Nem sempre Deus deseja curar. Ele não quis curar Estevão das feridas
provocadas pelas pedras que foram atiradas contra ele. Ele não quis a cura de
Moisés, de José, de Davi, de Paulo, de Agostinho, de Lutero, de Calvino. Todos
estes morreram na fé.
Para dizer a verdade, há uma cura final que vem através da morte e depois
dela. Jesus foi gloriosamente curado das feridas da crucificação, mas somente
depois que morreu.
Os mestres argumentam que existe cura na expiação de Cristo. Certamente
existe. Jesus levou sobre si todos os nossos pecados na cruz. Entretanto nenhum
de nós está livre do pecado nesta vida. Nenhum de nós está livre de doença
nesta vida. A cura que existe na cruz é real. Participamos de seus benefícios
agora, nesta vida. Mas a plenitude da cura tanto do pecado quanto da doença
acontece no céu. Ainda devemos morrer quando chega a nossa hora.
Sem dúvida Deus atende nossas orações e cura nossos corpos durante esta
vida. Mas mesmo estas curas são temporárias. Jesus ressuscitou a Lazaro dos
mortos. Mas Lázaro tornou a morrer. Jesus deu vista ao cego e audição ao surdo.
Entretanto, todas as pessoas que Jesus curou, um dia morreram. Elas não
morreram porque satanás finalmente venceu a Jesus, mas por que Jesus As chamou
para morrer.
Quando Deus nos lança uma chamada, é sempre uma chamada santa. A vocação
para a morte é uma vocação sagrada. Entender isto é uma das mais importantes
lições que um cristão pode aprender. Quando a convocação chega, podemos
responder de várias maneiras. Podemos ficar bravos, amargos ou aterrorizados.
Mas se a virmos como um chamado de Deus e não como uma ameaça do Diabo, seremos
mais capazes de lidar com suas dificuldades.
IN: Surpreendido pelo
sofrimento. R. C. Sproul, p. 16-17. (Cultura Cristã)
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