sábado, 25 de fevereiro de 2017

REENCARNAÇÃO



A moderna renovação no interesse em reencarnação levanta algumas perguntas fascinantes. Por exemplo, por que tantas pessoas acham a idéia da reencarnação tão atrativa?

Uma resposta simples por de ser que a reencarnação nos oferece uma segunda chance na vida. Tendemos a imaginar como as coisas seriam se tivéssemos a oportunidade de viver nossas vidas outra vez. Imaginamos que o tipo de mudança faríamos. Nossos sonhos são atormentados pelo “e sés” e pelos “pudesse ter sidos” da vida.

Todos nós carregamos um certo fardo de culpa não resolvida. Uma segunda viagem através da vida oferece a oportunidade de redimirmos nossos pecados, de compensarmos falhas e deficiências desta vida. A idéia de encarnações repetidas traz consigo a esperança de progresso, a esperança de subirmos cada vez mais alto em nossas aspirações de desempenho moral.

Entretanto, a reencarnação apresenta uma tremenda dificuldade que raramente é discutida por aqueles que professam tal crença. É o problema da continuidade da consciência.

Sou um ser humano consciente. Lembro-me das experiências que tive quando criança. Meu banco de memória guarda um conhecimento de minha própria história pessoal.

Agora, suponha que esta vida atual seja minha terceira ou quarta ou centésima reencarnação. O que eu me lembro de minhas encarnações anteriores? No meu caso a resposta é simplesmente: nada. Não tenho absoluta nenhuma reminiscência da qualquer experiência de vida anterior ao meu nascimento. Entendo que algumas pessoas tenham tentado provar, através da hipnose e de outros métodos, que possuem alguma memória vaga e profundamente enterrada de uma vida interior. Os argumentos para isto parecem provar mais daquilo que chamamos imaginação do que memória genuína.

Permitam-me perguntar ao leitor: Você se lembra de ter vivido neste mundo antes de nascer? Se não se lembra, então o dilema é claro. Qual é o valor que existe na reencarnação, se não existe nenhuma relação consciente entre as vidas? Se não existe nenhuma continuidade de consciência, nenhum tipo de memória, como podemos falar de continuidade pessoal?

Se continuo a viver depois desta vida sem nenhuma ligação de consciência pessoal, será que o que se segue sou realmente eu?

SPROUL, R. C. Surpreendido pelo Sofrimento. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 97-98.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O MINISTÉRIO FEMININO ORDENADO NA IGREJA



O texto fundamental que estabelece que as mulheres não devam servir como presbíteros é 1 Timóteo 2.11-15. Nós lemos no versículo 12: “Eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre homem.” Nesta passagem, Paulo proíbe as mulheres de se envolverem em duas atividades que caracterizam o ministério dos presbíteros: o ensino e o exercício da autoridade. Vemos isso nas qualificações para o cargo, entre outros lugares: os presbíteros devem ter a capacidade para ensinar (1 Tm 3.2; 5.17, Tito 1.9, cf. Atos 20.17-34) e liderar a igreja (1 Tm 3.4-5;). As mulheres são proibidas de ensinar aos homens e de exercer autoridade sobre eles e, portanto, segue-se que elas não devem servir como presbíteros.

Este desvio doutrinário tem suas raízes históricas no:

- O Liberalismo teológico [de meados do século 19 representa o esforço de se adaptar a Bíblia aos movimentos culturais seculares, por isso, rejeitou um leitura literal da Bíblia e adotou como hermenêutica, a interpretação alegórica da Bíblia], deu a metodologia ideal para se torcer textos literais da Bíblia, com a desculpa de contextualização cultural.

- A Filosofia Unissex [que procura deliberadamente acabar com as naturais distinções entre os sexos e promover um moralidade permissiva e antibíblica] tem exercido pressão e levado muitos a trocar conceitos bíblicos por conveniências culturais. 

- O Movimento Feminista [que teve seu berço no meio evangélico em 1848 com a convenção de mulheres na capela da igreja Wesleiana Metodista em Sêneca Falls, New York, nos EUA.] tem feito uma releitura dos textos bíblicos que falam dos papeis das mulheres e dos homens na igreja, a partir de uma hermenêutica alegórica e de uma perspectiva cultural acomodada ao humanismo que despreza o aspecto literal do texto. 

Portanto, As escrituras ensinam claramente sobre o papel singular das mulheres na igreja e em casa. Elas são iguais aos homens em dignidade e valor, mas elas têm um papel diferente durante esta jornada na terra. Deus lhes deu muitos presentes diferentes com que podem ministrar para a igreja e para o mundo, mas elas não foram criadas para servir como pastores. O Senhor não deu seus mandamentos para punir as mulheres, mas para que possam servi-lo com alegria segundo a Sua vontade.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

DESESPERO, DESEJO DE MORRER E EUTANÁSIA



Quando não percebemos nenhum sentido em nosso sofrimento – quando não vemos propósito – então somos tentados a desesperar. Uma mulher que suporta o trabalho de parto é capaz de fazê-lo porque sabe que o resultado será uma nova vida.

Aqueles que sofrem uma doença terminal não têm a mesma esperança de um bom resultado como no caso do parto. Para eles a dor parece ser a dor para a morte e não para a vida.

A mensagem de Cristo é que a morte não nos leva ao nada, mas à vida. Podemos usar a analogia do parto. Ela é usada para descrever o sofrimento de Cristo e de toda a criação: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito” (Is 53.11).

Repetidamente as Escrituras nos revelam as lutas dos maiores santos com o problema do desespero. Moisés enfrentou a noite escura da alma quando clamou a Deus: “Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria.” (Nm 11.15)

Jó amaldiçoou o dia do seu nascimento dizendo: “Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse? Porque já agora repousaria tranqüilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso” (Jó 3.11-13)

Jeremias expressou o mesmo sentimento: “Maldito o dia em que nasci! Não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe! Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Por que saí do ventre materno tão-somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jr 20.14-15,18).

O filosofo dinamarquês Soren Kiergaard disse certa vez que uma das piores situações que um ser humano pode enfrentar é desejar morrer e não ter permissão para isto. O profundo desejo de ser libertado do sofrimento jaz no centro da questão da eutanásia. A injeção letal é vista como uma espécie de morte misericordiosa. Argumenta-se que somos mais humanos com os animais do que com as pessoas. Nós sacrificamos os cavalos. Matamos nossos cachorros.

A eutanásia envolve tomar providências diretas para matar uma pessoa que está sofrendo. Colocado de uma forma simples, eutanásia passiva envolve a suspensão do uso de métodos artificiais de suporte a vida.

O problema se complica com a pergunta de quem toma a decisão. O médico não desejar bancar Deus. A família pode se sentir esmaga pela culpa que a decisão envolve. Os pastores e religiosos não se sentem adequados para a tarefa, e é terrível deixar a questão nas mãos da justiça legal.

Eu não tenho todas as respostas para este dilema. Entretanto, estou certo de duas coisas. A primeira é de que tais perguntas devem ser decididas à luz do principio mais abrangente da santidade da vida humana. Devemos recuar submissos para garantir que vida humana seja mantida. Se vamos errar, é melhor errar em favor da vida do que barateá-la de qualquer forma. Segundo, a decisão deve envolver pelo menos três grupos de pessoas, talvez quatro. Ela deve envolver a consulta aos médicos, à família, aos pastores e líderes religiosos e, quando possível, ao paciente.

Esta pergunta faz parte da perplexidade do sofrimento. A todo custo, as decisões que fizermos não devem ser feitas do ponto de vista do desespero. Em todas as ocasiões devemos manter o objetivo da redenção em mente para que a esperança não seja engolida pelo desespero.

Davi resumiu a questão: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes.” (Sl 27.13).Na mesma epístola em que Paulo disse: “Ficamos perplexos, mas não desesperados” ele expressou sua própria luta à beira do desespero: “Porque não queremos irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2 Co 1.8-10)

Paulo entrou em desespero. Mas seu desespero foi limitado. Não era um desespero final. Ele desesperou de sua vida terrena. Estava certo de que ia morrer. Paulo não desesperou da libertação final da morte. Ele conhecia a promessa de Cristo de vitória sobre a morte.

SPROUL, R. C. Surpreendido pelo Sofrimento. Rio de Janeiro: Cultura Cristã, 1998, p. 80-84.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

GILEAD - Marilyne Robinson [Resenha]


ROBINSON, Marilyne. Gilead. New York: Picador, 2005. 


A autora do livro aqui resenhado é Marilynne Robinson, que nasceu em 1947, em Sandpoint, Idaho. Lançou seu primeiro romance, Housekeeping, em 1981, e foi imediatamente apontada como uma grande promessa da literatura estadunidense. Tanto que sua incursão inicial no universo da ficção lhe valeu o Prêmio PEN/Hemingway. A autora, todavia, nos anos seguintes continuou se dedicando à produção de ensaios acadêmicos ligados às várias universidades nas quais é professora, colaborando, ainda, com publicações como a The New York Times Book Review, Harper’s, Paris Review. Mais de 20 anos após, traz a público um romance, na narrativa saga familiar do reverendo "Gilead" que a faz vencedora da mais acreditada láurea literária dos Estados Unidos: o Prêmio Pulitzer de 2005. Ainda uma referência muito especial à tradução primorosa de Maria Helena Rouanet.


O cenário de romance premiado é Gilead, a pequena cidadezinha rural de Iowa, que empresta o nome ao livro, onde o anoso reverendo John Ames é ministro religioso. Na busca do passado, fica-se conhecendo um rincão ignoto marcado pelo protestantismo conservador do Meio Oeste estadunidense, onde o pastor não é apenas o líder religioso, mas a ‘consciência crítica’ do rebanho. Aqui. deve-se referir a um dos objetos de estudos da professora Marilynne Robinson: o protestantismo rural nos Estados Unidos nos Séculos 18 e 19. Isso traz outro sabor ao romance.

Ames presente à morte, diagnosticada por uma angina que pode parar sua vida a qualquer momento. Contemplando o filho de sete anos, decide, então, escrever-lhe uma longa carta, narrando o passado ligado ao seu devotado ministério eclesiástico que desenvolve e também acerca do mesmo ofício pastoral desempenhado pelo seu pai e pelo seu avô, os dois chamados também John Ames. A história começa na virada do século 19 para o 20, com incursões anteriores a disputas entre escravagistas e anti-escravagistas, na Guerra da Secessão, num ambiente onde a religiosidade compete com uma vida mundana, que vive o impasse entre obedecer ou não aos pastores.

As reminiscências têm início quando o reverendo Ames, em 1892, faz com o filho uma longa peregrinação no meio rural na busca do túmulo de seu avô. Isso dá azo para longas narrativas de como era seu ancestral e suas conflituosas relações com a igreja e as dificuldades que sua vida mundana impõe ao exercício do ministério pastoral, enquanto capelão do exército. A vida de seu pai – um pacifista ardoroso – é trazida para exemplificação do destinatário da carta.

Nas evocações há momentos de intensa ternura, como aquele em que Ames, já com mais de sessenta anos, em uma pregação dominical se encanta por uma jovem fiel, no fundo da igreja. Durante o sermão, ele se envolve numa relação que vai torná-la sua esposa e mãe do filho, de quem agora vive o drama de talvez uma breve separação.

Há alguns outros personagens que dão excelentes temperos à obra: um é o irmão de John, que retorna após estudar na Alemanha e volta imbuído das teses de Feuerbach, expondo ao seu irmão pastor suas convicções agnósticas; os duelos religiosos entre os dois irmãos apimentam gostosamente o livro e são tornados especialmente densos pelos conhecimentos do calvinismo da autora. Há Jack, afilhado do pastor e batizado com seu nome, um jovem desgarrado que o padrinho busca converter.

Na continuada escrita de seus milhares de sermões, John Ames sente saudades antecipadas da mulher e do filho que vai deixar e localiza entre seus paroquianos, durante o sermão, aquele ou aqueles que provavelmente lhe vão tomar o lugar, aproximando-se de sua mulher e do seu filho depois que ele morrer. Isso o faz endereçar para eles suas prédicas. Pode-se facilmente imaginar a angustia que se apossa do pastor.

Acerca desse romance se escreveu com muita objetividade: "Marilynne Robinson não está interessada em fazer com que sua narrativa seja palatável, de fácil degustação: o tom do romance é grave, reflexivo e em momento algum busca emoções rasteiras. Tanto que, para degustá-la, o leitor tem de sorver, palavra a palavra, e sem pressa, a beleza serena que verte das páginas, sem querer devorá-las. É preciso deixar-se conduzir pelo tom confessional e introspectivo adotado pelo protagonista ao falar de sua vida como quem tenta nela encontrar um sentido, diante da perspectiva do inevitável fim". O livro é declaração de amor incondicional a vida e uma lamento por sua brevidade.

Esse meu exemplar está em inglês e publicado em 2004 pela Editora norte americana Picador em Nova York.
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ROBINSON, Marilyne. Gilead. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 

TODAS AS PARÁBOLAS DA BÍBLIA - Herbert Lockyer



Em todo o âmbito literário não há livro mais rico em material alegórico e em parábolas do que a Bíblia. Onde, por exemplo, podemos encontrar parábolas, emblemas ou figuras de linguagem comparáveis àquelas que os grandes profetas da antiguidade — dentre os quais Jesus, o maior de todos eles — empregavam quando discursavam aos de sua época? Sabendo do poder e do fascínio da linguagem pictórica, usavam esse recurso para aumentar o efeito de seu ministério oral. Como descobriremos em nosso estudo sobre as parábolas da Bíblia, especialmente as transmitidas pelo Senhor Jesus, veremos que são o mais perfeito exemplo de linguagem figurada para mostrar e reforçar as verdades divinas.

Embora o uso das parábolas tenha sido característica ímpar do ensino popular de Jesus, visto que "Sem parábolas não lhes falava", não foi Cristo o criador desse recurso didático. As parábolas são utilizadas desde a antiguidade. Embora Jesus tenha contribuído para os escritos sagrados com parábolas inigualáveis e tenha elevado esse método de ensino ao mais alto grau, era sabedor da existência milenar desse método de apresentar a verdade.

As parábolas demonstram haver harmonia preordenada entre as coisas espirituais e as naturais. Usam-se objetos materiais para expressar" verdades espirituais e revelar que a natureza é mais do que aparenta ser. A natureza é um livro de símbolos — fato que Tertuliano tinha em mente quando escreveu: "Todas as coisas da Natureza são esboços proféticos das operações divinas; Deus não apenas nos conta as parábolas, mas as executa". Charles Kingsley reforça esse sentimento neste parágrafo: "Este mundo terreno que vemos é um retrato exato, o padrão do mundo espiritual e celestial que não vemos".

Jesus falava aos seus discípulos por parábolas, ensinando-lhes muitas verdades sobre o Reino dos Céus. Antes dele, porém, outros servos de Deus utilizaram as ilustrações parabólicas para enfatizar determinados ensinos morais e espirituais no período do Velho Pacto.

Este livro clássico sobre as parábolas da Bíblia investiga com profundidade mais de 250 dessas preciosidades literárias, que tanto têm enriquecido e instruído o povo de Deus através dos tempos. O autor fez uma monumental pesquisa bíblica e histórica, dissecando tanto as parábolas que aparecem no Antigo Testamento quanto as registradas no Novo Concerto. Trata-se de uma obra indispensável para todo e qualquer estudioso interessado em conhecer e prosseguir em conhecer a Palavra de Deus.

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Dr. Herbert Lockyer nasceu em Londres no ano de 1886. Pastoreou igrejas na Escócia e na Inglaterra por 25 anos, antes de se mudar para os Estados Unidos, em 1935. Dois anos depois, recebeu o doutorado honorário do Northwestern Evangelical Seminary. Após um longo período em sua terra natal, retornou aos Estados Unidos, dedicando-se a escrever obras teológicas e comentários bíblicos.

O LIVRO DE ENOCH: O Livro das Origens da Cabala [Comentários]



O LIVRO DE ENOQUE CITADO POR JUDAS [1] 


Judas cita o Livro de Enoque, dizendo: "Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades". (v. 14). Entretanto, Enoque não o é um livro inspirado, mas é considerado apócrifo (falso) pela igreja cristã. 

Primeiro, não é certo que Judas de fato esteja citando o Livro de Enoque. Ele pode simplesmente estar mencionando um acontecimento que é encontrado também nesse livro não-inspirado. “Vale dizer que Judas não afirma ter Enoque escrito essa afirmação, apenas registra que Enoque disse" (v. 14). Ele pode ter usado uma tradição oral válida, e não o Livro de Enoque. 

Além disso, mesmo que Judas tivesse tomado essa afirmação do Livro de Enoque, ainda assim ela é verdadeira. Muitas afirmações verdadeiras podem ser encontradas fora das Escrituras; o simples fato de Judas citar algo de uma fonte não-canônica (extrabíblica) não significa que o que ele diz seja necessariamente incorreto. Nem tudo no Livro de Enoque está correto, mas isso não nos permite concluir que tudo esteja errado. 

O apóstolo Paulo cita verdades de poetas pagãos (At 17:28; 1 Co 15:33; Tt 1:12), o que não implica que esses livros sejam inspirados. Na verdade, até mesmo a jumenta de Balaão proferiu uma verdade (Nm 22:28). A inspiração do livro de Judas não garante tudo o mais que é dito numa fonte não inspirada, só por ela ter sido citada. Garante apenas a verdade que foi citada. 

Finalmente, a evidência externa a respeito do livro de Judas é muito grande, o tempo de Irineu (cerca de 170 a.D.) para frente. Ele está no papiro Bodmer (P72) de 250 a.D., e trechos dele acham-se muito antes em Didakê (2:7), que provavelmente data do segundo século. Assim, há evidência para a autenticidade do livro de Judas, que não é diminuída por essa alusão ao que Enoque disse. A existência de Enoque e a sua comunicação com Deus é um fato estabelecido em outras partes da Bíblia, tanto no AT (Gn 5:24) como no NT (Hb 11:5). 


O LIVRO DE ENOQUE E OS ESOTÉRICOS [2] 

Para os esotéricos, o Livro de Enoque é considerado uma obra especial para a compreensão dos mistérios da Criação Divina e sua ordenação. Para eles, em termos de Cabala hebraica, este trabalho é fundamental pela apresentação dos nomes dos Anjos Fiéis, Anjos Caídos e Demônios, e permitir assim uma leitura cifrada e altamente determinativa das origens dos homens. 

Os especialistas afirmam que este livro e um tratado indispensável para todo estudioso do oculto, ou do simples aficionado do maravilhoso e fantástico que quer compreender a estrutura de nosso universo, sob um ponto de vista espiritual. De acordo com a epístola de São Judas, Enoch, ou Enoque, é o sétimo patriarca depois de Adão. 

Eles afirmam que é provável ainda que, sob o nome de Enoque, abrigue-se o nome de um membro da seita dos essênios, o que ocorria com freqüência em tais ordens monásticas. Nomes como Hermes Trimegistro, Zoroastro passaram a ser um título distintivo entre iniciados nos Mistérios. 


O LIVRO DE ENOQUE E SEU CONTEÚDO 

Um dos livros apócrifos mais fascinantes é sem dúvida o livro de I Enoque (ou Enoque etíope), geralmente datado para o século II a.C. Este livro foi redigido originalmente em aramaico, mas a única versão disponível hoje está em etíope. Escrito em linguagem apocalíptica, entre 170 e 64 a.C., o livro carrega algumas semelhanças com o Apocalipse de João, cuja composição se deu mais de dois séculos depois. Abaixo um trecho do livro que descreve o nascimento de Noé: 

Depois de alguns dias, meu filho Matusalém escolheu uma mulher para seu filho Lamech; ela engravidou e deu à luz um menino. O seu corpo era branco como a neve e vermelho como uma rosa, os cabelos da sua cabeça eram como a lã e os seus olhos como os raios do sol. Quando abriu os olhos encheu a casa de luz como o sol, e toda ela ficou muito iluminada (I En 106,1). 

Outra parte bastante interessante do livro são os capítulos 6 a 16, que narram a queda dos anjos após desobedecerem a Deus acasalando-se com as mulheres humanas. Tudo começa com Semjaza, um anjo disposto a pagar o preço por sua desobediência. Ele relata seu desejo aos demais anjos, que decidem segui-lo no plano. Semjasa é acompanhado por mais dezoito anjos, que por sua vez chefiam, cada um, outros dez. Após levarem a cabo o plano, problemas inusitados começam a surgir: 

Elas [as mulheres humanas] engravidaram e deram à luz a gigantes de 3.000 côvados de altura. Estes consumiram todas as provisões de alimentos dos demais homens. E quando as pessoas nada mais tinham para dar-lhes os gigantes voltaram-se contra elas e começaram a devorá-las (I En 6,2). 

Mas os problemas não param por aí. Os anjos rebeldes transmitem seus conhecimentos aos homens, tais como a astrologia, a metalurgia, a ciência da confecção de cosméticos, as fases da lua, a feitiçaria, etc. Tais conhecimentos causam muitas guerras e o homem chega perto da aniquilação. 

Após ouvirem o clamor dos homens e virem todas as desgraças causadas pelos anjos rebeldes, Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel relatam o problema ao “Senhor dos mundos”, que decide purificar a terra com um dilúvio e punir os anjos perversos lançando-os num abismo de fogo. 

O livro é fruto de uma tentativa de preencher uma lacuna existente no capítulo seis do livro do Gênesis: 

“viram os filhos de Deus (hb. bney haelohim) que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (Gn 6,2). 

No relato do livro de Enoque os bney haelohim (filhos de Deus) são os anjos e a decisão de Deus de destruir a terra (Gn 6,7) é provocada por esse episódio.

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[1] GEISLER, Norman Geisler; HOWE, Thomas. MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1992, p. 353. 

[2] MECLER, Lan. O Poder de Realização da Cabala. São Paulo: Editora Viva Livros, 2016, p. 49

sábado, 4 de fevereiro de 2017

DA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO SEU CASTIGO - CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER [CAP VI]



Abordaremos aqui, neste breve estudo, os seis pontos dos quais trata o Capítulo VI da CFW. Este capítulo traz um pouco do que já foi estudado brevemente em outros, como o que trata da Providência, Dos Eternos Decretos de Deus e etc. Apesar disso, se dedicou um capítulo apenas para o estudo da Queda do homem e suas conseqüências.

1. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram ao comer do fruto proibido. Segundo o seu sábio e santo conselho, foi Deus servido permitir esse pecado deles, havendo determinado ordená-lo para a sua própria glória. (Gn 3:13; II Co 11:3; Rm 11:32 e 5:20-21.)

1) Nossos primeiros pais - Deus trouxe à existência as almas de Adão e Eva com santidade e com suficiente conhecimento no tocante à sua vontade, com capacidade para obediência, ainda que falíveis. Nesse estado moral, ele os sujeita a um teste moral. Se passassem no teste, o galardão consistiria em que seus caracteres morais seriam confirmados e feitos infalíveis, seriam introduzidos numa bem aventurança inalienável, para sempre. Se caíssem, seriam judicialmente excluídos do favor e comunhão de Deus, para sempre, e daí moral e eternamente mortos. 

O teste especifico ao qual os nossos primeiros pais se sujeitaram, era absterem-se de comer do fruto de uma única árvore. Como essa era uma questão em si mesma moralmente indiferente, ela foi admiravelmente adaptada a ser o teste de obediência implícita a Deus, de fé e submissão absoluta deles.

2) Tentação de satanás - O que notamos é a permissão de Deus para a tentação humana através de Satanás. Já afirmamos que o primeiro casal humano foi criado sem pecado, mas com possibilidade de pecar, se Adão fosse moral e espiritualmente inalterável, todo e qualquer artifício do tentador seria vão, tentação alguma atinge a divindade em virtude de sua absoluta imutabilidade, e conseqüentemente de sua impecabilidade. Jesus quando submetido às mais fortes e apelativas tentações, não pecou, porque ele era moral e espiritualmente inalterável por vários motivos: o decreto de Deus, a presença do Espírito sem medida e a comunicação entre as naturezas humana e divina – communicatio idiomatum.[2]

Se fizermos uma avaliação ou comparação entre os quadros, veremos que as tentações contra Jesus Cristo foram maiores, mais pesadas e mais intensas, exatamente quando ele se encontrava solitário no deserto, faminto e sedento, depois de um prolongado jejum de quarenta dias e quarenta noites. 

O Diabo seduziu o homem primitivo ao erro, à rebeldia contra Deus, porque conhecia, certamente, suas fraquezas, explorando-as. Ele sabia que, despertando-lhe a cobiça potencial e os interesses de domínio e divinização, derrubá-lo-ia. E derrubou. 

O terrível ato que cometeram, comendo desse fruto, à luz das indicações apresentadas no registro de gênesis, consistiu em: Incredulidade – foram induzidos a pôr em duvida a sabedoria da proibição divina e da infalibilidade da ameaça divina. Desobediência – puseram sua vontade em oposição à vontade de Deus. [3]

3. A Permissão de Deus - O pecado entrou na humanidade por decisão permissiva de Deus; logo, o maligno teve autorização para tentar e seduzir o casal das origens, pois ele também existe e opera porque Deus lhe permite a existência e a atuação. O governo de Deus é ilimitado e totalmente abrangente, incluindo o mundo material e o espiritual: espíritos bons e maus. 

Precisamos entender o quanto o pecado do Homem evidencia a fragilidade do pecador e reforça a potencialidade de um Deus soberano. 
a) Deus certamente sabia de antemão que, se um ser como Adão fosse posto em tais condições, como foi, ele pecaria, como pecou. 
b) Deus nem causou nem aprovou o pecado de adão, Ele o proibiu e apresentou motivos para que ele fosse impedido. 
c) Deus desde o principio, determinou ordenar o pecado de Adão para sua própria glória, ou seja, Ele administra para o bem os pecados de suas criaturas. [4]

Assim, vemos o Homem como criatura ainda não errante, escolhendo pecar, tornando-se, então, frágil e caído eternamente. Deus, através de Sua vontade permissiva, utiliza das tentações de Satanás para cumprir Seu Plano, mostrando sua Soberana Vontade.


SEÇÃO 2 - Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as faculdades e partes do corpo e da alma. (Gn 3:6-8; Rm 3:23; Gn 2:17; Ef 2:1-3; Rm 5:12; Gn 6:5; Jr 17:9; Tt 1:15; Rm 3:10-18.)

O Homem, antes da queda, usa de seu livre arbítrio (antes do pecado original) para escolher o pecado. Tal escolha vai ao encontro da preordenação à queda do Homem, de acordo com o decreto permissivo de Deus. Após pecar contra Deus, a Humanidade se torna completamente corrupta, em todo pensar, em todo agir e em tudo o mais que fizer. [5]

1) Decaíram da Retidão Original - A justiça original, com a qual fomos criados, era uma capacidade inata de fazer o que é bom, servir a Deus e somente contentar-se em agradá-lo em todas as coisas, além de refletir o próprio caráter moral de Deus. O homem perdeu a sua capacidade de adequar-se às exigências morais da Lei de Deus. Antes da queda, o homem estava perfeitamente habilitado e inclinado a reagir sempre positivamente à Lei de Deus. Mas, após a queda, essa inclinação para a justiça deixou de permear o homem. “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” Ec. 7: 29. [6]

2) Comunhão com Deus - Anteriormente ao pecado, quando o ser humano ainda era filho direto de Deus por criação, não por adoção ( adotivos são os regenerados em Cristo), a sua relação com o Criador era de tal ordem íntima e profunda que o diálogo existencial constante e ininterrupto era perfeitamente interagido com o Espírito de Deus. Pai e filho comungavam-se interativamente, estabelecendo um intercâmbio indefectível do divino com o humano.

3. Mortos em pecados e corrompidos de corpo, alma e espírito - Por este pecado além do ser cortado dessa amorosa comunhão do Divino Espírito, um cisma foi introduzido em sua alma. A consciência pronunciou sua voz condenatória. Por isso toda a sua natureza se fez depravada. A vontade passou a travar guerra contra a consciência, o entendimento tornou-se trevoso, as paixões acordaram, as afeiçoes se indispuseram, a consciência calejou-se ou tornou-se enganosa, os apetites do corpo, desordenados, e seus membros, instrumentos de injustiça. [7]


SEÇÃO 3 - Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito de seus pecados foi imputado a seus filhos; a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foi transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por geração ordinária. (At 17:26; Gn 2:17; Rm 5:17, 15-19; 1 Co 15:21-22,45, 49; Sl 51:5; Gn 5:3; Jo 3:6)

SEÇÃO 4 - Dessa corrupção original, pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo mal, procedem todas as transgressões atuais. (Rm 5:6, 7:18 e 5:7; Cl 1:21; Gn 6:5 e 8:21; Rm 3:10-12; Tg 1:14-15; Ef 2:2-3; Mt 15-19.)

O Catecismo Maior de Westminster, em sua pergunta 22, esclarece muito bem esse ponto. “Pergunta: Caiu todo o gênero humano na primeira transgressão? – Resposta – O pacto sendo feito com Adão, como representante, não para si somente, mas para toda a sua posteridade, todo o gênero humano, descendendo dele por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele na primeira transgressão.” [8]

O Breve Catecismo em sua pergunta 16. “Todo o gênero humano caiu na primeira transgressão de Adão? - Resposta: “Visto que o pacto foi feito com Adão, não só para ele, mas também para a sua posteridade( At 17.26), todo o gênero humano, que dele procede por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele( negrito nosso) na sua primeira transgressão”(Gn 2.17; Rm 5. 12- 20; I Co 15. 21, 22).[9]

“Assim, Adão tem duas relações com a Humanidade. Tornou-se homem e pai de todos, por ter sido o primeiro a habitar a Terra e assim, possuir uma relação natural com a Humanidade. E com sua descendência, obteve, também, uma relação federal, obtida pelo Pacto feito com Deus. A partir da quebra do Pacto pelo pecado de Adão, como representante do Homem neste Pacto, toda sua geração e descendência ordinária também pecou nele e caiu com ele no seu pecado.” [10]


SEÇÂO 5 - Esta corrupção da natureza persiste, durante esta vida, naqueles que são regenerados; embora seja ela perdoada e mortificada por Cristo; todavia tanto ela como os seus impulsos são, real e propriamente, pecado. (Rm 7:14, 17, 18, 21-23; Tg 3-2; 1 Jo 1:8-10; Pv 20:9; Ec 7-20; Gl.5:17)

Em Gl 5:17, Paulo mostra, aqui, a dura luta de um cristão, regenerado e transformado mediante a fé em Cristo Jesus. Ainda que Deus, por misericórdia, nos tenha escolhido e nos tirado das trevas e nos chamado para o Seu Reino, continuamos passíveis de pecar. Porque sobre nós pesará sempre o fardo do pecado, porque assim escolhemos um dia. Mas, graciosamente, os pecados de quem Deus escolheu, agora são perdoados e o Homem pode buscar novamente não pecar, ainda que vá falhar neste objetivo.


SEÇÃO 6 - Todo o pecado, tanto o original como o atual, sendo transgressão da justa Lei de Deus e contrária a ela, torna, pela sua própria natureza, culpado o pecador e por essa culpa, está ele sujeito à ira de Deus e à maldição da lei; portanto, sujeito à morte com todas as misérias espirituais, temporais e eternas (1 Jo 3:4; Rm 2:15; Rm 3:9,19; Ef 2:3; Gl 3:10; Rm 6:23; Ef 6:18; Lm 3:39; Mt 25:41; 2 Ts 1:9)

1) Pecado Original [11] - Desde a queda do homem, toda pessoa nascida no mundo por procriação natural (isto é, todos exceto Cristo) tem herdado a natureza pecadora de Adão. Podemos expressar os efeitos do pecado de Adão sobre a humanidade da seguinte forma: a) A culpa de seu primeiro pecado, que afeta não somente Adão, mas também todos os seus descendentes. b) A perda da justiça original (o estado moral e espiritualmente reto no qual Deus criou originalmente Adão e Eva). Adão e Eva transmitiram essa perda a todos os seus descendentes, isto é, a toda a raça humana. c) A corrupção de toda a natureza – racional, moral e espiritual.

2. Pecado Atual - Somos eternamente pecadores e caídos por natureza. Assim, sempre que pecamos, pecamos contra Deus e estamos debaixo da Sua Ira (Ef 2:3). Dessa forma, após o pecado original, nos vimos mortais (expostos à morte), seja a esta morte, então, física e espiritual, para aqueles a quem Deus não destinou o Céu.

3. Misérias Espirituais, temporais e eternas

a) As misérias espirituais que o pecado traz sobre os ímpios nesta vida são apresentadas “como cegueira da mente, sentimento réprobo, fortes ilusões, entorpecimento do coração, horror de consciência e vis afeições, Ef 4.18; Rm 1.28; 2 Ts 2.11.[12]

b) As misérias temporais são misérias afligidas aos homens, no justo desprazer de Deus pelos pecados que eles cometem. A Bíblia revela com muita clareza, e sem a menor preocupação de deixar Deus sujeito à crítica de ser cruel, déspota e injusto, que ele mesmo é quem determinou tragédias e calamidades sobre a raça humana, como parte das misérias temporais causadas pelo pecado original e as transgressões atuais. (A catástrofe do dilúvio, Gn 6.17; Mt 24.39; 2Pe 2.5). (Os caldeus contra a nação de Israel e demais nações ao redor do Mediterrâneo, os quais mataram mulheres, velhos, crianças e fizeram prisioneiros de guerra Dt 28.49-52; Hc 1.6-11). Foi o próprio Jesus quem revelou a João o envio de catástrofes futuras sobre a raça humana, como castigos de Deus, tais como guerras, fomes, pestes, pragas, doenças (Ap 6-9). O Catecismo Maior na questão 28, diz: “A maldição de Deus sobre suas criaturas por nossa causa e todos os outros males que caem sobre nós, em nossos corpos, nossos nomes, bens, relações e ocupações, juntamente com a própria morte.” [13]

c) As maldições eternas que são as conseqüências do pecado não perdoado são apresentadas como separação eterna da presença reconfortante de Deus e os mais graves tormentos na alma e no corpo, ser intermissão, no fogo do inferno para sempre, 2 Ts 1.9; Mc 9.43, 44, 46, 48.


Conclusão

Pecamos conjuntamente com Adão, caindo nas tentações de Satanás que foram permitidas através da Vontade de Deus. Uma vez que caímos, não somos mais justificáveis por nós mesmo e todos os nossos pecados nos remetem a Ira de Deus, que é Justo e Perfeito em Seu julgamento. Ele entregou Cristo, seu Filho, para levar Sua Ira. Aos que Deus escolheu, estes são chamados e remidos pelo sacrifício de Cristo. Ainda assim, permanecem nestes resquícios da natureza pecaminosa que os fará tropeçar por vezes no caminho, ainda que salvos, pela Graça de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus.


[1] Estudo ministrado pelo Diácono Antonio de Pádua na Escola Bíblica Dominical da Igreja Presbiteriana de Salgado de São Félix (PB) em 22/02/2017.
[2] BERKOUWER, G. C. A Pessoa de Cristo. São Paulo: JUERP/ASTE, 1983. p. 120. Acessado em 18/06/2011. (texto impresso) .
[3] HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westminster Comentada. São Paulo, SP: Os Puritanos, 1999, p. 150.
[4] Ibid, p. 152-153
[5] WRIGHT, R. K. Mc Gregor, A Soberania Banida: Redenção para a cultura pós-moderna. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 48.
[6] BOICE, James Montgomerry. Fundamentos da Fé Cristã. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013, p. 167
[7] Id. Confissão de Fé de Westminster Comentada. São Paulo, SP: Editora Os Puritanos, 1999, p. 154.
[8] GEERHARDUS VOS, Johanees. Catecismo Maior de Westminster Comentado. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2007, p. 89
[9] HORN, Leonard T. Van. Estudos no Breve Catecismo Comentado. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2009, p. 37.
[10] BERKHOFF, Louis. Teologia Sistemática. Campinas, SP: Luz para o Caminho, 1990, p 244.
[11] HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001, p. 609.
[12] Id. Confissão de Fé de Westminster Comentada. São Paulo, SP: Editora Os Puritanos, 1999, p. 165
[13] Id. Catecismo Maior de Westminster Comentado. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2007, p. 102