segunda-feira, 11 de abril de 2022

EM NOME DO PAI? [Resenha 038/2022]


No teatro da existência, a peça é nossa vida; os amigos, família, pessoas que nos rodeiam são a plateia e lá, no centro do palco, vivemos nossa história. Em todo o teatro, existe uma parte muito importante para o funcionamento de um espetáculo e que é esquecida pelos espectadores normais: os bastidores. E o teatro da nossa vida também possui bastidores.

Os bastidores são tudo aquilo que fazemos quando as cortinas do espetáculo da vida estão fechadas para o grande público e nos encontramos sozinhos, preparando a próxima exibição. Se houvesse a possibilidade das pessoas espiarem o que acontece nos bastidores da sua vida, o que encontrariam? Qual é o seu comportamento, sua maneira de agir quando ninguém com quem você se importa está olhando?

Existe um livro intitulado “O impostor que habita em mim”, onde autor do livro citado faz referência ao “inimigo de nossas almas” que domina os nossos sentimentos e inclinações carnais. Mas, este livro “Em nome do Pai?” mostra um outro impostor, o “eu” mesmo. O meu ego não remido, que usa de artifícios externos e superficiais para esconder quem realmente sou. É disso que trata este livro. Uma obra de ficção que mostra um contexto cheios de inverdades, ou como está escrito na segunda capa “A mentira por trás de uma vida perfeita”.

Temos em mãos um romance cheio de reviravoltas, intrigas e dramas, uma jovem mulher, vivendo uma vida de vida dos sonhos: uma carreira bem-sucedida, muito dinheiro em sua conta bancária, fãs por todo o Brasil, uma família que a apoiava e um marido que era o grande amor da sua vida. Contudo, tudo isso estava fundamentado em um mentira, cuja a origem era colocar Sara em uma redoma protegendo-a de uma verdade destruidora. Mas, como a Bíblia diz que não há nada encoberto que não seja descoberto, o que vemos é história de mentiras, revelando o caráter duvidoso de pessoas tidas como exemplo pela sociedade.

No prefácio desta obra está escrito: “A subjetividade da fé é algo tão latente no livro que nos faz entender o porquê do ponto de interrogação no título: Em Nome do Pai? Sim, não é uma afirmação. É um questionamento. Será possível que se façam tantas atrocidades em nome de um divino?”. Recomendo demais.
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MARROM, Marcelo; Linhares, Mariah. Em nome do Pai? Barueri, SP: Novo Século Editora, 2022.

Disponível em todos os formatos: Editora Novo Século e Amazon

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