Antes de
apresentar novos livros adquiridos. Vamos continuar falando sobre o nosso
assunto preferido - blogs literários.
Estava
lendo um texto publicado na página da Editora Albatroz, onde diz que “Muitos
autores são totalmente contra enviarem exemplares gratuitos para blogueiros. Em
contrapartida, vários blogueiros são contra resenharem livros sem ganharem
pagamento por isso. O mais comum é os blogueiros receberem o livro como
cortesia e resenharem a obra em suas páginas num período pré-determinado. Essa
é uma briga que esquenta ânimos e gera muitas discussões.”
Contudo,
meus amigos, não podemos negar que blogueiros literários são uma ferramenta
muito importante para aqueles escritores que fazem seu próprio marketing – e
mesmo para editoras.
Quando
um blogueiro resenha um livro, seus leitores são influenciados por ele,
principalmente se o comentário foi positivo. Claro que estou falando do caso de
ser um blogueiro respeitado, com opiniões fundamentadas e leitores que confiam
nele. Quando há essa relação honesta de troca entre o autor do blog e seus
seguidores, as chances de que comprem a obra resenhada é muito alta.
Agora, vamos
aos novos livros adquiridos. Isso implica em mais leituras e produção de novas
resenhas.
(1) Gênesis, Vol 1 – Série Comentários
Bíblicos João Calvino. Centro de Literatura Reformada, 2018. 629p.
João
Calvino é reconhecido como um dos maiores comentaristas da Bíblia. Ele não
tinha preparado intelectual, mas também demonstrava reverência e submissão à
Palavra de Deus, considerando-a como inspirada, inerrante, autoritativa e
infalível. Além disso, ela acreditava que essa palavra e o Espírito Santo são
unidos de modo inesperável, e por essa razão, o Espírito age por meio dela. Sua
habilidade exegética o conduzirá sempre à concisão, simplicidade, clareza,
precisão, profundidade, fidelidade e aplicação.
Um dos
objetivos de todo o seu trabalho exegético era pastoral, pois em cada linha ele
busca o nosso coração com o propósito de levá-lo cativo à adoração e à
obediência a Deus. Finalmente, para Calvino, a compreensão das verdades da
Palavra de Deus depende da iluminação do Espírito Santo e da oração.
Publicado
em latim, em 1554, Gênesis não foi o primeiro livro comentado por Calvino. Mas
ser o primeiro livro desta série é de absoluta importância porque o livro de
Gênesis é a chave para a correta interpretação e entendimento de toda a Bíblia,
pois, é nele que encontramos os relatos centrais da revelação de Deus: Criação,
Queda e Redenção. Uma interpretação errada de Gênesis irá comprometer o
restante da interpretação da Bíblia.
(2) O que Jesus beberia? Um estudo cheio do
Espírito – Joel McDurmon. Editora Monergismo: 2017.
Não
somente é incorreto, biblicamente falando, proibir outros de beberem cerveja,
vinho e/ou licor forte em geral; também é categoricamente pecaminoso. É preciso
até examinar a possibilidade de a proibição do uso do álcool ser tão pecaminosa
como o extremo oposto – a bebedeira – se não mais. O beberrão esquece Deus; o
proibicionista tenta ser Deus.
Levante
a questão do álcool em sua igreja local e você será obrigado a ouvir várias
opiniões e pontos de vista diferentes sobre como o cristão deve responder. Na
realidade, porém, a única visão que importa é a bíblica. Queiram os cristãos
beber ou se manter abstêmios, a primeira pergunta que deve ser respondida é: “O
Que Jesus Beberia?”.
Com uma
combinação convincente de teologia bíblica, exegese escriturística e história
cultural judaica, o autor Joel McDurmon aborda a questão com uma clareza e
honestidade que é tanto revigorante como rara.
Tomar
uma posição neutra em qualquer debate não é o estilo de McDurmon, e certamente
não é a estratégia deste livro. O autor não se limita a responder a pergunta do
título; passa também a mostrar que comida e bebida, e o ato de comer ou beber
em si, há muito têm sido coisas simplesmente tomadas como corriqueiras pelos
cristãos modernos.
O Que
Jesus Beberia? Um estudo cheio do Espírito não é apenas mais um livro
chato sobre doutrina e prática cristã; é um estudo rico, cheio da bondade e
graça de Deus. É um livro intensamente prático sobre a alegria da celebração e
sobre as bênçãos da comunidade da aliança.
(3) Cristianismo Puro e simples – C. S.
Lewis. Thomas Nelson Brasil: 2017. 288p.
Em um
dos períodos mais sombrios da humanidade, a Segunda Guerra Mundial, C.S. Lewis
foi convidado pela BBC a fazer uma série de palestras pelo rádio com o intuito
de explicar a fé cristã de forma simples e clara. Mais tarde, ajustado pelo
próprio Lewis, esse material daria origem a Cristianismo puro e simples, um
grande clássico da literatura.
Na obra mais popular e acessível de seu legado, Lewis apresenta os principais
elementos da cosmovisão cristã, gradativamente conduzindo o leitor a temas mais
profundos e complexos, provocando reflexão e debate. Nesta edição especial e
com tradução de uma das maiores especialistas em Lewis do Brasil, você vai
encontrar as palavras que encorajaram e fortaleceram milhares de ouvintes em
tempos de guerra — e ainda reverberam mais de 70 anos depois.
(4) A abolição do homem – C. S. Lewis. Thomas
Nelson Brasil: 2017. 128p.
Surpreendente
e profético, A abolição do homem é um dos livros mais debatidos de C.S. Lewis.
Nas poucas, porém densas páginas desta obra, o célebre autor britânico defende
a moralidade absoluta e os valores universais, como o altruísmo, a caridade e o
amor, além de expor as consequências da falta desses princípios na sociedade.
Criticando
os argumentos dos relativistas, a obra – agora em nova edição com capa dura e
acabamento de luxo – alerta para os perigos de questionar os valores morais
objetivos, comuns a todos, sem os quais os seres humanos correm o risco de
perder a humanidade. Com bases sólidas e profundas, Lewis mostra que a
tentativa de abolir a moralidade equivale, no fim, a abolir o próprio homem, e
convida os leitores a não se render à tendência relativista que permeia a
sociedade contemporânea.
(5) O peso da glória – C. S. Lewis. Thomas
Nelson Brasil: 2017. 192p.
Nos
nove sermões que compõem uma de suas obras mais clássicas, O peso da glória,
C.S. Lewis demonstra por que é um dos autores cristãos mais influentes da
História. Ele é capaz de tratar os mais variados temas de modo brilhante,
trazendo simplicidade e clareza a assuntos complexos, instigando tanto nossa
alma quanto nosso intelecto.
Agora
com edição especial e nova tradução, O peso da glória traz aos leitores
contemporâneos as mesmas palavras de inspiração, orientação e apologia da fé
cristã que levaram alento a milhares de ouvintes em um tempo recheado de
dúvidas.
(6) Fé, Esperança e Amor: O modo cristocêntrico
de crescer na graça – Mark Jones. Editora Monergismo: 2018. 322p.
Fé,
esperança e amor — ouve-se muito sobre cada um desses temas, mas como eles
estão relacionados? Qual o motivo dessa tríade ser tão mencionada com
frequência no Novo Testamento?
Escrito
sob a forma de 58 perguntas e respostas, este livro revela como essas três
virtudes teologais — descritas também como “as três irmãs divinas” — servem em
conjunto como fundamento de toda a vida cristã. Profundamente bíblico,
impregnado de textos teológicos fundamentais, e modelado pelos catecismos
clássicos da história da igreja, este livro instruirá a mente, aquecerá o
coração e motivará a obediência repleta de fé.
(7) Apologética Cristã – Cornelius Van Til.
Cultura Cristã: 2010. 160p.
Apologética
cristã é um dos muitos escritos que Van Til desenvolveu para seus cursos ao
longo de vários anos. Foi o texto básico para seu curso de introdução à
apologética. A originalidade de Van Til consiste nisto: que ele procurou
desenvolver uma apologética centrada em Deus, sem transigir, mas sem cortar a
comunicação com os incrédulos ou recuar para um tribalismo cristão. O objetivo
de Van Til era mostrar que a cosmovisão cristã é a única racional e
objetivamente válida. Sem ela, nada faz sentido. Além disso, como tudo no mundo
fala de Deus como criador, o apologista cristão pode iniciar uma discussão
virtualmente de qualquer ponto da experiência humana e demonstrar como ela expressa
a verdade.
É um
dos muitos escritos que Van Til desenvolveu para seus cursos ao longo de vários
anos. Foi o texto básico para seu curso de introdução à apologética. A
originalidade de Van Til consiste nisto: que ele procurou desenvolver uma
apologética centrada em Deus, sem transigir, mas sem cortar a comunicação com
os incrédulos ou recuar para um tribalismo cristão. O objetivo de Van Til era
mostrar que a cosmovisão cristã é a única racional e objetivamente válida. Sem
ela, nada faz sentido. Além disso, como tudo no mundo fala de Deus como
criador, o apologista cristão pode iniciar uma discussão virtualmente de
qualquer ponto da experiência humana e demonstrar como ela expressa a verdade.
(8) Uma Introdução à Filosofia Cristã –
Gordon H. Clark. Editora Monergismo: 2013. 162p.
Ninguém
começo uma revolução completa da filosofia desde os dias de Lutero e Calvino.
Aqui em três palestras proferidas no Wheaton College em 1966. Gordon H. Clarck
lança um ataque revigorante e estonteante contra a sabedoria mundana – tudo em
nome da revelação e do Salvador suficientes. Seguindo as orientações do
apóstolo Paulo (“Que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre
Cristo e belial?” [2 Co 6.15]). Clarck rejeita a sabedoria deste mundo de forma
completa e elabora um sistema completamente coerente de filosofia cristã
baseado apenas na Bíblia.
Julgo
que Gordon Clark foi, de longe, o maior filósofo cristão do século XX. Fui seu
estudante na Universidade de Butler. Ele era especialmente admirável em
Filosofia Antiga e Filosofia da História. Expressava com muita clareza o fluxo
argumentativo do pensamento de um filósofo e o ponto de sua autocontradição, o motivo
para então se voltar para o pensamento cristão a fim de ressaltar quão coerente
ele é. Clark foi o líder de muitos de nós, mas em especial do “novo
evangelicalismo” de Carl Henry, Edward Carnell e Paul Jewett; professor de
muitos, incluindo-se teólogos influentes como Edmund Clowney, presidente do
Westminster Theological Seminary. Este livro é uma introdução muito boa ao
pensamento filosófico cristão.
- D. Clair Davis. Professor de História e Teologia Sistemática Westminster
Theological Seminary (1966–2004)
(9) Atos, Volume 1: O Testemunho apostólico
em Jerusalém – Paulo Anglada. Knox Publicações: 2015. 320p.
Este é
o primeiro de quatro volumes de exposições sequenciais no Livro de Atos dos
Apóstolos. Ele aborda o testemunho apostólico em Jerusalém, cobrindo os sete
primeiros capítulos do livro, desde o prefácio de Lucas, ligando a obra ao seu
Evangelho, até a morte de Estêvão, o primeiro mártir da fé cristã.
A obra
não se destina primariamente a teólogos e especialistas em exegese bíblica, e,
sim, aos leitores em geral, com vistas à sua instrução e edificação da igreja e
conversão dos perdidos (como instrumento evangelístico). Não se trata também de
um comentário bíblico, esmiuçando histórica e exegeticamente o sentido e
significado de cada palavra ou frase do Livro de Atos. Além disso,
diferentemente de um comentário, cada um dos 25 capítulos deste livro tem
unidade, título, tema, desenvolvimento, conclusão e aplicações, característicos
de um sermão expositivo. Entretanto, o livro também contém informações
históricas e exegéticas (tanto no texto, como, principalmente, nas notas de
rodapé) úteis a estudantes de teologia e ministros do evangelho, os quais
labutam na difícil, mas gratificante missão de anunciar a Palavra a Deus.
Quanto
à sua perspectiva teológica, essas exposições bíblicas são teologicamente
conservadoras. Elas pressupõem a inspiração, a autoridade e a inerrância das
Escrituras, e foram produzidas sobre o fundamento bíblico-teológico reformado,
professado nos símbolos de fé de Westminster.
(10) Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das
Escrituras - Paulo Anglada. Knox Publicações: 2013. 240p.
Martin
Lloyd-Jones nos indica “que a maior lição que a Reforma Protestante tem a nos
ensinar é justamente que o segredo do sucesso, na esfera da Igreja e das coisas
do Espírito, é olhar para trás”. Lutero e Calvino, diz ele, “foram descobrindo
que estiveram redescobrindo o que Agostinho já tinha descoberto e que e que já
havia sido esquecido”.
Por
ocasião da Reforma, a tradição da igreja já havia se incorporado aos padrões
determinantes de comportamento e doutrina e, na realidade, já havia superado as
prescrições das Escrituras. A Bíblia era conservada longe e afastada da
compreensão dos devotos. Era considerada um livro só para os entendidos,
obscuro e até perigoso para a massa. Os reformadores redescobriram e levantaram
bem alto o único padrão de fé e prática: a Palavra de Deus, e por este padrão,
aferiram tanto as autoridades como as práticas religiosas em vigor.
A um
mundo que está sem padrão, e à própria igreja evangélica, que está voltando a
enterrar o seu padrão em meio a um entulho místico pseudo-espiritual, a
mensagem da Reforma, sobre a suficiência e integridade das Escrituras, continua
necessária. Esse livro traz o brado de Sola Scriptura, com veemência e clareza,
como antídoto ao veneno contemporâneo do subjetivismo e existencialismo do
homem sem Deus, que teima em se infiltrar nos ensinamentos da Igreja Cristã. A
própria Confissão de Fé de Westminster em seu Capítulo 1º, refletindo os
ensinamentos da Reforma do Século XVI, descreve a Bíblia como sendo a “...
única regra infalível de fé e de prática”. Essa é a mensagem deste livro e
aquela que precisa ser pregada, com ousadia, à igreja contemporânea.
AGUARDEM
AS RESENHAS!
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