O AUTOR E O SEU LIVRO
Há os que consideram que este livro é o que há de melhor nos escritos de Lewis. A Abolição do Homem é, certamente, a obra de crítica ao modernismo mais conhecida de Lewis. Como o conservadorismo é, sob certos aspectos, uma reação ao modernismo e suas ideologias políticas - e era Lewis ele mesmo um conservador.
Os capítulos são curtos e apresentam um discurso linear. Dentro de cada um tem pelo menos algumas notinhas de rodapé com nomes de livros, esclarecimentos e apontamentos. O apêndice é algo que gostei bastante. Ele traz uma lista de exemplos de fontes que estão inseridas na chamada Lei Natural, algo que o autor discorre algumas vezes durante os capítulos.
A escrita é formal, bem argumentativa e um pouco didática. Diferente de outras obras do autor, não existe necessidade de ter algum conhecimento prévio ou pesquisar palavras durante a leitura. Ele é bem objetivo e não deixa margem para dúvidas. Dificilmente você vai discordar de algum comentário, até porque o autor apenas expõe o que já sabemos (e não queremos dizer em voz alta).
A Abolição do Homem mostra um dos muitos caminhos que levam o homem a ser o que é hoje. Uma leitura instigante e transformadora que vai fazer você repensar muita coisa que acontece em nossa sociedade. C. S. Lewis dificilmente decepciona.
Delbom, escreveu: “este livro mantém uma vitalidade sólida quando a velha discussão sobre valores – ou melhor, sobre o valor dos valores – perpassa nosso cotidiano. Concordando ou não com a totalidade das posições expostas, ser tomado pelas poucas páginas deste ensaio filosófico é, inexoravelmente, ampliar a própria visão para certos perigos educacionais contemporâneos, entendendo-os dentro de uma tradição que Lewis eleva com convicção e clareza”.[1]
Lewis foi ateu por muitos anos até que, em 1929, converteu-se ao Cristianismo, passando a frequentar a Igreja Anglicana e a participar de seus ritos e cultos. Sua maior preocupação, porém, não era propagar especificamente a doutrina anglicana, mas explicar aos leitores os fundamentos do Cristianismo, fundamentos esses que Lewis entendia serem comuns a todas as denominações cristãs. Mas talvez ainda mais importante do que suas obras apologéticas sejam as contribuições de Lewis para refutar as bases do pensamento modernista, que se julga evoluído e mais inteligente em relação a seus antepassados atrasados, supersticiosos e burros.
CAPÍTULO 1 – HOMENS SEM PEITO [2]
O primeiro capítulo deste livro é intitulado “Homens sem Peito”. E aqui C.S. Lewis inicia sua argumentação lançando uma crítica ao Livro Verde, escrito por Gaius e Titius. Trata-se de um livro de inglês, destinado a "meninos e meninas das últimas séries".[3] Na verdade, tanto o nome do livro quanto dos autores é pseudônimo, uma vez que o propósito de Lewis é criticar as ideias ali contidas, e não propriamente os autores; Lewis não quer passar a impressão de que tem algo pessoal contra eles. Aqui, Gaius e Titius citam a conhecida história de Coleridge na cachoeira. Havia dois turistas presentes: um a chamou de "sublime", e o outro, de "bonita". Dizem os autores: "Quando o homem disse Isto é sublime, ele parecia fazer um comentário sobre a cachoeira... Na verdade... ele não estava falando da cachoeira, mas dos seus próprios sentimentos. O que ele realmente disse foi Eu tenho um sentimento que minha mente associa à palavra 'Sublime'... Essa confusão está sempre presente na nossa linguagem. Aparentamos dizer algo muito importante sobre alguma coisa, e na verdade estamos apenas dizendo algo sobre nossos próprios sentimentos".
Lewis percebe nesse raciocínio, à primeira vista inofensivo, uma visão de mundo repulsiva. Dessa explicação de Gaius e Titius depreende-se que: (1) Todas as frases que contenham julgamentos de valor ('Isto é sublime' etc.) são, na verdade, expressões sobre o estado emocional de quem as emite. (2) Essas expressões não têm nenhuma importância.
Lewis critica duramente tais tentativas modernas de 'desmascarar' emoções, afirmando que (1) fazer crítica literária é difícil, já 'desmascarar' a emoção com base num lugar-comum racionalista está ao alcance de qualquer bocó e (2) a mente dos jovens, ao contrário do que se pensa, não precisa ser resguardada de supostos excessos de sensibilidade, mas, ao contrário, precisa ser "despertada do sono da fria vulgaridade".
Ao falar da educação, Lewis contrapõe a antiga à nova. A antiga tinha como objetivo abrir os olhos da pessoa para que perceba aquilo que é belo, bom, e aquilo que deve ser rejeitado. A nova procura vender, já pronta, uma visão de mundo, de acordo com o que alguns pretendem para a humanidade. Isso fica explícito no seguinte trecho: “Se eles optarem por esse caminho, a diferença entre a educação antiga e a nova será muito significativa. Enquanto a antiga promovia uma iniciação, a nova apenas “condiciona”. A antiga lidava com os alunos da mesma maneira que pássaros crescidos lidavam com os filhotes quando lhes ensinavam a voar; a nova lida com eles mais como o criador de aves lida com os jovens pássaros – fazendo deles alguma coisa com propósito que os próprios pássaros desconhecem. Em suma, a educação antiga era uma espécie de propagação – homens transmitindo a humanidade para outros homens; a nova é apenas propaganda”. [p.27]
Portanto, Gaius e Tititus, orientam que os valores não são importantes. Assim, não dão chance para os alunos formarem a própria opinião e, consequentemente, os tornam vítimas fáceis da “propaganda”.
“O dever do educador moderno não é o de derrubar florestas, mas o de irrigar desertos” [p.20]
“Discordar da frase “Isso é bonito”, se essas palavras simplesmente expressassem os sentimos de uma pessoa, seria absurdo” [p.21]
“O coração nunca toma o lugar da cabeça, mas ele pode, e deve, obedecer-lhe” [p.25]
“Produzimos homens sem peito e esperamos deles virtude e iniciativa. Caçoamos da honra e nos chocamos ao encontrar traidores entre nós. Castramos e ordenamos que os castrados sejam férteis” [p.30]
Para entender a perversão empreendida por Gaius e Titius, Lewis explica que "Até bem recentemente, os homens em geral acreditavam que o universo tinha uma natureza tal que nossas reações emocionais poderiam tanto ser congruentes como incongruentes em relação a ele - acreditavam, na verdade, que os objetos não são meros receptores, mas podem merecer nossa aprovação ou desaprovação, nossa reverência ou nosso desprezo. O homem que chamou a queda-d'água de sublime não tinha simplesmente a intenção de descrever as suas próprias emoções: ele também afirmava que o objeto merecia tais emoções" (grifos do autor). A partir daí, Lewis cita uma série de autores antigos, desde Aristóteles e Platão até Santo Agostinho, lembrando que a educação tradicional por eles sugerida, ao contrário de 'desmascarar' emoções, era precisamente treinar o jovem a sentir prazer, repulsa e ódio em relação às coisas que realmente são prazerosas, repulsivas e odiáveis.
“Cada instinto, se o ouvirmos atentamente, clamará por ser atendido à custa de todos os outros. Pelo simples fato de ouvirmos um deles e não os demais, estaremos fazendo um julgamento prévio da questão.” [p.40]
“A capacidade da mente humana para inventar novos valores não é maior do que a de imaginar uma nova cor primária, ou, na verdade, a de criar um novo sol e um novo céu no qual ele se mova.” [p.46]
“A conquista da Natureza pelo Homem, caso se realizem os sonhos de alguns cientistas planejadores, significaria que algumas centenas de homens estariam governando os destinos de bilhões e bilhões.” [p.59]
“A conquista final do homem mostrou-se a abolição do Homem.” [p.66]
Por que “Homens sem Peito?” Essa expressão foi inspirada em Alanus ab Insulis, segundo o qual a cabeça domina o estômago por meio do peito - que é o trono das emoções transformadas em sentimentos estáveis pelo hábito treinado. A cabeça é a razão, o peito os sentimentos estáveis e o estômago as emoções viscerais, desmedidas, irrazoáveis. Não é sem espanto constatarmos que, atualmente, pessoas assim são chamadas de "intelectuais". Lewis afirma, com um leve toque irônico, que "Suas cabeças não são maiores que as comuns: é a atrofia do peito logo abaixo que faz com que pareçam assim".
CAPÍTULO 2 – O CAMINHO [4]
O segundo capítulo é a apresentação dos caminhos para onde essas duas cosmovisões nos levariam. A falta de apreço pela moral tradicional conduziria a humanidade a própria decadência e extinção, não exatamente no sentido físicomaterial, mas no sentido moral e, de maneira tácita, espiritual. O segundo capítulo é a ponte para o terceiro onde ele falará da busca incessante pela conquista da natureza humana, transformando-a em um mero objeto de investigação científica que conduzirá para fora daquilo que nos torna intrinsicamente humanos.
Lewis mostra que essa conquista, além de falsa, é inversa: é a Natureza que está conquistando o Homem. Todas as invenções, todos os "avanços" e "progressos", não representam o poder do Homem sobre a Natureza, mas o poder de alguns homens sobre o resto dos homens com a Natureza como instrumento. Avião, rádio, internet: não se pode dizer que estamos conquistando a Natureza com eles. Afinal, o Homem é tanto sujeito quanto objeto de tal poder: aviões são bons, mas não quando nos jogam bombas na cabeça; o rádio é bom, mas não quando terroristas o usam para intercomunicarem-se; a internet é boa, mas não quando é usada por Manipuladores para vasculhar nossa intimidade.
O que se quer dizer com isso é que essas invenções, muito além de apenas nos trazerem confortos e divertimentos, trazem em si o acúmulo cada vez maior de poder nas mãos de alguns poucos homens, à medida que a modernidade "avança". Lewis nos propõe um exercício de imaginação: como será o século C d.C.? Como estaremos vivendo lá pelo ano 10.000 d.C.? Quanto mais o tempo passa, cada vez menos homens têm cada vez mais poder em suas mãos. "Os últimos homens, longe de serem os herdeiros do poder, serão os que mais estarão sujeitos à mão mortal dos grandes Planejadores e Manipuladores, e serão os menos capazes de exercer algum poder sobre o futuro. Cada novo poder conquistado pelo homem é da mesma forma um poder sobre o homem. Cada avanço o deixa mais fraco, ao mesmo tempo que mais forte. O último estágio virá quando, mediante a eugenia, a manipulação pré-natal e uma educação e propaganda baseadas numa perfeita psicologia aplicada, o Homem alcançar um completo domínio sobre si mesmo. A natureza humana será a última parte da Natureza a se render ante o Homem".
Estes homens do futuro não serão homens: serão artefatos. "A conquista final do homem mostrou-se a abolição do Homem". A raça humana estará sujeita a alguns poucos indivíduos que, por sua vez, estarão sujeitos àquilo que neles mesmos é puramente "natural" - aos seus impulsos irracionais. A Natureza controla os Manipuladores, vencendo-os, em vez deles a vencerem.
Todas as coisas estarão reduzidas à mera condição de Natureza com o propósito, vejam vocês, de "conquistá-las". Isso tudo porque, estando fora do Tao, nossos valores resumem-se a impulsos e gostos. Lewis nos explica que "quando compreendemos uma coisa analiticamente e a dominamos e usamos para a nossa própria conveniência, nós a reduzimos à condição de 'Natureza'...e a tratamos quantitativamente. Realiza-se a supressão de certos elementos, impedindo que tenhamos uma percepção completa do objeto. As estrelas perderam seu aspecto divino conforme a astronomia se desenvolveu, e o Deus Morto não tem nenhuma função na agricultura da era química. As grandes mentes sabem muito bem que o objeto, tratado dessa forma [analítica], não passa de uma abstração artificial, e que com esse processo algo da sua realidade foi perdido".
A esse processo no qual o Homem cede cada vez mais objetos e, finalmente, a si próprio, em busca de poder, Lewis chamada de "oferta de bruxo". Uma expressão certamente surpreendente, uma vez que a nós parece que ciência aplicada e bruxaria situam-se em pólos opostos. Lewis explica, porém, que "Existe algo que une a bruxaria e a ciência aplicada ao mesmo tempo que se separa da 'sabedoria' dos tempos antigos. Para os sábios da antiguidade, o problema principal era como conformar a alma à realidade, e a solução encontrada foi o conhecimento, a autodisciplina e a virtude. Tanto para a bruxaria quanto para a ciência aplicada, o problema é como subjugar a realidade aos desejos dos homens, e a solução encontrada foi uma técnica; e ambas, ao praticarem essa técnica, se põem a fazer coisas até então consideradas repulsivas e impiedosas - tais como desenterrar e retalhar cadáveres".
A solução para esse terrível problema? Lewis até mesmo imagina e cogita uma "ciência regenerada", uma ciência que, ao tentar explicar algo, não abolisse esse algo, adquirindo o conhecimento por um preço mais módico do que a vida. Mas a tarefa de efetivamente propor um plano que reverta ou neutralize a ciência moderna parece estar acima da capacidade de Lewis, que admite nem mesmo saber exatamente o quê está pedindo com essa "ciência regenerada".
CAPÍTULO 3 – A ABOLIÇÃO DO HOMEM [5]
Chegamos ao terceiro e último capítulo, que tem o mesmo título do livro, e cuja premissa é a seguinte: tentando dominar a natureza tão completamente a ponto de dominar até a própria natureza humana, o homem se fundiria à própria natureza, causando a abolição do Homem, isto é, do ser humano como o conhecemos, com as características que o fazem humano, diferenciado dos animais.
A progressão lógica desse capítulo é muito interessante. O autor demonstra que dizer que o homem domina a natureza não é exatamente verdade. Ele pega três exemplos de elementos que eram vitórias do homem sobre a natureza na época (avião, rádio e anticoncepcionais) e mostra que, em última instância, esses avanços são a vitória somente de alguns homens (só os que podem pagar, que podem produzir, determinar ou proibir a produção e distribuição, etc) sobre a natureza, e, além disso, não é tanto a natureza que está sendo dominada, mas sim foi convertida em meio para alguns homens exercerem poder sobre os outros. Ele mostra que isso é uma constante: mesmo que houvesse apenas um Estado e este fosse baseado no governo em favor da maioria, o “domínio da natureza” seria usado para o exercício de poder da maioria sobre as minorias, e, num outro nível, poder de um governo (minoria) sobre a totalidade do povo (maioria).
No que toca especialmente ao exemplo dos anticoncepcionais, segundo Lewis, a dominação de uns seres humanos por outros ocorre em outro plano, num plano temporal ou geracional, em que as gerações anteriores exercem controle sobre as futuras. Partindo desse gancho, ele entra num momento especulativo, quase distópico, do seu raciocínio, e menciona a eugenia, referindo os conflitos geracionais e apontando que a geração mais “forte” ou com mais domínio sobre a natureza seria — pela lógica desmistificadora — aquela que estivesse mais desprendida do Tao, isto é, que mais resistisse às gerações passadas, e que tivesse mais poder sobre as gerações futuras, aquele poder sobre a consciência ou sobre a própria “natureza humana”. Em seguida ele demonstra que, numa reviravolta bizarra, essas pessoas, despidas de valores como “o bem da posteridade” ou “a felicidade geral” — pois se os tivessem, ainda não seriam a última geração, aquela que se livrou completamente do Tao — só poderiam ser governadas pelos próprios impulsos que, em si mesmos, não carregam valores de bons ou ruins, apenas existem. Sem critério para ordená-los esses impulsos seriam exercidos ao arbítrio da vontade individual da minoria que estaria no poder então — a quem o autor denomina como “os Manipuladores” — ou seja, ao sabor das flutuações de suas inclinações naturais.
Assim, no momento supremo da vitória do Homem sobre a natureza, a natureza teria vencido o Homem, abolindo-o com tudo o que lhe era próprio.
APÊNDICE – EXEMPLOS DO TAO
É no primeiro capítulo que Lewis introduz a noção de Tao, que apesar de ter origem no pensamento chinês, o autor utiliza para embarcar tudo aquilo que é verdadeiro, aquilo que é comum a todos. Um primeiro contato com esse termo é importante para entender o que se segue nos próximos capítulos. No Tao está aquilo que é correto e aquilo que não, independente do pensamento a que se recorra: platônico, cristão, aristotélico, oriental, estoico. A atribuição de um valor objetivo às coisas, ações. É importantíssimo para entender a defesa de valores universais, já que no Tao tudo está contido.
C.S. Lewis faz uma incursão em diversas culturas, em seus textos ancestrais, para demonstrar que podemos encontrar em todas elas alguns valores comuns, o que demonstraria que tais valores não são oriundos da cultura, relativos a certo grupo em certo lugar e em um dado tempo. Nesse sentido, remontando a textos que vão desde o Livro dos Mortos (Egípcio antigo), passando pelo Nórdico Antigo, pelo Babilônio, pelo Hindu, pelo Chinês, pelo Judaísmo, pelas tradições Grega, Estoica, Romana, etc., ele logra demonstrar que em todas elas algumas “virtudes” simplesmente brotaram da natureza humana mesma. Caridade, deveres em relação aos pais e aos mais velhos, justiça, veracidade/honestidade, magnanimidade, entre outras, seriam virtudes que surgiram “desde o interior do homem”, não de seu entorno.
CONCLUSÃO
Depois de escrever como escreveu, Lewis prevendo que o chamarão de obscurantista, antiquado e contrário ao progresso científico, por seu posicionamento. Embora entristecendo-se pela acusação que considera inverídica, termina o livro com uma crítica à ciência — ou antes, à ciência utilitária, que viola todo tipo de limite não em busca de conhecer a realidade, mas de curvá-la à sua vontade. Apesar de reconhecer seu uso positivo para muitas coisas (como os avanços medicinais), ele aponta uma origem arrogante na ciência e a chama a um “ato de contrição”, fazendo um apelo por algo que ele mesmo reconhece que pode ser inatingível: uma ciência que busque compreender e explicar a realidade, sem desfigurá-la.
Portanto[6], a Abolição do homem é um daqueles livros que longe de clichés ou de palavras fáceis te leva a pensar e a tentar entender o que o autor quer dizer. Lewis procura mostrar que ao dominar a Natureza e impor a sua vontade, o Homem acaba por se anular, e consequentemente a se distanciar daquilo que ele denomina como Tao. Para quem está habituado a ler as Crônicas de Nárnia, do mesmo autor, verá nesta obra um raciocínio exuberante, mas que depende do conhecimento de quem lê, da obra na qual Lewis se baseia ao escrevê-lo. Por isso, as vezes tem-se a sensação de que falta um conhecimento maior por parte do leitor às argumentações que Lewis faz. Deveras para o público de sua época, facilmente identificaria a qual livro em questão ele se referia ao fazer suas críticas mais contundentes. Nos falta esse conhecimento portanto.
Não de menos, ler A Abolição do Homem provocará no leitor a busca de um melhor entendimento do que vem a ser o Tao, assim como proporcionará uma maneira diferente de ver as relações de poder entre dominadores e dominados, entre o Homem e a Natureza, para além daquilo que nossos olhos vêem.
Livro publicado pela Thomas Nelson Brasil.
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[1] DELBON, Anthonio. A Abolição do Homem. Disponível em https://goo.gl/TJC33E Acesso em 07 fev 2019.
[2] ARBUSTO, J. A Abolição do Homem e o triunfo da natureza. Disponível em https://goo.gl/htuLkL Acesso em 06 fev. 2019
[3] O Livro Verde em questão trata-se O Controle da Linguagem: uma abordagem crítica à Leitura e Escrita, de Alec Rei e Martin Ketley, publicado em 1939, segundo Benjamin Wiker – o escritor logo derrama sua acidez em uma pedagogia relativista que trata com um ceticismo tão extremo qualquer valor objetivo que acaba por incutir um pressuposto na cabeça dos jovens alunos: qualquer lei natural, Verdade objetiva, com esse V maiúsculo, qualquer essência moral, tudo isso não passa de pura balela. “Castramos e ordenamos que os castrados sejam férteis” [p.30]
[4] ARBUSTO, J. A Abolição do Homem e o triunfo da natureza. Disponível em https://goo.gl/htuLkL Acesso em 06 fev. 2019
[5] BATISTA, E. A Abolição do Homem. Disponível em https://goo.gl/7uUEgn Acesso em 06 fev. 2019.
[6] AMARANTE, Claudia. A Abolição do Homem – Uma Resenha. Disponível em https://goo.gl/Eqwyr6 Acesso em 07 fev 2019.
[1] DELBON, Anthonio. A Abolição do Homem. Disponível em https://goo.gl/TJC33E Acesso em 07 fev 2019.
[2] ARBUSTO, J. A Abolição do Homem e o triunfo da natureza. Disponível em https://goo.gl/htuLkL Acesso em 06 fev. 2019
[3] O Livro Verde em questão trata-se O Controle da Linguagem: uma abordagem crítica à Leitura e Escrita, de Alec Rei e Martin Ketley, publicado em 1939, segundo Benjamin Wiker – o escritor logo derrama sua acidez em uma pedagogia relativista que trata com um ceticismo tão extremo qualquer valor objetivo que acaba por incutir um pressuposto na cabeça dos jovens alunos: qualquer lei natural, Verdade objetiva, com esse V maiúsculo, qualquer essência moral, tudo isso não passa de pura balela. “Castramos e ordenamos que os castrados sejam férteis” [p.30]
[4] ARBUSTO, J. A Abolição do Homem e o triunfo da natureza. Disponível em https://goo.gl/htuLkL Acesso em 06 fev. 2019
[5] BATISTA, E. A Abolição do Homem. Disponível em https://goo.gl/7uUEgn Acesso em 06 fev. 2019.
[6] AMARANTE, Claudia. A Abolição do Homem – Uma Resenha. Disponível em https://goo.gl/Eqwyr6 Acesso em 07 fev 2019.
2 comentários:
Um ótimo texto sobre um livro fantástico.
Cheguei até a escrever algo sobre ele em outra oportunidade: https://www.narnianoexistencialista.com/2019/08/voce-ja-leu-abolicao-do-homem-de-c-s.html
Meus parabéns!
Queria aqui deixar um agradecimento pela ótima resenha do livro. Ela me ajudou muito a entender o que Lewis tinha em mente e como ele o exprimiu através das páginas que escreveu em A Abolição do Homem. Na verdade, pra mim, Lewis nunca foi tão difícil de ser compreendido quanto o é nessa obra, cujo entendimento é extremamente gratificante e necessário, sobretudo nos dias de relativismos e subjetivismos nos quais vivemos.
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