Para Parsons, os homens dedicam pouco tempo aos filhos não por serem maus pais, mas por não conseguirem equilibrar vida profissional e familiar. “Para mostrarmos que somos bons profissionais, muitas vezes inventamos trabalhos desnecessários". Os pais alimentam a ilusão de, num futuro próximo, poder dedicar mais tempo para a família. A resposta padrão aos pedidos dos filhos é “vamos deixar isso para amanhã". Quando o dia mais calmo finalmente, os filhos já estão crescidos e serão eles a dizer “amanhã a gente se encontra". Segundo Parsons, se os pais derem atenção aos filhos quando pequenos, provavelmente terão bom relacionamento com eles durante a adolescência e na idade adulta. “Quando estiver com seu filho", diz, “concentre-se na criança e mostre o quanto ela é importante”.
O livro está dividido em dez capítulos, ou como o autor estabeleceu “dez metas”. É um livro dirigido a homens ocupados que exercem ou deveriam exercer a função de pai. Quem quiser pode ler em uma hora. Em cinco metas, são inseridas páginas intituladas “sessenta segundos”, que trazem um resumo do que foi dito até ali. Também em uma das metas há uma página intitulada “um segundo”. Quem não tem tempo para ler o livro todo, deve ler pelo menos essa. E se houver alguém que não tem condições de ler nem essa, está numa situação péssima, pior do que imagina.
“O exercício da função de pai não é fácil. Além disso, não temos a menor garantia de que tudo dará certo com nossos filhos. Entretanto podemos nos precaver para que, quando chegar o dia de relembrarmos o passado, possamos reconhecer que, pelo menos, fizemos o melhor que podíamos.” (Rob Parsons)
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PARSONS, Rob. O Pai sessenta minutos. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2018.
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