quarta-feira, 1 de agosto de 2018

NOVAS AQUISIÇÕES, NOVAS LEITURAS E FUTURAS RESENHAS [Comentários]


Antes de apresentar novos livros adquiridos. Vamos continuar falando sobre o nosso assunto preferido - blogs literários.

Estava lendo um texto publicado na página da Editora Albatroz, onde diz que “Muitos autores são totalmente contra enviarem exemplares gratuitos para blogueiros. Em contrapartida, vários blogueiros são contra resenharem livros sem ganharem pagamento por isso. O mais comum é os blogueiros receberem o livro como cortesia e resenharem a obra em suas páginas num período pré-determinado. Essa é uma briga que esquenta ânimos e gera muitas discussões.”

Contudo, meus amigos, não podemos negar que blogueiros literários são uma ferramenta muito importante para aqueles escritores que fazem seu próprio marketing – e mesmo para editoras.

Quando um blogueiro resenha um livro, seus leitores são influenciados por ele, principalmente se o comentário foi positivo. Claro que estou falando do caso de ser um blogueiro respeitado, com opiniões fundamentadas e leitores que confiam nele. Quando há essa relação honesta de troca entre o autor do blog e seus seguidores, as chances de que comprem a obra resenhada é muito alta.

Agora, vamos aos novos livros adquiridos. Isso implica em mais leituras e produção de novas resenhas.



(1) Gênesis, Vol 1 – Série Comentários Bíblicos João Calvino. Centro de Literatura Reformada, 2018. 629p.

João Calvino é reconhecido como um dos maiores comentaristas da Bíblia. Ele não tinha preparado intelectual, mas também demonstrava reverência e submissão à Palavra de Deus, considerando-a como inspirada, inerrante, autoritativa e infalível. Além disso, ela acreditava que essa palavra e o Espírito Santo são unidos de modo inesperável, e por essa razão, o Espírito age por meio dela. Sua habilidade exegética o conduzirá sempre à concisão, simplicidade, clareza, precisão, profundidade, fidelidade e aplicação.

Um dos objetivos de todo o seu trabalho exegético era pastoral, pois em cada linha ele busca o nosso coração com o propósito de levá-lo cativo à adoração e à obediência a Deus. Finalmente, para Calvino, a compreensão das verdades da Palavra de Deus depende da iluminação do Espírito Santo e da oração.

Publicado em latim, em 1554, Gênesis não foi o primeiro livro comentado por Calvino. Mas ser o primeiro livro desta série é de absoluta importância porque o livro de Gênesis é a chave para a correta interpretação e entendimento de toda a Bíblia, pois, é nele que encontramos os relatos centrais da revelação de Deus: Criação, Queda e Redenção. Uma interpretação errada de Gênesis irá comprometer o restante da interpretação da Bíblia.



(2) O que Jesus beberia? Um estudo cheio do Espírito – Joel McDurmon. Editora Monergismo: 2017.

Não somente é incorreto, biblicamente falando, proibir outros de beberem cerveja, vinho e/ou licor forte em geral; também é categoricamente pecaminoso. É preciso até examinar a possibilidade de a proibição do uso do álcool ser tão pecaminosa como o extremo oposto – a bebedeira – se não mais. O beberrão esquece Deus; o proibicionista tenta ser Deus.

Levante a questão do álcool em sua igreja local e você será obrigado a ouvir várias opiniões e pontos de vista diferentes sobre como o cristão deve responder. Na realidade, porém, a única visão que importa é a bíblica. Queiram os cristãos beber ou se manter abstêmios, a primeira pergunta que deve ser respondida é: “O Que Jesus Beberia?”.

Com uma combinação convincente de teologia bíblica, exegese escriturística e história cultural judaica, o autor Joel McDurmon aborda a questão com uma clareza e honestidade que é tanto revigorante como rara.

Tomar uma posição neutra em qualquer debate não é o estilo de McDurmon, e certamente não é a estratégia deste livro. O autor não se limita a responder a pergunta do título; passa também a mostrar que comida e bebida, e o ato de comer ou beber em si, há muito têm sido coisas simplesmente tomadas como corriqueiras pelos cristãos modernos.

O Que Jesus Beberia? Um estudo cheio do Espírito não é apenas mais um livro chato sobre doutrina e prática cristã; é um estudo rico, cheio da bondade e graça de Deus. É um livro intensamente prático sobre a alegria da celebração e sobre as bênçãos da comunidade da aliança.



(3) Cristianismo Puro e simples – C. S. Lewis. Thomas Nelson Brasil: 2017. 288p.

Em um dos períodos mais sombrios da humanidade, a Segunda Guerra Mundial, C.S. Lewis foi convidado pela BBC a fazer uma série de palestras pelo rádio com o intuito de explicar a fé cristã de forma simples e clara. Mais tarde, ajustado pelo próprio Lewis, esse material daria origem a Cristianismo puro e simples, um grande clássico da literatura.

Na obra mais popular e acessível de seu legado, Lewis apresenta os principais elementos da cosmovisão cristã, gradativamente conduzindo o leitor a temas mais profundos e complexos, provocando reflexão e debate. Nesta edição especial e com tradução de uma das maiores especialistas em Lewis do Brasil, você vai encontrar as palavras que encorajaram e fortaleceram milhares de ouvintes em tempos de guerra — e ainda reverberam mais de 70 anos depois.



(4) A abolição do homem – C. S. Lewis. Thomas Nelson Brasil: 2017. 128p.

Surpreendente e profético, A abolição do homem é um dos livros mais debatidos de C.S. Lewis. Nas poucas, porém densas páginas desta obra, o célebre autor britânico defende a moralidade absoluta e os valores universais, como o altruísmo, a caridade e o amor, além de expor as consequências da falta desses princípios na sociedade.

Criticando os argumentos dos relativistas, a obra – agora em nova edição com capa dura e acabamento de luxo – alerta para os perigos de questionar os valores morais objetivos, comuns a todos, sem os quais os seres humanos correm o risco de perder a humanidade. Com bases sólidas e profundas, Lewis mostra que a tentativa de abolir a moralidade equivale, no fim, a abolir o próprio homem, e convida os leitores a não se render à tendência relativista que permeia a sociedade contemporânea.



(5) O peso da glória – C. S. Lewis. Thomas Nelson Brasil: 2017. 192p.

Nos nove sermões que compõem uma de suas obras mais clássicas, O peso da glória, C.S. Lewis demonstra por que é um dos autores cristãos mais influentes da História. Ele é capaz de tratar os mais variados temas de modo brilhante, trazendo simplicidade e clareza a assuntos complexos, instigando tanto nossa alma quanto nosso intelecto.

Agora com edição especial e nova tradução, O peso da glória traz aos leitores contemporâneos as mesmas palavras de inspiração, orientação e apologia da fé cristã que levaram alento a milhares de ouvintes em um tempo recheado de dúvidas.



(6) Fé, Esperança e Amor: O modo cristocêntrico de crescer na graça – Mark Jones. Editora Monergismo: 2018. 322p.

Fé, esperança e amor — ouve-se muito sobre cada um desses temas, mas como eles estão relacionados? Qual o motivo dessa tríade ser tão mencionada com frequência no Novo Testamento?

Escrito sob a forma de 58 perguntas e respostas, este livro revela como essas três virtudes teologais — descritas também como “as três irmãs divinas” — servem em conjunto como fundamento de toda a vida cristã. Profundamente bíblico, impregnado de textos teológicos fundamentais, e modelado pelos catecismos clássicos da história da igreja, este livro instruirá a mente, aquecerá o coração e motivará a obediência repleta de fé.



(7) Apologética Cristã – Cornelius Van Til. Cultura Cristã: 2010. 160p.

Apologética cristã é um dos muitos escritos que Van Til desenvolveu para seus cursos ao longo de vários anos. Foi o texto básico para seu curso de introdução à apologética. A originalidade de Van Til consiste nisto: que ele procurou desenvolver uma apologética centrada em Deus, sem transigir, mas sem cortar a comunicação com os incrédulos ou recuar para um tribalismo cristão. O objetivo de Van Til era mostrar que a cosmovisão cristã é a única racional e objetivamente válida. Sem ela, nada faz sentido. Além disso, como tudo no mundo fala de Deus como criador, o apologista cristão pode iniciar uma discussão virtualmente de qualquer ponto da experiência humana e demonstrar como ela expressa a verdade.

É um dos muitos escritos que Van Til desenvolveu para seus cursos ao longo de vários anos. Foi o texto básico para seu curso de introdução à apologética. A originalidade de Van Til consiste nisto: que ele procurou desenvolver uma apologética centrada em Deus, sem transigir, mas sem cortar a comunicação com os incrédulos ou recuar para um tribalismo cristão. O objetivo de Van Til era mostrar que a cosmovisão cristã é a única racional e objetivamente válida. Sem ela, nada faz sentido. Além disso, como tudo no mundo fala de Deus como criador, o apologista cristão pode iniciar uma discussão virtualmente de qualquer ponto da experiência humana e demonstrar como ela expressa a verdade.



(8) Uma Introdução à Filosofia Cristã – Gordon H. Clark. Editora Monergismo: 2013. 162p.

Ninguém começo uma revolução completa da filosofia desde os dias de Lutero e Calvino. Aqui em três palestras proferidas no Wheaton College em 1966. Gordon H. Clarck lança um ataque revigorante e estonteante contra a sabedoria mundana – tudo em nome da revelação e do Salvador suficientes. Seguindo as orientações do apóstolo Paulo (“Que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e belial?” [2 Co 6.15]). Clarck rejeita a sabedoria deste mundo de forma completa e elabora um sistema completamente coerente de filosofia cristã baseado apenas na Bíblia.

Julgo que Gordon Clark foi, de longe, o maior filósofo cristão do século XX. Fui seu estudante na Universidade de Butler. Ele era especialmente admirável em Filosofia Antiga e Filosofia da História. Expressava com muita clareza o fluxo argumentativo do pensamento de um filósofo e o ponto de sua autocontradição, o motivo para então se voltar para o pensamento cristão a fim de ressaltar quão coerente ele é. Clark foi o líder de muitos de nós, mas em especial do “novo evangelicalismo” de Carl Henry, Edward Carnell e Paul Jewett; professor de muitos, incluindo-se teólogos influentes como Edmund Clowney, presidente do Westminster Theological Seminary. Este livro é uma introdução muito boa ao pensamento filosófico cristão.
- D. Clair Davis. Professor de História e Teologia Sistemática Westminster Theological Seminary (1966–2004)



(9) Atos, Volume 1: O Testemunho apostólico em Jerusalém – Paulo Anglada. Knox Publicações: 2015. 320p.

Este é o primeiro de quatro volumes de exposições sequenciais no Livro de Atos dos Apóstolos. Ele aborda o testemunho apostólico em Jerusalém, cobrindo os sete primeiros capítulos do livro, desde o prefácio de Lucas, ligando a obra ao seu Evangelho, até a morte de Estêvão, o primeiro mártir da fé cristã.

A obra não se destina primariamente a teólogos e especialistas em exegese bíblica, e, sim, aos leitores em geral, com vistas à sua instrução e edificação da igreja e conversão dos perdidos (como instrumento evangelístico). Não se trata também de um comentário bíblico, esmiuçando histórica e exegeticamente o sentido e significado de cada palavra ou frase do Livro de Atos. Além disso, diferentemente de um comentário, cada um dos 25 capítulos deste livro tem unidade, título, tema, desenvolvimento, conclusão e aplicações, característicos de um sermão expositivo. Entretanto, o livro também contém informações históricas e exegéticas (tanto no texto, como, principalmente, nas notas de rodapé) úteis a estudantes de teologia e ministros do evangelho, os quais labutam na difícil, mas gratificante missão de anunciar a Palavra a Deus.

Quanto à sua perspectiva teológica, essas exposições bíblicas são teologicamente conservadoras. Elas pressupõem a inspiração, a autoridade e a inerrância das Escrituras, e foram produzidas sobre o fundamento bíblico-teológico reformado, professado nos símbolos de fé de Westminster.



(10) Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras - Paulo Anglada. Knox Publicações: 2013. 240p.

Martin Lloyd-Jones nos indica “que a maior lição que a Reforma Protestante tem a nos ensinar é justamente que o segredo do sucesso, na esfera da Igreja e das coisas do Espírito, é olhar para trás”. Lutero e Calvino, diz ele, “foram descobrindo que estiveram redescobrindo o que Agostinho já tinha descoberto e que e que já havia sido esquecido”. 

Por ocasião da Reforma, a tradição da igreja já havia se incorporado aos padrões determinantes de comportamento e doutrina e, na realidade, já havia superado as prescrições das Escrituras. A Bíblia era conservada longe e afastada da compreensão dos devotos. Era considerada um livro só para os entendidos, obscuro e até perigoso para a massa. Os reformadores redescobriram e levantaram bem alto o único padrão de fé e prática: a Palavra de Deus, e por este padrão, aferiram tanto as autoridades como as práticas religiosas em vigor. 

A um mundo que está sem padrão, e à própria igreja evangélica, que está voltando a enterrar o seu padrão em meio a um entulho místico pseudo-espiritual, a mensagem da Reforma, sobre a suficiência e integridade das Escrituras, continua necessária. Esse livro traz o brado de Sola Scriptura, com veemência e clareza, como antídoto ao veneno contemporâneo do subjetivismo e existencialismo do homem sem Deus, que teima em se infiltrar nos ensinamentos da Igreja Cristã. A própria Confissão de Fé de Westminster em seu Capítulo 1º, refletindo os ensinamentos da Reforma do Século XVI, descreve a Bíblia como sendo a “... única regra infalível de fé e de prática”. Essa é a mensagem deste livro e aquela que precisa ser pregada, com ousadia, à igreja contemporânea.

AGUARDEM AS RESENHAS!

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