quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

ATÉ QUE SEJAMOS UM [Resenha 008/2022]


Se a unidade do Corpo de Cristo é tão essencial para Deus, por que somos o grupo religioso mais dividido do planeta? Até que sejamos um é a tentativa bem-sucedida de Francis Chan de explicar essa danosa contradição, além de revelar como essa trajetória nefasta pode e deve ser revertida.

“Somos atualmente o grupo religioso mais dividido no mundo, e o segundo lugar está bem distante. Se acha que estou exagerando, mencione outra religião com mais do que duas ou três divisões. Temos milhares de denominações e ministérios, cada um acreditando que sua teologia ou metodologia é superior. O lado mais triste disso é que nosso Salvador foi crucificado para pôr fim em nossas discórdias, ordena que sejamos unidos e diz que exerceremos impacto sobre o mundo quando nos tornarmos um”

O autor de Louco amor aponta como o povo de Deus tem falhado ao criar divisões pela ausência de uma postura cristocêntrica em relação ao próximo, em especial aos da família da fé. Mostra ainda o enfraquecimento da igreja ao ter de lidar com as próprias incoerências em detrimento de manter o foco na adoração a Deus.

“Estamos tratando nossas discórdias como nossa dívida nacional. Elas pioram a cada minuto, mas isso não afeta nossa vida cotidiana, então não sentimos a urgência de mudar a situação. Isso está na raiz do problema: não conseguimos parar de pensar em nós mesmos. Esquecemo-nos de como nossas discórdias afetam a Deus e a um mundo descrente. Nossa atitude despreocupada e indiferente em relação à unidade é incrivelmente perigosa por três razões: (1) Deus está descontente com isso. (2) O mundo está confuso com isso. (3) Isso pode ser uma prova de que o Espírito Santo não está em nós”.

Francis Chan pede que cristãos e igrejas em todo o mundo alinhem seu coração com Deus e levem a sério os numerosos mandamentos pela unidade. Seu alerta não está relacionado com questões doutrinárias, mas com a triste consequência de um cristianismo raso e com o amor superficial pelo próximo.

"As Escrituras ensinam que nossa influência sobre o mundo está diretamente ligada à unidade que exibimos. Entretanto, continuamos a nos degradar publicamente, esquecendo-nos de como parecemos diante do mundo. Continuamos a traçar limites que fazem sentido para nós, mas não para os que estão observando. Será que isso incomoda você? Não se esqueça de que estamos falando sobre pessoas reais que estão rumando para um inferno real. Não enquadre simplesmente todas as pessoas em algum grupo impreciso. Estamos falando de seus amigos, primos, filhos e vizinhos. Todos eles estão felizes de que o cristianismo funcione para você, mas não veem qualquer necessidade de serem “salvos” por Jesus. Nem mesmo acreditam em um Dia do Julgamento. Segundo as Escrituras, isso mudaria se a igreja estivesse unida”.

A boa notícia é que tanto o diagnóstico como a solução para esse grave problema podem ser encontrados nas Escrituras, daí o convite para crermos na Palavra e praticá-la.

Atualmente o mundo nos odeia não porque nos parecemos com Jesus, mas porque não nos parecemos. Somos arrogantes e há uma grave lacuna entre nossas crenças e ações.

“Alguns de vocês talvez tenham sido ensinados a tremer diante de ordens relacionadas à imoralidade sexual, mas não diante daquelas que exigem a unidade. A unidade tem sido encarada como um assunto atraente para aqueles que não dispõem do conhecimento teológico necessário para lidar com questões mais profundas. A unidade tem sido vista como uma opção amena para aqueles que não se importam com a verdade. Exorto-o a abandonar essa mentalidade e simplesmente tremer a cada versículo diante de um Deus santo. Só quando levarmos as Escrituras a sério entenderemos que Deus se preocupa mais com a unidade do que qualquer ser humano jamais tenha se preocupado”.
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CHAN, Francis. Até que sejamos um. São Paulo, SP: Mundo Cristão 2021.

Disponível em formato físico e ebook na Editora Mundo Cristão e Amazon

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