sexta-feira, 21 de abril de 2017

JESUS: SEU MINISTÉRIO E PROPÓSITOS


JESUS: Seu Ministério  e Propósitos
Leia Mateus 4.12-25

Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia; E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali; Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do Jordão, A Galiléia das nações; O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no. E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão. (Mateus 4:12-25)


Nestes versículos encontramos o começo do ministério de nosso Senhor entre os homens. Ele dá início aos seus labores entre uma po­pulação ignorante e obscurecida. Ele escolhe os homens que serão seus companheiros e discípulos e confirma o seu ministério através de mi­lagres, os quais chamam a atenção de “toda a Síria” e atraem grandes multidões para ouvi-lo.


1. Como primeiro ponto deste texto, o qual desejo enfatizar é  a maneira pela qual nosso Senhor deu início à sua poderosa realização: “passou Jesus a pregar”.

Não existe outra ati­vidade tão honrada como a de um pregador. Não há trabalho humano tão importante para as almas dos homens. Esse é um ofício do qual o próprio Filho de Deus não se envergonhou. Através desse ofício Ele selecionou os seus doze apóstolos.

Foi um ofício que o apóstolo Paulo, já idoso, recomendou de maneira especial a Timóteo, quase que em seu último alento: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não” (2 Tm 4.2).

Acima de qualquer outro, esse é o instrumento que Deus se agrada em usar na conversão e edificação das almas humanas. Os dias mais resplandecentes da igreja de Cristo sempre foram aqueles em que a pregação do evangelho foi mais honrada. Enquanto que os dias mais negros da igreja sempre têm sido aqueles em que a prédica foi desvalorizada. Honremos as ordenanças e as orações públicas, nas igrejas locais, e utilizemo-nos reverentemente desses meios da graça divina. Porém, cuidemos em nunca permitir que essas práticas venham a tomar o lugar que pertence à pregação do evangelho.


2. Agora, observemos o segundo ponto. Prestemos atenção à primeira doutrina que o Senhor Jesus proclamou ao mundo. Ele começou, afirmando: “Arrependei-vos”.

A necessidade de arrependimento é um dos grandes fundamentos que estão à base do cristianismo. É mister pregarmos que toda a humanidade, sem exceção, se arrependa. Importantes ou não, ricos ou pobres, todos os homens têm caído no pecado e são culpados diante de Deus. Todos precisam arrepender-se e converter-se, se porventura quiserem ser sal­vos.

O verdadeiro arrependimento não é alguma questão superficial. Antes, envolve uma completa mudança do coração no que concerne ao pecado, uma transformação que se demonstra mediante uma santa contrição e humilhação, com uma sincera confissão dos pecados, diante do trono da graça, e uma quebra total de hábitos pecaminosos, bem como um ódio permanente a todo pecado.

Tal arrependimento é o acom­panhante inseparável da fé salvadora em Jesus Cristo. Devemos valorizar grandemente essa doutrina. Ela se reveste da maior importância. Ne­nhum ensino cristão pode ser considerado sadio se não puser sempre em evidência “o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Se­nhor Jesus Cristo” (At 20.21).


3. O terceiro ponto, não menos importante do texto, é que observemos também a classe de homens a quem o Senhor Jesus escolheu para serem seus discípulos.

Eles pertenciam às camadas mais pobres e humildes da sociedade. Pedro, André, Tiago e João eram to­dos “pescadores”. A religião de nosso Senhor Jesus Cristo não visava somente aos ricos e cultos; destinava-se ao mundo todo, e a maior parte da humanidade sempre será pobre.

A pobreza e a ignorância literária excluíam milhares de pessoas da atenção dos orgulhosos filósofos do mundo pagão. Mas isso não impede a ninguém de ocupar mesmo os mais altos escalões do ministério cristão. Um certo homem é humilde? Ele sente o peso dos seus pecados? Ele está disposto a ouvir a voz de Cristo e a segui-Lo? Nesse caso, ele pode ser o mais pobre dos pobres, mas, no reino dos céus haverá de ocupar uma posição tão importante quanto qualquer outra pessoa. O intelecto e o dinheiro de nada valem, sem a graça de Deus.

A religião de Cristo deve ter tido a sua origem no céu. Do con­trário, nunca teria prosperado e se propagado por toda a terra, conforme tem sucedido. É inútil aos incrédulos tentarem dar resposta a esse ar­gumento. Ele não pode ser retorquido. Uma religião que não lisonjeia aos ricos, aos grandes e aos bem instruídos, uma religião que não dá margem às inclinações carnais do coração humano, uma religião cujos primeiros mestres foram pobres pescadores, destituídos de riquezas ma­teriais, posição social ou poder, uma religião como essa jamais teria transtornado o mundo, se não procedesse de Deus.

Por um lado, con­templamos os imperadores romanos e os sacerdotes do paganismo, com os seus esplêndidos santuários! Por outro lado, vemos alguns poucos trabalhadores braçais, cristãos, sem grande instrução formal, mas anun­ciando o evangelho! Acaso, já houve outros dois grupos tão diferentes um do outro? Os que eram fracos mostraram-se fortes; e os que eram fortes mostraram-se fracos. O paganismo ruiu, e o cristianismo tomou o seu lugar. Portanto, o cristianismo deve proceder de Deus.


4. Em quarto e último lugar, observemos o caráter geral dos milagres por meio dos quais nosso Senhor confirmou a sua missão.

Nesta passagem bíblica, esses milagres são vistos em geral. Porém, um pouco mais adiante, haveremos de vê-los descritos em particular. Mas, qual é o caráter desses milagres? Eles foram alicerçados sobre a misericórdia e a bondade. O versículo 23 diz que o Nosso Senhor “percorria... toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”.

Esses milagres tiveram tem tríplice propósitos:

(1) Nos ensinar-nos quão poderoso é nosso Senhor. - Aquele que era capaz de curar enfermos com um simples toque de mão e expelir demônios com uma palavra, também é poderoso para “salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus” (Hb 7.25). Sim, Ele é o Todo-poderoso.

(2) O segundo propósito é que esses milagres têm, igualmente, a finalidade de servir de símbolos ou emblemas da habilidade de nosso Senhor como médico espiritual. - Aquele, diante de quem nenhuma enfermidade física mostrou ser in­curável, é poderoso para curar cada um dos males que afligem as nossas almas.

Não há coração partido que Ele não saiba sarar. Não há ferida de consciência que Ele não possa fazer cicatrizar. Todos nós somos indivíduos caídos, esmagados, despedaçados e atingidos por alguma praga, por causa do pecado. Mas Jesus, por meio de seu sangue e Es­pírito, pode curar-nos inteiramente. Tão-somente devemos ir até Ele.

(3) O terceiro propósito é que Esses milagres têm também o propósito de mostrar-nos o coração de Jesus — o Salvador extremamente compassivo. -
O Senhor Jesus não rejeitava a ninguém que viesse até Ele. Ele nunca rejeitou a quem quer que fosse, por mais enfermo ou repugnante que estivesse. Os seus ouvidos estavam dispostos a dar atenção a todos, e Ele estava sempre pronto a ajudar a todos com um coração terno para com todos. Não existe bondade que se possa comparar à sua. A compaixão de Jesus jamais falhará.

Nunca nos deveríamos esquecer de que Jesus Cristo “ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre” (Hb 13.8)! Exaltado nos céus, à mão direita de Deus Pai, em coisa alguma Ele se modificou.

Ele con­tinua perfeitamente capaz de salvar, igualmente disposto a acolher-nos, e da mesma maneira preparado para ajudar-nos, tal e qual fazia há quase vinte séculos passados. Teríamos nós colocado diante dEle as nossas petições naqueles dias? Façamos a mesma coisa hoje. Ele pode curar “toda sorte de doenças e enfermidades”.


Programa Evangélico Fome e Sede de Justiça
Dia 19/04/2017
Salgado de São Félix (PB)

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