus Cristo deixará de ser tocado e abençoado pelo ardor e devoção ao Salvador que se encontram na exposição de Watson.
O livro possui onze capítulos, onde o autor, depois de explicar por que devemos ter em alta estima o que Cristo fez por nós em sua morte, nos ensina ainda como nos preparar para participar da Ceia, como para desfrutar deste momento em que recebemos e como obter um crescente e duradouro benefício e encorajamento da Ceia.
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WATSON, Thomas. A Ceia do Senhor. Recife, PE: Editora Os Puritanos, 2015.
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