A pesquisa buscou mostrar que as distintas influências religiosas geraram, a partir da mistura entre os povos e as suas religiões, um povo místico bastante voltado para o sobrenatural. Pouco mais de trezentos anos após as caravelas portuguesas chegarem ao litoral do Brasil, aportou também em terras brasileiras o protestantismo.
Há farta literatura que demonstra que o protestantismo já estava presente em terras brasileiras há muitas décadas antes da chegada dos primeiros missionários pentecostais, que se deu entre os séculos XVIII e XIX (seja pelo protestantismo de imigração, seja pelo de missão, que serão abordados posteriormente).
Assim, objetiva-se compreender possibilidades que se demonstram, com a chegada dos missionários pentecostais em 1910, que a teologia pentecostal encontrou um terreno fértil para o seu desenvolvimento, pois a mensagem anunciada apresentava Deus intervindo de forma visível na vida do povo, salvando as suas almas, curando as suas doenças, dando dons do Espírito Santo e gerando a esperança de salvação eterna. Não que esses elementos fossem ausentes na pregação das igrejas que chegaram ao Brasil no século XIX, mas a forma como a mensagem era pregada e a sua contextualização ao cotidiano do povo tornavam esses elementos mais palpáveis aos ouvidos daquele período. Essa questão será abordada nos capítulos que virão.
O texto está dividido em três capítulos que visam:
1. Apresentar de forma introdutória a história religiosa dos colonizadores citando as expressões religiosas que havia no Brasil antes do descobrimento, assim como a religiosidade que os negros africanos trouxeram ao Brasil;
2. Buscar, introdutoriamente, as compreensões sociais e teológicas no início do pentecostalismo no Brasil, visando compreender tais elementos na formação do pentecostalismo em terras brasileiras e as consequências em uma teologia pentecostal assembleiana.
3. Analisar a teoria do processo de universalização de uma religião proposto por Geertz, bem como o conceito definido por Max Weber como afinidade eletiva, como possíveis explicações para o crescimento do pentecostalismo clássico no Brasil.
Aqui entra a questão pesquisada: Por que a teologia pentecostal clássica possui maior aceitação entre os brasileiros, provocando, inclusive, um aumento da influência do movimento carismático na Igreja Católica Romana? Por que, de todas as correntes teológicas protestantes que chegaram ao Brasil nos últimos 150 anos, o pentecostalismo clássico foi a que mais conseguiu atrair as pessoas por meio da sua mensagem e organização eclesiástica?
Supõe-se que a teologia pentecostal clássica encaixou-se na alma religiosa brasileira, ressignificando elementos preexistentes na sociedade, trazendo a realidade espiritual para o seu contexto de vida diária, dando ao indivíduo a possibilidade de acesso direto a Deus e ao mundo espiritual. Essas perspectivas estão presentes na formação da sociedade brasileira com a sua miscigenação.
Essa pesquisa, que originalmente é a tese de doutorado do autor, com algumas alterações do texto primário, visa investigar o pentecostalismo clássico, em especial a Assembleia de Deus, e o seu crescimento no Brasil. O autor afirma que a pesquisa não investiga o pentecostalismo clássico em si como um fenômeno eclesiológico, mas busca a explicação a partir do contexto, da cultura e da identidade do povo brasileiro.
___________
Alves, Eduardo Leandro. A Sociedade Brasileira e o Pentecostalismo Clássico: razões socioculturais entre a teologia pentecostal e a religiosidade brasileira. Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2021. 219p.
Partes retirada da introdução do livro.
Disponível [Ebook e Físico] na Editora CPAD e Amazon
1. Apresentar de forma introdutória a história religiosa dos colonizadores citando as expressões religiosas que havia no Brasil antes do descobrimento, assim como a religiosidade que os negros africanos trouxeram ao Brasil;
2. Buscar, introdutoriamente, as compreensões sociais e teológicas no início do pentecostalismo no Brasil, visando compreender tais elementos na formação do pentecostalismo em terras brasileiras e as consequências em uma teologia pentecostal assembleiana.
3. Analisar a teoria do processo de universalização de uma religião proposto por Geertz, bem como o conceito definido por Max Weber como afinidade eletiva, como possíveis explicações para o crescimento do pentecostalismo clássico no Brasil.
Aqui entra a questão pesquisada: Por que a teologia pentecostal clássica possui maior aceitação entre os brasileiros, provocando, inclusive, um aumento da influência do movimento carismático na Igreja Católica Romana? Por que, de todas as correntes teológicas protestantes que chegaram ao Brasil nos últimos 150 anos, o pentecostalismo clássico foi a que mais conseguiu atrair as pessoas por meio da sua mensagem e organização eclesiástica?
Supõe-se que a teologia pentecostal clássica encaixou-se na alma religiosa brasileira, ressignificando elementos preexistentes na sociedade, trazendo a realidade espiritual para o seu contexto de vida diária, dando ao indivíduo a possibilidade de acesso direto a Deus e ao mundo espiritual. Essas perspectivas estão presentes na formação da sociedade brasileira com a sua miscigenação.
Essa pesquisa, que originalmente é a tese de doutorado do autor, com algumas alterações do texto primário, visa investigar o pentecostalismo clássico, em especial a Assembleia de Deus, e o seu crescimento no Brasil. O autor afirma que a pesquisa não investiga o pentecostalismo clássico em si como um fenômeno eclesiológico, mas busca a explicação a partir do contexto, da cultura e da identidade do povo brasileiro.
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Alves, Eduardo Leandro. A Sociedade Brasileira e o Pentecostalismo Clássico: razões socioculturais entre a teologia pentecostal e a religiosidade brasileira. Rio de Janeiro, RJ. CPAD. 2021. 219p.
Partes retirada da introdução do livro.
Disponível [Ebook e Físico] na Editora CPAD e Amazon
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