O AUTOR - JOHN FULLERTON MACARTHUR [1]
John Fullerton MacArthur nasceu no dia 19 de junho de 1939 (77 anos), Los Angeles, Califórnia, EUA. Ele dá seguimento a mais uma geração de pastores em sua família, neste caso, a quinta geração de pastores.
John MacArthur é um pastor cristão que se destaca pelos livros que escreve. Textos inspirados e profícuos para a fé cristã. Suas obras já abençoaram milhões de pessoas ao redor do mundo. Seu ministério é frutífero, pois, além dos livros, ele atua no cenário evangélico fazendo palestras e pregações.
Ele atualmente preside o ministério Grace to You e atua desde 1969 como pastor e professor na Igreja Evangélica Grace Community Church, na Califórnia. Seu programa de rádio, Graça para Você, é veiculado internacionalmente. É considerado um dos pregadores mais influentes de seu tempo.
MacArthur tem base conservadora batista, e sua posição sobre alguns temas atuais segue essa linha. Quando é convidado para participar de programas de televisão, representa a perspectiva cristã, sendo vigoroso ao falar sobre assuntos considerados controversos como aborto, guerra, adultério, homossexualismo, entre outros.
Dentre seus trabalhos, o que mais se destaca é a Bíblia de Estudo MacArthur, com vendagem superior a 1 milhão de cópias, fato que lhe legou o reconhecido prêmio Gold Medallion Book Award.Outro importante trabalho de MacArthur são os Comentários sobre o Novo Testamento. Sua produção literária não para por aí, o Manual Bíblico MacArthur é uma obra relevante e muito estimada entre os estudantes da Bíblia.
Além das obras supracitadas, o renomado autor escreveu, entre outros, os seguintes livros: Introdução ao Aconselhamento Bíblico, Fogo Estranho, Como Estudar a Bíblia, A Parábola do Filho Pródigo, 12 Homens Extraordinariamente Comuns, A Outra Face de Jesus.
Ao todo são mais de 150 títulos que o renomado escritor produziu, atuando como autor ou editor. Acesse o link a seguir e veja os livros do notável e incansável pastor John MacArthur.
O LIVRO - DOZE MULHERES EXTRAORDINARIAMENTE COMUNS
Exaltadas por sua coragem, visão, hospitalidade e dons espirituais, não é de admirar que essas mulheres fossem tão importantes para o plano de Deus revelado no Antigo e no Novo Testamento. Não foram suas qualidades naturais que fizeram delas mulheres extraordinárias, mas o poder soberano do Deus a quem adoravam e serviram.
Em Doze mulheres extraordinariamente comuns, o renomado teólogo e autor best-seller John MacArthur apresenta mais do que informações fascinantes sobre a trajetória de algumas das grandes mulheres da Bíblia. Ele traça, através da vida dessas personagens, a cronologia inconfundível da obra redentora de Deus na história.
Nesta obra, MacArthur desafia você a lançar um olhar pungente e pessoal sobre a vida delas e suas histórias incríveis. Suas lutas e tentações são as mesmas enfrentadas pelos cristãos de hoje, de todas as idades, e o Deus a quem serviam com tanta devoção é o mesmo que continua a moldar e usar pessoas extraordinariamente comuns.[2]
O livro além dos agradecimentos e um belo prefácio – onde o autor justifica o motivo de escrever este livro – temos onze capítulos e cada um destes capítulos é um estudo biográfico completo sobre doze mulheres extraordinárias, com um guia de estudo no final. Para cada capítulo, eu transcrevi pequenos parágrafos para fomentar o leitor.
1. Eva - mãe de toda a humanidade – Criada por Deus especialmente para Adão, a partir de sua própria carne e osso, Eva combinava com Adão perfeitamente em todos os sentidos. Ela era uma ilustração maravilhosa da bondade da graça de Deus e da perfeita sabedoria de sua vontade. Repito que Deus a fez enquanto Adão estava dormindo, sem receber quaisquer dicas ou sugestões da parte dele. Mesmo assim, ela supriu todas as necessidades que Adão tinha, satisfez todos os anseios que ele possa ter sentido e agradou a todas as faculdades dos seus sentidos. Ela atendeu à sua necessidade de companhia, era fonte de alegria e prazer para ele e possibilitou a procriação da raça humana. Eva complementou Adão de forma perfeita e aperfeiçoou tudo o que diz respeito à sua existência. O Éden, a partir daí, passou a ser verdadeiramente um paraíso. [p.26]
2. Sara - esperando contra a esperança – Exemplo de contrastes e contradições, Sara era, de fato, uma mulher extraordinária. Apesar de ter dado à luz somente um filho e de não ter sido mãe até bem depois da idade fértil normal, ela é a matriarca principal da história hebraica. Apesar de sua fidelidade perseverante ser um dos aspectos mais exemplares do seu caráter, o erro mais crasso de sua vida envolveu um ato de infidelidade enorme. Às vezes, ela vacilou, mas, no final, perseverou contra os obstáculos incríveis, e a firmeza da sua fé se tornou a característica principal do seu legado. Na verdade, o Novo Testamento a consagra à galeria dos heróis da fé: “porque considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa” (Hebreus 11.11). E tem mais. Na verdade, do mesmo modo que o Novo testamento retrata Abraão como o pai espiritual de todos os que creem (Romanos 4.9-11; Gálatas 3.7), Sara é retratada como a matriarca espiritual e protótipo de todas as mulheres fiéis (1 Pedro 3.6). Longe de se concentrar nos momentos memoráveis em que Sara se comportou mal, ele a celebra como verdadeiro modelo de mulher adornada com “a beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo” (1 Pe 3.4). [p. 51,71]
3. Raabe - a redenção de uma vida horrível – Raabe é um belo exemplo do poder transformador da fé. Apesar de ter poucas vantagens espirituais e pouco conhecimento da verdade, ela tinha o coração voltado a YHWH. Ela arriscou a própria vida, abandonou um modo de vida que não honrava Deus e se afastou de tudo, exceto de seus parentes próximos, que ela trouxe para a comunidade do povo de Deus junto com ela. A partir daquele dia, ela teve uma vida completamente diferente, como uma verdadeira heroína da fé. Ela tem um lugar de honra em Hebreus 11, junto de outros nomes notáveis daquela “grande nuvem de testemunhas” que testificam sobre o poder salvador da fé. Depois do relato da destruição de Jericó, em Josué 6, o nome de Raabe nunca mais é mencionado no Antigo Testamento. Quando Josué observou que ela estava ainda morando em Israel, isso foi, provavelmente, muitos anos depois da queda de Jericó. Aparentemente, Raabe viveu em tranquila dignidade e graça em meio ao povo de Deus. Ela tinha sido radicalmente transformada do tipo de mulher que era. Ela era, e ainda é, um símbolo vivo do efeito transformador da fé salvadora. Essa é a mensagem principal da sua vida. [p.85-86]
4. Rute - lealdade e amor – A vida de Rute foi a experiência verdadeira e histórica de uma mulher genuinamente extraordinária. Foi também um retrato perfeito da história da redenção, contada com símbolos vivos e inspiradores. A própria Rute traz o perfil adequado de todo pecador. Ela era uma viúva estrangeira que foi morar em uma terra estranha. Trágicas circunstâncias a reduziram a uma pobreza deplorável. Ela não era somente marginalizada ou exilada, mas também era carente de tudo, reduzida a um estado de miséria total, do qual ela nunca esperaria ser resgatada por nada nesse mundo. Em sua total necessidade, ela buscou a graça do parente mais próximo de sua sogra. A história sobre como a sua vida foi transformada é uma das narrativas mais profundamente emocionante de toda a Bíblia. Rute é o símbolo adequado de todo cristão, e até mesmo da própria igreja – redimida, trazida a uma posição de grande favor, dotada de riquezas e privilégios, exaltada para ser a própria noiva do Redentor, e amada por ele com o afeto mais profundo. Essa é a razão pela qual a história extraordinária da sua redenção deve fazer com que o coração de todo cristão verdadeiro exploda em profunda alegria e gratidão por aquele que, de forma semelhante nos remiu do pecado. [p.89,104]
5. Ana - um retrato da graça feminina – Ana era diferente das mulheres que estudamos até agora, porque ela não estava na genealogia do Messias, mas sua famosa oração dedicatória, quando ofertou seu filho a Deus, é, na verdade, um hino profético para o Messias de Israel. De um modo bem claro, Ana cultivou a mesma esperança messiânica que estruturou a visão de mundo de quase todas as mulheres extraordinárias que estamos estudando. Ana [...] tinha um amor a Deus profundo e permanente. Seu entusiasmo espiritual era visto no fervor da sua vida de oração. Ela era mulher devota, cujos afetos se baseavam nas coisas do céu, não nas da terra. Seu desejo de ter um filho ter um filho não era um anseio de autossatisfação. Ela não estava pensando nela, nem em conseguir o que queria. Tratava-se de uma renúncia - dedicar-se àquela pequena vida para devolve-la ao Senhor. Séculos antes, Raquel, a esposa de Jacó, orou: “Dê-me filhos ou morrerei!” (Gênesis 30.1). A oração de Ana era mais modesta que essa. Ela não orou por “filhos”, mas por um filho. Ela rogou a Deus por um filho que fosse apto para servir no tabernáculo. Se Deus lhe desse um filho, ela o devolveria a Deus. Os gestos de Ana provaram que ela não queria um filho para seu próprio prazer, mas porque queria dedicá-lo ao Senhor. A Bíblia diz que Deus abençoou Ana com mais cinco filhos – três filhos e duas filhas. O seu lar e sua vida familiar se tornaram ricos e completos. Ela foi abençoada por Deus em receber a permissão de alcançar todas as ambições que tinha almejado realizar. Seu amor pelo céu, pelo marido e pelo lar ainda são as prioridades verdadeiras para toda esposa e mulher de Deus. Sua vida extraordinária se destaca como um exemplo maravilhoso para as mulheres de hoje que querem que seu lar seja um lugar onde Deus é honrado, mesmo em meio a uma cultura obscura e pecaminosa. Ana nos mostrou o que o Senhor pode fazer por meio de uma mulher dedicada a ele de forma total e irrestrita. Que a tribo dela venha a crescer! [p.106, 113-114, 121-122]
6. Maria - bendita entre as mulheres – De todas as mulheres extraordinárias nas Escrituras, uma se destaca dentre todas as outras como a mais abençoada, a mais bem-aventurada e a mais admirada universalmente. De fato, nenhuma mulher é tão marcante quanto Maria. Ela foi escolhida soberanamente por Deus – dentre todas as mulheres que nasceram – para ser instrumento único pelo qual ele, finalmente, traria o Messias ao mundo. A própria Maria testemunhou que todas as gerações a considerariam profundamente abençoada por Deus (Lucas 1.48). Isso não foi porque ela creditava ser algum tipo de santa sobre-humana, mas sim porque ela recebeu graça e privilégio extraordinários. A própria Maria nunca reivindicou ser, ou fingiu ser, algo mais do que uma humilde serva do Senhor. Ela foi extraordinária porque Deus a usou de um modo extraordinário. Ela claramente via a si mesma como perfeitamente comum. Ela é retratada nas Escrituras somente como um instrumento que Deus usou para cumprir seu plano. Ela mesmo nunca teve nenhuma pretensão de ser administradora da agenda divina, e nunca deu a ninguém incentivo para considera-la uma mediadora na dispensação da graça divina. A perspectiva submissa refletida na Magnificat é o mesmo espírito simples de humildade que influenciou toda sua vida e caráter. Realmente, é lamentável que a superstição religiosa tenha, de fato, idolatrado Maria. Ela, com certeza, é uma mulher digna de imitação, mas a própria Maria, sem dúvida, ficaria chocada só de pensar que alguém pudesse dirigir alguma oração a ela, venerasse sua imagem, ou acendesse velas em sua homenagem. Sua vida e testemunho nos apontam de forma coerente para seu Filho. Ele era o objeto de sua adoração. Ele era quem ela reconhecia como Senhor. Ele era aquele em quem ela confiava para tudo. O próprio exemplo de Maria, visto na luz pura das Escrituras, nos ensina a fazer o mesmo. [p.123, 141-142]
7. Ana - a profetisa: testemunha fiel – Ana aparece somente em uma introdução bem curta do evangelho de Lucas, mas sua menção nesse livro eleva a importância de sua vida e testemunho. Ela foi abençoada por Deus para ser uma das poucas testemunhas importantes que conheceram e entenderam a importância do nascimento de Jesus, e ela não fez nenhum esforço para guardar segredo. Por isso, passou a ser uma das primeiras e mais sólidas testemunhas de Cristo. Sem dúvida, em todos os lugares onde o evangelho de Lucas é proclamado, seu testemunho ainda leva pessoas ao Salvador. Por isso, ela merece um lugar importante em qualquer lista de mulheres extraordinárias. Na verdade, boa parte da vida extraordinária de Ana pode ser deduzida dos três versículos breves da Bíblia que são dedicados à sua história. A narrativa de Lucas está cheia de expressões importantes que nos dão um entendimento surpreendentemente rico sobre a vida e o caráter de Ana. É assim que essa mulher querida, que passou tantos anos na maior parte do tempo conversando com Deus, tornou-se mais conhecida por falar às pessoas sobre Cristo. O Messias, finalmente, tinha chegado, e Ana foi uma das primeiras a saber quem ele era. Ela não conseguiu se calar sobre essa notícia. Por isso, foi uma das primeiras e mais sólidas testemunhas de Cristo. Não há registros do que aconteceu com Ana. Ela sem dúvida já havia partido na época em que Cristo tinha começado o seu ministério público, trinta anos mais tarde. O dia de sua dedicação foi, provavelmente, a única vez que ela o viu, mas isso bastava para ela. Ela literalmente não conseguiu parar de falar sobre ele. Essa sim foi a parte mais cativante do legado extraordinário dessa mulher maravilhosa! [p.145-146, 153]
8. A mulher samaritana - encontrando a água da vida – Em João 4, encontramos uma mulher samaritana com um histórico bem sórdido, cujo nome não é revelado. Jesus a encontrou quando veio tirar água em um poço, e esse encontro transformou a sua vida. O apóstolo João dedicou 42 versículos para contar a história do encontro incrível dessa mulher com o Senhor. Essa parte tão importante das Escrituras não seria dedicada a esse episódio a menos que as lições contidas nele não fossem de suma importância. A primeira vista, boa parte da cena parece comum e sem importância. Trata-se de uma mulher anônima que realizava a tarefa mais banal do cotidiano: tirar sua porção diária de agua para sua casa. Ela veio sozinha, em uma hora em que, provavelmente, ninguém mais estivesse lá no poço. Essa foi, provavelmente, uma indicação de seu estado marginal. Jesus, viajando pela região a caminho de Jerusalém, estava descansando perto do poço. Seus discípulos estavam comprando comida na vila vizinha. Jesus, sem ter nenhum utensílio sem corda alguma para tirar agua, pediu à mulher para lhe dar de beber. Não se tratava de um incidente maravilhosos e, com certeza, essa não era uma cena que nos levaria a esperar que uma das lições teológicas mais profundas em toda a Bíblia estivesse começando. [p.155-156]
9. Marta e Maria - trabalho e adoração – Neste capítulo, entramos em contato com duas mulheres extraordinárias: Marta e Maria. Meditaremos sobre a vida delas em conjunto porque é desse modo que as Escrituras as apresentam de forma coerente. Elas moravam como seu irmão, Lázaro, na pequena vila de Betânia. Essa vila ficava a uma curta distância de Jerusalém, somente a três quilômetros a sudeste do portão oriental do Templo (João 11.18) – um pouco depois do Monte das Oliveiras, vindo do centro da cidade de Jerusalém. Tanto Lucas quanto João registram que Jesus foi bem recebido na casa dessa família. Ele foi até lá pelo menos em três momentos importantes nos evangelhos. Betânia era uma pousada comum para ele em suas viagens, e a casa dessa família parecia ser um local acolhedor para Jesus durante suas visitas à Judéia. Marta foi uma nobre mulher de Deus, que carregava um coração de serva e uma capacidade rara para o trabalho. Maria foi mais nobre ainda, com uma disposição incomum para a adoração e para a sabedoria. As duas foram notáveis à sua maneira. Se levarmos em conta seus dons e seus instintos em conjunto, eles nos dão um exemplo maravilhoso a seguir. Que possamos cultivar com dedicação os melhores instintos dessas duas mulheres extraordinárias. [p.167, 181]
10. Maria Madalena - liberta das trevas – Maria Madalena é um dos nomes mais conhecidos e menos entendidos da Bíblia. As Escrituras colocam de propósito uma cortina de silêncio sobre boa parte da vida e do perfil pessoal dela, mas Maria Madalena ainda desponta como uma das mulheres mais importantes do Novo Testamento. Ela é mencionada pelo nome em todos os quatro evangelhos, na maioria das vezes associada aos acontecimentos relacionados à crucificação de Jesus. Ela tem o privilégio eterno de ser a primeira pessoa a qual Cristo se revelou depois da ressurreição. Jesus lhe conferiu uma honra única e inigualável, permitindo que ela fosse a primeira a vê-lo e ouvi-lo depois da sua ressurreição. Os outros já tinham ouvido e crido na notícia alegre a partir da boca de um anjo. Maria a ouviu em primeira mão do próprio Jesus. O epitáfio bíblico de sua vida foi registrado em Marcos 16.9: “Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena”. Esse foi o seu legado extraordinário. Ninguém nunca poderá igualar essa honra ou tirá-la dela, mas nós podemos e devemos imitar Maria em seu amor profundo a Cristo. [p.183, 196]
11. Lídia - a abertura de um coração hospitaleiro – A melhor forma de se lembrar de Lídia é como a primeira pessoa que foi convertida para o evangelho na Europa. Foi a primeira a ser registrada recebendo a mensagem de Cristo durante a primeira viagem missionária do apóstolo Paulo àquele continente. Sua conversão marcou a primeira base forte da igreja em um continente que finalmente se tornou o polo do testemunho do evangelho em todo o mundo. A Europa só perdeu esse lugar para a América do Norte há cerca de cem anos. Lídia era uma mulher notável que apareceu de repente e inesperadamente na narrativa bíblica, lembrando-nos que, embora os propósitos soberanos de Deus geralmente permaneçam ocultos aos nossos olhos, ele está sempre operando de maneira secreta e surpreendente para convocar um povo para o seu nome. A hospitalidade de Lídia era tão marcante quanto a sua fé. Por causa de sua generosidade para com Paulo e sua equipe missionária, o evangelho obteve uma base sólida em Filipos. A recompensa de Lídia no céu com certeza será grande. Ela foi verdadeiramente uma mulher extraordinária. Como todas as mulheres no nosso estudo, tudo o que a fez excepcional foi resultado da obra de Deus no seu coração. A Bíblia é clara quanto a isso, especialmente no caso de Lídia – mas trata-se de um fato que diz respeito a todas as mulheres que estudamos. [p.197-198, 207]
A JUSTIFICATIVA DA EXISTÊNCIA DESTE LIVRO POR JOHN MACARTHUR [3]
Eu não tinha a mínima previsão de que o meu livro sobre os apóstolos (Doze homens extraordinariamente comuns) seria tão bem acolhido pelos leitores como, de fato, foi. Parece que as pessoas apreciaram e gostaram do formato de estudo de personagens, mesmo saindo um pouco do meu estilo expositivo normal. O método e a estrutura do livro também pareceram bem adequados aos estudos de pequenos grupos, e isso deve ter ajudado a despertar um interesse ainda maior. Quem sabe tenha sido ainda mais importante o caráter intensamente prático e pessoalmente relevante desses estudos de personagens. Acho que ajudam a ver os apóstolos como eles realmente eram: homens comuns. Afinal, foi esse o propósito do livro. Todos conseguem se identificar com esses homens. A maioria de nós consegue enxergar aspectos do nosso próprio caráter na personalidade deles, nas falhas, nas dificuldades, nos erros frequentes, e em sua busca para serem tudo o que Cristo queria que eles fossem. Perceber o modo como Deus usou essas pessoas nos traz uma grande esperança.
Depois de Doze homens extraordinariamente comuns manter-se por mais de 1 ano na lista dos livros mais vendidos, meus amigos na Thomas Nelson sugeriram uma continuação: por que não abordar em um formato semelhante a vida de doze das principais mulheres da Bíblia? Foi assim que o livro que você tem em mãos tornou-se realidade.
Obviamente, não houve decisão alguma sobre quem faria parte do primeiro livro. Foi Jesus quem escolheu os doze discípulos: tudo o que fiz foi pesquisar sobre a vida deles e escrever sobre eles. Este livro novo, no entanto, trouxe algo diferente. Diante de uma infinidade de mulheres extraordinárias na Bíblia, elaborei uma grande lista de possibilidades. A tarefa de limitá-las a doze não foi nada fácil. Levei em conta a importância que possuem nas Escrituras e escolhi doze mulheres que desempenharam um papel vital na história da redenção.
Espero que você concorde que a minha lista restrita possui uma boa variedade de tipos de personalidade e um leque bem amplo de mulheres verdadeiramente extraordinárias. A minha esperança é que, assim como no primeiro livro, os leitores percebam características pessoais nesses estudos e sejam incentivados pela lembrança de que as nossas dificuldades e as nossas tentações pessoais são do mesmo tipo daquelas que todas as pessoas de fé enfrentam em todas as épocas. Desse modo, somos relembrados de que, mesmo em meio aos nossos problemas. Deus permanece eternamente fiel (I Coríntios 10:13). O Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o Deus de Sara, Rebeca e Raquel também. Ele também é o Deus de todos que, em nossa geração, creem em Deus — sejam homens ou mulheres. Nós, como todas elas, temos nossas falhas, mas somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio (Salmos 100:3), e a sua fidelidade ainda chega até as nuvens (Salmos 36:5).
Algumas pessoas já me perguntaram sobre a importância desse contraste no título. Se essas pessoas eram "comuns", como também poderiam ser extraordinárias?
Com certeza, a resposta reside no fato de que, ainda que os discípulos tenham sido comuns em certo sentido, eles também eram extraordinários em outro. No que diz respeito aos talentos natos e ao histórico humano, eles foram realmente comuns de propósito.
Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele. (I Coríntios 1:27-29)
Só a obra de Cristo na vida dos discípulos é que lhes dava uma influência e um poder tão marcantes, de modo que se tomaram pessoas bem incomuns - e o que eles conquistaram (Atos 17:6) foi algo verdadeiramente extraordinário.
Isso é igualmente verdadeiro com relação às mulheres que fazem parte deste livro. A maioria delas nada tinha de especial por dentro ou por fora. Elas eram comuns, normais, e, em alguns casos, mulheres de classe declaradamente baixa — no mesmo sentido que os discípulos eram homens comuns. Veja a mulher samaritana de João 4, por exemplo. Nem sabemos o nome dela. Ana também era uma viúva desconhecida e idosa, que só aparece em uma breve introdução nos primeiros capítulos de Lucas (2:36-38). Raabe era uma prostituta comum. Até Maria, a mãe de Jesus, era uma moça que não tinha nada de especial, que morava em uma cidade desconhecida, em uma região inóspita e desprezada da Galileia. Em todos os casos, o que as fez extraordinárias foi um encontro inesquecível com o Deus do universo que transformou suas vidas.
A única exceção real é Eva, que começou a vida como uma pessoa extraordinária em todos os sentidos. Ela foi criada por Deus para ser o ideal puro e cristalino da feminilidade, mas logo estragou tudo cometendo pecado.
Mesmo assim, ela ainda se tornou o retrato vivo do feto de que Deus pode restaurar e redimir aqueles que caem — e fazer deles troféus extraordinários da sua graça, apesar dos seus fracassos. Na verdade, tenho certeza de que, pela graça redentora de Deus, Eva será por toda a eternidade bem mais gloriosa do que ela foi em sua inocência terrena original.
Em outras palavras, nenhuma dessas mulheres se tornou finalmente extraordinária por alguma qualidade natural própria, mas sim porque o Deus único e verdadeiro que elas adoraram é grande, poderoso, glorioso e incrível. Ele as refinou como a prata, as redimiu pela obra de um Salvador extraordinário — o seu Filho único divino — e as moldou conforme a sua imagem (Romanos 8:29). Em outras palavras, a obra graciosa de Deus na vida delas fez com que cada uma se tornasse verdadeiramente extraordinária.
Por esse motivo, elas permanecem como um lembrete da nossa queda e do nosso potencial. Em uma só voz, todas elas nos apontam para Cristo. Em todos os casos, ele foi aquele a quem elas recorreram para receber salvação. Veremos, por exemplo, como Eva, Sara, Raabe e Rute faziam parte da linhagem que traria o Prometido que esmagaria a cabeça da serpente. Do mesmo modo, as palavras de Ana sobre o Salvador (I Samuel 2:1-10) são ecoadas no Magnificat de Maria. Esse, por exemplo, foi o transbordar do louvor de Maria quando ela tinha acabado de descobrir que finalmente daria à luz ao Salvador. Ana, que tinha esperado por seu Salvador por toda a vida, foi abençoada na sua velhice com o privilégio de ser uma das primeiras a reconhecê-lo na sua infância (Lucas 2:36-38). Todas as outras mulheres que fazem parte deste livro estão entre suas primeiras discípulas. Cada uma delas nos dá testemunho de Cristo.
Minha oração por você é que compartilhe da mesma fé, imite a fidelidade delas e aprenda a amar o Salvador, cuja obra na vida delas fez com que elas passassem a ser verdadeiramente extraordinárias. Sua vida também pode ser extraordinária, pela sua maravilhosa graça.
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[1] Biografia de John MacArthur, in: <https://store.leitorgospel.com.br/blog/john-macarthur/>
[2] Parte da sinopse do livro escrito na segunda capa.
[3] Transcrição do prefácio do livro [p.11-14]
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