Confissões é escrita com o propósito de expor as fraquezas de Agostinho diante de Deus, em tom de oração, ao mesmo tempo que tem como objetivo levar os seus leitores a amar a Deus e a buscar deleitar-se exclusivamente nEle. Agostinho apresenta a tese de que a verdadeira felicidade e o verdadeiro descanso estão em Deus e é com base nesse pressuposto (de um escritor que já alcançou a felicidade) é que ele escreve esta autobiografia.
Agostinho termina a obra pedindo o descanso e a paz de Deus, que é tomado como tese no início das Confissões e apresenta o sétimo dia como símbolo do repouso final, onde Deus será nosso repouso e descanso, em eterna felicidade.
A obra é fantástica, sublime, bela, digna das maiores honrarias literárias em toda a história da literatura. É a saga da redenção vivida pelo indivíduo, exemplificada na vida de Agostinho, que reconhece o significado último da verdade e da felicidade somente em Deus e que a revelação desta realidade ocorre no mais íntimo do ser, em sua alma. E esta revelação individual é que salva o homem e o faz descansar em Deus, aguardando o dia do repouso eterno!
A obra original está dividida em 13 livros, contudo, nesta edição da Mundo Cristão, os livros de 11 a 13 não foram incluídos. Cada livro é dividido em capítulos e cada capítulo é dividido em parágrafos. Você se identificará nos relatos de todos os livros e verá quão profunda e desesperadoramente necessitamos de Deus! Só dEle, nossa Beleza tão antiga e tão nova!
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AGOSTINHO. Confissões. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2017. 240p.
CRÉDITOS
Texto original e completo publicado no blog
https://farescamurcafurtado.wordpress.com/2017/01/04/resenha-01-confissoes-agostinho/
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