sexta-feira, 25 de junho de 2021

EU SOU N: RELATOS DE CRISTÃOS QUE ENFRENTAM O EXTREMISMO ISLÂMICO [Resenha 046/21]



A liberdade religiosa é um pilar importante das democracias modernas. No entanto, a perseguição, a tortura e, muitas vezes, a morte de cristãos é uma aterradora realidade que persiste ainda no século XXI. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2021 (Missão Portas Abertas), apenas entre 2020 e 2021, a morte de cristãos aumentou 60%, passando de 2.983 casos para 4.761, respectivamente.

“Eu sou n”? O que isso quer dizer? Quando militantes do autointitulado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EI) se encaminharam para o norte do Iraque, começaram a identificar as propriedades dos cristãos. As famílias encontravam a letra árabe ن (nun), ou n, pintada em suas casas e igrejas. Essa única letra comunicava a poderosa acusação de que os ocupantes são “nazarenos”, pessoas que seguem a Jesus de Nazaré, em lugar do islã. Ser rotulado como “n” em uma comunidade dominada por extremistas islâmicos representava uma mudança imediata de identidade e de vida. Com essa marca, vinha o ultimato: se você se convertesse ao islã ou pagasse o imposto, poderia manter seus bens materiais e permanecer nesta comunidade. Caso contrário, teria de ir embora ou morrer.

[1] Este livro foi escrito com o intuito de compartilhar as histórias de cristãos — da Nigéria à Malásia e ao Paquistão — que sofreram perseguição de extremistas islâmicos. À medida que as lê, por favor, compreenda que o livro não tem a intenção de incentivar qualquer tipo de ódio em relação aos muçulmanos. Em vez disso, nós nos unimos à nossa família perseguida no amor a eles e no esforço para vê-los se entregando a Cristo.

[2] O objetivo deste livro não é despertar piedade pelos seguidores perseguidos de Jesus em países muçulmanos hostis. Não é por isso que compartilhamos essas histórias. Nosso motivo é simplesmente descrever suas experiências para que você se posicione ao lado deles. Para que ore por eles. Para que eles saibam que não estão sozinhos no esforço de propagar o amor de Jesus quando isso gera espancamento, tortura e morte — de si mesmos ou de seus amados.

O livro possui 48 capítulos divididos em seis partes: [1] Sacrifício; [2] Coragem; [3] Alegria; [4] Perseverança; [5] Perdão; [6] Fidelidade. Reúne fatos reais que aconteceram com cristãos da Nigéria, China, Malásia, Paquistão, entre outros países, durante os anos 2001 e 2015. Tais histórias são verdadeiros exemplos de fé e coragem diante do extremismo e da violência, e uma fonte de lições contundentes sobre superação e integridade em meio a situações difíceis.

Sobre os organizadores: A missão A Voz dos Mártires foi fundada em 1967 pelo pastor Richard Wurmbrand, que ficou preso na Romênia comunista por catorze anos em razão de sua fé em Cristo. Atualmente, é uma organização missionária cristã interdenominacional sem fins lucrativos que se dedica ao serviço da igreja perseguida ao redor do mundo por meio de auxílio prático e espiritual e da promoção de comunhão entre os membros do corpo de Cristo.
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A Voz dos Mártires. Eu sou n: relatos de cristãos que enfrentam o extremismo islâmico. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2021.

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