Estrelas Além do Tempo é sobre mulheres durante os períodos de Guerra, dominando papéis que antes eram considerados masculinos. Principalmente, sobre mulheres negras em um duplo esforço de resistência de classe e gênero. Quem, que viveu em liberdade, teria ânimo e vontade de retornar ao lar e apenas viver a sua vida depois que a guerra e as conquistas masculinas tivessem terminado? Um dos pontos mais interessantes é perceber que boa parte dessas mulheres, que trabalhavam tanto na NASA quanto em outras atividades, tinham seus filhos e sua família e isso não as impedia de sonharem com suas carreiras e estudos. A história de Mary, Dorothy e Katherine é a história de muitas outras que ainda permanecem no anonimato, nos corredores escuros da história construída longe da égide do heroísmo dos homens. Margor Shetterly baliza as histórias das três mulheres sempre por duas vertentes, a de gênero e a de raça, que foram inextricáveis e agiram sobre suas trajetórias individuais.
O livro, possui 23 capítulos onde mostram que essas mulheres ficaram conhecidas por estimar com lápis, réguas e calculadoras os números que lançariam foguetes e astronautas para o espaço, no caso aqui, levou John Glenn a ser o primeiro americano a ir ao espaço. A autora também relata como essas matemáticas enfrentaram um ambiente extremamente hostil, em uma época de racismo e segregação. Contudo, o talento falou mais alto do que os obstáculos que enfrentaram e elas se tornam verdadeiras heroínas da corrida espacial dos Estados Unidos contra a União Soviética.
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SHETTERLY, Margot Lee. Estrelas além do tempo. Rio de Janeiro, RJ. 2017. 352p.
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