sexta-feira, 26 de abril de 2019

INABALÁVEIS [Resenha]


SOUZA, Paulo R. Inabaláveis: como manter a fé e nunca se desviar do caminho. GOIANIA, GO: Editora Publicar, 2019. 104p. 


UMA PALAVRA

Não haverá sobrevivência religiosa se não houver firmeza e ter uma postura inabalável. Daí a veemente exortação de Paulo: “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor” (1 Co 15. 58). Firmeza e inabaláveis não são palavras diferentes, são palavras idênticas com conotações diferentes. Mas, aqui neste texto é tratado como e com o mesmo significado.

Portanto, sem firmeza ninguém suporta a pressão da carne, a pressão do curso deste mundo e a pressão do diabo. Sem firmeza ninguém suporta a provação, a provocação e a tentação. Sem firmeza ninguém suporta certas circunstâncias, certos acontecimentos e certos lugares. Sem firmeza ninguém suporta a dor, a doença e a morte. Sem firmeza ninguém suporta a tristeza, a depressão e o estresse. Sem firmeza ninguém suporta o vazio, a solidão e a saudade. Sem firmeza ninguém suporta o imprevisto, o revés e a ruína. Sem firmeza ninguém suporta a indiferença alheia, o desamor e o ódio. Sem firmeza ninguém suporta a crise da adolescência, a crise da maioridade e a crise da terceira idade. Sem firmeza ninguém suporta a falta de emprego, a falta de dinheiro e a falta de comida.

A ausência de firmeza explica o abandono da fé, o abandono da esperança, o abandono do entusiasmo e o abandono do compromisso evangélico da parte de não poucos cristãos, depois de um razoável período de fidelidade a Cristo. É como cantamos: “Quantos que corriam bem/ De ti longe agora vão!/ Outros seguem, mas também/ Sem calor vivendo estão”.

Sem firmeza a fé não consegue desafiar o tempo. O tempo é a maior prova da autenticidade e da firmeza da fé. Jesus menciona este fato na parábola do semeador. O que aceita a Palavra com alegria mas não se preocupa com o crescimento da raiz terá fé de pequena duração: “Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo a abandona” (Mt 13.21).


O AUTOR E O SEU LIVRO

Paulo R. Souza é evangelista, especialista em consolidação, com 13 anos de estudos sobre os principais problemas da vida cristã, é um ótimo conhecedor de estruturas de igrejas celulares. Casado com Rafaela César da Fonseca Prado, pai de Helloísa Fonseca e Fernanda Fonseca. É um fazedor de tendas, pois atualmente possui uma empresa de automoção comercial. Na igreja em que congrega é professor da escola bíblica, ministro da palavra e auxiliar em outros departamentos. É um incansável pesquisador sobre os principais problemas e soluções da igreja.

Uma fé inabalável é o assunto do livro experimental do nosso irmão e Evangelista Paulo R. Souza. No prefácio, ele escreveu: “Todo ser humano tem praticamente as mesmas dificuldades: problemas consigo mesmo, com a família, com o dinheiro, com a sociedade e com Deus. Não é diferente em nossa vida cristã. Nesse livro quero falar de situações que provavelmente você irá encontrar em sua caminhada com Deus. Iremos viajar em exemplos práticos baseados em pesquisas e testemunhos de pessoas que caíram em sua fé cristã e ponto de não conseguirem mais voltar. Se somente um destes exemplos falar com você, o propósito deste livro estará concluído, pois o meu objetivo como escritor é ajudar o máximo de pessoas possível para evitar a dor de sair dos caminhos do Senhor. Prometo a você que, se seguir os passos deste livro, irá conseguir se manter forte e jamais vai se perder em sua fé.”

O livro “Inabaláveis” está dividido em onze capítulos carregados de testemunhos, fundamentação bíblica e experiência pessoal, que traz os seguintes temas:


Capitulo 1: Não sou bom o suficiente para isto – O autor diz que neste capítulo, irá falar a respeito de um sentimento que todo novo convertido (e até crente mais velhos!) Tem em seu interior: o sentimento de não ser bom o suficiente, ou de não ter nascido para ser cristão. Vamos ver a luz da Palavra por que isto é uma mentira do diabo. Se você se identificar com este capítulo, preste atenção, pois ele pode mudar totalmente sua vida. [p.13]

Capítulo 2: Pequei. E agora? – Muitos novos convertidos têm desistido da fé cristã porque não conseguiram lidar com o pecado. Além disso, não conseguiram entender e aceitar o perdão de Deus. Este, para o autor, talvez, seja o maior fator para uma pessoa se desviar dos caminhos do Senhor. Portanto, neste capítulo, o autor pretende trabalhar junto com o leitor, sobre como evitar o pecado e como ser perdoado por Deus para viver uma vida reta.

Capítulo 3: Pensei que tudo fosse mudar rápido – o autor quando inicia este capítulo, ele dá o seu testemunho sobre como foi difícil a sua conversão como respeito as mudanças que esperavam e decepção com respeito ao processo de restauração. Ele escreve: Como eu achava que mudaria de um dia para o outro, os dias, semanas, meses e anos foram-se passando e eu continuava com aquelas dores dentro de mim, que me impediam de viver o melhor de Deus e a totalidade da vida cristã. E é claro que, como qualquer ser humano, a dor foi virando desânimo. Este é o conteúdo deste capítulo.

Capítulo 4: Cuidado com que você anda – Para o autor, as companhias erradas que temos é algo que passa muitas vezes despercebidas, e que não conseguimos entender o porquê que parecemos tanto com as pessoas que estão ao nosso lado. Não entendemos também porque acabamos nos tornando como elas. Para o autor, isto é um problema e trata-se do conteúdo de todo este capítulo.

Capítulo 5: O diabo está me atrapalhando – Este capítulo, o autor convida a uma reflexão sobre este assunto e começa assim: “Nos dias atuais temos colocado a culpa de tudo o que acontece em nossas vidas e até mesmo daquilo que fazemos no diabo, pois mais que pareça estranho dizer que na realidade o diabo não é culpado de tudo o que acontece na vida das pessoas, temos que admitir que nem tudo é culpa dele.”

Capítulo 6: Eu sou muito bom – Neste capítulo, o autor afirma que um dos maiores problemas que o crente pode enfrentar após algum tempo de conversão, é o ego descontrolado. O ego inflado é um inimigo implacável da caminhada cristã. Por causa dele, muitos não chegam até a vitória, e os que o alcançam é porque passaram por momentos difíceis e venceram o ego, pois ele tem grande potencial para desviar o homem do caminho reto.

Capítulo 7: Acontece tanta coisa ruim na minha vida que duvido que Deus me ame – Neste capítulo, o autor se propõe a falar um pouco sobre as adversidades que as pessoas gostam de falar como sendo “prova de Deus”. O autor quer mostrar na Palavra de Deus que existe um objetivo nas adversidades e que mesmo não sendo agradável serve para nosso crescimento. Se em algum momento da sua vida você já se encontrou abatido por alguma circunstância este capítulo vai te ensinar muita coisa.

Capítulo 8: Como deixo de amar o mundo – O autor ensina que o cristão tem basicamente três inimigos principais: o diabo, a carne e o mundo. Neste capítulo, o autor se propõe a falar sobre o terceiro inimigo. Para ele o mundo é um dos maiores, se não o maior inimigo do crente. Ele é um inimigo tão perigoso que até mesmo pessoas que há anos são cristãs acabam sendo derrotadas por ele.

Capítulo 9: Quando a graça vira desgraça – “Neste capítulo, diz o autor, vou falar sobre um assunto polêmico e que, por cauda dele, provavelmente serei criticado. Quero deixar claro que acredito totalmente na graça e sei o que ela é. Porém, não acredito e não consegui encontrar na Bíblia onde a graça dê embasamento ao ser humano para sair pecado e fazendo coisas erradas. Sem me delongar na introdução deste assunto, proponho discutir sobre ele.”

Capítulo 10: Decepção com a estrutura e com pessoas – Chegamos ao último desafio para o crente e para pessoas que estão envolvidas na igreja há anos fazendo algum trabalho. Creio que o temas deste capítulo é a maior dificuldade que enfrentam. Se você chegou a ter esse problema é sinal de que você venceu todos os obstáculos até aqui. Porém, se você se perder neste ponto será muito difícil se recuperar, mas, não é impossível. Contudo, se você ainda não passou por esse problema é muito importante que grave bem esse capítulo, pois um dia você vai passar por ele.

Capítulo 11: Uma breve palavra ao líder, pastor etc. – O último capítulo é uma espécie de epístola escrita sobre a necessidade que se tem de desempenhar o serviço cristão com amor. O autor descreve assim já no primeiro parágrafo: “Querido líder que toma conta de alguma função na igreja, seja qual for. Claro que você deve ter influência com as pessoas mesmo que seja uma pessoa somente. A responsabilidade maior está em suas mãos. Jesus disse: ‘ai daqueles que fizer um dos meus pequeninos se desviarem’, fazendo isto, Jesus deixou claro a importância que ele dá não somente à salvação mas também à caminhada cristã da pessoa. A sua maior responsabilidade é amar essas pessoas, uma vez que você consegue amá-las, você consegue suportar os defeitos, os pecados, e até mesmo as atitudes.”


CONCLUSÃO

Um crente inabalável, que resiste todos os embates em todo tempo, depende também da prática cristã. Basta ouvir o ensino de Jesus: “Quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”. (Mt 7.24-25, NVI.)

Essa aliança de doutrina e prática, de fé e vida, de conhecimento e obras, de revelação e realização, de alvo e busca — é responsável por uma firmeza inabalável, da qual nenhum cristão sério e que deseja permanecer ligado a Jesus até a morte pode dispensar!

O livro pode ser adquirido diretamente com o autor. Clica na imagem acima que será levado para o instagram oficial @palavrarhemaa

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