terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A GUERRA DOS ESPETÁCULOS [Resenha 001/21]


Trinta anos após Amusing Ourselves to Death, de Neil Postman, A guerra dos espetáculos, de Tony Reinke, eleva a análise de impacto da mídia moderna a novos níveis. A concepção deste livro não é arrogante; está arraigada na estratégia profundamente bíblica da santificação por meio da visão (2 Co 3.18). O espetáculo da glória de Cristo é ‘a grande fonte de energia da santificação cristã’. Espetáculos feios nos enfeiam. Belos espetáculos nos embelezam. Reinke é um bom guia em como desviar-se dos efeitos destrutivos das imagens digitais, ‘antecipando uma Visão superior’.

Este livro nos mostra como tirar os nossos olhos do último vídeo viral, ou do nosso próprio avatar digital, e voltá-los para o ‘espetáculo’ diante do qual, muitas vezes, nos acanhamos e nos encolhemos: a crucificação de nosso Senhor. Esse é o espetáculo do qual precisamos.

O livro possui 33 capítulos, divididos em duas, onde o autor, “Apoiando-se na Escritura como as lentes pelas quais enxergamos esta era digital, comunica em prosa brilhante e lúcida uma proposta de como podemos glorificar o Salvador que não vemos neste mundo cheio de distrações para os sentidos.

Se este livro ajudar os leitores a fazerem uma desintoxicação digital e a se desplugarem de todas as fontes midiáticas que ameaçam nos afogar em ruídos e nos roubar a capacidade de atentar àquilo que verdadeiramente nos habilita a florescer como seres humanos, então ele terá apenas começado a fazer sua boa obra. O mundo busca cativar nossa atenção mediante uma interminável corrente de distrações, mas Reinke nos encoraja a reavivar nossos corações para o espetáculo de Cristo.
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REINKE, Tony. A guerra dos espetáculos: o cristão na era da mídia. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2020

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