O autor fala sobre como agentes disruptivos — plutocratas ou Estados estrangeiros — foram privilegiados pelas plataformas. “O sistema favoreceu aqueles que buscaram respostas imediatas, emocionais, não engajados no debate democrático”, explica. Para ele, um erro que muitos governos estão cometendo é pensar que existe uma “bala de prata de regulamentação e legislação” que vai resolver todos os problemas online.
Na obra dividida em três partes e nove capítulos, o escritor explica como os cidadãos usam as ferramentas das redes sociais para incubar protestos e coordenar ações coletivas contra governos autoritários e autocráticos. Segundo ele, porém, ao desenvolver essas revoluções por meio da tecnologia, os governos democráticos aproveitam para usufruir dessas plataformas e se autopromover. “Erraram ao presumir que suas ferramentas eram inerentemente democratizantes, quando a tecnologia apenas permitia novas maneiras de alcançar objetivos políticos. Usaram as ferramentas digitais para correrem atrás de seus objetivos e obtiveram benefícios desproporcionais. Não importava se os alvos eram democráticos, autocráticos ou anárquicos”, revela Mooree.
O livro é uma análise de como governos autoritários, elites abastadas e hackers extremistas conseguem manipular escolha de votos no período eleitoral, além de burlar processos democráticos e transformar o Facebook, Google e Twitter em campos de batalha para formar opiniões. Pois, à medida que os usuários migram para a vida on-line, tornam-se cada vez mais vulneráveis às Fake News, já que as plataformas digitais são construídas para conquistar a atenção com base no lance mais alto: manipular ideais.
_____
MOORE, Martin. Democracia Hackeada: Como a tecnologia desestabiliza os governos mundiais. São Paulo, SP: Editora Hábito, 2022.
Disponíveis na
Editora Hábito
Amazon
Nenhum comentário:
Postar um comentário