Dadas as suas metas irracionais, métodos coercitivos e fracassos históricos, juntamente aos seus efeitos perversos sobre o desenvolvimento do caráter, não pode haver dúvida da loucura contida na agenda radical. Só uma agenda irracional defenderia uma destruição sistemática dos fundamentos que garantem a liberdade organizada. Apenas um homem irracional iria desejar o Estado decidindo sua vida por ele, ao invés de criar condições de segurança para ele poder executar sua própria vida. Só uma agenda irracional tentaria deliberadamente prejudicar o crescimento do cidadão em direção à competência, através da adoção dele pelo Estado. Apenas o pensamento irracional trocaria a liberdade individual pela coerção do governo, sacrificando o orgulho da auto-suficiência para a dependência do bem-estar.
O autor escreve: “Meu propósito neste trabalho é estabelecer uma base biológica, psicológica e social para uma forma particular de sociedade humana - a da liberdade ordenada. Eu busco uma teoria da liberdade baseada na natureza humana e nas realidades da condição humana. A partir desta teoria, ataco o paradigma socialista dominante, o estatismo do bem-estar e o relativismo moral da agenda esquerdista contemporânea, como uma distorção patológica dos instintos sociais normais. No curso deste esforço, noto que todas as influências saudáveis de desenvolvimento do nascimento à maturidade melhoram tanto a autonomia como a mutualidade com outros. Adquirir habilidades ocupacionais e sociais como preparação para a vida adulta numa sociedade livre é algo central para esse desenvolvimento. A competência nessas áreas permite a conquista da responsabilidade individual como uma base necessária para a cooperação voluntária, tanto social como econômica. Eu observo, em contraste, que as políticas invasivas da agenda esquerdista nutrem a irresponsabilidade econômica, a dependência patológica e o conflito social. As razões para esses efeitos destrutivos são expostas ao longo do texto” [p.16].
Ele continua “A agenda esquerdista moderna, com suas políticas estatistas de bem-estar, relativismo moral e regulação invasiva, enfraquecem os fundamentos da liberdade, da ordem e da cooperação. Essencialmente socialista/coletivista em seus valores principais, a agenda é fundamentada em grandes equívocos sobre a natureza e a liberdade humanas. Ela compreende erroneamente a natureza biológica, psicológica e social do homem. Ela compreende erroneamente o desenvolvimento do indivíduo e as influências que promovem a competência adulta e a soberania pessoal. Ela compreende erroneamente a maneira pela qual os humanos se relacionam uns com os outros nos domínios econômico, social e político. Estas compreensões errôneas resultam em políticas destrutivas para a liberdade e para a ordem
No coração dos defeitos da agenda esquerdista está uma filosofia de coletivismo que ignora a natureza dos seres humanos como indivíduos. Esta natureza não pode ser ignorada sem consequências terríveis. Uma análise cuidadosa da natureza e da liberdade humanas revela que uma sociedade pode sustentar a liberdade individual, a segurança econômica e a estabilidade social apenas se seus valores e instituições dominantes forem comprometidos com um individualismo racional, embora não radical: que seja definido pela auto-confiança, pela cooperação voluntária, pelo realismo moral e pelo altruísmo. Essas alegações são o assunto deste livro. [p.18-19]
Lyle H. Rossiter estudou medicina e psiquiatria na Universidade de Chicago. Serviu por dois anos como psiquiatra no Exército dos EUA. Especializado tanto em psiquiatria em geral como forense, por mais de quarenta anos diagnosticou e tratou desordens mentais. Grande experiência no campo do diagnóstico e tratamento de doenças mentais e tem prestado consultoria em mais de 2700 casos civis e criminais na Justiça dos EUA.
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ROSSITER, Lyle H. A Mente Esquerdista: As causas Psicológicas da Loucura política. Campinas, SP: Vide Editorial, 2016, 499p.
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