Publicado em 1813, o “filho querido” de Austen, seu primeiro livro escrito, tornou-se digno do rótulo de clássico, justamente por usar com talento os ingredientes caros à sociedade inglesa do século XIX – seja pela curiosidade das classes mais baixas, seja pela identificação dos mais ricos – como estratégia para tecer críticas sociais e morais profundas contra um mundo extremamente difícil para as mulheres. Dois fatos sobre esta obra: (1) É a mais adaptada e readaptada para diversas mídias e cenários ao redor do mundo. Desde o lançamento, “Orgulho e Preconceito” já foi recontado em inúmeras peças de teatro, cinema, filmes para TV, radionovelas, telenovelas, séries e, agora, quadrinhos. (2) A cada ano são vendidas 50.000 cópias do romance apenas no Reino Unido, sem contar os downloads eletrônicos gratuitos, já que a obra não está mais sujeita aos direitos autorais. Uma pesquisa realizada em 2003 pela BBC concluiu que “Orgulho e Preconceito” é o segundo romance preferido dos britânicos, depois de O Senhor dos Anéis.
“Orgulho e preconceito” mostra como evoluíam os relacionamentos humanos em uma época em que não existia telefone nem automóvel. A comunicação a distância só acontecia por cartas, que eram levadas a cavalo. É um mundo que Jane Austen conhece muito bem: a sociedade provinciana inglesa do século XVIII.
A escritora nasceu no dia 16 de dezembro de 1775, em Hampshire, na Inglaterra. Era filha do reverendo George Austen e de Cassandra Austen. Jane, um dos maiores nomes da literatura inglesa ao lado de Shakespeare. Jane Austen criou romances que atravessaram séculos, não pôde assinar um livro por ser mulher, gostava de escrever em segredo e até hoje não se tem certeza de como era seu rosto.
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AUSTEN. Jane. Orgulho e Preconceito. Jandira, SP: Ciranda Cultural, 2018. 288p.
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