sexta-feira, 14 de junho de 2019

DEUS: FACE A FACE COM SUA MAJESTADE [Resenha]


MACARTHUR, John. Deus: Face a face com sua majestade. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2013.


O AUTOR E O SEU LIVRO

John Fullerton MacArthur nasceu no dia 19 de junho de 1939 (77 anos), Los Angeles, Califórnia, EUA. Ele dá seguimento a mais uma geração de pastores em sua família, neste caso, a quinta geração de pastores.

John MacArthur é um pastor cristão que se destaca pelos livros que escreve. Textos inspirados e profícuos para a fé cristã. Suas obras já abençoaram milhões de pessoas ao redor do mundo. Seu ministério é frutífero, pois, além dos livros, ele atua no cenário evangélico fazendo palestras e pregações.

Ele atualmente preside o ministério Grace to You e atua desde 1969 como pastor e professor na Igreja Evangélica Grace Community Church, na Califórnia. Seu programa de rádio, Graça para Você, é veiculado internacionalmente. É considerado um dos pregadores mais influentes de seu tempo.

MacArthur tem base conservadora batista, e sua posição sobre alguns temas atuais segue essa linha. Quando é convidado para participar de programas de televisão, representa a perspectiva cristã, sendo vigoroso ao falar sobre assuntos considerados controversos como aborto, guerra, adultério, homossexualismo, entre outros.

Dentre seus trabalhos, o que mais se destaca é a Bíblia de Estudo MacArthur, com vendagem superior a 1 milhão de cópias, fato que lhe legou o reconhecido prêmio Gold Medallion Book Award.Outro importante trabalho de MacArthur são os Comentários sobre o Novo Testamento. Sua produção literária não para por aí, o Manual Bíblico MacArthur é uma obra relevante e muito estimada entre os estudantes da Bíblia.

Além das obras supracitadas, o renomado autor escreveu, entre outros, os seguintes livros: Introdução ao Aconselhamento Bíblico, Fogo Estranho, Como Estudar a Bíblia, A Parábola do Filho Pródigo, 12 Homens Extraordinariamente Comuns, A Outra Face de Jesus.

Ao todo são mais de 150 títulos que o renomado escritor produziu, atuando como autor ou editor.


DEUS: FACE A FACE COM SUA MAJESTADE

Nesse livro, John MacArthur procura remover o pó das presunções e compreensões equivocadas acerca de Deus, que se desenvolveram ao longo dos séculos, oferecendo ao leitor uma visão mais majestosa e gloriosa dos atributos divinos, conforme foram revelados por Deus através de profetas, reis, homens poderosos e de seu próprio Filho, Jesus Cristo. Repleto de referências bíblicas e aplicações prática, esta obra fascinante visa levar o leitor a contemplar a Deus com um maior sendo de adoração e louvor.

O livro, além da introdução e um Guia para Estudos Pessoais e em grupo, contém 12 capítulos, onde o autor trabalha assuntos tais: Trindade, Soberania, Santidade e a Glória de Deus. Para o autor, a única maneira de saber como deus é exatamente é descobrindo o que Ele revelou sobre Si mesmo nas Escrituras. A revelação da natureza de Deus é constituída de diferentes categorias de atributos, os quais são definições de Seu caráter.

Saber como é Deus é fundamental para conhecermos o próprio Deus. E conhecimento de Deus é essência do que é ser cristão. O apóstolo João escreveu: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Quando a maioria das pessoas ouve o termo vida eterna, elas pensam numa vida que dura para sempre. Mas as Escrituras afirmam que ela é mais do que isso, é uma qualidade de vida para a pessoas que conhece Deus.

Tragicamente, muitos crentes hoje têm colocado suas afeições nas coisas temporais deste mundo, trocando seu grande privilégio de conhecer melhor a Deus por aquilo que é mundano. O próprio Deus reprova esse tipo de pensamento, pois Ele declarou: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9.23-24).

O que você lerá a partir de agora é um resumo de todo o conteúdo deste magnífico livro.


1. NOSSO DEUS TRIÚNO. Deus é um só, contudo, Ele existe não como dois, mas como três Pessoas distintas. Isso é um mistério sem precedentes em nossa experiência. Algumas pessoas tentam explicá-lo usando ilustrações terrenas. Devemos simplesmente aceitar o ensinamento claro das Escrituras. Neste capítulo, MacArthur trata de forma clara o ensino do antigo e novo testamento sobre a trindade e conclui: Não podemos compreender esse Deus triúno, mas sabemos que Ele é um Pai que nos ama, um Filho que morreu por nós e um Espírito que nos conforta. [p.13-27]


2. NOSSO DEUS É FIEL E IMUTÁVEL. Os dois atributos enfatizados neste capítulo é a fidelidade e a imutabilidades de Deus. O autor divide este capítulo em dois pontos: O juramento infalível de Deus e o caráter imutável de Deus. A única pessoa em que podemos confiar sem reservas é Deus. Por causa do seu caráter, Ele não pode mentir (Tt 1.2). Tudo o que Ele diz ou faz é absolutamente verdadeiro. Ele não tem a habilidade de contradizer a si mesmo. Quando Ele faz uma promessa, não pode fazer outra coisa, senão cumpri-la. Ele nunca se desvia de sua vontade ou de Sua Palavra. Porque Deus é digno de confiança, podemos ter a certeza de que Ele é sempre fiel para com seus próprios filhos. É por isso que podemos confiar nEle, não importa o que aconteça. Embora possamos estar enfrentando adversidade, podemos saber que Ele é confiável. [p.31]


3. NOSSO DEUS É SANTO. A santidade é, sem dúvida, o mais importante de todos os atributos de Deus. A santidade de Deus é a coroa de todos os seus atributos, a vida de todos os seus decretos, ação alguma é feita por Ele senão aquilo que é merecedor de dignidade e que honra esse atributo. Vemos a santidade de Deus expressa nas Escrituras. Ela é evidente desde o início da criação, pois Salomão disse: “Deus fez o homem reto” (Ec 7.29). Ele nos fez para sermos santos. O profeta Isaías conhecia muito bem a santidade impressionante e majestosa do Senhor. No ano em que o rei Uzias morreu, aconteceu algo que mudaria Isaías para sempre. Quando Isaías viu Deus como Ele realmente é, sua reação foi: “Ai de mim” (Is 6.5). Então, ele disse: “Estou perdido” (v.5). O termo hebraico fala de estar perdido, aniquilado ou destruído. Isaías estava dizendo: “Fui devastado pela santidade de Deus”. Pedro escreveu: “Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: “Sede santos, por eu sou santo” (1 Pe 1.15-16; cf. com Lv 11.44). Uma vez que o próprio Deus é santo, Ele quer que Seu povo seja santo.


4. NOSSO DEUS ONISCIENTE. Deus conhece tudo o que pode ser conhecido. Ele conhece tudo, instantaneamente, com uma plenitude de perfeição que inclui todos os itens possíveis do conhecimento de tudo o que existe ou poderia ter existido em qualquer lugar do universo, em qualquer momento no passado ou que possa existir nos séculos ou eras vindouras.Deus conhece cada detalhe de nossa vida. Nada escapa à Sua atenção. “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”, disse Cristo (Lc 12.7). Deus é o único e verdadeiro diagnosticador de nossa condição. Deu sabe tudo sobre o coração humano e é capaz de diagnosticar sua verdadeira condição pecaminosa, a solução para essa condição também está ligada à Sua sabedoria. Deus conhece todos os que pertencem a Ele porque Ele colocou os seus nomes no Livro da Vida antes do inicio do mundo (Ef 1.4). [p. 59-71]


5. NOSSO DEUS ONIPRESENTE. Deus jamais poderia ser confinado a lugar algum porque Ele é onipresente. Seu ser enche o infinito eterno. O próprio Deus declarou: “porventura, não encho eu os céus e a terra?” (Jr 23.24). Não há limite para ele. Ele está em todo lugar. O Deus que se estende através do tempo e do espaço, do infinito e da eternidade não pode ser contido ou limitado. É especialmente reconfortante saber que sejam quais forem as provações que temos que suportar, Deus está sempre presente. Saber que Deus está sempre presente é uma motivação poderosa para resistir á tentação. Isso nos leva a perceber que tudo o que fazemos na presença de Deus. Quando pecamos – seja com um pecado de pensamento, palavra ou ação -, esse pecado é feito na presença de Deus. O Senhor nos cerca com sua presença. Quando temos um pensamento, o Senhor está perto para lê-lo; quando oramos, Ele está perto para nos ouvir; quando precisamos de sua força e poder, Ele está perto para nos prover essas coisas. [p. 78-87]


6. NOSSO DEUS ONIPOTENTE. Deus é onipotente. Ele tem capacidade e poder para fazer qualquer coisa. O poder de Deus se expressa numa infinidade de maneiras: Na Criação, Sl 33.6. Na Salvação, Fp 1.6. Na Ressurreição, Mt 26.32. Como o poder de Deus se aplica às nossas vidas como crentes? Na Adoração: Devemos adorar a Deus por causa do seu poder, 2 Rs 17.36. Para Confiança: O poder de Deus é uma fonte de confiança, Fp 4.13. Para a Esperança: O poder de Deus para a ressurreição é a base da nossa esperança. Para o Conforto: Que você se vir preocupado com algo, perceba que não há nada grande demais que Deus não possa tratar, Jr 32.27. Para a Vitória: O poder de Deus é a base para a nossa vitória espiritual, Ef 6.10. Qual deveria ser a nossa reação diante do poder impressionante, majestoso e glorioso de Deus? Humildade 1 Pe 5.6.


7. A IRA DE NOSSO DEUS. A ira de Deus não é como a ira humana. A ira de Deus é pura e não é maculada pelo pecado. Quando Ele se ira, essa é a justa expressão de sua santidade e justiça. Paulo disse que a ira de Deus se revela do céu (Rm 1.18). A ira de Deus sempre se dá a conhecer. Ela tem sido visível ao longo de tida a história humana. Deus revela Sua ira do céu por meio de um envolvimento pessoal. A Bíblia demonstra uma reação muito intensa e pessoal no coração de Deus em relação ao pecado. A ira de Deus se revela “contra toda impiedade e perversão dos homens” (Rm 1.18). Sua ira é contra o pecado. (Rm 1.21; Rm 3.23)


8. A BONDADE DE NOSSO DEUS. Ao longo da história bíblica, encontramos indivíduos que falaram com boa vontade de Deus como sendo bom. Ezequias (2 Cr 30.18-19), Sacerdotes e Levitas (Ed 3.11), Esdras (7.9) Profeta Naum (1.7). No Novo Testamento, Jesus Cristo descreveu a si mesmo como “o Bom Pastor” (Jo 10.14). No livro de Romanos, Paulo perguntou: “Ou desprezas a riqueza de sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (2.4). Desprezar diz respeito a menosprezar grosseiramente o valor ou importância de algo. É falhar em dar o verdadeiro valor. O que as pessoas menosprezam? “A riqueza da sua bondade”. Isso se refere a todos os benefícios que Deus nos dá – sua bondade para com a humanidade.


9. NOSSO DEUS É SOBERANO. O fato de Deus ser soberano significa que Ele faz o que lhe agrada e, somente, o que lhe agrada. Nenhuma pessoa ou circunstancia pode frustrar Seu conselho ou impedir Seus propósitos. As Escrituras estão cheias de evidências de que Deus age conforme Seu desejo soberano (Jó 42.2). Como esse atributo afeta a vida de um crente. (1) Deus exerce soberanamente Sua escolha como Criador de todos para selecionar alguns indivíduos para receberem a sua misericórdia. (2) A eleição vocacional. Deus, as vezes escolhe determinados indivíduos para fazer tarefas específicas. (3) A eleição para salvação. Deus seleciona certos indivíduos para a salvação. A obra salvadora e soberana de Deus é fundamental para sua promessa de fazer com que todas as coisas cooperem para nosso bem (Rm 8.28)


10. DEUS NOSSO PAI. O que Cristo ensina a respeito da paternidade de Deus? Fundamentado João 5.17,19-24, observa-se que: (1) O Pai é um com o Filho. Ao dizer: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (v.17). (2) O Pai ama o Filho. O amor do Pai pelo Filho é a fonte de nosso amor uns pelos outros, como crentes. (3) O Pai abençoa o Filho. O Pai não somente ama o filho, mas também “lhe mostra tudo o que faz” (Jo 5.20). (4) O Pai dá autoridade ao seu filho. Que tipo de autoridade Cristo tem? O Pai de autoridade e poder para o Filho governar, reinar e julgar. (5) O Pai honra o seu Filho. A autoridade que o Filho goza é igual a do Pai. Todos os que creem em Deus da forma como Ele se revelou também crerão em Jesus. É impossível que alguém creia no Pai diz rejeite o Filho. Essa é a honra conferida ao nosso Senhor Jesus Cristo. Em Romanos 8.14-17, Paulo falou de nossa adoção na família de Deus como seus filhos. Jesus nos chama de irmãos e irmãs e vê a si mesmo de braços dados conosco, cantando louvores a Deus.


11. A GLÓRIA DO NOSSO DEUS. A que exatamente a “glória de Deus” se refere? Ela é a soma de quem Ele é – a soma de Seus atributos de sua natureza divina. Ao longo da história, Deus tem se esforçado para mostrar Sua glória a homens e mulheres. A glória de Deus estava presente no principio, no Jardim do Éden. Ali, Ele se manifestou a Adão e Eva, que viveram em Sua presença e desfrutaram da comunhão com Ele. Deus também revelou sua glória a Moisés. O Senhor respondeu: “A minha presença era contigo, e eu te darei descanso” (Ex 33.14). O Senhor prometeu que estaria com Moisés, supriria suas necessidades e daria segurança ao seu povo. Deus também revelou a sua glória no tabernáculo. Era sobre o propiciatório que a glória de Deus habitava ou tabernaculava (Ex 25.22). A glória de Deus também se manifestou no templo de Salomão (1 Rs 8.10-11) Quanto a glória de Deus em Jesus cristo, observamos que quando Ele veio ao mundo, sua glória foi velada. No entanto, Cristo disse aos seus discípulos que em sua segunda vida, “O Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai (Mt 16.27). Ou seja, haverá uma exibição completa de Seus atributos divinos. Sua glória resplandecente e desvelada iluminará todo o universo. A condição final dos salvos será cheia de glória (Ap 21.23; Ap 7.12)


12. A ADORAÇÃO AO NOSSO DEUS. A adoração cristã é o ato de dar honra e respeito a Deus. Cristo destacou que Deus, deve ser o objeto de nossa adoração (Jo 4.23). O Deus Filho também deve ser adorado (Rm 6.3-4; Ef 3.10-12; Fl 2.9-11). O Espírito Santo é aquele que energiza toda a adoração. Ele nos leva ao Pai (Rm 8.15). Esta é a adoração Trinitária verdadeira: vir ao pai, por meio do Filho, no Espírito. A adoração é a chave para entender toda a questão da salvação. Isso porque o objetivo da salvação é produzir verdadeiros adoradores (Jo 4.24). Adoração é o transbordar de uma mente renovada pela verdade de Deus. Como podemos nos preparar para adorar a Deus de um modo aceitável? Hebreus 10.22 diz: com Sinceridade, Fidelidade, Humildade e Pureza.


Para concluir é importante que se diga que este livro não é um estudo exaustivo sobre o caráter de Deus. Mas, com certeza o ajudará, a saber, como Deus é e servira como um incentivo para que você o conheça melhor. Adquira este livro, clicando na imagem acima.

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