domingo, 31 de maio de 2020

SONETIMAGEM [Resenha 091/20]


Segundo a sinopse, SONETIMAGEM é o segundo livro de uma série de sete livros dedicados ao resgate cultural dos sonetos na literatura brasileira, me suas mais diferentes formas de concepção já catalogadas e o primeiro onde se busca a interconexão entre sonetos e outras linguagens da arte. Nesta obra, é propósito do autor interpretar o conteúdo dos textos dos poemas através de imagens e fotografias, buscando o autor tornar ainda mais lúdica a experiência poética.

O soneto, gramaticalmente falando são poemas que apresentam regras fixas quanto ao número de versos, à combinação das rimas e à organização das estrofes. Longe, desta explicação engessada, o Soneto é algo que caiu na graça dos poetas medievais e permanece inabalável entre os escritores contemporâneos. A sua aproximação e familiaridade com a música permite, que se criem poemas altamente líricos como estes que o leitor encontrará neste livro.

SonetIMAGEM é a junção de duas artes. O soneto, como exposto acima e a imagem, ou como diz o autor “o casamento de letras com fotos”. Sabemos perfeitamente que vivemos em uma cultura denominada de cultura imagética, ou seja, o híbrido da fotografia com a arte, onde as imagens fotográficas são potencializadas na experimentação artística. No caso aqui, é soneto e Imagem.

Como este livro é uma série, ele já começa com o soneto de número 51 e o autor coloca diante do leitor 50 sonetos dentro da mesma metodologia semelhante do livro anterior, só que desta vez, alternando imagens e sonetos (rima travada, shakespeariano, heterométrico, italiano, polar, etc). Imagens intrigantes e sonetos que falam. O autor escreve: “Embarquem comigo nessa grande viagem rumo ao infinito, ainda que finita seja a percepção de um frame.
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MACIEL, Eduardo. Sonetimagem. Rio de Janeiro: Autografia, 2019. 106p.

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