O espantoso não é o fato de Lewis haver-se tornado um escritor cristão tão talentoso e altamente conceituado; o espantoso é o próprio fato de ele ter-se convertido ao cristianismo. O homem que o Papa João Paulo II escolheu para aclamar como defensor habilidoso da fé, só retornou à sua fé de infância quando atingiu a casa dos 30 anos. Em sua obra autobiográfica, “Surpreendido pela alegria”, Lewis descreve-se no dia em que caiu de joelhos e orou como "o mais abatido e relutante convertido de toda a Inglaterra".
A história da árdua peregrinação de Lewis é fascinante em si mesma, considerando-se o fato de ele haver-se tornado uma voz do pensamento cristão, bastante celebrada e de grande projeção. Os conflitos espirituais de Lewis, porém, ultrapassam o mero interesse biográfico: lançam uma nova luz sobre os caminhos que muitos outros, peregrinos têm de trilhar. As visões de mundo que ele apresenta é as questões que ele abraçou continuam ainda hoje sendo relevantes entre nós.
Escrito com muita clareza e fluência da linguagem, com um levantamento feito com muita seriedade sobre os detalhes da vida de C. S. Lewis. Uma saga que começa desde a infância, passando pelo ateísmo, sua jornada de volta ao cristianismo e a morte terminal. É interessante que o autor, não mediu esforços para mostrar que o verdadeiro sentido da vida de C.S. Lewis não foi a busca pela fama e o reconhecimento, mas o serviço para a honra e a glória do nome de Cristo, verdadeiro Autor e consumador da sua fé.
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DOWNING, David. C. S. Lewis: o mais relutante dos convertidos. São Paulo, SP: Editora Vida, 2006. 208p.
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