sábado, 14 de setembro de 2019

DIDÁTICA ESSENCIAL [Resenha]


TULER, Marcos. Didática Essencial: Ferramentas indispensáveis à docência cristã. Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2019.


O LIVRO - O trabalho que o leitor tem em mãos visa, como todas as demais obras de Marcos Tuler, prover conhecimentos imprescindíveis aos professores de Escola Dominical que, por serem voluntários, não cursaram uma faculdade de Educação, mas exercem à docência. De sua rica e vasta experiência, Tuler nos brinda uma vez mais com um trabalho que fará parte do acervo de todo professor comprometido com a Educação Cristã relevante, posto que seu objetivo é auxiliar os educadores no processo de transmissão-assimilação. Tão importante quanto o conteúdo que se ensina é a forma como se faz educação. A sala pode se tornar um dos momentos mais prazerosos da vida do educando, um local de satisfação e confronto, no qual ele deseja estar, pois a cada aula cresce como indivíduo e como discípulo de Cristo.

Por outro lado, a forma como o educador conduz sua aula pode tornar-se o maior empecilho à aprendizagem, levando os educandos ao desestímulo e, consequentemente, à evasão. Os que não têm formação técnica não podem mais se escusar de que não possuem material acessível para aprenderem a transmitir o que pretendem ensinar, pois Didática Essencial cumpre bem esse papel de auxiliá-los na tarefa hercúlea de ensinar.


O AUTOR - Marcos Tuler, é Pastor, pedagogo, bacharel em teologia, pós-graduado em docência superior e psicopedagogia, Mestre em Educação, conferencista, articulista. Atuou como editor da revista Lições Bíblicas e, posteriormente, chefiou por quase dez anos o Setor de Educação Cristã da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Do farto catálogo de obras acerca de Educação Cristã que a CPAD possui, cerca de 40 títulos, cinco delas são de sua autoria. A despeito de todos os seus livros serem de caráter técnico, possuem uma linguagem plenamente acessível ao imenso contingente de educadores cristãos voluntários e, por isso mesmo, sem formação em Pedagogia.


RAZÃO E FINALIDADE DO LIVRO[1] - Ao longo de 16 anos, viajei por nosso imenso país, especialmente pelo interior do Norte brasileiro, lecionando matérias teológicas e pedagógicas em cursos de formação de professores de Escola Dominical. Sempre procurei enfatizar as disciplinas técnicas-didáticas por entender que parte significativa daqueles professores não teve oportunidade de cursar Pedagogia ou qualquer outro curso direcionado ao magistério. São leigos e voluntários.

Depois de certo tempo, insistindo no ensino de procedimentos e na utilização de recursos didáticos, percebi que a grande dificuldade daqueles educadores cristãos não era o "fazer pedagógico", ou seja, não estava na utilização dos métodos e técnicas de ensinar, e sim em como aprender para ensinar.

O problema não estava em como ensinar, mas em como aprender para ensinar. Muitos professores não sabem estudar, no sentido de apreender, assimilar, fixar, dominar plenamente o objeto da aprendizagem. Eles não possuem as habilidades necessárias à investigação científica no campo da teologia e pedagogia. É por essas e outras razões que surgiu a ideia de incluir neste trabalho os capítulos 5, 6 e 7, respectivamente, "O Professor e o Estudo", "O Professor e a Prática da Leitura" e "O Professor e a Pesquisa".

Depois de tantos anos formando educadores cristãos, posso afirmar: O professor que organiza previamente os conteúdos de sua matéria, seleciona os procedimentos de ensino, disponibiliza os recursos e es colhe as formas mais adequadas de avaliação da aprendizagem, está preparado para atender às demandas de sua práxis docente. O mestre que se vale, pelo menos do que é essencial da Didática, é competente e eficiente, no sentido de que provê para seus alunos maior volume de aprendizagem, com menos esforço e em menor tempo.

"Didática Essencial" não pretende esgotar o assunto a que se refere, portanto, não suprime a necessidade de se desenvolver um estudo mais profundo por meio de outras fontes. O principal propósito é fornecer aos professores de Teologia e Bíblia, leigos, voluntários ou veteranos, conhecimentos elementares, porém fundamentais de didática visando auxiliá-los em suas atividades na Escola Dominical e demais áreas da educação cristã.


O QUE É DIDÁTICA? - A palavra didática vem do grego didaktiké e significa arte de ensinar. É uma disciplina pedagógica de caráter prático e normativo, que tem por objetivo específico a técnica do ensino, isto é, a técnica de incentivar e orientar eficazmente os alunos na sua aprendizagem. A palavra foi empregada pela primeira vez em 1629, pelo professor Ratke em seu livro “Principais Aforismas Didáticos”. Porém, a expressão foi realmente consagrada por Comenius em sua obra “Didática Magna”.

Ser didático é ser simples, claro, acessível, direto e organizado. Imagine quantos alunos poderão perder o interesse diante de um professor, confuso, desorganizado, que não tem a mínima noção de como iniciar, desenvolver e concluir uma aula. Desses, há aos montes por aí. Não porque queiram ou não tenham o menor interesse de se aprimorarem em sua prática docente, mas por não possuírem a mínima noção de didática.

Hoje, a didática não é considerada apenas uma arte, no sentido de depender muito mais da intuição do professor, mas também uma ciência, em razão das pesquisas sobre como melhor ensinar. Dessa forma, podemos afirmar que a didática estuda os procedimentos destinados a orientar a aprendizagem do aluno do modo mais eficiente possível, com vistas no alcance dos objetivos visados previamente.

O livro contém, além do prefácio e introdução, dez capítulos com um conteúdo técnico, contudo, escrito de forma muito didática. Como todas as nossas resenhas, iremos trabalhar de conformidade a estrutura do livro, capítulo à capítulo, extraindo pequenos parágrafos, fazendo resumos e intervindo quando for necessário. Uma das coisas formidáveis que tem neste livro é a vasta indicação de livros no final de cada capítulo que vale apena adquirir.


CAPÍTULO 1: O PROFESSOR VOCACIONADO E SUA CAPACIDADE DE INCENTIVAR O ALUNO - Neste capítulo o autor irá tratar sobre o significado de vocação autêntica; A importância das aptidões naturais específicas para o magistério; As diferenças entre motivação e incentivos; As principais técnicas de incentivos do aluno.

Este capitulo pretende ajudar o professor a: Certificar-se de sua vocação para o magistério eclesiástico; Despertar a motivação em sua turma; Aplicar técnicas de incentivos na sala de aula. Um autêntico professor de Escola Dominical deve atender no mínimo a três condições básicas: vocação natural, aptidões específicas e preparo especializado.


CAPÍTULO 2: O PROFESSOR E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - O conteúdo deste capítulo é: O que é aprender? O que é ensinar? Como evoluíram os conceitos de aprender e ensinar? Qual a importância da comunicação para o processo ensino-aprendizagem? Este capitulo pretende ajudá-lo a Distinguir os conceitos de ensinar e de aprender com base nas novas concepções educacionais. Reconhecer a importância da comunicação como principal tecnologia de ensino, diferenciando-a da simples informação.

O que realmente significa ensinar? O que é aprender? Para muitos ensinar significa apenas transferir saberes e conhecimentos de uma cabeça à outra. Se partirmos da etimologia da palavra, teremos de dar Razão a tais pessoas, uma vez que ensinar vem do latim insignare que quer dizer "colocar dentro", "gravar no espírito", introduzir ideias na cabeça do indivíduo. Se ensinar fosse somente isso, qualquer um estaria apto para essa tarefa. Todavia, ensinar vai além das raias da simples transferência de informações, envolve comunicação e relacionamento. Antigamente, aprender significava apenas memorizar e acumular conteúdos. E hoje? Como consideramos a aprendizagem? Ao longo da história da pedagogia e da didática, os conceitos de ensino e aprendizagem vêm sofrendo significativa evolução.


CAPÍTULO 3: OBJETIVOS E TÉCNICAS DE ENSINO - Neste capítulo o autor trabalha os objetivos e as técnicas de ensino com o seguinte conteúdo: Tipos de objetivos de ensino; A importância dos objetivos para o ensino e a importância da diversificação das técnicas de ensino.

Este capítulo pretende ajudá-lo a: Estabelecer objetivos para cada fase do processo educativo no ensino religioso cristão. Selecionar técnicas apropriadas para cada etapa da aula, de acordo com a faixa etária dos alunos. A determinação de objetivos e, talvez, o processo mais importante dentre todos os implicados na educação. Vejamos o que afirmou John Dewey cm seu livro Democracia e Educação: “O objetivo significa a previsão do termo ou do resultado provável de nossa ação. Agir com um objetivo em mira é agir inteligentemente; redunda sempre em atividades seriadas e ordenadas para atingi-lo. O objetivo é, portanto, o princípio que governa e dirige toda a nossa atividade e influencia cada um dos passos que dermos para atingi-lo.”

Eis algumas perguntas que devem ser respondidas pelo professor da Escola Dominical antes de encetar qualquer ação docente: O que venho fazer aqui? E o que vêm fazer meus alunos? O que espero deles? O que esperam eles de mim? Ao terminar minhas aulas, o que eles serão capazes de fazer? Terão modificado alguma coisa em seu comportamento? O que realmente desejo que meus alunos sejam? Bons chefes de família? Educadores? Professores da Escola Dominical? Pastores? Missionários? Crentes fiéis e ativos na obra do Senhor?


CAPÍTULO 4: RECURSOS DIDÁTICOS – Neste capítulo o autor conceitua o termo “Recursos Didáticos” e com o conteúdo deste capítulo o professor aprenderá sobre: O que são recursos didáticos; A finalidade dos recursos didáticos; Como selecionar os recursos didáticos; Corno empregar os recursos didáticos audiovisuais.

Este capítulo pretende ajudá-lo a: Conscientizar-se da necessidade do emprego de recursos didáticos humanos e materiais em sua prática docente.

O que são recursos didáticos? São meios que facilitam a compreensão do que está sendo estudado. Em outras palavras, são recursos auxiliares do ensino que ajudam na assimilação da mensagem que se pretende comunicar. Segundo o educador Leslie Briggs, “recursos são meios físicos utilizados com o fim de apresentar estímulos ao educando”.


CAPÍTULO 5: O PROFESSOR E O ESTUDO – O conceito trabalhado no início deste capítulo é sobre “o que é estudar?”. O autor afirma que neste capítulo, você aprenderá: O que é estudar; Qual o objetivo do estudo; Por que estudar; Condições para o estudo; Técnicas de estudo; Técnicas de leitura.

Este capitulo pretende ajudá-lo a: Estudar com o máximo proveito possível, levando em conta o ambiente e a escolha dos melhores métodos.

O que é estudar? Seria apenas reler ou refazer o conteúdo de um livro ou explanação de um professor? Claro que não é tão simples assim! A maioria dos autores concorda que estudar consiste no processo de concentrar toda atenção em um fato, assunto ou objeto, com o fim de apreender a essência, a funcionalidade, a utilização e as relações de causa e consequências. Estudar, de fato, exige certas aptidões intelectuais, tais como aprender a ver, a ouvir, a redigir, a ler, a memorizar e a raciocinar. E, acima de tudo, estudar envolve prazer em aprender, conhecer. Depreendemos isso, da própria origem etimológica da palavra estudo (studium) que indica ardor, zelo e aplicação. O termo "estudante" remete àquele que se aplica em algo, logo, não faz apenas porque alguém mandou, mas possui um ardor próprio. Assim também pensava Comenius: “A escola, portanto, erra na educação das crianças quando elas são obrigadas a estudar a contragosto, [..] é imprescindível despertar nas crianças o amor pelo saber e pelo aprender [..]. Nas crianças, o amor pelo estudo deve ser suscitado e avivado pelos pais, pelos professores, pela escola, pelas próprias coisas, pelo método, pelas autoridades”.

O problema é que os professores concentram a maior parte do tempo no conteúdo, pois acreditam que as habilidades cognitivas serão algo decorrente. Mas de acordo com Crawford VV. Lindsey Jr., “se ensinarmos habilidades cognitivas, o conteúdo emergirá como um efeito colateral desejável e necessário”. Aí se sentirá o tal desejo de aprender.


CAPÍTULO 6: O PROFESSOR E A PRÁTICA DA LEITURA – O termo conceituado aqui é sobre “Leitura e interpretação”. Neste capítulo você aprenderá: Técnicas de leitura; Regras elementares para uma leitura correta e proveitosa; Hábitos e habilidades de leitura; Como encontrar a ideia principal na unidade de leitura.

Este capitulo pretende ajudá-lo a: Compreender e fixar o conteúdo da leitura; Ler com o sentido de apropriar-se do conhecimento obtido; Ler a Bíblia da maneira mais proveitosa possível.

Entende-se por leitura a interpretação do pensamento expresso por símbolos da escrita com a vivência e a afetividade do leitor. A leitura permite apreender o que está escrito, possibilita o contato com os que não estão presentes no tempo e no espaço, fixa e tornam mais claros e precisos os conhecimentos e, por fim, facilita o aproveitamento da experiência das gerações passadas, responsáveis pela tradição e o progresso. A leitura, portanto, deve ocupar um lugar proeminente na vida do professor de Escola Dominical, pois como diziam os antigos: “verba volant, scripta moment” (a palavra passa, a escrita fica). O que está escrito pode ser consultado, quantas vezes forem precisas, até ser encontrado o seu significado profundo e verdadeiro.


CAPÍTULO 7: O PROFESSOR E A PESQUISA – O conceito trabalhado neste capítulo é sobre a Pesquisa. Neste capítulo você aprenderá sobre O significado e o valor da pesquisa; como pesquisar; fontes de pesquisa; como montar um projeto de pesquisa no âmbito da Escola Dominical.

Este capitulo pretende ajudá-lo a: Compreender a necessidade de se conhecer o campo de trabalho do professor por intermédio da investigação científica. A pesquisa deve ser uma constante na vida de qualquer professor de Bíblia que pretenda levar a sério o ministério de ensino na igreja. Mas o que significa pesquisar? Apenas consultar alguns poucos livros de teologia ou comentários bíblicos? Revirar a internet em busca de materiais prontos, acabados, mas de fontes duvidosas? Não. Uma pesquisa de verdade é muito mais do que isso.

Em termos bem simples, podemos dizer que pesquisa é um conjunto de atividades intelectuais que tem como finalidade a descoberta de novos conhecimentos. Tudo começa por uma indagação ou busca exaustiva, a fim de se levantar as possibilidades e desdobramentos de um determinado tema. Pesquisar é examinar de forma cuidadosa, metódica, sistemática e em profundidade, com a intenção de descobrir dados, ou ampliar e verificar informações existentes para acrescentar algo novo à realidade investigada.


CAPÍTULO 8: EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM - Neste capítulo você aprenderá: As concepções do desenvolvimento da criança e suas implicações na aprendizagem; as quatro etapas do desenvolvimento cognitivo da criança, segundo Jean Piaget.

Este capitulo pretende ajudá-lo a: Compreender o processo de desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança em cada faixa etária. A tarefa de ensinar cm nossa sociedade não está concentrada apenas nas mãos dos professores. O aluno não aprende apenas na escola, mas também por intermédio da família, dos amigos, de pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação em massa, das experiências do cotidiano e dos movimentos sociais. Entretanto, a escola é a instituição social que se apresenta como responsável pela educação sistemática das crianças, jovens e até mesmo adultos.

No ambiente escolar, a criança sofre uma transformação radical em sua forma de pensar. Antes de entrar nela, os conhecimentos são assimilados de modo espontâneo, a partir da experiência direta da criança. Em sala de aula, ao contrário, existe uma intenção prévia de organizar situações que propiciem o aprimoramento dos processos de pensamento e da própria capacidade de aprender. Daí a importância de se buscar maximizar esses resultados, colocando a serviço da educação e do ensino o conjunto dos conhecimentos psicológicos sobre as bases do desenvolvimento e da aprendizagem. Com eles, o professor estará em posição mais favorável para planejar a sua ação.


CAPÍTULO 9: PLANO, ORGANIZAÇÃO E COERÊNCIA – O termo conceitual deste capítulo é Planejamento. Neste capítulo você aprenderá sobre como: Planejar e organizar suas atividades docentes. Elaborar um plano de aula eficiente.

Este capítulo pretende ajudá-lo a: Reconhecer a imprescindibilidade do planejamento na área educacional. Alguém já disse que: “Prever é a melhor garantia para bem governar o curso futuro dos acontecimentos”; “O plano de ação é o instrumento mais eficaz para o sucesso de um empreendimento”. “Prever é agir”. É o primeiro passo obrigatório de toda ação construtiva e inteligente. Pelo planejamento, o homem evita ser vencido pelas circunstâncias e aprende a aproveitar as novas oportunidades. O planejamento é imprescindível em qualquer atividade humana, especialmente no que diz respeito à educação. Nessa área, o planejamento se concretiza num programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir progressivamente os alunos aos resultados desejados. A responsabilidade do mestre e imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, da coerência e da flexibilidade de seu planejamento.

Em relação ao ensino, planejar significa prever de modo inteligente e bem calculado todas as etapas do trabalho escolar, bem como programar racionalmente todas as atividades, de modo seguro, econômico e eficiente. Em outras palavras, planejamento é a aplicação da investigação científica à realidade educacional a fim de melhorar a eficiência do trabalho de ensino.


CAPÍTULO 10: O PROFESSOR E O CONTEÚDO DE ENSINO – O conceito desenvolvido pelo autor neste último capítulo é sobre o “Conteúdo Didático”. Neste capítulo você aprenderá: Como selecionar o conteúdo de ensino; como trabalhar e melhor aproveitar o conteúdo didático do livro.

Este capítulo pretende ajuda-lo a: Compreender que apesar de sua relevância, o conteúdo não e um fim em si mesmo; perceber que o conteúdo didático só tem importância quando é aplicado à realidade de vida dos alunos.


CONCLUSÃO – Na introdução deste livro o autor escreve: “Espero que todos, especialmente os professores de Escola Dominical, ao termino da leitura deste livro estejam realmente habilitados, através do aprendizado de técnicas de ensino, a orientarem a aprendizagem de seus alunos nas mais diversas atividades educacionais da igreja.

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[1] Palavras do autor do livro

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