A primeiro momento quando Schopenhauer escreve sobre a ERUDIÇÃO, acaba criticando os falsos eruditos, estes, que lêem muito e tentam buscar conhecimento somente através de livros e esquecem de ter o conhecimento pelo mundo. Segundo ele estariam deixando de pensar por si mesmos e se influenciando a partir da idéia de outros pensadores. Em um desses momentos, o autor cita: “Ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para ter lido tanto” (pág. 10).
Por seguinte quando fala sobre pensar por si mesmo, comenta sobre a importância da ORGANIZAÇÃO DOS PENSAMENTOS, o quanto isso é fundamental, seria mais valioso um conhecimento limitado, porém com boa organização para uma assimilação rápida e melhor do que uma mente com grandes conhecimentos, mas que seja difícil discernir para diversas situações. Quando o autor fala que: “é necessário você ter o conhecimento para pensar profundamente sobre algo, mas que só se tem o conhecimento quando se pensa profundamente sobre isso” (pág. 19) podemos ver que ele entende que a busca através da leitura, por exemplo, é essencial, mas que a importância do pensamento próprio é muito maior.
Em sobre a ESCRITA e o ESTILO, Schopenhauer, trata a distinção entre dois tipos de escritores e os seus textos: os que escrevem por dinheiro e os que escrevem em função do assunto. No primeiro caso despreza totalmente o trabalho realizado por quem escreve em função de receber recompensas em troca de seus textos, pois eles na maioria das vezes são escritos por que são pedidos, seu conteúdo nunca é sincero e sempre com pensamentos forçados. Para autores que escrevem em função do assunto, os ressalta, dizendo que suas obras deveriam ser as únicas a serem produzidas pois escrevem sem o objetivo do lucro, com pensamentos fortes e simples e que se é possível enxergar a verdade em seus textos.
Quando o autor fala sobre a LEITURA e os LIVROS ele volta a tratar a importância do pensamento próprio e que a leitura excessiva não agrega em nada, apenas prejudica. Reforça a boa escolha dos livros para a leitura, que seriam os que são escritos por pessoas que vivem para a ciência ou literatura e não aqueles em que o escritor vive delas, pois nosso tempo é limitado para ser desperdiçado. E também enfatiza o fato em que quando lemos deixamos que outra pessoa pense por nós e isso a princípio pode parecer um alívio, porém nos tira cada vez mais a capacidade do pensamento e da crítica.
Por último Schopenhauer enfatiza a importância do APRENDIZADO DE VÁRIAS LÍNGUAS. O autor cita uma frase de Carlos V: “quantas línguas alguém fala, tantas vezes ele é um homem” (pag. 69) e explica tal frase mostrando que quanto mais idiomas um homem fala maior será a sua capacidade de pensamento. Descrimina também, de certa forma, a tradução de textos pois estas nem sempre conseguem trazer o que realmente o autor queria dizer com eles ou o verdadeiro significado de cada palavra e frase.
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SCHOPENHAUER, Arthur. A Arte de Escrever. Porto Alegre, RS: L&PM Editora. 2019. 152p.
Publicado originalmente
https://bityli.com/VtH6G
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