O AUTOR E O SEU LIVRO
David Platt é um pastor e escritor norte-americano e atualmente é pastor sênior da "The Church at Brook Hills", em Birmingham, Alabama, é autor do best-seller do The New York Times "Radical: Voltando às raízes da fé". Platt se formou em jornalismo na Universidade da Geórgia. Então ingressou no seminário Teológico Batista de Nova Orleans, onde obteve um doutorado e, quando obteve decidiu trabalhar ali mesmo como professor. Serviu na Igreja Batista de Edgewater em Nova Orleans, enquanto vivia em uma casa paroquial, quando foi devastada pelo furacão Katrina que inundou o local. Aos 28 anos David Platt foi contratado para liderar a congregação da The Church at Brook Hills, e devido a isto foi conhecido como o pastor mais jovem de uma mega-igreja nos Estados Unidos. Ele disse: "Eu acredito que Deus criou cada uma de suas pessoas para impactar o mundo. Alguns podem pensar que não é realista, mas eu acredito que é profundamente bíblico, baseado no Salmo 67: 1-2, sem esquecer que está incluído nas Escrituras do começo ao fim. Deus está interessado em abençoar Seu povo, para que os Seus caminhos e Sua salvação sejam conhecidos por todas as pessoas."
"David Platt é um escritor prático, ao mesmo
tempo que descreve ensinamentos contundentes biblicamente, expõe suas
experiências cristãs. Não são só teorias, ele, assim como nós, luta para ser um
discípulo de Jesus. Com exemplos práticos ele derruba todo nosso modelo de
discípulo que criamos em nosso consciente. É muito mais profundo do que
imaginamos, envolve muito mais coisas do que estamos dispostos a fazer. Seguir
a Jesus é algo que só pode ser feito com ajuda do próprio Mestre. Ele nos
tornará pescadores de homens, não por nossas habilidades, não por nossas
capacidades, mas porque Ele é fiel a sua Palavra. Ele chamou todos os cristãos
para serem e assim Ele vai fazer, se o seguirmos e nos sujeitarmos ao Seu
senhorio". [1]
Para o autor, este livro representa uma tentativa reconhecidamente frágil de tratar uma doença do cristianismo contemporâneo. Enquanto uma multidão de homens e mulheres com frequência afirma vagamente, e muitas vezes falsamente, ser cristã, David Platt procura explorar o que realmente significa seguir Jesus. Para ele, tornar-se cristão requer responder ao convite gracioso de Deus em Cristo, e envolve deixar para trás a religiosidade superficial em troca de regeneração sobrenatural. Ao seguirmos Cristo, ele transforma nossas mentes, nossas vontades, nossos desejos, nossos relacionamentos e nossa principal razão de viver. Todo discípulo de Jesus existe para fazer outros discípulos dele, aqui e entre todos os povos do planeta. Conclui: Não somos espectadores. Nascemos para reproduzir.
O livro contém, além do prefácio, nove capítulos com um conteúdo edificante. No final do livro temos um “Plano Pessoal para fazer discípulos”. Têm também os agradecimentos, notas e uma pequena biografia sobre o autor. Como todas as nossas resenhas, iremos trabalhar de conformidade a estrutura do livro, capítulo à capítulo, extraindo pequenos parágrafos. O nosso propósito é fomentar no leitor o desejo para a compra ou não do livro completo e a nossa proposta é se ter a estrutura do sumário e citações pontuais do livro.
CAPÍTULO 1 - CRISTÃOS NÃO CONVERTIDOS – Neste primeiro capítulo o autor irá tratar sobre o nominalismo no meio da igreja, citado vários exemplos. Conceitua termos tais como: caminho estreito, o ato de crer e arrependimento. Mas, o ponto forte e fundamento deste capítulo é Mateus 7.
As igrejas estão cheias de supostos cristãos que parecem satisfeitos em ter uma ligação casual com Cristo, mantendo aderência nominal ao cristianismo. Muitos homens, muitas mulheres e muitas crianças foram ensinados que se tomar um seguidor de Jesus implica simplesmente admitir determinados fatos ou dizer certas palavras. Mas isso não é verdade. [p.21]
Não é verdade. Com boas intenções e desejo sincero de alcançar o maior número de pessoas para Jesus, reduzimos, de forma súbita e enganosa, a magnitude do que significa segui-lo. Substituímos as palavras desafiadoras de Cristo por frases banais na igreja. Retiramos o sumo vital do cristianismo e colocamos um refresco artificial no lugar, para deixar o gosto melhor para as multidões — e as consequências são catastróficas. Neste exato momento, milhares de homens e mulheres pensam estar salvos de seus pecados, quando na verdade não estão. Inúmeras pessoas ao redor do mundo, culturalmente, pensam que são cristãs, quando biblicamente não o são. É possível? É possível você e eu professarmos ser cristãos, contudo não conhecermos Cristo? Sim. E, de acordo com Jesus, na verdade é bem provável. Você se lembra das palavras de Jesus no fim de seu sermão mais famoso? Rodeado de pessoas efetivamente chamadas de discípulos, Jesus disse: Nem todo aquele que me diz: "Senhor, Senhor" entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?" Então eu lhes direi claramente: "Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!" (Mateus 7:21-23). Essas são algumas das palavras mais amedrontadoras de toda a Bíblia. Como pastor, passo algumas noites em claro, atormentado pelo pensamento de que muitas pessoas que frequentam a igreja no domingo poderão se surpreender um dia ao comparecerem diante de Jesus e dele ouvir: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim!” Todos estamos propensos ao engano espiritual — cada um de nós. Quando Jesus profere essas palavras em Mateus 7 não está falando sobre ateus, agnósticos, pagãos e hereges. Esta falando sobre pessoas, boas e religiosas — homens e mulheres que têm associação com Jesus e presumem que sua eternidade está segura, mas que um dia serão surpreendidas ao descobrirem que não está. Apesar de terem professado sua crença em Jesus e até realizado todo tipo de boa obra em seu nome, jamais o conheceram verdadeiramente. [p.23-24]
CAPÍTULO 2 - O GRANDE CONVITE – O tema deste capítulo é graça. Graça manifestada pelo “Convite Divino” a pecadores mortos em seus delitos e transgressões.
O autor levanta um questionamento: Portanto, como poderia um morto convidar alguém para lhe dar vida? Antes de nascer, você convidou seus pais a tê-lo? Quando o coração de uma pessoa para de bater, ela convida alguém a ressuscitá-la? Não. Todas estas coisas são impossíveis para quem está morto. Igualmente, convidar Jesus a entrar em seu coração é impossível quando se está morto em pecado. Quando está morto, você precisa que outra pessoa, absolutamente além de si, o chame à vida e o capacite a viver.
O autor apresenta a iniciativa graciosa: E isso que Deus faz em sua graça e é exatamente o que vemos por toda a Bíblia. Em meio ao mal generalizado, Deus chama Noé e o salva do Dilúvio. Em meio ao paganismo da cidade de Ur, Deus chama o idólatra Abrão e o convida a se tornar pai de uma grande nação. Enquanto seu povo era escravizado no Egito, Deus chama o assassino Moisés, de Midiã, para tirar as pessoas da escravidão.
O autor mostra a fundamentação bíblica da graciosa iniciativa divina: Portanto, não nos surpreendemos quando chegamos ao Evangelho de Mateus e lemos sobre quatro judeus pecadores à beira-mar. Não há nada neles que possa atrair Cristo. Às vezes ouço sermões inspirados em Mateus 4:18-22 nos quais os pastores falam sobre todas as razões porque Jesus escolheria aqueles pescadores para serem seus discípulos. Eles dizem: "Os pescadores têm esta ou aquela habilidade, ou têm esta ou aquela perspectiva que seria essencial para um discípulo de Jesus”.
Mas essa conjectura ignora todo o sentido da história. Jesus não chama esses discípulos pelo que são, mas apesar do que são. Eles não têm muitas qualidades a seu favor. São galileus da classe mais baixa, rurais e incultos. Provavelmente não muito respeitados, eles dificilmente fariam parte da elite cultural. Além disso, a ignorância extrema, o jeito limitado de pensar e agir, o preconceito judeu e o orgulho competitivo fazia desses homens os menos espiritualmente qualificados para a tarefa à qual Jesus os chamou.
Mas esta é a questão. Esses homens decididamente não têm atrativos que justifiquem a procura de Jesus. Contudo, ele os busca. Ele vai na direção deles enquanto trabalham e os convida a segui-lo. Mais tarde, ele lhes diz: "Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome" (João 15:16). Aqueles homens se tornaram discípulos de Jesus apenas graças à iniciativa — e ao convite — de Cristo. A mesma história é compartilhada por todo homem e toda mulher - que segue Jesus desde àquele dia descrito em Mateus 4. Ninguém jamais foi salvo de seus pecados por ter buscado Jesus. Qualquer pessoa salva de seus pecados sabe que Jesus a buscou — e sua vida nunca mais foi a mesma desde então. [p. 46-47]
CAPÍTULO 3 - RELIGIOSIDADE SUPERFICIAL E REGENERAÇÃO SOBRENATURAL - Neste capitulo, o autor enfatiza, aquilo que chamamos de “legalismo”. O Cristianismo em vez de ser um encontro prazeroso com o Deus da vida, torna-se, para muito, um conjunto de regras enfadonhas.
Mas é nesse ponto que o cristianismo se diferencia. Quando Jesus entrou em cena na história da humanidade e começou a convocar seguidores, ele não disse, “Sigam certas regras. Observem instruções específicas. Cumpram deveres rituais. Sigam por um caminho específico”. Em vez disso, ele disse: “Sigam-me”. Com essa expressão simples, Jesus deixou claro que seu propósito principal não era instruir seus discípulos em uma religião prescrita, mas convida-los a um relacionamento pessoal. Ele não disse: "Sigam este caminho e encontrarão verdade e vida." Em vez disso, falou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6, grifo nosso). A convocação de Jesus foi: “Venham a mim. Encontrem em mim descanso para a alma. Achem em mim alegria para seu coração. Por meio de mim encontrem sentido para a vida”. Este chamado espantoso e absolutamente revolucionário é a essência do que significa ser discípulo de Jesus — não somos chamados a simplesmente crer em certos fatos ou observar determinadas práticas, mas fundamentalmente a nos agarrar à pessoa de Cristo como à própria vida. [p.61]
O resultado de seguir Jesus é um novo coração com mente, desejos, vontades, forma de se relacionar com as pessoas e propósitos novos. "Sigam-me", disse Jesus, "e eu os farei pescadores de homens." Essa não é uma solicitação para que se trilhe um caminho de religiosidade superficial. É um convite a experimentar um prazer que só pode ser encontrado no relacionamento sobrenatural com Jesus. Ele convida você a deixar o coração ser cativado por sua grandeza e ter a vida transformada por sua graça. Afaste-se do pecado e de si mesmo e confie nele como soberano absoluto que salva e sacia a alma. Mas não se engane — isso não significa que você estará transformando Jesus em seu Senhor e Salvador particular. [p.76]
CAPÍTULO 4 - NÃO TRANSFORME JESUS EM SEU SENHOR E SALVADOR PARTICULAR – Neste capítulo, o autor faz a distinção seguir a Jesus e uma crença intelectual; traz a fundamentação bíblica sobre a verdade da ressurreição de Cristo: a realidade acerca do inferno e a verdade acerca do céu. Conclui: “Assim, saímos como discípulos de Jesus que amam sua Palavra e confiam em sua verdade. Saímos não como homens e mulheres que em algum momento decidiram tornar Jesus seu Senhor e Salvador particular, mas como homens e mulheres que, em todos os momentos, são comprometidos com a proclamação de Jesus como Senhor e Salvador universal. Como discípulos, cremos nele; portanto, obedecemos a seu mandamento e fazemos discípulos”. [p.92]
Ao mesmo tempo, quando reflito sobre essa afirmação específica — "Decidi tornar Jesus meu Senhor e Salvador pessoal" —, não consigo deixar de imaginar o quanto essa ideia representa uma tendência sutil, porém significativamente perigosa no cristianismo contemporâneo.
Em certo sentido, essa afirmação minimiza a autoridade inerente de Jesus. Certamente nenhum de nós pode decidir tornar Jesus nosso Senhor. Jesus é Senhor independentemente do que você ou eu decidamos. A Bíblia é clara ao dizer que todo joelho se dobrará, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (ver Filipenses 2:10,11). A questão não é se faremos de Jesus nosso Senhor. Na realidade, a questão é se você e eu nos submeteremos à sua autoridade, e essa é a essência da conversão.
Contudo, em um nível ainda mais profundo, receio que usemos essa frase com demasiada frequência para fomentar um cristianismo customizado, que gira em torno de um Cristo particular que criamos para nós mesmos. Quase inconscientemente, todos temos a tendência de redefinir o cristianismo de acordo com nossos gostos, nossas preferências, nossas tradições eclesiásticas e nossas normas culturais. Lenta e sutilmente, distorcemos o Jesus da Bíblia, transformando-o em alguém com quem ficamos um pouco mais confortáveis. Diluímos o que ele diz a respeito do preço de segui-lo, desconsideramos o que ele fala sobre aqueles que escolhem não segui-lo, praticamente ignoramos o que ele diz sobre materialismo e, de forma funcional, não entendemos o que ele diz sobre missão. Selecionamos o que gostamos e não gostamos dos ensinamentos de Jesus. No fim, criamos um Jesus legal, inofensivo, politicamente correto e de classe média, que se parece e pensa exatamente como nós.
Mas Jesus não é customizável. Ele não se mostrou aberto à interpretação, adaptação, inovação ou alteração. Ele proferiu claramente sua Palavra e não temos o direito de personalizá-lo. Em vez disso, ele causa uma revolução em nós. Ele transforma nossa mente por meio de sua verdade. Seguindo Jesus, cremos nele, mesmo quando sua Palavra confronta (e até mesmo contradiz) as suposições que guardamos no mais íntimo de nosso ser, em nossas crenças, nas convicções de vida, na família, entre os amigos, na cultura e às vezes até em nossa igreja. Ao entendermos e aceitarmos Jesus a partir de sua Palavra, o proclamamos ao mundo, pois percebemos que ele não é meramente um Senhor e Salvador particular, digno de nossa aprovação individual. Resumidamente, Jesus é o Senhor e Salvador do universo, digno do louvor eterno de todos. [p.77-78]
CAPÍTULO 5 - FILHOS DE DEUS - o conceito de adoção em sua essência, como podemos perceber as implicações do que significa se tornar um filho na família de Deus, é o tema deste capítulo. O autor estabelece a diferença entre servo e filho, enfatiza a alegria do Pai, a fé, sentimento, prazer e desejos do verdadeiro discípulo.
O destaque deste capítulo é sobre alegria na adoção. Essa figura da alegria na adoção terrena oferece um pequeno vislumbre de uma alegria muito maior encontrada na adoção divina. E inquestionável que nossa condição diante de Deus tenha sido estabelecida no momento em que renunciamos ao pecado e a nós mesmos e confiamos em Jesus como Senhor e Salvador. Mas nossa vida está baseada no relacionamento de amor que desfrutamos e experimentamos diariamente enquanto Deus, nosso Pai, enche seus filhos de amor. Essa é mais uma razão para nos recusarmos a nos acomodar a um cristianismo superficial e distante, em que dizemos: "Fiz uma oração muitos anos atrás." Ser cristão é muito mais que isso. Ao seguirmos Jesus como filhos e filhas de Deus, passamos a desejá-lo e a nos deleitar nele, que transforma completamente tudo em nós. [p.96-97]
CAPÍTULO 6 - A VONTADE DE DEUS PARA SUA VIDA – Neste capítulo o autor faz um questionamento e em seguida mostra a resposta para tal questionamento, focando na em outra pergunta: Qual a vontade de Deus para a minha vida? Muitos raramente já compartilharam o evangelho de Jesus Cristo com ao menos uma pessoa em algum momento de sua vida. E mesmo a maioria dentre aqueles que já compartilharam em algum momento não está ativamente levando pessoas a seguir Jesus. Por que isso acontece? Por que tão poucos seguidores de Cristo estão pessoalmente pescando homens quando isso deveria ser fundamental na vida de todo cristão? Poderia ser pelo fato de que entendemos errado o propósito fundamental para o qual Deus nos criou? E é possível que como resultado disso estejamos desperdiçando um dos principais prazeres que Deus preparou para nós?
Ao transformar pensamentos e desejos em nossa vida, Jesus revoluciona nossa razão de viver. Entender essa realidade é essencial para compreender e experimentar a vontade de Deus como discípulo de Jesus. [p.115-116]
Qual é a vontade de Deus para minha vida? Essa é, provavelmente, a pergunta mais comum no cristianismo hoje em dia. Temos questionamentos e deparamos com decisões o tempo todo, e constantemente nos perguntamos qual é a vontade de Deus em relação a elas. Vivemos como se a vontade divina estivesse perdida. E elaboramos uma variedade de métodos para encontrá-la. [p.116]
Quanto mais conhecemos a Deus e mais andamos de acordo com sua vontade, mais entendemos quão tolo é pensar que ele em algum momento poderia querer escondê-la de nós. Pelo contrário, percebemos que o desejo de Deus de que conheçamos sua vontade é exponencialmente maior do que nosso desejo de conhecê-la. Ele quer tanto que a conheçamos que revela sua vontade a nós por meio de sua Palavra. [p.122]
A vontade de Deus é clara na Bíblia da primeira à última página. Do começo ao fim, a vontade de Deus é ser adorado. Ele quer que todos ouçam, recebam, abracem e respondam ao evangelho de sua graça, para louvor da sua glória sobre toda a terra.
Portanto, não surpreende que as primeiras palavras de Jesus a seus discípulos no livro de Mateus sejam: "Sigam-me e eu os farei pescadores de homens." Nos dias que se seguiram, ele ensinou-os que sua vinda foi para "buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19:10) e lhes disse que assim como o Pai o enviou ao mundo, ele os enviaria ao mundo também (ver João 17:18). Mais adiante, não somos surpreendidos quando as últimas palavras de Jesus a seus discípulos são: "Vão e façam discípulos de todas as nações" (Mateus 28:19). Essa é a vontade de Deus para o mundo — criar, chamar, salvar e abençoar seu povo para espalhar sua graça e glória entre todos os povos. Essa vontade não é para ser encontrada: é para ser seguida. Não temos de nos perguntar sobre a vontade de Deus quando fomos criados para andar nela. Não precisamos pedir que Deus revele sua vontade para nossas vidas; em vez disso, cada um de nós deve pedir que Deus alinhe nossa vida à vontade que ele já revelou. A vontade de Deus para nós, discípulos de Jesus, é que façamos discípulos dele em todas as nações. Portanto, a pergunta que todo discípulo deve fazer é — "Qual a melhor maneira de eu fazer discípulos de todas as nações?" Quando fazemos essa pergunta, percebemos que Deus quer tanto que experimentemos sua vontade que ele vem viver em nós para realizá-la.[p.124-125]
CAPÍTULO 7 - O CORPO DE CRISTO - Neste capítulo, observamos que o autor trata de assuntos que estão em poucos púlpitos hoje em dia. Aqui ela vai tratar sobre o que é a Igreja, a importância da disciplina para o crescimento da igreja, membresia e compromisso.
A realidade, entretanto, é que é biblicamente impossível seguir Jesus Cristo sem se unir à sua Igreja. Na verdade, qualquer um que afirme ser cristão, mas não é membro ativo de uma igreja, pode não ser um seguidor de Cristo sob nenhum aspecto.
Para alguns, talvez muitos, isso pode soar como uma heresia. Alguém pode perguntar: "Você está dizendo que entrar para uma igreja toma alguém cristão?" De jeito nenhum. Entrar para uma igreja certamente não torna alguém cristão. Ao mesmo tempo, identificar sua vida com a pessoa de Cristo é uni-la ao seu povo. Render sua vida aos mandamentos dele é comprometê-la com a Igreja dele também. É bíblica, espiritual e praticamente impossível ser discípulo (e muito menos fazer discípulos) de Cristo sem total devoção a uma família de cristãos.
É impossível seguir Jesus plenamente sem amar sua noiva abnegadamente, e é impossível pensar que podemos desfrutar de Cristo separado de seu Corpo. Jesus chegou a identificar a Igreja consigo mesmo quando perguntou a Saulo na estrada de Damasco: "Saulo, Saulo, por que você me persegue?" (Atos 9:4). Saulo não havia perseguido Cristo diretamente, mas tinha perseguido cristãos, portanto, Jesus estava dizendo essencialmente isto: "Quando você mexe com eles, mexe comigo."
Entregar-se a Cristo é tornar-se parte de sua Igreja. Os seguidores de Jesus têm o privilégio de serem identificados com sua família. Ao morrermos para nós mesmos, vivemos para os outros, e tudo que Cristo faz em nós começa a afetar todos aqueles que ele coloca ao nosso redor. Perceber essa realidade e experimentar os relacionamentos que Deus planejou para seu povo, especificamente, na Igreja é essencial para ser discípulo e fazer discípulos de todas as nações. [p.135-136]
CAPÍTULO 8 - UMA VISÃO DO POSSÍVEL – Neste capítulo o autor enfatiza a grande necessidade de fazer discípulos de todas as nações. E faz as seguintes perguntas: Quem é capaz de imaginar ou medir o que pode acontecer quando todo o povo de Deus começar a fazer discípulos de maneira devota, humilde, simples e intencional? E se cada um de nós, como seguidor de Cristo, realmente começar a pescar homens?
Foram seguidores não identificados de Jesus que espalharam o evangelho por toda a Ásia. Discípulos foram feitos e as igrejas se multiplicaram em lugares onde os apóstolos jamais estiveram. As boas-novas se espalharam não por meio de pregadores extravagantes, mas de pessoas comuns, cujas vidas haviam sido transformadas pelo poder de Cristo. Iam de casa em casa, nos mercados, nas lojas, nas ruas e nas estradas, levando pessoas à fé em Jesus diariamente. Foi assim que o evangelho penetrou no mundo durante o primeiro século — por meio de discípulos de Jesus abnegados e capacitados pelo Espírito, que faziam outros discípulos. Seguidores de Jesus pescavam homens. Discípulos faziam discípulos. Cristãos não eram conhecidos por sua associação com Cristo e sua Igreja; em vez disso, eram identificados por seu completo abandono de tudo por Cristo e sua causa. A grande comissão não foi uma opção a ser considerada, mas uma ordem a ser obedecida. E apesar de terem enfrentado incontáveis provações e perseguições impensáveis, experimentaram alegria inimaginável quando se uniram a Jesus pelo avanço de seu Reino.
Quero fazer parte de um movimento como esse. Não quero passar a vida construindo prédios e planejando programas para frequentadores de igreja acomodados. Nem quero construir um Reino que gire em torno de meus dons limitados e de minha liderança imperfeita. Quero fazer parte de um povo que realmente crê que temos o Espírito de Deus em cada um de nós para espalharmos o evangelho por intermédio de todos nós. Quero fazer parte de um povo que alegremente sacrifica prazeres, objetivos e posses deste mundo porque vivem pelo tesouro do mundo que está por vir. Quero fazer parte de um povo que renunciou a todas as ambições terrenas em favor de uma aspiração eterna ver discípulos sendo feitos e igrejas multiplicadas a partir de nossas casas para nossas comunidades, cidades e nações. [p.158]
CAPÍTULO 9 - NASCIDOS PARA REPRODUZIR - Este é o último capitulo e aqui, o autor apresenta um plano pessoal para fazer discípulos.
Em seu projeto, Deus criou seus filhos para reprodução espiritual. Ele costurou no tecido do DNA de cada cristão um desejo e uma capacidade de reproduzir. Mais do que qualquer casal espera ver um bebê nascido naturalmente, todo cristão anseia ver pecadores salvos sobrenaturalmente. Todos os que conhecem o amor de Cristo desejam multiplicar a vida dele. Deus formou, moldou e até encheu os cristãos com seu Espírito para esse propósito específico.
Assim, acredito ser razoável concluir que há algo espiritualmente errado no âmago de um cristão se seu relacionamento com Cristo não estiver resultando em reprodução. Colocando talvez de forma mais franca, alguma coisa está errada com um cristão que não leva homens e mulheres a Cristo.
Ser discípulo de Jesus é fazer discípulos dele. Como vimos anteriormente, isso é uma verdade desde o primeiro século, quando Jesus convidou quatro homens para segui-lo. Suas palavras ecoaram ao longo deste livro; "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens (Mateus 4:19). Mais importante do que procurar peixes em todo o oceano, aqueles homens espalhariam o evangelho pelo mundo todo. Dariam suas vidas não apenas para serem discípulos de Jesus, mas para fazer discípulos dele em sacrifício. E o projeto de Deus para os discípulos do século XXI é exatamente o mesmo. Jesus chama cada um de seus discípulos para fazer discípulos que façam discípulos, até que o evangelho penetre em cada grupo étnico do mundo.
CONCLUINDO. Termino este livro, usando a mesma frase de Francis Chan no prefácio deste livro: “Todos nós já cometemos erros, e viver no passado pode nos destruir. A solução é aproveitar ao máximo o tempo que nos resta neste mundo”. Aproveitemos e façamos discípulos.
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[1] Trecho retirado do blog Trechos & Livros Cristão, disponível em: <https://trechoselivroscristaos.com.br/resumos/siga-me-david-platt/> Acesso em 12 Jul 2019
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