terça-feira, 29 de outubro de 2019

VOCÊ É AQUILO QUE AMA [Resenha]


Neste livro temos uma introdução de fácil compreensão para a radical perspectiva agostiniana de que o nosso coração é moldado fundamentalmente por tudo o que adoramos. Talvez sem perceber, somos ensinados a amar deuses rivais em lugar do verdadeiro Deus para o qual fomos criados. Embora tenhamos a intenção de moldar a cultura, nem sempre temos consciência de quanto a cultura nos molda. Em Você é aquilo que ama, James K. A. Smith nos ajuda a reconhecer o poder formador da cultura e as possibilidades transformadoras das práticas cristãs, redirecionando nosso coração para o que de fato merece nossa adoração.

Smith explica que a adoração é a “estação da imaginação”, capaz de incubar nossos amores e anseios de tal modo que os nossos engajamentos culturais tenham sempre Deus e o reino como referenciais. É por essa razão que a igreja e o culto em uma comunidade local de crentes devem ser o centro da formação e do discipulado cristãos. O autor engaja o leitor fazendo um uso criativo de filmes, obras de literatura e músicas e trata de temas como casamento, família, ministério de jovens, fé e trabalho. Além de tudo, também sugere práticas individuais e comunitárias para moldar a vida cristã.

Os eruditos afirmam que neste livro, Smith expõe tanto a visão extremamente cerebral da espiritualidade quanto aquela que é extremamente emotiva. Ele acerta em cheio ao articular a virtude como algo enraizado nos hábitos, os quais estão por sua vez enraizados nas afeições, que estão enraizados – de modo ainda mais profundo – na adoração. O livro é provocativo e prático, e as igrejas devem seguir o caminho que ele propõe.

O livro contém além do prefácio e agradecimentos, 7 capítulos, onde o autor nos estimula e nos mostra a vida renovada e abundante que aguarda os cristãos cujos hábitos e práticas – cujas liturgias da vida – operam para abrir o coração para nosso Deus e para o próximo.
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SMITH, James K. A. Você é aquilo que ama: o poder espiritual do hábito. São Paulo, SP: Vida Nova, 2017. 256p.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

EM DEFESA DO PRECONCEITO [Resenha]


Atualmente, ter preconceitos significa ser racista, homófobo, sexista, retrógado ou politicamente incorreto (dentre outros adjetivos). O ideal é que todos sejam livres-pensadores e questionem tudo que lhes ensinem.

Nesse livro, porém, o psiquiatra e escritor britânico Theodore Dalrymple defende (1) a necessidade de também termos ideias preconcebidas, apontando que a verdadeira razão para o surgimento desse ideal de liberdade de pensamento é que não queremos ter nossas ações restritas, desejamos poder fazer o que bem entendemos, quando bem entendemos. (2) Ele explica que, influenciados pelo racionalismo de Descartes e Mill, rejeitamos qualquer autoridade sobre nosso comportamento moral, seja essa autoridade a religião, a história ou as convenções sociais. Consequentemente, isso faz com que percamos importantes reguladores de comportamentos antissociais. Se não nos autopoliciarmos, se deixarmos de lado toda e qualquer odeia preconcebida, a lei é a única força que pode conter nossos comportamentos antissociais e os conflitos resultam disso – o que muitas vezes faz com que governos se tornem autoritários.

Reinaldo Azevedo no prefácio desta obra escreve: “Mesmo o leitor que já conhece Theodore Dalrymple, um dos pseudônimos do inglês Anthony Daniels, vai se surpreender com a força de "Em Defesa do Preconceito". É um daqueles livros que reorganizam a nossa experiência. Impossível enxergar do mesmo modo alguns temas da cultura e da política depois de passar por seus 29 pequenos e precisos ensaios, numa prova de que a profundidade não é incompatível com a concisão.”

"Sem preconceito, não há virtude", adverte e demonstra Dalrymple. Num mundo em que todas as escolhas fossem válidas e moralmente equivalentes e em que todas as motivações fossem aceitáveis, não haveria valores a preservar nem hierarquia possível - valores, note-se, que nos levaram a fazer do lobo que somos o homem que aprendemos a ser.
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DALRYMPLE, Theodore. Em defesa do preconceito: A necessidade de ser ter ideias preconcebidas. São Paulo, SP: É realizações, 2015. 144p

HOMEM DO REINO [Resenha]


Que tipo de homem é você? Quando Deus pensa em contar com um homem para fazer seu reino avançar, ele chama seu nome? Como sua esposa, filhos, colegas de trabalho, irmãos e irmãs na igreja o consideram? Qual será o seu legado? Para o autor deste livro, “O homem do reino é aquele que, ao tocar os pés no chão a cada manhã, faz o diabo dizer: ‘Porcaria! Ele acordou!”. É com essa visão provocante que Tony Evans, pastor e doutor em teologia pelo Seminário Teológico de Dallas, trilha por uma jornada de aprendizado, crescimento e descobertas por meio de insights.

Na obra, Tony chama o leitor à responsabilidade para enfrentar os desafios do cotidiano, na certeza de que Deus pode qualifica-lo para ser um líder autêntico. Franco, bíblico e revelador, o livro é um alerta urgente e necessário para que o homem cristão deixe de negligenciar o papel relevante que o Senhor o confiou e desperte todo o potencial que possui.

Para o autor, o homem do reino pode ser definido como “aquele que se posiciona e atua de acordo com o pleno domínio de Deus sobre cada área de sua vida”. Ao adquirir essa postura, ele agirá de maneira exemplar e inspiradora, vivenciando os princípios cristalinos das Escrituras e causando bom impacto nas pessoas ao redor. Tal comportamento é fundamento para que o homem evite perdas, seja em âmbito pessoal, profissional, espiritual ou familiar.

O livro contém 15 capítulos, distribuídos em três partes: (1) A formação do homem do reino, (2) O Fundamento do homem do reino e (3) A função do homem do reino (Salmo 128). Repleto de lições edificantes, “Homem do Reino” maximiza as qualidades do caráter e a desenvolver uma liderança responsável e legítima dentro de sua esfera de influência. Obra altamente indicada para homens solteiros e casados, jovens e adultos, que desejam deixar uma marca positiva por onde andam.
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EVANS, Anthony T. Homem do Reino: o destino de todo homem, sonho de toda mulher. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2018.

Publicado orginalmente
encurtador.com.br/lyDKY

A HEROICA OUSADIA DE MARTINHO LUTERO [Resenha]


A série “Um Perfil de Homens Piedosos” procura ressaltar figuras-chaves de uma sucessão de homens que creem na graça soberana de Deus. O propósito da série é examinar como tais homens usaram seus dons e suas habilidades, dados por Deus, para expandir o reino do céu. Porque eram firmes seguidores de Cristo, os seus exemplos são dignos de serem imitados hoje.

O famoso reformador alemão Martinho Lutero é o foco deste volume. Numa época em que a igreja precisava com urgência ouvir a verdade, a voz de Lutero trovejava com santa ousadia por toda a Europa. Em meio ao declínio doutrinário daquele tempo, Lutero falou com coragem, afirmando um resoluto compromisso com a Escritura. O reformador estava cheio de coragem audaz quando confrontou a igreja de Roma, por ela ter se desviado do verdadeiro evangelho da salvação. Seu compromisso singular com a verdade da Bíblia se tornou a força motriz por trás da Reforma. À medida que o Senhor fortalecia Lutero, o seu púlpito tornou-se um dos clarins mais nítidos da Palavra de Deus que este mundo testemunhou. Por estas razões, o perfil de Lutero permanece eminentemente digno de ser traçado.

O desejo do autor é que o Senhor use este livro para torná-lo mais corajoso para que, como Lutero, e para a glória de Deus, você deixe sua marca indelével sobre este mundo. Que por meio deste perfil você seja fortalecido ao andar de modo digno de sua vocação. Que esteja pleno da Escritura, e assim, seja ousado em seu ministério para Cristo.

O livro contém, além do prefácio, apresentação, conclusão e notas, seis capítulos onde encontramos em cada uma um aspecto importante da vida de Martinho Lutero: O legado, uma profunda convicção quanto a Palavra de Deus, um estudante implacável, compromisso com o texto sagrado, apaixonado pelo púlpito e um defensor da verdade revelada. A conclusão do livro tem um tema vibrante: “Precisamos de pessoas como Lutero novamente. Como todas as nossas resenhas, iremos trabalhar de conformidade a estrutura do livro, capítulo à capítulo, extraindo pequenos parágrafos e fazendo resumos.
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LAWSON, Steven. A heroica ousadia de Martinho Lutero. São José dos Campos, SP: Fiel, 2013. 144p (Um perfil de homens piedosos).

sábado, 26 de outubro de 2019

O EVANGELHO SEGUNDO A FILOSOFIA [Resenha]


O Evangelho é poder, disso todos os cristãos têm certeza. Mas há quem duvide, sempre há. Para alguns, não passa de história da carochinha. Para outros, um livro ultrapassado que precisa se atualizar. Mas para os cristãos, é a Palavra do Deus imutável. Aquele que nunca muda, sempre será o mesmo. E o que a filosofia pensa sobre o Evangelho e a pessoa de Jesus? Aurélio Schommer nos traz essa resposta, e que pode incomodar muita gente. Principalmente os cristãos.

Todos sabem que o Ocidente é o que é hoje por influência do cristianismo, que surgiu com o Verbo que se fez carne — uma nova aliança com o Seu povo. Sua moral um tanto rígida construiu nações livres, com leis justas. O Evangelho também influenciou filósofos da antiguidade, para o bem e para o mal. E daí surge variantes do cristianismo, que pegam partes que interessam do Evangelho e criam suas próprias religiões — ou seitas — como o marcionismo, de Marcião. Uma religião herética, fundada a partir de passagens seletivamente retiradas do Evangelho. Deus é mistério, ninguém pode explica-lo. E a filosofia tenta ter a resposta de quem é Deus, pois esse é o seu papel. Fazer perguntas sobre a existência e tentar respondê-la, coisa que nem sempre acontece.

Dividido em dez capítulos, o livro é surpreendente. O primeiro capítulo discute sobre o Deus Existência, para no segundo começar a discutir o Verbo (Logos) que se fez carne. Nos demais capítulos, o autor discute com a ajuda de filósofos do passado, numa conversa franca com o leitor, os principais temas do Evangelho: Salvação, humildade, livre-arbítrio (embora ele não esteja explícito nos evangelhos, e se ele de fato existe), o amor ao próximo, pecado, o perdão e etc. Todos esses pontos são explorados e explicados sob o ponto de vista filosófico, e cabe ao leitor acreditar nesse ponto de vista ou não. O fato é que o Evangelho moldou o Ocidente de tal maneira que, sem ele, provavelmente seríamos ainda o antigo Oriente dominado por religiões autoritárias e vingativas, tal como o Islã.
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SCHOMMER, Aurélio. O evangelho segundo a filosofia: do filósofo Jesus às ideias sobre Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2016.

Créditos por este texto é de Allenylson Ferreira do ig @allenylsonf
Blog Café Literário.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

VERDADES PENTECOSTAIS [Resenha]


A pessoa do Espírito Santo de Deus e a sua atuação em nossos dias são temas que vêm sendo trabalhados recentemente na Teologia, principalmente com a ênfase do movimento pentecostal, que cresceu notoriamente no século XX. Na apresentação deste livro, Ciro Sanches Zibordi escreve: “Nesta obra, o pastor Antonio Gilberto trata – com profundidade bíblica, experiência e, sobretudo, temor e tremor diante do Senhor – da necessidade de obtermos e conservarmos o verdadeiro avivamento. Ele mostra que “o fogo não pode se apagar”, como a Palavra de Deus assevera em 1 Tessalonicenses 5.14”.

O pastor Ciro continua: “Apesar do pouco número de páginas deste livro, o pastor Antonio Gilberto, à luz da Bíblia, analisa com autoridade incontestável a multiforme obra do Espírito Santo, abordando assuntos como: o batismo com o Espírito Santo, os dons do Espírito Santo, o culto pentecostal com ordem e decência, as características do real avivamento, os pecados que impedem o avivamento, as ministrações do Espírito ao crente, a evangelização no poder do Espírito, a renovação espiritual e a santificação do crente”.

No prefácio, o autor do livro, escreveu: “Nesta obra enfatizaremos, de modo panorâmico, a dinâmica do Espírito Santo através do elemento humano, que, pela maravilhosa e insondável graça de Deus, torna-se seu filho pela fé em Cristo e, ao mesmo tempo, seu servo por amor a Ele”.

O livro contém 15 capítulos que enfatizam além dos aspectos doutrinários dentro da teologia pentecostal, ainda apresenta, ainda que de modo resumido, os principais avivamentos pentecostais ocorridos ao longo da história.
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GILBERTO, Antonio. Verdades pentecostais: como obter e manter um genuíno avivamento pentecostal nos dias de hoje. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2019.

O MESSIAS VEM À TERRA MÉDIA [Resenha]


J. R. R. Tolkien disse que o “germe das histórias”, o molde de uma narrativa ficcional, desenvolve-se a partir de uma experiência do autor de maneiras imprevisíveis. Tolkien era cristão profundamente devoto que conhecia bem a Bíblia. Ele insistia na afirmação de que não escrevia a fim de “provar alguma coisa”, nem certamente para exprimir doutrinas em formas alegóricas. Contudo, Phil Ryken mostra quão intensamente foi a imaginação de Tolkien moldado pelo próprio Jesus Cristo, revelando as ricas percepções teológicas que os grandes contos podem nos proporcionar caso dediquemos nossa atenção a eles.

A tese do autor Philip Ryken neste livro é clara: “há, na verdade, três figuras de Cristo principais em O Senhor dos Anéis e cada um ecoa um aspecto diferente da obra de Cristo, o que os teólogos chamam de seu ‘ofício tríplice’ como profeta, sacerdote e rei”. Para defender sua tese, Ryken faz uma exegese sistemática do texto da estória. Ele apoia as suas conclusões com citações do Silmarillion (a prequela crucialmente importante para a narrativa), as cartas de Tolkien e um amplo conjunto de literatura secundária.

Gandalf, o Cinzento, incorpora a imagem da obra profética de Cristo. Os hobbits, especialmente Frodo Baggins, incorpora a imagem da obra sacerdotal de Cristo. Finalmente, Aragorn, filho de Arathorn, incorpora a imagem da obra real de Cristo.

Ryken parte dos estudos bíblicos, da teologia e da literatura de uma forma maravilhosamente integrada: o resultado é uma rica percepção em relação à imaginação cristã de Tolkien. Erudito, porém acessível, perspicaz e contudo de agradável leitura, abrangente e profundamente edificante. É com entusiasmo que recomendo esse livro!
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RYKEN, Philip. O Messias vem à Terra Média: imagens do tríplice ofício de Cristo em o Senhor dos Anéis. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018. 162p.

O CALCANHAR DE AQUILES [Resenha]


Eu, você, seus pais, o seu vizinho da frente, o dono da livraria e o autor deste livro temos algo em comum: somos todos um pouco gregos. Qualquer pessoa deste lado do mundo, da chamada civilização ocidental, tem um pé (ou até mesmo os dois) na Grécia Antiga. Isso porque foi lá, naquele pequeno território há milhares de anos, que surgiram as bases de um conhecimento coletivo que ainda partilhamos em áreas como a filosofia, a medicina, a astronomia, a matemática e as artes. Mas a sociedade grega não era formada apenas por pensadores e suas elucubrações filosóficas. Nem só de intrincados debates viviam aqueles homens. No correr dos dias comuns, eles dedicavam-se a assuntos bem mais mundanos. Tomavam porres homéricos de vinho com pimenta e competiam nus nas disputas esportivas. Um cotidiano repleto de manias, defeitos, preocupações triviais e um bocado de situações inusitadas. Essa mistura, da qual ainda faz parte uma mitologia de significados inesgotáveis, é a marca do povo grego.

Portanto, curiosidades tais como: Qual foi o maior presente de grego de todos os tempos? O que as mulheres tramavam na ilha de Lesbos? Quem criou a Via Láctea? Por que a cidade de Tebas montou um exército com 300 gays? Rasteiras e estrangulamentos eram permitidos nas olimpíadas antigas? Por que o homem recém-casado deve carregar sua esposa para entrar na nova casa? Por que os gregos eram enterrados com uma moeda na língua? Por que os médicos vestem-se de branco? Para responder todas essas perguntas, é preciso dar um mergulho na Grécia Antiga.

O Calcanhar de Aquiles e outras histórias curiosas da Grécia antiga, é o meio pelo qual o jornalista Duda Teixeira nos conta tudo, deixando de lado a sisudez das teses acadêmicas, mas com um profundo trabalho de pesquisa. E muito bom humor. O resultado é uma obra divertida, de leitura saborosa, uma coleção das histórias mais curiosas que tiveram como protagonistas os gregos. Essa gente tão parecida comigo, com você, com todos nós.
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TEIXEIRA, Duda. O calcanhar de Aquiles e outras histórias curiosas da Grécia Antiga. Porto Alegre, RS. Arquipélago, 2007.

ESCOLHAS INTELIGENTES PARA MELHORAR SUA VIDA [Resenha]


Obra traz princípios transformadores para a mulher que deseja viver com mais plenitude e alegria. Todos os dias somos desafiados a fazer escolhas, a tomar decisões que causam impacto em nossa vida de forma positiva ou negativa. Entre as variáveis de crescimento e decepção, torna-se fundamental buscar a conexão divina, a sabedoria do alto, para pensar com cautela e agir corretamente. Justamente para ajudar as leitoras a ter uma jornada genuinamente vitoriosa, a prestigiada conferencista internacional Devi Titus escreveu a obra Escolhas inteligentes para melhorar sua vida, lançamento da Editora Mundo Cristão.

Por meio de seu estilo cativante e gostoso de ler, Devi Titus compartilha a experiência adquirida em mais de 50 anos de casamento e em sua longa e bem-sucedida carreira ministerial. No livro, ela traz à tona princípios transformadores para quem deseja trilhar o caminho do êxito e da plenitude.

Como em uma agradável conversa, Devi descreve dez decisões determinantes para que a leitora experimente mudanças positivas em seu dia a dia. A cada capítulo, ela oferece encorajamento, conselhos e informações para que a leitora supere obstáculos e inicie uma maravilhosa jornada de crescimento e maturidade espiritual.

Por meio de histórias elucidativas e exposições de verdades bíblicas, Escolhas inteligentes para melhorar sua vida traz uma rota clara, excelente e atual para quem não se contenta com a mediocridade, mas, sim, busca melhorias concretas e mudanças significativas enquanto caminha rumo à realização dos sonhos. Tópicos como: perdão, manutenção de relacionamentos fortes, superação dos medos, fortalecimento do amor próprio e desenvolvimento da fé são abordados de forma prática e objetiva, incentivando cada mulher a despertar todo o seu potencial como vencedora.
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TITUS, Devi. Escolhas inteligentes para melhorar sua vida. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2019. 128p.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

LUTANDO CONTRA SATANÁS [Resenha]


Em seu livro Confrontos de Poder, David Powlison defende corretamente que precisamos com urgência lutar contra Satanás, retornando à tradicional batalha espiritual bíblica, conforme apresentado por Paulo, em Efésios 6.10-20. Vivemos em uma sociedade que se torna cada vez mais pagã, aprisionada cada vez mais a vícios insidiosos. Comportamento perturbado ou bizarro tornou-se comum; muitas pessoas experimentam um aumentado senso da presença do mal. Os missionários e antropólogos nos alertam para as culturas animistas e possessões de demônios. O satanismo está crescendo nas nações do Ocidente.

Este livro trata desta necessidade, a partir de uma perspectiva prática. Seus capítulos expandem cinco palestras dadas na Escola do Tabernáculo Metropolitano de Teologia de Londres. A primeira palestra (capítulos 1–2) examina a personalidade e história de Satanás. O segundo discurso (capítulos 3–4) mostra como os crentes devem aproveitar-se das fraquezas de Satanás, lutando defensivamente e ofensivamente. A terceira parte (capítulos 5–6), dependendo fortemente de antigos clássicos, expõe as artimanhas de Satanás e os remédios ou corretivos contra elas. Os capítulos concludentes examinam como podemos vencer a Satanás em nossa vida pessoal e em nossas igrejas e nações (capítulos 7–9). 


Sucinto e profundamente pastoral, este livro de Joel Beeke tem todas as marcas de um verdadeiro clássico da literatura cristã. Lembrando que são poucos os livros de linha reformada que temos em português sobre a doutrina da satanologia. Joel R. Beeke oferece um ensino sóbrio, bíblico e vital sobre este assunto tão importante e tão negligenciado e mostra nas Escrituras os recursos e armas que todos os cristãos têm ao seu dispor para sua luta contra Satanás.

O autor escreve: “Se você for verdadeiro crente, Satanás o odeia porque você é portador da imagem de Cristo, feitura especial de Deus, criado em Cristo Jesus para as boas obras, e porque você foi arrancado do poder de Satanás. Você abandonou Satanás e fugiu do seu território. Pela graça, você reconheceu a Cristo como Senhor e Mestre. Testifica com Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Satanás o odeia porque Cristo está em você, e você ama a Cristo.”


Joel Beeke, é diretor e professor de Teologia Sistemática e Homilética no Puritan Reformed Theological Seminary e pastor da igreja Heritage Reformed Congregation, em Grand Rapids, Michigan. Beeke é autor de mais de 100 livros, entre eles Teologia puritana, Amigos e amantes e De volta para os braços do Pai, publicados por Vida Nova.


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BEEKE, Joel R. Lutando contra Satanás: conhecendo suas fraquezas, estratégias e derrota. Campina Grande, PB: Visão Cristã, 2018. 182p.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER UM IDIOTA [Resenha]


Em um mundo cada vez mais polarizado politicamente, o nome do escritor Olavo de Carvalho é um dos mais respeitados pelos conservadores da direita e um dos mais odiados pela esquerda e setores ditos progressistas. 193 artigos foram selecionados e organizados por Felipe Moura Brasil, que também cuida de notas explicativas e referências bibliográficas que remetem o leitor tanto à vasta obra do próprio Olavo como à teia de autores e temas com os quais seus textos dialogam ou polemizam. Moura Brasil informa que a seleção obedeceu a seu gosto pessoal e à necessidade de partilhar a sua experiência de leitor e estudioso da obra de Olavo.

O livro é dividido em 25 capítulos ou macrotemas: Juventude, Conhecimento, Vocação, Cultura, Pobreza, Fingimento. Democracia, Socialismo, Militância, Revolução, Intelligentzia, Inveja, Aborto, Ciência, Religião, Linguagem, Discussão, Petismo, Feminismo, Gayzismo, Criminalidade, Dominação, EUA, Libertação e Estudo. Cada um deles reúne um grupo de textos, e alguns se desdobram em subtemas, como a espetacular seleção de textos de “Revolução”, reunidos sob rubricas distintas, como, entre outras, Globalismo, Manipulação e Capitalistas X Revolucionários.

A linguagem é elaborada, com direito ao uso corrente de expressões tiradas do latim e do francês, por exemplo, mas no geral o sentido acaba sendo subentendido no texto. Ainda assim, este que vos escreve reconhece não ter o estofo cultural para apreender de forma completa todas as nuances do livro. E isso acaba sendo um estímulo para pesquisar as fontes citadas por Olavo. Contudo, leia esse livro de Olavo de Carvalho. Ninguém, no Brasil, escreve com a sua força. Tampouco parece fácil rivalizar com a sua cultura, fruto da dedicação, do trabalho no claustro, da aplicação, não da busca de brilharecos. Leia Olavo: contra o ódio, contra o óbvio, contra os idiotas e a favor de si mesmo.
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CARVALHO, Olavo de. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2013

DANIEL E APOCALIPSE [Resenha]


DANIEL foi um homem que esteve nos meios políticos mais influentes do seu tempo. Como administrador, foi um exemplo para os seus pares e, como profeta, registrou sua profecia mostrando o que haveria de ocorrer no futuro. Este livro ocupa-se principalmente dos “tempos dos gentios”: “Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24).

Séculos depois, JOÃO, discípulo de Jesus, teve a revelação dos últimos acontecimentos na Ilha de Patmos, onde contemplou a vitória final do Cordeiro de Deus. Esse livro salienta a “plenitude dos gentios”: “Porque não quero irmãos que ignores este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio o endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Rm 11.25).

Portanto, DANIEL e APOCALIPSE possuem uma conexão profunda, tendo em vista tratarem de impérios mundiais, o tempo dos gentios, a vinda do Messias, a derrota do mal e o triunfo da vontade de Deus.

Em linguagem simples e compreensível, o autor tece um excelente comentário dos livros escatológicos das Escrituras com bastante propriedade. O livro está dividido em duas partes: Daniel com 12 capítulos divididos em 4 seções. Apocalipse: com 22 capítulos dividido em 9 seções. Daniel e Apocalipse, pela sua clareza na explanação, é uma obra indispensável aos que se interessam pela escatologia bíblica.
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GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse: como entender o plano de Deus para os últimos dias. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2019.

CARTAS DE UM DIABO A SEU APRENDIZ [Resenha]


Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz foi escrito em 1942 em plena segunda guerra mundial e foi dedicado especialmente ao J. R. R. Tolkien. É engraçado como Lewis utiliza de situações corriqueiras que acontecem nas comunidades cristãs que podem fazer com que as pessoas sintam-se excluídas e mal recebidas no meio do povo de Deus. Bem como ele utiliza de situações agravantes em períodos de guerra que podem fazer o homem culpar Deus por todos os problemas do mundo. O livro é, quase em sua totalidade, epistolar, ou seja, a narração se dá por meio de cartas. O conteúdo das cartas é de grandiosa análise dos comportamentos humanos.

“Em Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz, Lewis nos presenteia com uma espécie de fantasia, na qual um Diabo experiente, Fitafuso, dá conselhos ao sobrinho por meio de cartas sobre como ser bem sucedido em fazer com que determinado humano caia em pecado e perca a alma. Assim sendo, nos deparamos com a realidade terrestre, onde o sobrenatural é mais do que real e onde Deus e Satanás lutam por cada pessoa. Contudo, nesse livro encontramos apenas as cartas de Fitafuso e através delas inferimos o que o seu sobrinho e aprendiz, Vermebile, relatou sobre a vida de um homem, cuja responsabilidade no quesito tentação lhe cabe. Portanto, tudo o que lemos são as cartas do diabo experiente e perito em descobrir possibilidades de provocar a queda humana; cartas assustadoras e dignas de reflexão”. (@blogoasisliterario)

Ao ler esse livro nós acabamos nos identificando com certas situações que as vezes nos passam despercebidas, mas que acontecem cotidianamente e que vistas sobre uma outra ótica diferente podem ser utilizadas como lições de vida.
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LEWIS, C. S. Cartas de um diabo a seu aprendiz. Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2017. 208p.

sábado, 19 de outubro de 2019

O MONGE E O EXECUTIVO [Resenha]


O livro é um excelente romance que trata sobre a essência da liderança, que segundo o autor consiste em servir. A trama envolve a história de John Daily, um líder que estava tendo dificuldades em liderar seus subordinados na empresa, num time que treinava e sua própria família. Após ouvir sua esposa, resolve participar de um retiro sobre liderança em um mosteiro. Lá, ele sabia que se encontraria com Len Hoffman, um ícone da administração que havia largado tudo e se dedicado à vida monástica, cujos ideais incluíam oração, trabalho e silêncio.

Em uma semana de aulas com o irmão Simeão, o nome recebido por Hoffman no convento, John, cuja liderança estava em xeque, passa a entender o cerne da verdadeira liderança. John, o executivo, juntamente com cinco outros líderes, durante uma semana de estudos, aprendem princípios espetaculares de liderança com o monge.

O romance visa quebrar velhos paradigmas de liderança e para isto se utiliza da figura de um militar, pastor, profissionais da educação, psicologia, área da saúde e um executivo. E de maneira interessante, o grande professor deles, é um “monge” beneditino. Os principais ensinamentos que o livro passa são traduzidos em uma palavra: serviço.

A partir do modelo administrativo de Jesus, o autor passa a mostrar que o líder deve agir pelo amor, tendo como base o comportamento e não os sentimentos. É interessante notar que o modelo de amor não é um mero comportamento, mas é movido por vontade para que se chegue ao padrão de liderança. A base bíblica para tal asserção encontra-se em 1 Coríntios 13.
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Hunter, James C. O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro, RJ: Sextante, 2009.

O FIM PARA O QUAL DEUS CRIOU O MUNDO [Resenha]


Este é um livro sobre um assunto sublime: a glória de Deus evidenciada em sua criação. O propósito do autor foi expandir a percepção de seus leitores com relação ao Deus criador de todas as coisas. Se você quer crescer no amor por Deus, precisa conhecê-lo melhor, e esta obra visa ajudá-lo a ter uma visão mais gloriosa do Senhor. Esse é um estímulo necessário para um cristianismo brasileiro que, em sua maioria, está acostumado a uma visão rasa de Cristo e da fé cristã.

Tal visão majestosa do Deus Criador se deve à mente e piedade de Jonathan Edwards (1703–1758). Esse pastor congregacional nascido em East Windsor, Connecticut, foi, possivelmente, o maior pensador da América Colonial. As obras teológicas escritas nos últimos anos de sua vida (Liberdade da vontade, Pecador original, A natureza da virtude) revelam sua forte formação filosófica, seu admirável conhecimento teológico e sua exata percepção das tendências intelectuais de seu tempo. Todo esse brilhantismo veio aliado a uma vida notoriamente piedosa. Para Edwards, a razão e o aprendizado andam de mãos dadas com o coração e as afeições.

Creio que o livro que você tem em mãos é um bom exemplo de uma mente capacitada a serviço da piedade. “O fim para o qual Deus criou o mundo”, foi uma resposta ao pensamento vigente de um Criador separado da criação, de uma natureza com funcionamento perfeito e interligado, mas à parte de seu Agricultor. Edwards provê uma visão de mundo centrada em Deus. Contra filósofos morais que falavam da divindade como um governador benevolente cujo interesse último era maximizar a felicidade humana, Edwards propõe que a finalidade última de Deus ao criar o mundo foi demonstrar às criaturas a beleza de sua perfeição e deleitar-se nela.

O livro contém, além do prefácio e introdução, 11 capítulos divididos em duas partes. A primeira parte mostra “o que a razão ensina sobre os motivos de Deus para a criação do mundo” e a segunda parte, o autor fundamenta “o que nos ensinam as Escrituras sobre o fim derradeiro de Deus na criação do mundo”. A tese da obra, portanto, é que o próprio Deus é a razão última pela qual o mundo foi criado, e que a felicidade humana é decorrente dessa razão última ser cumprida, entendida e reverenciada.

Livro disponível na Editora Mundo Cristão e para adquiri-lo é só clicar na imagem acima.

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EDWARDS, Jonathan. O fim para o qual Deus criou o mundo. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2017. 144p.

O IMPERATIVO CONFESSIONAL [Resenha]


"Neste livro, o inigualável Carl Trueman, um profundo conhecedor da história e da teologia cristã, explica porque a Igreja de Cristo precisa fazer declarações precisas a respeito de seu Senhor. Um dos benefícios do livro é o belo panorama dos credos, das confissões e do desenvolvimento da doutrina na história. Além disso, Trueman faz observações astutas sobre a igreja contemporânea, identificando com bom humor e precisão as idiossincrasias do cristianismo atual.

O autor leva a sério as críticas feitas ao confessionalismo e gasta um bom tempo refutando-as com propriedade e sabedoria bíblica. Ele mostra como o clima cultural de nossa época contribui para o asco contra o confessionalismo. Ironicamente, os que afirmam “não ter nenhum credo além de Cristo” estão mais vulneráveis à ação perniciosa da nossa época, e não menos, como pensam. Trueman lida habilmente com críticas diversas e frequentes, desde as mais sofisticadas às mais sofísticas.

Um dos pontos levantado pelo autor nos alertando quanto ao perigo da vaidade e de um conhecimento apenas teórico das doutrinas. “Boas confissões não destroem a prática da piedade; elas podem, na verdade, protegê-la” (p. 175), integrando a vida da comunidade adoradora (p. 253). Cristianismo não é só doutrina, contudo, não pode ser separado dela (p. 248). Também aborda a questão do conhecimento cumulativo que nos vem por meio dos credos, visto que cada problema resolvido nos conduz com maior profundidade ao estudo bíblico, que, por sua vez, levanta novas questões (capítulo 3). O livro de Trueman é excelente, respeitoso para com os oponentes de suas teses e bíblico. Recomendo a sua leitura com entusiasmo.

O livro contém, além dos agradecimentos, prefácio e introdução, 6 capítulos com um conteúdo onde o autor defende que os credos e as confissões são perfeitamente coerentes com a crença de que só a Escritura é nossa única fonte de revelação e autoridade.
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TRUEMAN, Carl R. O Imperativo Confessional. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2012

A CONDIÇÃO HUMANA [Resenha]


China, março de 1927. Um homem corroído pela amargura. Um país sacudido por uma insurreição. Atrás de fachadas insuspeitas de cidades sufocadas por riquixás, automóveis e bondes, fumaça de carvão, excrementos e suores de brancos e amarelos, homens planejam uma revolução, muitos divididos entre a culpa e a ideologia. Publicado em 1933, este livro de André Malraux é um relato dos acontecimentos que deram início à Revolução Chinesa. Um depoimento pessoal sobre um dos momentos históricos mais dramáticos do século XX. Neste clássico da literatura mundial – estruturado como romance, mas escrito em tom de reportagem – as questões morais, intelectuais e políticas estão em primeiro plano, e os personagens representam valores e formas de ação.

O texto trata do comportamento de pessoas envolvidas na revolução comunista chinesa, da tendência nacionalista, do interesse de nações com sistemas de governo centralizadores e autoritários, e do esforço de empresas e instituições financeiras para manterem o status quo, à medida em que a mobilização de grupos organizados na clandestinidade começa a ganhar força. Tchen, um dos protagonistas, mata um fornecedor de armas e toma consciência que a luta tinha tornado o seu destino irreversível. A morte era tida como certa, diante da escolha que tinha feito.

Publicado em 1933, e nesse mesmo ano distinguido com o Prémio Goncourt, A Condição Humana é um documento incontornável de reflexão sobre o indivíduo, sobre o confronto entre ética pessoal e convicção ideológica, sobre traição e morte, sobre amor e liberdade. Uma “duradoura obra-prima da literatura universal”, escreve Jorge de Sena, tradutor e prefaciador desta edição portuguesa, depois de cuja leitura “se não é o mesmo”.
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MALRAUX, André. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Record, 2008

A BÍBLIA ATRAVÉS DOS SÉCULOS [Resenha]


A Palavra de Deus tem sua própria história. “Sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais humanos, tornando-se, assim, divino-humano, como também o é a Palavra Viva – Cristo”. Portanto, o livro “A Bíblia através dos séculos”, trata-se, sem dúvida alguma, de um livro que interessa ao estudante das Sagradas Escrituras, pois descreve, em linguagem simples, particularidade do autor, assuntos por demais sugestivos, tais como O Cânon da Bíblia e sua evolução; A preservação e a tradução da Bíblia; A sequência da História Bíblica; Cronologia Bíblica; Geografia Bíblica; Vida e Costumes dos Povos Bíblicos; Dificuldades da Bíblia, etc. São questões importantes que precisam de respostas e que nos indicam o cuidado de Deus na elaboração e preservação de sua mensagem.

Lembrando que este não um livro novo. Sua primeira edição é de 1986. Trata-se de uma obra introdutória que serviu aos estudantes e obreiros por muitos anos e que a CPAD agora disponibiliza a 33ª edição, com uma diagramação nova para o conhecimento das novas gerações.

O livro contém, além da apresentação, 10 capítulos, que traz um estudo introdutório que fornecerá ao estudante uma melhor compreensão do Livro Santo. O autor afirma que tem a certeza de que todos os que adquirirem a presente obra, por certo agradecerão a Deus pelo privilégio de possuírem um manual que os ajudará a entender melhor o Livro dos livros.

Para adquirir este livro é só clicar na imagem acima.
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GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos séculos: a história e formação do Livro dos livros. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2019.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O CRISTÃO REFORMADO [Resenha]


Este livro aborda os temas dos cinco solas e dos cinco pontos com uma metodologia simples: buscar na Bíblia todos os fundamentos para cada ponto, abordando, sempre que possível, interpretações contrárias. A forma como o autor faz isso é extremamente didática e profunda. Ele não se furta de abordar os temas sensíveis (como expiação limitada) e não deixa de ir fundo nas origens das principais compreensões da fé reformada (como o Sola Scriptura).

O autor do livro espera que este livro sirva às igrejas com um recurso que procura focar no texto bíblico, apresentá-lo com pequenas exposições de cada passagem, provando cada ponto tratado. Escreve ainda: “O objetivo é que seja um material introdutório para cristãos comuns sem preparo teológico formal, que talvez tenham seu primeiro contato com a Reforma protestante. Para estudiosos e pessoas que já tenham contato com os temas aqui abordados, esse material é útil para sistematizar uma série de textos bíblicos e série de explicações. Mas, principalmente, o objetivo deste trabalho é ser uma introdução à mensagem da Reforma".

O livro contém, além da apresentação, prefácio e introdução, 10 capítulos, pois aborda os Cinco Solas e os Cincos Pontos do calvinismo. Este diferencial, faz com que seja o único escrito em língua portuguesa. No final de cada capítulo há perguntas para direcionar os estudos e indicações de livros que irão enriquecer o seu conhecimento. Yago Martins é autor ainda de "Você Não Precisa de um Chamado Missionário" (editora Concílio) e outras obras, além de pastor na Igreja Batista Maanaim, em Fortaleza/CE.

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MARTINS, Yago. O cristão reformado: uma introdução bíblica aos pilares do protestantismo. Brasília, DF: Editora 371, 2018. 328p.

A METAMORFOSE [Resenha]


A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

Franz Kafka (1883-1924) foi um dos escritores mais importantes do seculo XX. Nasceu em Praga (atual República Tcheca), no seio de uma família judia, e compôs suas obras em alemao. A prosa de Kafka desenvolve-se num mundo de pesadelo, em que predomina a solidão do indivíduo, indefeso diante do poder.

A Metamorfose narra a história de Gregor Samsa, um jovem caixeiro viajante que sustenta sua família composta pelo pai, a mãe e por uma irmã mais nova. Certo dia ao acordar Gregor se vê transformado em um horroroso inseto. Diante disso, sua maior preocupação é estar atrasado para o trabalho. Ao descobrir o ocorrido, a família de Gregor passa a repudiá-lo, sem ao menos tentar descobrir como aquilo aconteceu e acaba por deixá-lo preso no quarto, longe do convívio familiar. E assim, apenas a irmã se dispõe a servir a comida e fazer a limpeza do seu quarto. No entanto, com o passar do tempo isso também será deixado de lado.

Portanto, A Metamorfose explora a solidão, os sentimentos de exclusão e as crises do homem contemporâneo, sendo uma referência da literatura universal para se abordar com profundidade aspectos sociais. Nele estão destacadas as contradições que envolvem as relações humanas – pois quando a família descobre a transformação vivenciada por Samsa, ele passa a ser desprezível e deve ser eliminado. A impotência de Samsa, por exemplo, perante ações que antes lhe eram rotineiras como sair da cama ou caminhar, faz uma alusão às fraquezas humanas diante de pressões sociais.
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KAFRA, Franz. A metamorfose. Barueri, SO: Principis, 2018.

CRISTIANISMO DESCOMPLICADO [Resenha]


“Cristianismo descomplicado – Questões difíceis da vida cristã de um jeito fácil de entender”, lançado em 2017 pela Editora Mundo Cristão, a obra aborda questões difíceis da vida cristã de um jeito fácil de entender. O livro é uma compilação de perguntas selecionadas, feitas pelos ouvintes de um programa de rádio comentado Pelo autor e que ganhou audiência em várias partes do mundo através das redes sociais, especialmente com o canal no YouTube.

O objetivo livro é tentar responder, de maneira fácil, breve e direta, a muitas das perguntas que os cristãos têm e para as quais gostariam de uma resposta em poucas palavras”. Ideal para pessoas que têm dúvidas sobre o cristianismo, a obra é como um livro de consultas, um pequeno manual sobre temas difíceis da Bíblia e da vida cristã. É também leitura ideal para os curiosos sobre o cristianismo e especialmente para os evangélicos que ainda procuram respostas para suas indagações.

O livro contém, além do prefácio, agradecimentos, e introdução, está dividido em cinco partes com os seguintes temas: (1) Dificuldades da fé, (2) Dificuldades dos nossos tempos, (3) Dificuldades sobre sofrimento, (4) Dificuldades sobre disciplinas espirituais e (5) Dificuldades sobre sexo, família e casamento. Nessas cinco partes o autor desvenda um emaranhado de assuntos que desafiam a cosmovisão cristã, como ideologia de gênero, sofrimento, divórcio e novo casamento, submissão feminina, sexualidade sadia, possessão demoníaca e suicídio. 


A formação intelectual e o conhecimento teológico do autor tornam-se acessíveis graças a sua singular clareza de pensamento, que permite ao leitor compreender uma perspectiva bíblica sobre as questões que mais confrontam o cristão nos dias atuais

Livro disponível na Editora Mundo Cristão. Para adquirir é só clicar na imagem acima.

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NICODEMUS, Augusto. Cristianismo Descomplicado. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2017.

ALÉM DAS 95 TESES [Resenha]


O papel de Lutero como catalisador da Reforma é a principal razão para tal interesse perene nele. Imagine um mundo sem o Protestantismo. Se você fosse um jovem monge agostiniano nas primeiras décadas do século XVI, não seria difícil imaginar. Para Lutero, a realidade era um mundo sem o Protestantismo. Suas escolhas eram claras: ou a Igreja Católica Romana ou o paganismo. Como monge, claro, ele abraçava a primeira opção. Quando Lutero morreu, em 1546, contudo, o mundo havia mudado de forma significativa. Assim, entre o Catolicismo Romano e o paganismo, agora havia uma ampla gama de escolhas, incluindo o Luteranismo, o Anabatismo, a Igreja Reformada, o Anglicanismo e o Presbiterianismo. Essas opções religiosas simplesmente não existiam em 1517. Naquele ano, Lutero deu início a um mar de mudanças e reformas que abalariam todo o mundo.

Este livro oferece uma turnê orientada da vida de Martinho Lutero, de seus escritos e pensamentos. Tem por objetivo não apenas que valorizemos Lutero e seu legado, mas também que encontremos a mesma confiança em Deus, o Castelo Forte, em sua Palavra certeira e em Cristo e sua obra completa na cruz. Assim, podemos olhar para trás e sentir gratidão pela vida e o legado de Lutero.

A coleção mais completa dos escritos de Lutero em língua inglesa totaliza 55 volumes e cobre apenas cerca de metade da sua obra. Assim, o autor deste livro escolheu os textos e assuntos que parecem cruciais ao pensamento de Lutero. Portanto, este livro tem a intenção de familiarizá-lo com Lutero, o que servirá como portal para uma melhor análise de sua vida e de seu pensamento. A conclusão oferece algumas sugestões e diretrizes para que se prossiga nessa jornada.

O livro contém, além do prefácio, agradecimentos, introdução e lista de ilustrações, 13 capítulos, divididos em quatro partes com os seguintes temas: (1) Lutero, uma vida; (2) Lutero, o Reformador; (3) Lutero, o Pastor e (4) As 95 teses de Lutero. Esta última parte traz as 95 teses comentadas e um Breve guia para os livros e sobre Martinho Lutero.


Este livro está disponível na Editora Fiel. Para adquirir é só clicar na imagem.
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NICHOLS, Stephen J. Além das noventa e cinco teses: a vida, o pensamento e o legado de Martinho Lutero. São José dos Campos, SP: Fiel, 2017. 299 p.

1984 [Resenha]


Ao lado de “A Revolução dos Bichos”, o livro “1984” é um dos mais famosos de George Orwell. A obra já ganhou versões de filmes, minisséries, quadrinhos, traduções para 65 países e uma polêmica fama, que não é à toa! Em seu último romance, o autor criou um personagem chamado Winston, que vive aprisionado em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. Essa submissão ao poder, é relatada, inclusive, na rotina desse personagem, que trabalha com a falsificação de registos históricos, a fim de satisfazer os interesses presentes. Winston, contudo, não aceita bem essa realidade, que se disfarça de democracia, e vive questionando a opressão que o Partido e o Grande Irmão exercem sob a sociedade.

A inspiração do livro vem dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40 e, é assim, sob a ótica da ficção, que o autor faz com que seus leitores reflitam sobre o sistema de controle, que depois de tanto tempo ainda é muito questionado.

O livro é considerado um clássico moderno. Ele questiona, de diversas formas e em vários momentos, os excessos delirantes do poder. Além disso, embora tenha sido publicado em 1949, mostra-se muito atual ao tratar de questões atemporais, que atingem todos que o leem, independentemente da idade, sexo, cor ou classe social. É por esses motivos, dentre outros, que “1984” é tido como um livro indispensável para o entendimento da história moderna e é altamente recomendado para empresários, funcionários de diferentes segmentos e universitários de diversos cursos. O livro não é só uma crítica ao totalitarismo, mas também um alerta sobre o nível de submissão dos indivíduos.

Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário.
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ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.

INIMAGINÁVEL [Resenha]


SERÁ QUE DEUS ESTÁ MORRENDO? Isso é o que algumas pessoas acreditam ou desejariam que acontecesse. Elas sustentam que as crenças cristãs e nosso estilo de vida não serão mais relevantes. Ao demonstrar que o mundo sem o cristianismo seria um lugar completamente obscuro, Inimaginável guiará você ao longo da história para entender que os ensinamentos de Jesus mudaram o mundo drasticamente e que hoje seguem sendo a força mais poderosa do bem.

Ao ler este livro sugestivo e revelador, ideal para qualquer pessoa que se preocupa para onde vai este mundo, você saberá: (1) Como o cristianismo tem ficado contra o mal da escravidão, racismo, eugenia e injustiças contra mulheres e crianças; (2) Por que a democracia e a liberdade como valores universais e a educação moderna e o sistema legal devem muito ao cristianismo; (3) Como os cristãos através das eras têm demonstrado o valor da vida humana, sacrificialmente se dedicando aos doentes, marginalizados e agonizantes e (4) Como pessoas de fé têm estendido o Reino de Deus por meio da caridade, justiça social, saúde mental, etc.

Os eruditos afirmam “No ambiente politicamente correto de hoje, o cristianismo é o bode expiatório padrão dos militantes adeptos do secularismo, culpado por qualquer problema social. Uma sóbria revisão da história até a era moderna expõe esse esforço calculado para demonizar o cristianismo. Inimaginável documenta a arrebatadora influência do cristianismo no mundo e, em contraste, descreve o horror que as forças anticristãs têm infligido na humanidade. De modo restaurador, Johnston corrige o registro da história.” O livro contém, além do prefácio, agradecimentos, e introdução, 17 capítulos, divididos em três partes com os seguintes temas: (1) O Mundo antes do Cristianismo; (2) O Mundo sem o Cristianismo e (3) O Mundo com o Cristianismo. Inimaginável é um livro para o nosso tempo; um livro urgentemente necessário.

Livro disponível na Editora CPAD. Para adquirir é só clicar na imagem.
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JOHNSTON, Jeremiah J. Inimaginável: O que nosso mundo seria sem o Cristianismo. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2018. 270p.

JOÃO CALVINO [Resenha]


Algo que chama a atenção na teologia de Calvino, expressa em sua ampla e profícua obra, composta por sermões, cartas, comentários, tratados e As institutas, é seu apego às Escrituras. Ele amava a Bíblia. A Escritura não constituía para ele um livro qualquer, sem relevância, muito menos estava no mesmo nível de outras obras que ele mesmo apreciava. Não. A Escritura é um livro único e singular. Tem-se ali a Palavra de Deus para o homem em todas as épocas e para todas as suas necessidades.

Esta série Clássicos da Reforma, publicado pela Edições Vida Nova reúne em cada volume escritos significativos de cada um dos principais reformadores. A série vem disponibilizar aos interessados na teologia protestante uma seleção representativa de textos dos principais expoentes da Reforma do século 16. Lutero, Melâncton, Calvino e Zuínglio são apenas alguns dos pensadores cujos escritos, na maioria inéditos em português, são contemplados.

Neste volume, foram traduzidos diretamente dos originais franceses, seis obras importantíssimas não apenas na Reforma protestante do século 16, mas na história do pensamento cristão. São elas: (1) Epístola ao cristianíssimo Francisco, primeiro desse nome, rei de França: na qual se demonstram as causas dos problemas que ocorrem hoje na igreja (1535). (2) João Calvino ao Cardeal Jacó Sadoleto: resposta à Epístola do cardeal Jacó Sadoleto enviada ao Senado e ao povo de Genebra: pela qual ele trata de sujeitá-los ao poder do bispo de Roma (1539). (3) Pequeno tratado da santa ceia de nosso Senhor Jesus Cristo: no qual se demonstram sua verdadeira instituição, seu proveito e sua utilidade, com a razão por que vários autores modernos parecem ter escrito diferentemente (1540). (4) Tratado das relíquias (1543). (5) Desculpas de João Calvino aos senhores nicodemitas, que se queixam de seu excessivo rigor (1544). (6) Sobre os escândalos que hoje impedem muitos de alcançar a pura doutrina do evangelho e desviam outros (1550).


Livro disponível na Editora Edições Vida Nova. Para adquirir clica na imagem.
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CALVINO, João. Uma coletânea de escritos (Clássicos da Reforma). São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 2017. 320p.

CEM ANOS DE SOLIDÃO [Resenha]


Arte por meio da escrita é o que fez o colombiano Gabriel García Márquez em sua obra definitiva, “Cem Anos de Solidão”. Construiu a história latino-americana tão repleta de guerras e solidão a partir da árvore genealógica de uma família.

Cem anos de solidão narra a história da fictícia cidade de Macondo e a ascensão e queda de seus fundadores, a família Buendía. Os seis personagens centrais, que dão início ao romance e dominam a primeira parte, são: José Arcádio Buendía, o entusiasmado fundador da vila de Macondo; a esposa dele, Úrsula Iguarán, espinha dorsal não só da família, mas também do romance inteiro; os filhos, José Arcádio e Aureliano – o último, coronel Aureliano Buendía, considerado em geral o principal personagem do livro; a filha, Amaranta, atormentada quando criança e amargurada como mulher; e o cigano Melquíades, que traz as notícias do mundo exterior e, por fim, estabelece-se em Macondo. A história da Colômbia é dramatizada por intermédio de dois eventos principais: a Guerra dos Mil Dias e o massacre dos trabalhadores bananeiros em Ciénaga, no ano de 1928. Essas eram, segundo Gerald Martin, as principais referências históricas que formavam o contexto da própria infância de Gabriel García Márquez.

Escritor, jornalista, editor e ativista político, Gabriel García Márquez nasceu no dia 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia. Com a mudança dos pais para Barranquilla, conviveu intensamente com os avós maternos, que o criaram em sua primeira infância, e de quem recebeu intensa influência. Do avô, um veterano da Guerra dos Mil Dias, escutou histórias que muito influenciaram suas obras literárias. Estudou Direito e Ciências Políticas na Universidade Nacional da Colômbia, mas não chegou a se graduar.
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MARQUEZ, Gabriel Garcia. Cem anos de solidão. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2008. 394p

A DESCIDA DA POMBA [Resenha]


Charles Williams (1886–1945) foi um escritor inglês que integrou, juntamente com C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien, entre outros, o lendário grupo de discussão literária The Inklings. Ainda que não seja tão popular quanto os dois autores mencionados, podemos dizer que sua produção no mínimo se equipara a deles. Além de ter exercido durante boa parte de sua vida a função de editor na renomada Oxford University Press, Williams também atuou como romancista, poeta, crítico literário, historiador e teólogo — uma versatilidade e prolificidade admiráveis.

Em “A Descida da Pomba”, Williams se dedica a relatar a história da atuação do Espírito Santo, a “Pomba” que desceu sobre os seguidores de Jesus após sua ascensão aos céus, ao longo de dois mil anos de cristianismo. Atravessando todo o período desde a formação da Igreja primitiva no Pentecostes até alcançar as sinistras ameaças à fé cristã na forma do nazismo e do comunismo nas primeiras décadas do século 20 (lembremos que a obra foi publicada originalmente em 1939), Williams procura iluminar os atos de amor do Espírito de Deus em meio aos intermináveis debates teológicos e às sangrentas guerras religiosas que tanto confundiram e perturbaram o Corpo visível de Cristo neste mundo. Assim sendo, todos os principais nomes e eventos da história da Cristandade são levados em conta, ainda que, naturalmente, de modo a se encaixar num relato “breve”, de 288 páginas.

O livro contém, além da Notas dos editores, prefácio e posfácio, 9 capítulos com um conteúdo edificante que mostra a atuação do Espírito Santo ao longo de nada mais nada menos que dois milênios de fé cristã. E resgata o valioso princípio da coinerência, uma expressão extraída da teologia patrística e que indica não apenas a essência comum compartilhada pelas três Pessoas da Trindade, mas também a “habitação” mútua recíproca do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Livro disponível na Editora Mundo Cristão. Para adquirir clica na imagem.
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WIILIAMS, Charles. A descida da pomba: uma breve história do espírito santo na igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2019. 288p.

CONVERSAS À MESA [Resenha]


“A Bíblia é viva”, declarou Martinho Lutero, “ela fala comigo; tem pés, corre atrás de mim; tem mãos, me sustenta”. O líder mais proeminente da Reforma protestante possuía um dom para o discurso evocador, e era tão articulado e franco em particular como em público. Felizmente para a posteridade, alguns dos seguidores leais de Lutero tomaram nota de seus discursos informais.

Conversas à mesa de Lutero consiste em excertos das conversas do grande reformador com seus alunos e colegas. Os tópicos são abrangentes: Lutero comenta sobre sua vida pessoal e familiar, Suas perspectivas sobre a teologia, a Escritura e a vida na fé; Faz comentários sobre assuntos políticos e sociais, e muito mais. Quase nenhuma questão atual ficava “fora da mesa” Esta edição baseia-se na aclamada tradução inglesa do crítico literário e ensaísta William Hazlitt.

Portanto, é uma coleção de pensamentos de Martinho Lutero, coletados por seus amigos, tais como Veit Dietrich, Johannes Mathesius, Anton Lauterbach e Joannes Aurifaber, onde somos apresentados a um reformador contundente, inflexível e corajoso — justamente o que se pode esperar de um homem que lutou praticamente sozinho contra a Igreja Católica no auge de seu poder! E esta não é uma obra para fracos — há comentários irreverentes, fortes e controversos. Mas este livro intensamente pessoal nos proporciona o privilégio ímpar de entrar na residência de um dos principais personagens da Reforma Protestante, auxiliando-nos a compreender melhor sua teologia e o legado deixado para nós. Portanto, leia-a como quem se assenta à mesa para ouvir um amigo muito especial.

Publicadas entre 1912 e 1921, a obra “definitiva” em alemão das Conversas à mesa contém 6 volumes, 5 sendo um modelo de reconstrução literária e histórica, pois demonstra de maneira singular os equívocos de muitas versões das Tischreden. Dessa forma, houve uma seleção baseada em séria pesquisa literária e histórica. Assim, este livro possui 57 textos sobre os mais diversos assuntos.

Livro disponível na Editora Monergismo. Adquira clicando na imagem.
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LUTERO, Martinho. Conversas à Mesa. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017. 480p.


MACUNAÍMA [Resenha]


Às margens do rio Uraricoera, na floresta Amazônica, nasceu na Macunaíma, um índio negro da tribo dos Tapanhumas. Desde cedo, o “herói da nossa gente” se mostrou diferente dos outros heróis: preguiçoso, egoísta, safado, inteligente, capaz de exercer influência sobre todos à sua volta.

A saga de Macunaíma – Imperador do mato – começa quando ele perde sua muiraquitã, um amuleto de pedra que havia ganhado de Ci, a Mãe do mato. Acompanhado de seus irmãos Maanape e Jiguê, o herói viaja para o sul em busca do amuleto, que estava em poder do fazendeiro peruano Venceslau Pietro Pietra. Encantado com a “civilização moderna”, Macunaíma se vê dividido entre seu reino e as maravilhas de “São Paulo, a maior cidade do universo”.

Mario de Andrade escreveu “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter” em apenas seis dias. Nele, o autor radicalizava o uso literário da linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional que, na verdade, não existe.

“Macunaíma, o herói sem caráter”, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiro em vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o do povo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaíma vive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.
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ANDRADE, Mario de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro, RJ: Agir Editora, 2007.

FUNDAMENTOS DA VIDA CRISTÃ [Resenha]


Conheci o Prof. Antonio Gilberto em 1984 por ocasião da realização do CAPED. Desde então, ele se tornou um referencial de vida piedosa e um excelente mestre. Ao longo de sua trajetória, ele se destacou como educador, jornalista, teólogo, autor de best-sellers e articulista. Além disso, também era uma referência na área de Escola Dominical e de Teologia Pentecostal no país.

A Editora CPAD nos presenteia com republicação em série de livros colecionáveis. Eu começo por este livro que é uma coletânea de três obras publicadas pelo pastor Antonio Gilberto, cada uma delas tratando de um aspecto fundamental da prática cristã: o discipulado, o estudo da Bíblia e a evangelização.

1. Crescimento em Cristo, publicado em 1979 e trata-se uma série de lições sobre os ensinos básicos da fé cristã, destinadas principalmente ao novo crente. Um manual de orientação e preparo de candidatos ao batismo em águas, útil também para classes de estudo bíblico.

2. A Bíblia: O livro, a história, a mensagem. Publicado em 2016. Esta obra apresenta, de maneira condensada, os pontos mais significativos da história da Bíblia, oferece a classificação e as principais divisões de todos os livros que compõe o Antigo e o Novo Testamento, e registra as doutrinas bíblicas fundamentais.

3. A Prática do Evangelismo Pessoal, publicado em 1983, afirma que o evangelismo pessoal foi empregado por Jesus e seus apóstolos no princípio, e tem sido usado pelos evangélicos através dos séculos. De forma didática, esta obra reúne todos os pontos-chave do tema.

Senti falta de uma boa apresentação, contudo, o livro recomenda a si mesmo. 

Para adquirir este livro, é só clicar na imagem acima.

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GILBERTO, Antonio. Fundamentos da vida cristã. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2019. 286p
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OS QUATRO AMORES [Resenha]


Como expressar de maneira profunda um sentimento comumente tratado de forma tão rasa? Para o célebre escritor C.S. Lewis, o amor pode ser comunicado de quatro maneiras:

Afeição, segundo o autor, é o mais humilde, universal, e menos melindroso dos amores naturais. É aquele sentimento que nos faz nos apegarmos àquelas pessoas com quem convivemos no cotidiano, é o amor da mãe pelo filho, o carinho por aquele vizinho que você só se dá conta de que sente falta quanto o perde, que une pessoas pela rotina.

Amizade, é o menos ciumento dos amores, pois sempre se alegra quando um recém-chegado é agregado ao grupo. Costuma nascer dos interesses em comum, e costuma incomodar líderes e governantes, pois amizades sinceras são capazes de colocar em cheque sistemas que tem como objetivo controlar indivíduos.

Eros, o mais sensual dos amores, esse último representando puramente o instinto carnal. O Eros não deseja apena o ato sexual em si, mas uma pessoa em particular; faz o amante desejar a pessoa Amada e não apenas o prazer que ela pode lhe proporcionar.

Caridade, é o amor que aperfeiçoa os amores naturais e impedem que eles sejam corrompidos pela natureza humana. Pois é apenas quando nos aproximamos do amor de Deus que os nossos amores desprendem-se do egoísmo e outros vícios e se tornam verdadeiramente aquilo que deveriam ser.

Em Os quatro amores, um de seus livros mais influentes, agora enriquecido por nova tradução, Lewis contempla a essência do amor e avalia como cada tipo se ajusta aos demais. Com a maestria que o tornou um dos autores mais importantes do século XX, ele desafia e incorpora definições clássicas do amor de uma forma que continua atual e relevante. Como lembra o autor, foi por amor que Deus fez existir criaturas inteiramente supérfluas, somente a fim de poder amá-las e aperfeiçoá-las.


Livro disponível para venda no Amazon. Para adquirir clica na imagem.
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LEWIS, C. S. Os quatro amores. Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2017. 192p.

O VELHO E O MAR [Resenha]


Publicado em 1º de setembro de 1952, O velho e o mar garantiu o Pulitzer ao autor em 1953 e, no ano seguinte, o Prêmio Nobel de Literatura. Último romance do autor publicado em vida, a narrativa é centrada na história de Santiago, um velho pescador cubano. Após 84 dias sem conseguir uma presa, mas instado por um jovem companheiro a continuar tentando, o velho pesca um descomunal peixe Marlim de quase 700 quilos. Depois de horas de luta, Santiago consegue atracar a pesca em seu barco e parte para a costa cubana. Ao chegar em terra, constata que o peixe fora devorado no trajeto, sobrando apenas sua carcaça.

Existem duas formas de se interpretar a narrativa. Primeiro: A história do velho Santiago tem sido interpretada como uma metáfora do processo artístico do autor e, em última instância, da própria condição humana. Segundo: No plano existencial, O velho e o mar seria uma metáfora de uma vida de riscos, de investimentos que, no final, resultam em solidão ao lado de uma carcaça sem valor. O próprio Hemingway, no entanto, negava essas interpretações alegóricas. “O mar é o mar. O velho é um velho. Todo simbolismo do qual as pessoas falam é besteira”. Independentemente de simbolismo, as relações autobiográficas contidas no livro são latentes: Santiago provavelmente foi inspirado em Gregorio Fuentes, amigo do autor e capitão do seu barco de pesca, Pilar. Como o personagem, o companheiro de pesca do escritor era experiente, magro, tinha olhos azuis e nasceu nas Ilhas Canárias.

Para além dos aspectos biográficos e alegóricos, a obra ainda guarda uma grande atualidade, pois este romance trata da solidão – e, apesar da alta tecnologia que nos conecta, nunca estivemos tão sozinhos. Trata de uma luta desesperada. Num tempo de guerras, êxodos forçados e ameaças atômicas, também o desespero exige de nós uma grande abnegação.
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HEMINGWAY, Ernest. O Velho e o Mar. Rio de Janeiro, RJ. Bertrand Brasil, 2008. 128p.

A SALA DE ESPERA DE DEUS [Resenha]


Uma sala de espera pode tornar-se um dos lugares mais solitários do mundo, apesar de, nelas, estarmos cercados por muitas pessoas. Pode ser a sala de espera de um hospital, a de uma empresa aonde fomos para uma entrevista de trabalho, ou mesmo a de um restaurante. Não importa o tipo, fato é que estar em uma sala de espera nos deixa desconfortáveis, já que esperar não é agradável. O tempo que levamos em uma sala de espera pode ser curto ou longo, triste ou alegre, cheio de ansiedade ou sereno... seja como for, nem sempre experimentamos virtudes como paciência, paz, sabedoria e confiança enquanto somos obrigados a aguardar por algo que almejamos. Surge, então, a pergunta: como sobreviver em uma sala de espera?

Neste livro, Lisânias propõe uma leitura expositiva de Habacuque, ilustrada por casos de pessoas reais que viveram, nos dias atuais, situações concretas de crise e perplexidade. Gente cuja fé no Deus soberano esteve à beira de ruir ou precisou de um novo alicerce. Habacuque descobriu que, nas salas de espera da vida, onde habitam o medo e a ansiedade, Deus, e somente Deus, poderia levá-lo do desespero à esperança. O desespero tampouco precisa ser a nossa marca, embora o experimentemos, pois o mesmo Deus que Habacuque ouviu escuta a mim e a você.

O livro contém, além do agradecimento, prefácio, introdução e conclusão, 5 capítulos que traz uma leitura expositiva de Habacuque, ilustrada por casos de pessoas reais que viveram, nos dias atuais, situações concretas de crise e perplexidade. Gente cuja fé no Deus soberano esteve à beira de ruir ou precisou de um novo alicerce.


Este livro está disponível na Editora Mundo Cristão. Para adquirir clica na imagem.
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MOURA, Lisâneas. A sala de espera de Deus: o caminho do desespero para a esperança. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2019. 128p.

O CREDO DOS APÓSTOLOS [Resenha]


A Escritura é a Palavra de Deus. Os credos e Confissões, são a resposta de fé à revelação de Deus nas Escritura. Este entendimento é vital para se entender a relação correta entre os credos e a Bíblia e é o ponto de partida do autor nesta obra. O professor Franklin Ferreira oferece aqui um estudo doutrinal e prática do Credo dos Apóstolos, o qual afirma as doutrinas essenciais da fé cristã.

O objetivo desta obra, então, é expor os temas doutrinais que sempre têm sido reputados como bíblicos, ortodoxos e essencialmente consensuais entre todo o corpo cristão. Portanto, neste livro é traçado aquilo que é conhecido como o “cristianismo básico”, o “cristianismo puro e simples” (Richard Baxter; C. S. Lewis) – aquelas doutrinas absolutamente centrais e essenciais para a fé cristã. O Credo oferece aquele núcleo da verdade cristã que determina e baliza se uma determinada igreja é cristã ou não.

Este livro, que se propõe ser um auxílio para a instrução cristã básica, tem um formato diferente. Na Introdução do livro observa-se três aspectos importantes sobre o Credo: (I) O Credo dos Apóstolos, (II) O Credo e as Escrituras e (III) O Credo como “símbolo de fé”. Em vez de capítulos, o livro é dividido em seções ou partes, seguindo a estrutura trinitária do Credo dos Apóstolos. O que pode ser considerado como capítulos são os artigos que compõem as várias seções ou partes deste documento: Deus Criador, Deus Redentor e Deus Restaurador. O sumário é estruturado para ajudar o leitor a localizar rapidamente qual artigo ou tema ele quer ler ou pesquisar, em conexão com a seção apropriada. O livro possui ainda dois apêndices: (I) O desenvolvimento do símbolo de fé e (II) Sobre a utilidade do Credo dos Apóstolos.


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FERREIRA, Franklin. O credo dos apóstolo: as doutrinas centrais da fé cristã. São José dos Campos, SP: Fiel, 2015.