quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A VOCAÇÃO PARA A MORTE É UMA VOCAÇÃO SAGRADA


Nem sempre Deus deseja curar. Ele não quis curar Estevão das feridas provocadas pelas pedras que foram atiradas contra ele. Ele não quis a cura de Moisés, de José, de Davi, de Paulo, de Agostinho, de Lutero, de Calvino. Todos estes morreram na fé.

Para dizer a verdade, há uma cura final que vem através da morte e depois dela. Jesus foi gloriosamente curado das feridas da crucificação, mas somente depois que morreu.

Os mestres argumentam que existe cura na expiação de Cristo. Certamente existe. Jesus levou sobre si todos os nossos pecados na cruz. Entretanto nenhum de nós está livre do pecado nesta vida. Nenhum de nós está livre de doença nesta vida. A cura que existe na cruz é real. Participamos de seus benefícios agora, nesta vida. Mas a plenitude da cura tanto do pecado quanto da doença acontece no céu. Ainda devemos morrer quando chega a nossa hora.

Sem dúvida Deus atende nossas orações e cura nossos corpos durante esta vida. Mas mesmo estas curas são temporárias. Jesus ressuscitou a Lazaro dos mortos. Mas Lázaro tornou a morrer. Jesus deu vista ao cego e audição ao surdo. Entretanto, todas as pessoas que Jesus curou, um dia morreram. Elas não morreram porque satanás finalmente venceu a Jesus, mas por que Jesus As chamou para morrer.

Quando Deus nos lança uma chamada, é sempre uma chamada santa. A vocação para a morte é uma vocação sagrada. Entender isto é uma das mais importantes lições que um cristão pode aprender. Quando a convocação chega, podemos responder de várias maneiras. Podemos ficar bravos, amargos ou aterrorizados. Mas se a virmos como um chamado de Deus e não como uma ameaça do Diabo, seremos mais capazes de lidar com suas dificuldades.

IN: Surpreendido pelo sofrimento. R. C. Sproul, p. 16-17. (Cultura Cristã)

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