quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

O RETRATO DE DORIAN GRAY [Resenha 009/2022]


O retrato de Dorian Gray é um daqueles livros que pelo simples fato de ter em sua estante já lhe dá um certo status. Os empresários mais inteligentes do mundo, de Bill Gates a Elon Musk, afirmam que a melhor maneira de ser mais inteligente é lendo. Então, melhor do que ter um livro na sua estante é ler o livro. Recebi este belo exemplar de cortesia da DarkSideBooks, e como eles mesmo escreveram “uma edição feita para agraciar admiradores e arrebatar novos leitores”.

Quando O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em forma de livro, em 1891, era uma versão substancialmente alterada do romance original de Oscar Wilde. Considerado muito ousado para sua época, o texto foi alterado pelo próprio Wilde, que, em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Esta edição especial da “Organizada por Enéias Tavares vem repleta de conteúdos exclusivos. Paulo Cecconi assina a nova tradução, que teve como base a edição original publicada na revista Lippincott’s e sem censura”.
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O Contexto, se dá em Londres, início do século XX, três personagens: Lord Henry, um bon vivant inescrupuloso e amoral; o pintor Basil Hallward, um artista até certo ponto liberto dos preconceitos da época, mas ainda zeloso de aparentar tê-los; e o jovem Dorian Gray, filho da aristocracia, rico e, sobretudo, muito belo. Seduzido pela admiração que ele próprio causa nos dois amigos, e, sobretudo, pela própria beleza retratada por Basil, Dorian tem um momento do pacto faustiano: faz um juramento dizendo que daria tudo, inclusive sua alma, para que ficasse sempre jovem e belo. Assim, enquanto o retrato exibe todo o efeito de degeneração moral, e vai “envelhecendo”, Dorian mantém-se belo e jovem, apesar de toda vileza, das maldades e da falta de escrúpulos que vai adquirindo.
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Oscar Wilde desenvolve essa sua espécie de mito de Fausto com um estilo incomum, tiradas morais ferinas e frases que se tornaram lapidares na história da literatura mundial. A elegância da escrita, a crítica ao jornalismo da época e a crueza do julgamento da hipocrisia da sociedade o tornaram, no calor do lançamento, um clássico instantâneo, apesar da dureza com que foi recebido pela crítica literária e, claro, pelos moralistas de plantão.
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WILDE, Oscar. O Retrato de Dorian Gray. Rio de Janeiro, RJ. DarkSideBooks. 2022.

Disponível na DarkSideBooks e Amazon
Instagram @darksidebooks

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