sábado, 26 de junho de 2021

DISCIPULADO ESTRATÉGICO - IMPLANTAÇÃO E FORTALECIMENTO DO DISCIPULADO A PARTIR DAS ESTRATÉGIAS DE LIDERANÇA DE NEEMIAS [Resenha 048/21]


O profeta Neemias foi o governador de Jerusalém, que reconstruiu os muros da cidade. Neemias lutou pela reforma social e motivou o povo a obedecer a Deus. Ele trabalhou como copeiro do rei Artaxerxes, mas ainda que estivesse longe de sua cidade e preocupado com seu povo, Neemias jamais abandonou os ensinamentos das Escrituras Sagradas. A reconstrução dos muros aconteceu em tempo recorde: 52 dias! Os inimigos do povo de Israel mal conseguiram acreditar que isso era possível.

Neemias liderou pessoas, administrou projetos, conduziu o povo à mudança de mentalidade e comportamento. Particularmente, entendo que Neemias é um ‘discipulador’, pois guiou muitas pessoas à mudança de vida e contribuiu para a transformação de uma nação.

Neste DISCIPULADO ESTRATÉTICO , o autor que conquistou milhares de leitores em seu primeiro livro – Emaús, o discipulado que faz arder o coração – traz uma abordagem inédita, onde detalha os cuidados e as atitudes que o discipulador deve ter. Usando o exemplo do profeta Neemias, o autor fala sobre abnegação, conhecimento da realidade, sensibilidade espiritual, oração e jejum, submissão, organização, determinação, comunicação, foco certo, coração dirigível, exposição das Escrituras Sagradas, louvor e adoração, dízimos, primícias e dízimos, que devem fazer parte da vida tanto do discipulador quanto do discipulando.

Além do prefácio e introdução, o livro possui 15 capitulos, fundamentados no ensino das Escrituras sobre a vida de Neemias, o autor apresenta 15 orientações importantes para implantar e fortalecer o discipulado na igreja local – isso é “Discipulado Estratégico”.

Discipulado é compartilhar vida. Cada um de nós é chamado a levar o novo convertido a crescer na graça e no conhecimento da Palavra de Deus e este conteúdo muito auxiliará nessa tão importante e relevante missão.
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LIMA, Quemuel. Discipulado estratégico – Implantação e fortalecimento do discipulado a partir das estratégias de liderança de Neemias. Curitiba, PR: A.D. Santos Editora, 2019. 152p.

VIVA COMO UM NARNIANO: DISCIPULADO NAS CRÔNICAS DE LEWIS [Resenha 047/21]


Este livro foi escrito para amigos de Nárnia. Na avaliação do autor, sua utilidade é diretamente proporcional à familiaridade com as crônicas. Todos os capítulos pressupõem que o leitor conheça os personagens dos livros, o enredo básico de cada história, as principais cenas e citações, e assim por diante. Embora, sem dúvida, alguns possam tirar proveito dele sem o conhecimento prévio de Nárnia, eu não recomendaria isso, seja porque sem esse conhecimento o leitor ficará confuso, seja porque não desejo prejudicar os leitores que porventura venham a entrar no guarda-roupa sozinhos.

O autor escreve: “Acredito que o que escrevi aqui é verdadeiro e fiel às intenções de Lewis. No entanto, prefiro que as pessoas leiam esses capítulos e digam “Sim! É exatamente isso o que eu sempre pensei sobre essa cena, ou esse personagem ou esse tema!” a que peguem as ideias que escrevi e saiam numa caçada por elas em algum lugar do Ermo ocidental.”

Àqueles que se consideram narnianos livres e filhos da Arquelândia — em nome do Leão, bem-vindos. Histórias são irredutivelmente histórias; não podemos resumi-las em ensaios, por mais verdadeiros e precisos que sejam. Flannery O’Connor disse, em algum lugar, que uma história é uma maneira de dizer algo que não pode ser dito de outro modo, e é preciso que cada palavra da história diga qual é o significado. Lewis é um mestre dessa comunicação narrativa, tácita e implícita. Sua maneira de “descrever” algo deixa uma impressão mais profunda do que qualquer ensaio pode esperar conseguir.

Alguém já disse que o que Lewis pensou sobre tudo estava secretamente presente no que ele escreveu sobre nada, então não é nenhuma surpresa descobrir em Nárnia a cosmovisão impetuosa que ele detalhou em sua obra de não ficção. O mundo que Lewis criou está permeado de riquezas teológicas, colocadas ali como veios de ouro correndo pelas montanhas do Colorado. Por muito tempo esperei por um livro breve que se empenhasse em escavar os principais temas teológicos de Nárnia em um formato simples e claro, que invocasse os escritos de não ficção de Lewis como comentário para iluminar as histórias narnianas e, acima de tudo, um livro sobre essa criatura dourada e radiante mais terrível e bela do que qualquer coisa em toda a Nárnia e este mundo juntos. A espera acabou. Viva como um narniano, de Joe Rigney, é um feito magistral.

Baseando-se em outros escritos de Lewis e nas próprias Crônicas, Joe Rigney mostra o modo intrincado e às vezes sutil por que Lewis pretendia que seus amados contos de fadas moldassem nosso coração e mente. Ao fazê-lo, Rigney recomenda as crônicas de Lewis como uma parte frutífera do discipulado cristão, de modo que, ao ler essas histórias, respirar sua atmosfera e procurar viver como narnianos, sejamos maravilhosamente transformados à imagem de Jesus Cristo — o Grande Leão e Grande Rei sobre todos os reis.
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Rigney, Joe. Viva como um narniano: Discipulado cristão nas Crônicas de Lewis. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2020. 204p.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

EU SOU N: RELATOS DE CRISTÃOS QUE ENFRENTAM O EXTREMISMO ISLÂMICO [Resenha 046/21]



A liberdade religiosa é um pilar importante das democracias modernas. No entanto, a perseguição, a tortura e, muitas vezes, a morte de cristãos é uma aterradora realidade que persiste ainda no século XXI. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2021 (Missão Portas Abertas), apenas entre 2020 e 2021, a morte de cristãos aumentou 60%, passando de 2.983 casos para 4.761, respectivamente.

“Eu sou n”? O que isso quer dizer? Quando militantes do autointitulado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EI) se encaminharam para o norte do Iraque, começaram a identificar as propriedades dos cristãos. As famílias encontravam a letra árabe ن (nun), ou n, pintada em suas casas e igrejas. Essa única letra comunicava a poderosa acusação de que os ocupantes são “nazarenos”, pessoas que seguem a Jesus de Nazaré, em lugar do islã. Ser rotulado como “n” em uma comunidade dominada por extremistas islâmicos representava uma mudança imediata de identidade e de vida. Com essa marca, vinha o ultimato: se você se convertesse ao islã ou pagasse o imposto, poderia manter seus bens materiais e permanecer nesta comunidade. Caso contrário, teria de ir embora ou morrer.

[1] Este livro foi escrito com o intuito de compartilhar as histórias de cristãos — da Nigéria à Malásia e ao Paquistão — que sofreram perseguição de extremistas islâmicos. À medida que as lê, por favor, compreenda que o livro não tem a intenção de incentivar qualquer tipo de ódio em relação aos muçulmanos. Em vez disso, nós nos unimos à nossa família perseguida no amor a eles e no esforço para vê-los se entregando a Cristo.

[2] O objetivo deste livro não é despertar piedade pelos seguidores perseguidos de Jesus em países muçulmanos hostis. Não é por isso que compartilhamos essas histórias. Nosso motivo é simplesmente descrever suas experiências para que você se posicione ao lado deles. Para que ore por eles. Para que eles saibam que não estão sozinhos no esforço de propagar o amor de Jesus quando isso gera espancamento, tortura e morte — de si mesmos ou de seus amados.

O livro possui 48 capítulos divididos em seis partes: [1] Sacrifício; [2] Coragem; [3] Alegria; [4] Perseverança; [5] Perdão; [6] Fidelidade. Reúne fatos reais que aconteceram com cristãos da Nigéria, China, Malásia, Paquistão, entre outros países, durante os anos 2001 e 2015. Tais histórias são verdadeiros exemplos de fé e coragem diante do extremismo e da violência, e uma fonte de lições contundentes sobre superação e integridade em meio a situações difíceis.

Sobre os organizadores: A missão A Voz dos Mártires foi fundada em 1967 pelo pastor Richard Wurmbrand, que ficou preso na Romênia comunista por catorze anos em razão de sua fé em Cristo. Atualmente, é uma organização missionária cristã interdenominacional sem fins lucrativos que se dedica ao serviço da igreja perseguida ao redor do mundo por meio de auxílio prático e espiritual e da promoção de comunhão entre os membros do corpo de Cristo.
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A Voz dos Mártires. Eu sou n: relatos de cristãos que enfrentam o extremismo islâmico. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2021.

MÃES ESPIRITUAIS: POR QUE VOCÊ PRECISA DE UMA, COMO SE TORNAR UMA [Resenha 045/21]


Em seu livro mais pessoal e poderoso até então, Lisa Bevere, desafia-nos a buscar mais relacionamento e abraçarmos umas às outras. Mães Espirituais oferece revelações catalisadoras a fim de posicionar mulheres de todas as idades a fazer as conexões íntimas e autênticas que nos ajudam a realizar nossos sonhos e preencher lacunas em nossas vidas.

“Ser mãe é ser uma guerreira. Nós lutamos pela vida. Mães de verdade querem mais para seus filhos do que já tiveram. Mães protegem. Creio que Deus está nos convidando para sermos mães espirituais, por serem protetoras. Quando nos levantamos, homens, mulheres e crianças são protegidas. Ter um coração de mãe começa por abençoar outras nas áreas em que já nos sentimos amaldiçoadas. Ser mãe é estar disposta a derramar aquilo que nunca foi derramado sobre nós. É quando deixamos para trás os títulos de juíza e profeta e abrimos nossos braços para aquelas que nos rejeitaram. É simples, como se oferecer para caminhar ao lado delas”.

“Existem filhas espirituais que querem ouvir o que você tem aprendido. Elas querem ser vistas e também querem ver o que você tem a mostrar. Querem ouvir seus arrependimentos e compartilhar sua alegria. Precisam de alguém que as faça lembrar que a maternidade é exaustiva, mas também maravilhosa. Existem mães solteiras que precisam ouvir que são heroínas que devem receber toda a ajuda que pudermos oferecer. Existem filhas solteiras que precisam ouvir que o casamento não é a resposta para tudo. Mulheres divorciadas que se encontram cruelmente abandonadas ou repentinamente sozinhas. Todas elas precisam de mulheres mais velhas que aprenderam a navegar pelas ondas do tempo, para que não percam a força de sua fase atual. Precisam de alguém com quem se sintam seguras para ajudá-las a sonhar, assim como lidar com a dor da traição”.

O livro contém treze capítulos escritos com muita fundamentação bíblica e citações acadêmicas. Escrito com “palavras doces e compassivas” a autora englobam histórias pessoais a fim de fazer você avançar como filha espiritual, cercada de relacionamentos fortes e cheia de confiança no seu chamado.
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BEVERE, Lisa. Mães Espirituais: por que você precisa de uma como se tornar uma. Rio de Janeiro, RJ: Editora Lan, 2020. 201p.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

#VIVAOPROPÓSITO - REFLEXÃO, CONSOLIDAÇÃO E METANOIA PARA PROFESSORES, PASTORES E LÍDERES DE CRIANÇAS [Resenha 044/21]


Gosto de refletir sobre o propósito divino para nossa vida. Quem não entender o alvo provavelmente terá dificuldades de alcançá-lo. É necessário saber para que o Pai celestial criou o homem e o que Ele espera de cada um de Seus filhos. Sem essa clareza, como saber que direção tomar na vida espiritual?

Este é o “propósito” deste livro. As autoras são precisamente didáticas. Na introdução, o personagem bíblico usado como ponto de partida é o grande líder Moisés. Fundamentado em sua vida e ministério, as autores estabelecem conceitos sobre propósito e a diferença de desempenho que existe entre propósito e missão.

Moisés foi um servo de Deus, que desenvolveu através da liderança, alegrias e conflitos durante sua trajetória enquanto libertador do povo hebreu. Ele passou por muitos processos para viver tudo o que Deus tinha planejado em sua vida. Moisés nos ensina que já nascemos com um propósito dado por Deus, isso fica evidente segundo as escrituras.

Para as autoras, não podemos confundir nosso propósito com nossa missão. Missão é uma tarefa dada por Deus, que descobrimos quando nos relacionamos com Ele. Mas, nosso propósito reflete aquilo que somos e o que adoramos, não apenas o que fazemos. Propósito segundo a Bíblia também fala sobre identidade, ou seja, ele é algo INDIVIDUAL.

Quando Deus nos chama para uma missão, Ele tem o objetivo de passar tempo com a gente e formar o filho Dele em nós! Ter um propósito ministerial claro vem através do relacionamento profundo com Deus. Descobrir sua missão, é saber por que recebeu a dádiva de Deus em estar na terra, vivendo exatamente esse tempo.

O livro está dividido em 52 reflexões que deverão ser lidas em 52 dias. Onde você experimentará ser cuidado, tratado, acalentado e em breves reflexões sua vida será trabalhada em diversas áreas para que o Propósito se estabeleça na sua mais linda e perfeita forma. Lembrando que #VIVAOPROPÓSITO foi projetado para todo aquele que tem o chamado para o Ministério Infantil. Reflexão, consolidação e metanoia para professores, pastores e líderes de crianças. De forma deliciosa, cativante e com muita sensibilidade, você será desafiado a se derramar na presença do Senhor.
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VARGAS, Caroline; GRÉGIO, Flávia. #VIVAOPROPÓSITO – Reflexão, consolidação e Metanoia para professores, pastores e líderes de crianças. Curitiba, PR: A.D. SANTOS EDITORA, 2021. 192 p.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

FELICIDADE VERDADEIRA: AS BEM-AVENTURANÇAS E A REAL ALEGRIA DOS FILHOS DE DEUS [Resenha 043/21]


As bem-aventuranças são um tratado sobre a verdadeira felicidade cristã. Para a surpresa de muitos, isso não significa, necessariamente, ser ou estar constantemente com um sorriso no rosto. Para que possamos compreender com exatidão, à luz do evangelho de Cristo, o que é a real alegria de um filho e uma filha de Deus, precisamos determinar o que define a vida de quem é verdadeiramente regenerado pelo Espírito Santo. Como a alegria do cidadão do Reino de Deus é demonstrada e vivenciada? É disso que trataremos neste livro.

A partir da exposição de Mateus 5.1-12, veremos aquilo que as Escrituras revelam acerca do real contentamento bíblico, uma bem-aventurança por vez. E, para absorvermos esse conceito de forma sólida, consciente e profunda, precisamos ter como ponto de partida uma realidade da fé cristã: Deus é alegre.

Essa percepção aponta para uma realidade profundamente espiritual: Deus é feliz e tem prazer em que seu povo também seja feliz — bem-aventurado. Deus é um ser realizado, que desfruta de plena felicidade e alegria em sua glória. De igual modo, nossa vida deve ser marcada pela alegria de conhecer quem Deus é.

Nas bem-aventuranças, Jesus nos apresenta o caminho da alegria e revela o que a marca. Fato é que as bem-aventuranças estão diretamente ligadas ao caráter cristão, isto é, revelam quem o filho de Deus é e como ele age em decorrência de quem é.

Além do prefácio e introdução, o livro possui sete capítulos onde trata de cada uma das bem-aventuranças. O autor nos mostra que as bem-aventuranças possuem uma estrutura comum, que parte da constatação de que feliz é aquele que é de determinada maneira porque receberá determinada bênção. Assim, a felicidade do crente em Jesus se manifesta de forma tanto presente, na expressão de seu caráter, quanto futura, pelo que ele receberá.
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CAMPOS Jr., Heber. Felicidade verdadeira: As bem-aventuranças e a real alegria dos filhos de Deus. Rio de Janeiro, RJ: GodBooks, 2021.

TEOLOGIA BÍBLICA NA PRÁTICA: UM GUIA PARA A VIDA IGREJA [Resenha 042/21]


Falando de teologia bíblica podemos argumentar o seguinte: (1) Normalmente, você precisa ir a diferentes seções da livraria para encontrar bons livros sobre teologia bíblica, teologia sistemática, ministério, igreja e vida cristã. No mínimo, a relação entre teoria e prática parece tensa. (2) Todo pregador ou professor consciente da Bíblia, mais cedo ou mais tarde, enfrenta questões sobre a natureza da teologia bíblica, sua relação com a doutrina (teologia sistemática) e a aplicação prática de ambas ao ministério que edifica a igreja. (3) A teologia bíblica é a ferramenta que falta para muitos pastores — ainda assim, é uma ferramenta essencial para lidar corretamente com a Palavra de Deus.

Segundo o apóstolo Paulo, uma das obras centrais do ministério pastoral é manejar bem a palavra da verdade (2Tm 2.15), e é preciso estudo diligente para ser capaz de fazê-lo. De acordo com Michael Lawrence, também é vital aplicar corretamente a Palavra da verdade à vida de uma congregação e ter certeza de que a aplicação é fiel à história unida de toda a Escritura. Em seu livro Teologia bíblica na prática, Lawrence habilmente guia seus leitores na construção de uma teologia bíblica, “a história toda da Bíblia toda”, e os ensina como extrair lições dessa história. Mas a batida do coração de Lawrence é a aplicação correta da história e essas lições para os cenários da vida diária que todo ministro enfrenta. Este trabalho é um manual sucinto e legível sobre a aplicação correta do enredo de toda a Bíblia às questões comuns da vida cotidiana que os pastores inevitavelmente enfrentarão ao ministrarem no século XXI. É uma adição valiosa para a biblioteca de qualquer pastor que anseia ver a Palavra de Deus dar frutos para a eternidade.

Além do prefácio e introdução, o livro possui 12 capítulos, divididos em três seções: O capítulo 1 apresenta algumas das ferramentas básicas da exegese. Os capítulos 2 e 3 apresentam as ferramentas básicas da teologia bíblica. Os capítulos 4 e 5 referem-se à comparação entre teologia bíblica e teologia sistemática, bem como uma discussão sobre o que é a teologia sistemática e como pensar teologicamente. Depois, nos capítulos 6 a 10, temos cinco diferentes temas bíblico-teológicos, a fim de considerar o que eles nos ensinam para uma teologia sistemática de relevância pastoral. Os capítulos 11 e 12 são os mais práticos de todos. O capítulo 11 apresentará vários “estudos de caso” sobre pregação. No capítulo 12, o autor conclui considerando a relevância da teologia bíblica para outras áreas do ministério, incluindo aconselhamento, missões e muito mais.

Michael Lawrence acredita que bons pastores são teólogos e bons teólogos são pastores. Para todos que acreditam que a teologia precisa da igreja e a igreja precisa de teologia, este será um recurso bem-vindo. Para aqueles que desejam refletir sobre esta ideia, será um recurso atraente.
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LAWRENCE, Michael. Teologia bíblica na prática: um guia para a vida da igreja. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2020

quarta-feira, 16 de junho de 2021

O CAMINHO DO SÁBIO: VERDADES SIMPLES PARA QUEM COMPLICA A VIDA [Resenha 041/21]


Os famosos e milenares provérbios do rei Salomão são, ainda hoje, um mapa para uma vida de vitórias. Quem afirma é Kevin Leman, cuja juventude não permitiria prever uma vida adulta bem-sucedida. Na realidade, tudo caminhava para o fracasso até que, por insistência de sua mãe, seis versículos do livro de Provérbios (Pv 3.1-6) se tornaram indicadores essenciais para orientar sua vida.

Em O caminho do sábio, Kevin Leman, famoso doutor em Psicologia e autor de best-sellers internacionais, compartilha sua surpreendente história, marcada, inicialmente, por um estilo de vida irresponsável e consequentes percalços, erros, auto sabotagens e frustrações. Tudo parecia fadado ao fracasso, até que ele mudou sua rota ao descobrir e aplicar a sabedoria milenar do livro bíblico de Provérbios.

Para o autor, o rei Salomão deu um jeito brilhante de espremer dez dos princípios mais práticos e significativos da vida em seis versículos minúsculos! Não surpreende que ele tenha sido o rei mais sábio a governar Israel, muito tempo atrás! Os dez princípios, na opinião do autor são poderosos. Ele lhe dará esperança, coragem, inspiração, uma nova perspectiva.

Escrito com um texto gostoso de ler, repleto de lições práticas e regado com seu bom humor característico e uma obra de fácil leitura. Kevin convida o leitor a também empreender uma jornada de descobrimento e transformação pessoal, sendo comprometido na construção de uma vida pautada por satisfação, bem-estar e paz e garante que, se você entender o significado desses versículos, aceitá-los e torná-los parte de sua vida e de seu sistema de crenças, deixará um legado surpreendente capaz de influenciar as próximas gerações.
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LEMAN, Kevin. O caminho do sábio: verdades simples para quem complica a vida. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2020. 128p.

quarta-feira, 9 de junho de 2021

ELOGIOS QUE EDIFICAM: PROFERINDO PALAVRAS QUE ENCORAJAM AS PESSOAS E GLORIFICAM A DEUS [Resenha 040/21]


Os seres humanos foram criados à imagem de Deus para mostrar quem ele é. É isso que as imagens fazem. E foram redimidos por Jesus e renovados de acordo com a imagem de nosso Criador para recuperar esse propósito inicial. Mas por quê? Certamente não é para que a obra de Deus em seu povo passasse despercebida ou não fosse elogiada. Se Deus é soberano e se toda boa dádiva vem do alto, não elogiar o que há de bom nos outros é uma espécie de sacrilégio e doença da alma.

Quando nossa boca está vazia de elogios aos outros, provavelmente é porque nosso coração está cheio de amor pelo eu. É isso que quero dizer ao usar a ideia de doença da alma. C. S. Lewis estava plenamente certo quando escreveu: “O mundo está cercado de elogios — o amante elogia sua amada, os leitores, seu poeta favorito, os caminhantes, o campo, os jogadores, seu jogo favorito —, elogios a coisas como clima, vinhos, louças, atores, motores, cavalos, universidades, países, personagens históricos, crianças, flores, montanhas, selos raros, insetos raros, às vezes até mesmo políticos e acadêmicos. Não havia notado que as mentes mais humildes — e, ao mesmo tempo, mais equilibradas e abertas — elogiam mais, ao passo que os excêntricos, os desajustados e os descontentes elogiam menos”.

O livro de Sam é um bálsamo curador para excêntricos, desajustados e descontentes que estão de tal modo cheios de si mesmos que mal conseguem enxergar e menos ainda celebrar as belezas simples da virtude imperfeita presente nos outros. Ou, em outras palavras: preciso deste livro.

A ausência de encorajamento ou elogio sobre a obra de Deus em seu povo também é um tipo de sacrilégio — por três razões, pelo menos.

Primeira, é uma desobediência ao mandamento de Deus: “A mulher que teme o Senhor, essa será elogiada” (Pv 31.30). E não consigo pensar em alguma razão pela qual isso não se aplique por princípio também a homens que temem o Senhor.

Segunda, isso rebaixa Jesus, como se ele estivesse insistindo em fazer algo indigno quando diz: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25.21,23). Se ele diz isso, por que deveríamos considerar uma humilhação fazer tal coisa?

Terceira, todas as obras de Deus são dignas de elogio. Não há bem algum em ninguém senão pela obra de Deus (1Co 4.7; 15.10).

A coisa vai ainda mais longe. Sam diz: “O melhor encorajamento se baseia não apenas no caráter de Deus, mas no evangelho”. O que significa que qualquer vislumbre de bem na vida dos filhos de Deus foi comprado pelo sangue. Jesus morreu para que isso se tornasse possível. Se ele morreu para que tal bem acontecesse e se não considerarmos essa obra digna de elogio, o que tudo isso diz sobre nós? Ou seja, devo novamente declarar: preciso deste livro.

É claro que existem armadilhas e problemas. Qual é a diferença entre o elogio positivo e a bajulação negativa? O que dizer sobre o fato de que, na Bíblia, o povo de Deus nunca diz “obrigado” uns aos outros, mas apenas agradece a Deus uns pelos outros? O que dizer do perigo de encorajar o desejo de alguém por elogio humano, que Jesus tão claramente condena? Há algo errado em querer estar entre os que recebem elogios? E o que dizer do não crente que não “se renova [...] segundo a imagem daquele que o criou”? Quando devemos elogiá-lo? Ou será que não devemos fazê-lo? Sam ataca todas essas questões de frente. Este não é um livro superficial.

Mas ele é prático. Incrivelmente prático — com dezenas de ilustrações e aplicações para o ambiente de trabalho, o casamento, a criação de filhos, as amizades e o ministério. E, é claro, isso é o que eu esperaria de Sam Crabtree. Ele vive o seu livro. Trabalho ao lado de Sam na equipe de nossa igreja desde 1997. Isso significa que tenho estado do lado que recebe um perseverante encorajamento centrado em Deus. Não sem correção. E, sim, há uma seção no livro sobre isso também.

Agradeço a Deus por você, Sam. Oro para que possamos juntos terminar bem. Você me ensinou mais do que imagina. Você escreveu um livro único. Não tenho dúvida de que, no último dia, este livro será uma das muitas razões pelas quais o Senhor Jesus dirá a você: “Muito bem”.
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CRABTREE, Sam. Elogios que edificam: proferindo palavras que encorajam as pessoas e glorificam a Deus. São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 2017

Este texto é uma transcrição completa do Prefácio do livro escrito por John Piper
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COMO DEUS TRANSFORMA A TRISTEZA EM ALEGRIA [Resenha 039/21]


A Bíblia Sagrada apresenta o registro mais fiel e detalhado da condição humana. Desde os tempos antigos nós nos comportamos de maneira ambígua, revelando virtudes e fraquezas, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, religião, idade ou classe social. Trata-se de um infeliz legado da queda do ser humano. Uma prova disso, é que todos nós passamos por momentos difíceis e, às vezes, chegamos a pensar que a alegria é apenas uma lembrança distante. Acordamos pela manhã e vamos para a cama à noite com lágrimas, a ponto de o horizonte de possibilidades desaparecer diante dos nossos olhos. Questionamos: “Isso é tudo o que Deus tem para mim? Serei feliz de novo?”.

Portanto, refletir sobre a dor e o sofrimento humano não é tarefa fácil, mas é necessária, especialmente quando essa reflexão tem as Escrituras como ponto de partida. Mesmo em meio a este dilema, quando observamos as Escrituras percebemos que a transformação da tristeza em alegria é algo sobrenatural, poderoso e, verdadeiramente, um agir de Cristo. É o desfrute da consolação e do fortalecimento que vêm à medida que conhecemos mais e mais a Deus e sua liberdade já concedida a nós. Deus, contudo, é especialista em transformar tristeza em alegria. A Bíblia afirma: “Transformaste meu pranto em dança; tiraste minhas roupas de luto e me vestiste de alegria” (Sl 30.11, NVT).

Num tempo em que os púlpitos e os livros insistem em propor uma vida cristã ilusória, refém do conforto humano, celebro e recomendo esta nova obra de Luciano Subirá. Não se trata de mais uma tentativa de negar o preço que a carreira da fé exige, com renúncias e lágrimas constantes. Na verdade, o que o autor se propõe fazer é mostrar, com a abundante argumentação bíblica que se tornou sua marca registrada, a importância do sofrimento para a formação do caráter e para o testemunho público de alguém que segue a Cristo. Não pense, porém, que você verá aqui a defesa do sofrer como expressão de espiritualidade por si mesmo. Antes, o que esta leitura lhe dará é a percepção de que chorar será, muitas vezes, o único caminho para se provar a alegria do propósito, a única que invade a eternidade.

Além do prefácio e introdução, o livro possui nove capítulos e uma palavra final. Um texto que traz uma abordagem que trabalha a teologia da dor. Leitura indispensável para os que assumem a sua humanidade e abraçam a graça consoladora de Deus, e também para os que lidam de perto com o sofrimento alheio, como enfermeiros de Deus na cura de feridas da alma.
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SUBIRÁ, Luciano. Como Deus transforma a tristeza em alegria. São Paulo, SP: Mundo Cristão, 2021.

terça-feira, 8 de junho de 2021

O PAI SESSENTA MINUTOS [Resenha 038/21]


O autor, Rob Parsons é diretor-executivo da entidade sem fins lucrativos Proteção à Família (Care for the Family), que organiza seminários sobre temas relativos à família. Neste livro, o autor escreve sobre uma pesquisa realizada nos Estados Unidos realizadas com homens que tinham filhos. A pergunta: “Quantos minutos por dia os pais dedicam com exclusividade a seus filhos durante a semana?” A resposta foi: entre 15 e 20 minutos. Parece pouco? Os pesquisadores, pelo visto, acharam muito e decidiram fazer um teste. Instalaram microfones nos pais e nas crianças e chegaram a uma chocante conclusão. Em média, os pais consultados na pesquisa dedicam incríveis 40 segundos diários a seus filhos, divididos em três encontros de dez a 15 segundos cada. (p.39)

Para Parsons, os homens dedicam pouco tempo aos filhos não por serem maus pais, mas por não conseguirem equilibrar vida profissional e familiar. “Para mostrarmos que somos bons profissionais, muitas vezes inventamos trabalhos desnecessários". Os pais alimentam a ilusão de, num futuro próximo, poder dedicar mais tempo para a família. A resposta padrão aos pedidos dos filhos é “vamos deixar isso para amanhã". Quando o dia mais calmo finalmente, os filhos já estão crescidos e serão eles a dizer “amanhã a gente se encontra". Segundo Parsons, se os pais derem atenção aos filhos quando pequenos, provavelmente terão bom relacionamento com eles durante a adolescência e na idade adulta. “Quando estiver com seu filho", diz, “concentre-se na criança e mostre o quanto ela é importante”.

O livro está dividido em dez capítulos, ou como o autor estabeleceu “dez metas”. É um livro dirigido a homens ocupados que exercem ou deveriam exercer a função de pai. Quem quiser pode ler em uma hora. Em cinco metas, são inseridas páginas intituladas “sessenta segundos”, que trazem um resumo do que foi dito até ali. Também em uma das metas há uma página intitulada “um segundo”. Quem não tem tempo para ler o livro todo, deve ler pelo menos essa. E se houver alguém que não tem condições de ler nem essa, está numa situação péssima, pior do que imagina.

“O exercício da função de pai não é fácil. Além disso, não temos a menor garantia de que tudo dará certo com nossos filhos. Entretanto podemos nos precaver para que, quando chegar o dia de relembrarmos o passado, possamos reconhecer que, pelo menos, fizemos o melhor que podíamos.” (Rob Parsons)
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PARSONS, Rob. O Pai sessenta minutos. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2018.