segunda-feira, 18 de março de 2019

QUEM TROCOU O MEU PÚLPITO? [Resenha]


RAINER, Thom S. Quem trocou o meu púlpito? Liderando as mudanças na igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2018. 


O AUTOR E O SEU LIVRO 

O autor declara que um dos seus maiores desejos na sua vida e ministério é ajudar os líderes da igreja a levar as igrejas a mudar para terem uma saúde melhor. Pois na opinião dele, “se as igrejas não mudarem, elas não ficarão saudáveis. Muitas irão morrer.” 

Thom S. Rainer, é escritor, pesquisador, orador e atual presidente e diretor executivo da LifeWay Christian Resources, uma entidade da Convenção Batista do Sul em Nashville, Tennessee. No Brasil, além deste livro há três outros publicados em língua portuguesa: Eu sou membro de igreja e Tornando-se uma igreja acolhedora (CPAD), Vida Simples: tempo, relacionamentos, dinheiro e Deus (Editora Palavra). No blog “Voltemos ao Evangelho” tem um artigo de Thom S. Rayner bastante atual – “5 erros que pastores cometem nas redes sociais”[1] onde ele dá 5 razões pelas quais os pastores têm sido retirados do ministério devido suas postagens nas redes sociais. Para quem acompanhar o seu trabalho é só segui-lo no Facebook. [2]

Sobre este livro, o autor afirma: “Você já deve ter-me ouvido descrever o estado das igrejas na América do Norte. Quase nove em dez estão em declínio ou estão crescendo mais lentamente do que as comunidades em que estão localizadas. Em termos claros, 90% das igrejas norte-americanas estão perdendo terreno em suas respectivas comunidades. Mudanças são indispensáveis nas igrejas. Mudanças importantes são necessárias na maioria delas, mas é muito difícil fazer mudanças na maioria das igrejas. Os membros da igreja tornaram-se complacentes e confortáveis. Muitos membros da igreja tornaram-se extremamente resistentes a mudanças. O evangelho está em risco. Vidas eternas estão em risco. Oro para que este livro sobre fazer mudanças em sua igreja seja um catalisador para fazer a diferença. Oro para que você e muitos líderes leiam este livro e estudem-no juntos. Oro para que você seja corajoso em fazer as mudanças, pouco importando o custo. Bem-vindo ao mundo onde os púlpitos são trocados!” 

É importante lembrar que as mudanças que o autor propõe neste livro não são mudanças para modificar doutrinas ou fundamentos bíblicos, mas mudanças para transformar metodologias e abordagens com a finalidade de alcançar uma cultura de mudanças rápidas 

O livro possui além de uma introdução e apêndice, 11 capítulos curtos e bem didáticos, que foram desenvolvidos com base em conversas com milhares de pastores, combinado com pesquisas práticas como mais de 50 mil igrejas. No final de cada capítulo há “perguntas para diagnóstico e estudo”. 

Os capítulos são assim nomeados: 
Capítulo 1 - Quando o Púlpito É Trocado 
Capítulo 2 - Cinco Tipos de Membros da Igreja Inamovíveis 
Capítulo 3 - Pare ... E Ore 
Capítulo 4 - Confronte e Comunique um Senso de Urgência 
Capítulo 5 - Forme uma Coalizão Disposta 
Capítulo 6 - Torne-se uma Voz e uma Visão de Esperança 
Capítulo 7 - Lide com a Questão das Pessoas 
Capítulo 8 - Mova-se do Foco Interior para o Foco Exterior 
Capítulo 9 - Colha os Frutos Fáceis de Colher 
Capítulo 10 - Implemente e Consolide a Mudança 
Capítulo 11 - A Vida é Curta - Faça a Diferença 
Apêndice: Inventário da Prontidão a Mudanças na Igreja 

Para que o leitor possa entender exatamente sobre o conteúdo, reproduzo a Introdução e o primeiro capítulo. 


INTRODUÇÃO – UM E-MAIL DESESPERADO 

Através das mídias sociais, comentários de blogs, e-mails e outros meios, recebo centenas de pedidos de conselho e aconselhamento todos os meses. Sinto-me indigno da quantidade de pessoas que me pedem conselhos. Sinto-me, no entanto, frustrado por não conseguir alcançar a todas elas. 

Porém, algo neste e-mail que transcrevo a seguir chamou-me a atenção. De fato, houve algo nestas palavras que me levou a escrever este livro. 

ASSUNTO: PEDIDO DE AJUDA 
DR. RAINER 

Sou pastor e estou prestes a desistir. Tenho ótima formação no Seminário, onde aprendi teologia, a Bíblia, grego, hebraico, etc. Mas não sei nada sobre como lidar com conflitos ou levar a igreja a fazer mudanças. Toda vez que tento alguma coisa, sou duramente atingido por críticos e valentões. 

Minha esposa quer que eu saia. Ela também sente a pressão. Alguns críticos perseguem-na, mas a maior parte de sua dor vem de ver-me ferido. Ela chora até dormir quase todas as noites. Quando nos casamos, ela não sabia que eu seria pastor. Eu também não. Agora, já não tenho tanta certeza se devo ser. 

Não sei como pedir sua ajuda. Tenho muitas perguntas. Quase toda minha experiência ministerial prática vem da escola da vida e do seu blog e podcasts. 

Acho que o que mais preciso é de um plano sequencial para levar minha igreja a fazer mudanças. Está bem, está bem, sei que estou pedindo demais, mas, talvez, você possa escrever seu próximo livro sobre esse assunto. Sei que muito de nós, que estão à frente do ministério, se beneficiaram em extremo com isso. E sei que eu poderia compartilhá-lo com meus pastores e presbíteros para que eles soubessem o que estamos tentando fazer. 

Sim, este é um pedido bastante ousado, mas, por favor, considere-o em oração. Não tenho certeza de quanto tempo você leva para escrever um livro e publicá-lo, mas sei que não tenho muito tempo. Parece-me que estarei enfrentando três possibilidades nos próximos dois anos. A mudança provável é que continuaremos a decair até o ponto em que a Igreja não poderá mais me pagar um salário. Outra possibilidade é que eu seja demitido.[3] Neste momento, tenho mais adeptos do que adversários, mas não sei quanto tempo isso vai durar. A opção mais provável será desistir. 

Estou cansado. Minha esposa está cansada. Nunca pensei que dirigir uma igreja fosse assim. 

Por favor, pense na possibilidade de ajudar líderes da igreja a entender como levar a igreja a fazer mudanças quando temos tantos obstáculos. 

Por favor, ajude-me, acredito que você pode ajudar muitos de nós. Por favor, ajude-nos antes que seja tarde demais para muitos de nós. 

OBRIGADO. 

Este livro é para esse pastor. Este livro é para todos os pastores que procuram levar suas igrejas a mudar. Este livro é para o ministério da igreja e para os líderes leigos que querem fazer uma contribuição positiva para levar a igreja a fazer mudanças. Vamos, agora, mergulhar no livro e naquele fatídico domingo quando um pastor gritou - Quem trocou o meu púlpito?! 


CAPÍTULO 1 - QUANDO O PÚLPITO É TROCADO 


Derek é o tipo de pessoa com quem você gosta de estar. Dono de uma risada contagiante, ele tem uma personalidade que atrai as pessoas. E um bom líder. 

Ele também é pastor da Igreja do Redentor, uma congregação com cerca de 250 membros, no Centro-Oeste dos Estados Unidos. Fazia 23 anos que Derek era pastor; então, não era alguém inexperiente em dirigir igrejas. Ele estava na Igreja do Redentor havia oito anos e era respeitado e apreciado por quase todos na congregação. 

Derek entendia a questão de fazer mudanças nas igrejas de renome. Como líder, era de estilo metódico e incremental. Sua abordagem à liderança da igreja contribuiu significativamente para sua permanência na igreja e no ministério em geral. Ele não tinha medo de conflitos, mas sentia que muitos líderes da igreja criavam conflitos desnecessários. 

Como pastor, Derek notou uma mudança em seu ministério. Seus sermões estavam assumindo uma abordagem e um tom, digamos, mais conversacional. Ele não fizera esse movimento como parte de um grande plano estratégico, mas era uma mudança notável em relação ao seu estilo de anos atrás. 

Derek supôs que o aumento de integrantes da geração do milênio[4] na igreja influenciou sua abordagem à pregação. Entre esses jovens adultos, havia profissionais de uma empresa de tecnologia em crescimento na comunidade, e outros vinham de uma universidade próxima. 

Era óbvio que os integrantes da geração do milênio preferiam o estilo de pregação conversacional. O feedback mais positivo de seus sermões ocorreu quando ele mudou para a abordagem mais informal. Ele, portanto, estava certo de que a mudança no estilo de pregação foi resultado direto do número crescente de jovens adultos na igreja. 

O pastor também notou que os congregantes mais velhos aceitaram a mudança em seu estilo de pregação. Ele sabia que estavam se sentindo bem, porque as mudanças foram incrementais. Derek pregava uma mensagem conversacional em um domingo e, depois disso, passava seis semanas usando a abordagem mais formal e tradicional. Lentamente, ele foi adicionando a abordagem informal com maior frequência até que a congregação se acostumasse e se sentisse à vontade com ela. 

A vida e o ministério iam muito bem para Derek. Sua percepção era que ele ficaria na Igreja do Redentor pelo resto do seu ministério. Ele estava muito grato por ter o apoio total e inequívoco dos membros da igreja. Pelo menos, era o que Derek pensava.


O CONFLITO TRAUMÁTICO

Derek estava ficando cada vez mais desconfortável com o púlpito que ele usara durante os oito anos na Igreja do Redentor. Servira-lhe bem quando ele pregava mais formalmente seguindo um esboço anotado à mão. Agora, porém, ele queria aproximar-se dos congregantes. Ele via o púlpito como uma enorme barreira de madeira que não complementava seu novo estilo de pregação. Em sua mente, o púlpito gritava "tradicional", "formal" e "barreira'. Derek tomou uma decisão. O púlpito tinha de ser trocado. 

Na sexta-feira da semana seguinte, ele pediu aos dois guardiães que retirassem o maciço púlpito. Trocou-o por um novo estilo de púlpito: um pequeno leitoril que mal era perceptível. Agora, pensou ele, o púlpito irá complementar o meu estilo de pregação. 

Retrospectivamente, o pastor agora se dá conta de que deveria ter esperado a explosão. Ele reconhece que entrou no culto de adoração naquele domingo com um pouco de ingenuidade. Ele deveria ter notado a tensão que havia entre alguns no meio da congregação. Ele deveria ter percebido as conversas discretas ocorrendo antes e depois dos cultos. - Eu estava cego e fui pego de surpresa – confessou Derek. - Não notei os rumores e murmúrios naquela manhã de domingo. Acho que eu estava excessivamente confiante no meu estilo de liderança. 

Começou naquela tarde de domingo. Primeiro, houve uma série de e-mails. Todos eram negativos, embora o tom variasse de intensidade. Um membro com cinco anos de igreja gentilmente sugeriu: "Você deveria ter-nos dado algo como um aviso prévio". No outro extremo, um membro de setenta e poucos anos foi direto ao pastor: "O que você fez é herético! Você deveria ter vergonha de si mesmo. Acho que precisamos verificar se você é realmente confiável". 

O restante do e-mail foram outras 800 palavras, mas deu pra você entender a mensagem. Foi ruim, muito ruim. Derek perdeu a conta dos e-mails, das reuniões e dos telefonemas durante aquela semana. Não havia sequer uma voz de apoio entre eles. Ele parou de olhar a rede social depois de ver tantos posts criticando-o severamente. 

O pastor sabia que tinha estragado tudo. Violei meus princípios de liderança - disse ele. - Sempre fiz mudanças incrementais nas igrejas tradicionais às quais servi. Tentei não surpreender as pessoas. Tentei conseguir o máximo de aceitação possível. Fez uma pausa por um momento. - Acho que tive um período de insanidade temporária - concluiu ele, mas apenas parcialmente em tom de brincadeira. 

Derek sabia o que tinha de ser feito. Era tarde demais, conjecturava ele, para pôr de volta o velho púlpito. O dano estava feito, mas ele queria mesmo acentuar seu estilo mais informal. Ele, então, determinou que ofereceria à congregação um pedido formal de desculpas no domingo seguinte. 

O pastor entrou no centro de adoração no domingo seguinte com certa apreensão. Ele não ficou surpreso ao notar as conversas abafadas. Não ficou surpreso ao sentir a tensão no ambiente. Não ficou surpreso ao ver tantos olhos olhando de relance para o púlpito. 

Ficou, no entanto, muito surpreso com o que viu quando olhou para o local onde ficava o púlpito. Quando seguiu os olhares em direção à plataforma, Derek soltou um suspiro audível. Para sua surpresa, ele viu o motivo das murmurações naquele domingo. O velho púlpito estava de volta. 

Muitos membros asseveram que a reação descrita a seguir realmente aconteceu. Eles afirmam que a reação foi tão alta que toda a congregação silenciou-se chocada. Todos disseram que ouviram. Alguns membros declararam que a pergunta do pastor soou mais como um lamento de agonia. - Quem trocou o meu púlpito?! 


AS CONSEQUÊNCIAS 

Quando falei com Derek sobre esse incidente, ele estava no nono ano na Igreja do Redentor. Ele sobrevivera à crise, mas por pouco. - O que é desanimador - contou-me o pastor. - é que perdemos dois anos de dinamismo e ministério efetivos. Concentramos muita atenção interna para tratar desse problema. 

O pastor ainda está processando a questão. - Por um lado - disse ele -, não dá para acreditar que os membros ficariam tão preocupados com algo tão insignificante como um púlpito. Tenho a impressão de que não ficariam tão incomodados se eu tivesse pregado uma heresia em meu sermão. Isso não faz sentido. 

Perguntamos a Derek o que ele fez imediatamente depois que o antigo púlpito voltou. Sua resposta foi tranquila, porém honesta: - Fiquei de mau humor e fiz cara feia. Era possível ver que ainda havia dor e arrependimento, embora dois anos tivessem passado. - Pensei que tinha ganhado o direito de fazer algo tão pequeno quanto trocar um púlpito - lamentou. Derek respirou fundo e continuou: - Não era tão pequeno quanto eu pensava. 


O PRIMEIRO ERRO: NÃO ORAR 

Derek estava mais do que disposto a realizar um diagnóstico da crise. O pastor era um aprendiz crônico. Agora que a Igreja do Redentor começara a recuperar o impulso, ele ficou feliz em avaliar o que deu errado. - Posso te dizer facilmente qual foi minha primeira falha - começou ele. -Todas as vezes que fiz mudanças na igreja, sempre iniciei com oração.

Pedimos que ele explicasse melhor. - Em todas as outras mudanças que fiz - disse-nos -, passei cerca de duas semanas orando a respeito, antes mesmo de mencionar para outra pessoa. Desta vez, agi sem oração. 

Derek ainda não havia terminado de explicar. - Eu sempre pedia a alguns dos verdadeiros guerreiros de oração da igreja que orassem - continuou ele. - Há cerca de oito irmãos e irmãs que têm coração e um forte sentimento pela oração intercessora. Desta vez, pulei essa fase.

Ele fez uma pausa. Era como se Derek percebesse a gravidade do erro que cometera. - Comecei baseado em minhas forças - disse quase em um sussurro. -Tornei-me tão confiante e convencido de minha liderança, que acho que pensei que não precisava de Deus desta vez. - Isso é insano - afumou o pastor. - É absolutamente insano. 


O SEGUNDO ERRO: NÃO AVALIAR AS CONSEQUÊNCIAS NÃO INTENCIONAIS

Derek admitiu que sabia que o antigo púlpito era um problema emocional para muitos membros da igreja. - O que não é possível acreditar - disse ele - é que nunca me perguntei como as pessoas reagiriam à mudança. Eu deveria ter-me informado melhor. 

Um dos princípios da liderança em qualquer organização, particularmente em uma igreja local, é a lei das consequências não intencionais. A lei rege que toda mudança significativa em uma organização terá reações que se estendem muito além da mudança em si. 

O pastor não considerara as consequências de trocar de púlpito. Mesmo sabendo que havia laços emocionais profundos e duradouros relacionados ao púlpito, ele não levou em conta como as reações poderiam impactar a igreja. Derek pensou que poderia ganhar o dia com o poder de sua personalidade. 


O TERCEIRO ERRO: NÃO COMUNICAR 

Certa vez, um pastor perguntou-me quantas vezes ele deveria falar sobre uma questão importante para a igreja. Minha resposta foi "muito mais do que você está falando agora". Para ser claro, eu não sabia quantas vezes ele estava falando sobre o assunto para a congregação. Sabia apenas que, quando algo é importante para a igreja, comunicação nunca é demais. Derek nunca comunicou nada a respeito desse assunto para a igreja. Ele nunca explicou seu raciocínio, nem nunca falou nada com as pessoas sobre o seu estilo de pregação em evolução. Ele apenas fez. E pagou um ótimo preço por isso. 


O QUARTO ERRO: NÃO LIDAR COM A QUESTÃO DAS PESSOAS 

- Se eu tivesse de avaliar qual foi o meu maior erro crasso - compartilhou Derek-, seria a mancada de não ter dado atenção à questão das pessoas. Estraguei tudo no começo, no meio e no fim. Embora eu achasse que sabia para onde ele estava indo com a conversa, pedi-lhe que elaborasse. - Eu não angariei aceitação no começo - respondeu ele. - Sei quem são os principais influenciadores na minha igreja. Eu apenas prossegui em frente implacavelmente. 

Então, Derek contou-me onde fracassara de vez no processo. - Tive a oportunidade quando entrei no centro de adoração naquela manhã de domingo - começou ele. - Pelo fato de estar tão focado em mim, tive aquela reação visceral. Gritei: "Quem trocou o meu púlpito?!". Eu deveria ter-me dedicado a confessar meus erros naquela manhã e dizer para a congregação por que trocara o púlpito. 

Prenunciei suas palavras sobre o depois. Ele confirmou-as. - Sim, estraguei tudo nos dias e semanas que se seguiram - confessou ele. - Eu estava sendo bombardeado nas redes sociais, por e-mail, nas reuniões e por telefone. Rapaz, os membros da igreja podem ser realmente maus. Mas, em vez de liderar, retirei-me ao refúgio emocional. Isso nos leva ao quinto erro que Derek reconheceu. 


QUINTO ERRO: NÃO SERVIR DE MODELO DE LIDERANÇA POSITIVA 

- Eu estava pronto para deixar a igreja- disse-me enfaticamente. - Não se engane sobre isso. Eu queria sair! Minha conversa com Derek foi dois anos após o incidente. Obviamente, ele não saiu. Eu estava curioso para saber mais. -Minha atitude ressoou por cerca de três meses- admitiu. - Eu queria sair e estava com raiva da minha igreja. Entrei em modo de fazer cara feia e modo de retirada. 

- No final do terceiro mês - disse -, eu estava lendo Neemias na minha hora silenciosa. Tornei-me cônscio, dolorosamente cônscio de quanta oposição, ameaças e problemas ele tinha. Neemias, todavia, foi um modelo positivo de liderança. Ele forneceu o exemplo que os judeus precisavam para construir o muro ao redor de Jerusalém. - Essa constatação atingiu-me feito um saco de tijolos na cabeça - declarou metaforicamente. - Os membros da igreja estavam olhando para mim e para o meu exemplo. Tive de mudar primeiro. Tive de tomar decisões sensatas. Tive de ter a atitude correta. A mudança saudável tinha de começar comigo. 


LIDERANDO MUDANÇAS NA IGREJA 

Voltaremos à história de Derek mais tarde. Ele cometeu grandes erros e confessou que sua liderança fraca custou à igreja dois anos de dinamismo. Há, porém, o outro lado da história. Trata-se da história dos membros da igreja que estão tão focados em "minhas necessidades" e "meus desejos" que resistem a mudanças o tempo todo. E para essa perspectiva que agora nos voltaremos a analisar. 


PERGUNTAS PARA DIAGNÓSTICO E ESTUDO 

1. Por que algo aparentemente tão pequeno quanto trocar de púlpito cria conflitos na igreja

2. Leia Neemias 1.4-11. O que a oração de Neemias diz sobre a relação entre mudança e oração? 

3. Os pastores e outros líderes da igreja falam que, hoje em dia, os membros da congregação são mais críticos do que nunca. O que mudou nos últimos 20 anos para ocasionar essa realidade negativa? 

4. O que aprendemos em Filipenses 2.1-11 sobre a atitude correta para os líderes da igreja e os membros da igreja? 


NOSSAS CONCLUSÕES – O livro é bom. É prático. Lido em poucas horas. Recomendo. Para se aprofundar mais, adquira-o na Editora CPAD clicando na imagem acima.

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[1] “5 erros que pastores cometem nas redes sociais” https://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/04/5-erros-que-pastores-cometem-nas-redes-sociais/ 
[2] Página de Thom S. Rainer no Facebook - https://www.facebook.com/Thom.S.Rainer/
[3] N. do E.: No contexto eclesiástico nos Estados Unidos, os pastores são admitidos como funcionários; portanto, com vínculo empregatício. 
[4] N. do T.: A geração do milênio (também chamada geração Y, geração da Internet) é um conceito sociológico que se refere aos nascidos do início da década de 1980 até fins da década de 1990.

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